FS-2020 - imagem via Gripen4Canada

Segundo notícia publicada no Sweedish Wire nesta terça-feira, 17 de setembro, o grupo aeroespacial  e de defesa  Saab, da Suécia, está mirando na Ásia para desenvolver um novo caça furtivo. As informações são do Global Times, um tabloid que é publicado sob os auspícios do People’s Daily, considerado a voz oficial do Partido Comunista Chinês.

O Grupo Saab busca ajuda da Coreia do Sul, Finlândia e Taiwan para desenvolver seu novo caça furtivo, o FS-2020, para competir com vários modelos de quinta geração, incluindo o J-31 da China e o ATD-X Shinshin, do Japão.  Também se noticia que o grupo está próximo de estabelecer uma cooperação com a fabricante americana de aeronaves Boeing, visando oferecer o JAS 39 Gripen para o programa TX da Força Aérea dos EUA, que visa a aquisição de um novo jato de treinamento.

FONTE: Sweedish Wire (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

IMAGEM via Gripen4Canada

Colaborou: Sandro

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Antonio M

Outro “bonde” que vamos perder ….

Mayuan

Os suecos já mostraram que, diferente de outros, como os franceses e outros, entregam o que prometem. Não são a vanguarda tecnológica mas a vanguarda que podemos bancar. Esse seria um excelente projeto pra finalmente embarcarmos aprendendo algo de útil. De bônus ainda viria a tão desejada parceria com a Boeing e a chance de desenvolver e conquistar competências e mercados que a Embraer tanto deseja e nossas contas externas tanto precisam.

joao.filho

Não se preocupem, não. Lá por 2085, quando estiverem obsoletos e ultrapassadissimos o Brasil compra da Jordânia para “modernisar”. Infelizmente, o Brasil não tem nenhuma seriedade para entrar em um projeto desses.

Baschera

Amigos, Vamos esquecer o Brasil…. o Brasil não é um pais de governantes sérios… nem nunca será… é só ver e observar as pessoas nas ruas.. nas escolas… os funcionários públicos…. e ver que deste povo, deste tipo de cultura… não sai nada que não seja um remendo, sempre pior, do que já somos. Há 30 anos que venho observando o “tecido” social … e infelizmente a realidade é esta mesmo. Somos, aqui e acolá, meia dúzia de gatos pingados que discutem o assunto defesa. Para o restante 99,50% da população… este assunto sequer é conhecido…. nem sabem do que… Read more »

Soyuz

@Os suecos já mostraram que, diferente de outros, como os franceses e outros, entregam o que prometem.

Mayuan, tenho minha duvidas.

Pergunte ao pessoal da MB sobre um tal “Torpedo 2000”, um programa sueco de ToT para o Brasil e a resposta não será tão entusiasmante sobre a capacidade dos suecos de entregar o que prometem.

Marcelo

hahaha….que estória mais sem pé nem cabeça!…Finlândia com Coréia do Sul com Suécia !?! Tablóide mesmo!

joao.filho

Estória sem cabeça? Debocha mesmo. Finlândia, Coréia do Sul e Suécia são paises que ao contrário do Brasil levem suas forças aéreas muito a sério. Daqui a algums anos, quando realmente o projetor der frutos você e eu ainda estaremos chupando os dedos, a espera do FX-AdEternum, “defendidos” for peças de museu da guerra do Vietnã.

Ivan

Soyuz, Infelizmento não tenho contatos com o “pessoal da MB”, mas tive a resposta a pergunta que vc sugeriu. Segundo o Vice-Alirante Ronaldo Fiuza de Castro, reformado, esta foi “primeira e péssima experiência com a tal da ToT”. Segundo ele a empresa sueca (acredito que era a Bofors) não teria entregue “informações técnicas que pudesse nos ajudar de alguma forma”, mas tenho dúvida se o problema era só lá, ou cá nós não tinhamos quem usar as inforações. O tal ‘Torpedo 2000’ era movido por peróxido de hidrogênio altamente concentrado, uma técnica arriscada, com possibilidade de explosão se não for… Read more »

Control

Srs O GF declara em altos brados a necessidade de se desenvolver tecnologia no Brasil e se dispõe a gastar fortunas em TOT´s milagrosas. A SAAB produz aviões há décadas, se destaca por adotar soluções inovadoras e de custos razoáveis, e está em busca de uma parceria para desenvolver um caça de 5ª geração. Para completar, participa da concorrência FX2 com o Gripen E/F com uma proposta que tem o menor preço, em que se dispõe a compartilhar o desenvolvimento do caça e fabricá-lo no Brasil (inclusive os para a Suécia). Como até a velhinha de Taubaté sabe, a forma… Read more »

Ivan

Os suecos já entenderam, faz tempo, que não há mais condições de um país menor que os Estados Unidos da América, China ou Rússia desenvolver isoladamente um sistema de armas moderno como um caça ou qualquer outra aeronave tripulada de combate. O exemplo do Gripen é um claro indicativo. Este pequeno caça de sucesso, apesar de ter sido desenvolvido pela SAAB sob contrato da FMV, incorporou sistemas e subsistemas de vários países, como as turbinas F-404 da americana General Eletric, fabricadas pela Volvo como RM-12. Para o Gripen NG já procuraram parceiros integrais, oferecendo inclusive sociedade no caso brasileiro. Com… Read more »

