Dinamarqueses vão à caça… de empregos!

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Refueling lifeline of U.S., NATO air ops

Dinamarca prioriza indústria e criação de empregos no reinício da competição de caças, onde concorrem Boeing F-18 Super Hornet, Lockheed Martin F-35 Lighting II, Saab Gripen DK NG e Eurofighter Typhoon

Segundo reportagem do site Defense News, a criação de empregos será o fator principal para seleção de um novo caça para a Dinamarca, com o objetivo de substituir sua frota de jatos F-16. O programa que está para ser reiniciado, conforme declarações do novo ministro da Defesa Nicolai Wammen, visará uma substancial participação industrial de longo prazo.

A esperança é usar a compra de novos caças como um mecanismo para injetar novos investimentos numa economia fragilizada pela crise financeira global, o que colocou a criação de empregos como a pedra angular de sua política revisada de compra de caças, segundo Wammen. Também se espera impulsionar as exportações.

Em pronunciamento, Wammen afirmou que “todos os quatro candidatos serão informados de nossa visão e requerimentos. Estará claro que, se não houver novos empregos destinados à Dinamarca, não haverá compra de aeronaves.” Os dinamarqueses querem contrapartidas de 100% do contrato.

F-16 da Dinamarca no Nordic Air Meet 2012 - foto Forças Armadas Suecas

Na disputa, estão os caças  norte-americanos F/A-18E/F Super Hornet da Boeing e F-35 Lightning II da Lockheed Martin, o sueco Gripen DK NG da Saab e o Typhoon do consórcio Eurofighter, representado pela Cassidian. A Dinamarca espera começar a dar baixa em seus caças F-16 em 2020, adquirindo entre 24 e 30 novas aeronaves a um custo estimado entre 3,8 e 5,5 bilhões de dólares.

A expectativa é que uma decisão final sobre o número de caças a adquirir seja tomada nos próximos seis meses. Segundo o analista de defesa Jens Ringsmose, além da criação de empregos, um desejo de manter uma aliança política forte com os Estados Unidos também poderá desempenhar um papel crucial no processo de seleção. Para Ringsmore, focando nos empregos, o ministro da Defesa evita ter que explicar outras razões que são pelo menos tão importantes quanto esta, entre elas a aliança com os EUA.

Lene Espersen, porta-voz do Partido Conservador Dinamarquês, da oposição, disse que essa compra representa um alto custo para o país, então é preciso conseguir o máximo de valor em empregos e crescimento da economia no longo prazo. Segundo Espersen, a decisão final do governo poderá favorecer a compra de um número menor de caças, como parte de uma estratégia maior que envolveria a aquisição de aeronaves não tripuladas, das quais se espera um papel maior tanto em operações internacionais quanto nos territórios árticos do país.

Já o porta-voz do Partido Social-Democrata, John Dyrby Paulsen, disse que os erros cometidos na competição original, na qual o Eurofighter deixou a disputa alegando favorecimento do F-35, não poderão ser repetidos. Segundo Paulsen, “há uma percepção existente de que a Lockheed Martin tem uma vantagem nesta competição porque a Dinamarca tem investido no projeto do F-35. Esta deverá ser uma competição real. Não deveremos estar presos a algum senso de lealdade em escolher um avião americano. A decisão final deverá ser baseada em valor econômico para a Dinamarca, por um lado, e a necessidade de comprar o melhor avião para nossas necessidades, por outro.”

A Dinamarca, que é um parceiro nível 3 do projeto do F-35, investindo 200 milhões de dólares no programa, havia suspendido em 2010 sua competição de caças devido à necessidade de alocar fundos para combater temores de recessão e ajudar o sistema bancário do país. A concorrência foi reiniciada em março deste ano e, nos próximos meses, deverá haver encontros regulares com os fabricantes candidatos a fornecer um novo caça para a Dinamarca.

FONTE: Defense News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS: USAF e Forças Armadas da Suécia

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