F-2000: só mais quatro meses
Chegamos ao final do mês de agosto. No próximo mês de dezembro a aviação de caça do Brasil sofrerá uma baixa significativa. Os Mirage 2000 (conhecidos na FAB como F-2000) serão retirados de serviço sem que um substituto tenha sido definido para o seu lugar. O Poder Aéreo já vinha alertando para este “gap” há mais de dois anos.
Desta forma, o Grupo de Defesa Aérea (GDA), sediado em Anápolis (GO) ficará sem aeronaves e poderá ser rebaixado para “núcleo de esquadrão”. O Comando da Aeronáutica já sinalizou que os céus da Capital Federal não ficarão desguarnecidos. Isto significa que alguns dos F-5EM da FAB serão deslocados para o Planalto com o propósito de realizarem vigilância do espaço aéreo da região.
Mas o cobertor é curto. Com a aposentadoria dos F-2000, os F-5 tornar-se-ão os principais caças de interceptação e defesa aérea do País. A dotação dos esquadrões que atualmente voam o F-5, que já não é folgada, será reduzida. Tristes dias para a aviação de caça estão por vir.
- O ciclo dos caças
- Tô lhe manjando, Anápolis!
- Sem novo avião, FAB ‘canibaliza’ 6 caças para manter voos em 2013
- Mirage da FAB para de voar em dezembro
- Sobrou para o ‘Mike’
- Só mais um ano de Mirage (interrogação)
- Impasse sobre caças deixa espaço aéreo vulnerável
- Nota da FAB em resposta a revista aborda a desativação do Mirage 2000
- Presidenta, não deixe a ‘bola de neve’ dos caças triplicar de tamanho outra vez
- Depois do fim da Copa e das Olimpíadas, 2017 será o começo do fim da FAB?
- Quase duas décadas em busca de um caça
- Só mais cinco meses
- O Poder Aéreo adverte …
- Faltam 11 meses para o 1º GDA parar de voar o Mirage
Seguindo a tese otimista:
As células de ‘Falcon’ eventualmente escolhidas no deserto do Arizona servirão como vetores intermediários entre a desativação dos ‘Mirage’ – ao fim deste ano – e a chegada dos primeiros ‘Vespões’ no contrato a ser assinado com a Boeing…
Seguindo a tese intermediária:
Serão os ‘Falcons’ e só…
Seguindo a tese pessimista:
Os militares, por duvidarem em seus corações do projeto FX, negando sua fé na FAB, ficarão 40 anos no deserto do Arizona à procura do caça-prometido…
A compra dos Mirage 2000 foi o maior erro já cometido, se já naquela época tivéssemos comprado F-16 (que fossem do deserto) não estaríamos passando por isso agora.
Companheiro Ozawa, devido aos últimos acontecimentos acredito muito mais na tese otimista. Não possuo contatos ou fontes para embasar tal afirmação é simplesmente fé de minha parte. Claro que minha afirmação não se baseia somente em fé mais também na lógica, pois encerrar outro programa FX sem a escolha de um vencedor seria mais um atestado de incompetência para a classe politica brasileira. Portanto, prefiro acreditar que estas células de ‘Falcon’ fazem parte da decisão tomada pela escolha do Super Hornet no programa FX-2. É fato que mesmo a escolha de um vencedor, nesta altura, não será suficiente para evitar… Read more »
Desculpe “O Moderador”, não entendi muito bem pq o meu comentário das 16h11, no Blog Naval foi apagado. Preconceito religios.o não pode, mas preconceito contra franceses, argentinos, cocaleiros, contra os vermelhos, contra os petralhas e os sarnentos, isso tudo bem? Ahhh… NOTA DOS EDITORES: PREZADO “BLIND MAN´S BLUFF” E OUTROS QUE FAZEM O MESMO TIPO DE RECLAMAÇÃO, O FATO É QUE CONTAMOS COM A COLABORAÇÃO DE TODOS PARA QUE MANTENHAM O FOCO DOS DEBATES E NÃO DESEJAMOS FICAR APAGANDO COMENTÁRIOS A TORTO E A DIREITO, POIS TEMOS MAIS O QUE FAZER. NÃO PROCURE PELO EM OVO, OU TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO… Read more »
Se é como muitos estão dizendo aqui, Falcon tampão Vespão FX-2, não seria mais lógio, Vespinha tampão Vespão FX-2?