Vader

Soyuz disse: 17 de setembro de 2013 às 21:54 e Ivan disse: 18 de setembro de 2013 às 0:03 Queridos, o detalhe que o almirantado não conta sobre essa história é o seguinte: foram os alemães da IKL que melaram os negócios do torpedo sueco, porque se negaram a fazer as alterações nos tubos que seriam necessárias, pelo preço (ridículo, como sempre) que a Marinha quis pagar pela bagaça. Então assim, além do que o Ivan disse, ou seja, que os suecos devolveram CADA CENTAVO pago pela Marinha, temos que ver que a culpa do negócio não ter dado certo… Read more »

Antonio M

Fernando “Nunão” De Martini disse: 18 de setembro de 2013 às 0:49 Ótima análise. E baseado nessa análise complementaria com a total falência e da visão equivocada do Itamaraty e da educação no Brasil principalmente de história e geografia que permite classificar a Supecia de tal modo. Eu diria que ainda poderia ser ao invés de ver a Suécia como “menor” , o sentimento é de inveja mesmo pois um país bem menor que o nosso, com menos recursos naturais e população bem menores consegue ter destaques tanto no desenvolvimento industrial que espalhou multinacionais pelo mundo e ser reconhecida pelas… Read more »

edurval

Fernando “Nunão” De Martini disse: 18 de setembro de 2013 às 0:49 Nunão, na minha visão a sua analise foi perfeita, o problema é que a Suécia não tem peso político no mundo, para se rivalizar com os EUA. Vejo assim a FAB prefere o Vespão por ser um produto americano o qual já estamos acostumados a utilizar, o GF tem preferência pelo Rafale devido a um alinhamento político (é olha que isso vem de longe do tempo do império, deste dessa época que o Brasil tem esse costume de copiar a França em tudo), O Gripen fica correndo por… Read more »

Antonio M

Baschera disse:
17 de setembro de 2013 às 21:53

E parabéns também, é bom saber que há mais pessoas com esse sentimento .

Todos os países tem sub-produtos sejam eles industrias, culturais, sociais mas, o Brasil tem feito isso uma “regra e prioridade” onde “BBBs e ex-BBS” são formadores de opinião, na voz do próprio apresentador do programa são “guerreiros” e o escambau, que referência de música popular é Anitta e Naldo corroborado por uma classe média que curte “funk ostentação”, “funk proibidão” fica difícil mesmo ……

Nick

País sério: FX-2 fechado em 2009 com o Gripen NG, contratado em 2010 e o contrato sendo cumprido à risca.
FX-3 sendo anunciado já em 2014, com base no FS2020, em parceria entre Brasil, Turquia, e quem sabe um Chile, Finândia e Tailândia, por exemplo.

Brasil: 2013: Aguardando definição do FX-2, agora ameaçado pelo caso de espionagem (que por inocência/burrice/incompetencia do nosso serviço de Inteligência, não sabia de nada).

[]’s

RomauBR

Nick disse:
18 de setembro de 2013 às 9:25

Brasil: 2013: Aguardando definição do FX-2, agora ameaçado pelo caso de espionagem (que por inocência/burrice/incompetencia do nosso serviço de Inteligência, não sabia de nada).

Assim como aquele ser de nove dedos que nunca soube de nada.

Soyuz

Deixa eu ver se entendi…

Os alemães foram os responsáveis pelo problema, mas mesmo assim os suecos devolveram todo o dinheiro… 🙂

Vader

Soyuz disse:
18 de setembro de 2013 às 13:21

Prezada, o negócio era condicionado à adaptação dos tubos de torpedo, que eram originais alemães. Os alemães cobraram uma baba para fazê-lo. A Marinha tentou de todas as formas dobrar os alemães, mas não conseguiu a um preço que pudesse pagar. Logo, o negócio com os suecos, que era condicionado à alteração nos tubos, melou. E os suecos, cumpridores da palavra, devolveram o dinheiro.

Lógico que os suecos não fizeram isso porque são “naturalmente bonzinhos”: essa possibilidade estava prevista em contrato.

Não entendi a dificuldade em compreender.

Saudações.

Guilherme Poggio

Vader

A história real do Torpedo 2000 é um pouco diferente.

Foi prometida transferência de tecnologia de itens do torpedo que não eram de projeto ou de fabricação sueca (que eram, na verdade, norte-americanos). Obviamente que isso eles não puderam fornecer e a Marinha está até hoje com essa história atravessada na garganta.

Mas isso é assunto para outro blog, não é mesmo?

Soyuz

A dificuldade em compreender é que a história que conheço é diferente desta. O programa Torpedo 2000, que na Suécia se chamava Torped 62, sofreu enormes atrasos por conta de problemas técnicos em função de escolhas erradas de tecnologia e design. O programa que começou há 30 anos atrás deveria ter entrado em serviço em 1996 porem só em 2010 atingiu IOC na marinha sueca, 14 anos de atraso. Existiam problemas, e não eram poucos no design da arma cujo sistema de propulsão é de concepção ultrapassada. Dois registros importantes sobre esta história. Esta arma nunca foi exportada. Seu único… Read more »

Control

Srs

Me desculpem, mas colocar em dúvida o andamento do projeto do Gripen por um problema com o desenvolvimento do projeto de um torpedo feito por uma outra empresa que compartilha da nacionalidade da SAAB é preconceito puro. Para citar um exemplo de acordo com os envolvidos com o FX2, é o mesmo que atribuir as virtudes e defeitos da Dassault a DCNS (ou vice versa) só porque ambas são francesas. É injusto e tendencioso como argumento pró ou contra.

Sds

Antonio M

O Gripen Naval se hover interesse, clientes com certeza estará na linha de produção. E não acertam em 100% das vezes, apenas isso. Agora, a França ficou 40 anos sem fornecer material bélico ao Brasil por causa da venda de aviões ao governo Vargas em 1932, onde pegou um adiantamento depois da negociação mas, se recusou a fazer a entrega devido a “razões humanitárias” e com muito esforço por parte do governo devolveu o tal adiantamento mais de um ano depois. Os EUA atenderam o pedido sem problemas e só voltamos a comprar da França (os Mirage em 1972) pois… Read more »

Soyuz

Não estou vinculando problemas do NG com os do Torpedo 2000. A questão é outra. Existe uma visão romanceada de armamento sueco no Brasil, no FX em especial. A minha argumentação sobre o Torpedo 2000 é que os suecos a exemplo de QUALQUER outra nação no mundo também promete coisas que não exatamente podem cumprir, naquele prazo e naquele orçamento. Eles não são mais nem menos honestos que ninguém. Sobre o NG, a minha argumentação é no sentido, que vemos muitas criticas ao Rafale, F-18, Su-35, F-35 e demais caças por aqui muitas delas justas. Se estes caças tem pontos… Read more »

Antonio M

A opinião é sempre válida mas a Suécia vai ter de queimar muita querosene para superar as “francesadas” ….

Soyuz

Antonio M, nisto concordamos. Os franceses são os mestres no assunto..rs

Mayuan

Soyuz, entendo seus argumentos por achá-los válidos. De qualquer forma, vale ressaltar que, como já disse num outro post de outro tópico, não existe país perfeito para ser parceiro porquê, dadas as circunstâncias, é óbvio que qualquer um primeiro vai defender seus interesses e só depois os nossos, se chegar a tanto. No fim do dia, quem tem que fazer nosso dever de casa somos nós e pararmos com essa postura passiva que sempre tivemos. Poderíamos ter um caça 100% nacional se fôssemos tivéssemos a seriedade necessária. Outros países com menos recursos que nós já fizeram isso. A Suécia é… Read more »

ricardo_recife

Torpedo 2000. Tiveram vários problemas, desde ser um projeto em desenvolvimento, giroscópios americanos (os americanos queriam era vender seus próprios torpedos) e os alemães que não quiseram fazer modificações nos submarinos por causa dos T.2000. A Marinha recebeu o dinheiro de volta. Foram erros dos dois lados. A MB aprendeu duas coisas: Não comprar torpedo que não estivesse operacional. Tomar muito cuidado com as especificações quando envolve alterações em desenhos de terceiros. Quanto ao projeto FS-2020. Sei que existem pelo menos três países na Ásia que tem projetos ou pretendem integrar um de caça furtivo: Coreia do Sul, Japão e… Read more »

Ivan

Torpedo 2000. Nunca gostei deles, mas, como o conterrâneo Ricardo escreveu: “A MB aprendeu…” e “…recebeu o dinheiro de volta.” Deixa o assunto para o Naval. Gripen NG. Gosto muito deste projeto, tanto em termos conceituais, um caça leve e moderno, capaz de operar em pistas rústicas (inclusive autoestradas), rápido turnaround e facilidade para integrar armamamentos de diversas origens, como em termos de risco, pois parte de um projeto de sucesso, o legacy Gripen. Mas também não é este o foco da matéria. Acredito que é importante destacar alguns pontos importantes para o debate, talvez não agora, em uma matéria… Read more »

Gilberto Rezende

Isto que é desenvolvimento divergente, um programa a procura de um país-mecenas para um caça de 5ª geração o FS-2020 e um programa com a Boeing para produzir um jato de treinamento avançado a partir do seu caça leve de 4,5 geração , um JAS 39 Gripen E/F modelo pé-de-boi para a USAF… Diferentemente dos demais posts focados nos países, gostaria de focar na situação desconfortável da SAAB, um empresa claramente ambiciosa e confiante de suas capacidades, mas presa a um corpo (digo PAÍS) que não tem mais a menor confiança ou ambição de ser grande. A SAAB teve que… Read more »