A USN não tem células sobrando de F 18 A/B/C/D para transferir com maior velocidade?
Fabio ASC disse: 31 de agosto de 2013 às 11:57 Fabio, ao que tudo indica, a USN está pretendendo tirar o caldo dos “vespinhas” pra diminuir o gap causado pelos atrasos do “raio”, assim como também pode encomendar alguns “vespões” a mais se a coisa continuar atrasando. Só nos resta F-16 ao “meu ver”, os colegas do blog podem comentar melhor a situação. Agora uma sugestão: Por que ao invés de ficarmos fazendo brincadeiras, rezas, apostas e gritos de dor, que já cansaram e deixam os comentários repetitivos e sem debates de valor, sobre o FX-2, deserto e tudo mais,… Read more »
Ricardo, Ótima iniciativa de mudar o foco do debate, das lamentações e injúrias ou comemorações, para algumas questões práticas. Aproveitando, lanço um tema complementar aos que você levantou, e que também merece ser abordado novamente: a questão do reabastecimento em voo e o fato dos nossos futuros KC-390 (não confundir esses transportes / reabastecedores táticos com os maiores / estratégicos visados no KC-X2) não terem, ao menos a princípio, compatibilidade com o sistema “flying boom”, que dependeria de mudanças bem mais extensas do que as do “probe and drogue”. Teríamos então parte de nossa frota de transportes / reabastecedores não… Read more »
Fernando “Nunão” De Martini disse: 31 de agosto de 2013 às 13:23 Bem lembrado Nunão! Parece que aí temos a primeira das “customizações” para o suposto F-16MBR. A LM parece ter oferecido para Israel e para a Índia a opção de transformar o sistema de reabastecimento do F-16, mas em Israel não foi adotado e na Índia, ele não foi selecionado. Não sei se há como anexar imagens no post, então fica o link: http://sitelife.aviationweek.com/ver1.0/Content/images/store/11/5/2bc36c6b-b9b6-4f11-a5fe-7a2585b98d73.Full.jpg Valeria a pena pagar essa modificação? Quanto poderia custar essa brincadeira? Vale mais a pena modificar todos os F-16 ou os 2 (ou 3) KC-X2?… Read more »
Uma pequena dúvida, alguma FA da América do Sul já utiliza algum meio equipado com AESA?
Alguém teria a informação sobre os F-16s chilenos?
Obrigado 😀
Ricardo, Em caças, ninguém tem radar AESA na América do Sul. Os F-16 chilenos comprados novos têm radares (excelentes, de qualquer forma) de varredura mecânica, e não eletrônica. Sobre mudar caças ou mudar reabastecedores, não vejo problema algum (nessa hipótese de realmente se adquirir F-16) em adquirir KC-135 usados dos EUA, como fez o Chile, para mais pra frente também obter os KC-X2 com uma estação de flying boom na cauda, além das demais com pods para cestas (e poderia até ser o modelo italiano, o mais completo de todos os baseados em 767, com três estações de cesta e… Read more »
Acredito que a melhor opção seria adquirir umas três unidades usadas de reabastecedores dos USA, se tivermos mais de 24 F-16, e moderniza-las, como foi feito com os P-3, pois como o KC-390 tem a rampa, “acho” que não seja possível converte-lo.
O fim está próximo!
O fim dos M.2000 está próximo;
O fim da validade das propostas para o FX-2 está próximo;
O fim do dólar barato está próximo.
Pelo jeito vamos de caça usado em caça usado.
E para quem a pouco exigia transferência irrestrita de tecnologia, agora partir para compra de caças usados, com tecnologia embarcada obsoleta, porque está obsoleta de fato, e ter de eventualmente aceitar up-grade lá fora, sem transferência de nada, porque modernizar aqui dentro levaria uma década, é um verdadeiro salto. Um salto para trás.
Alguém sabe dizer para que padrão seria possível levar os block 40, se modernizados com AESA e tudo mais, e principalmente, por quantos anos seria possível opera-los?
Sds.
Caro Joner,
Os americanos vão modernizar os block 40, com adição de radar AESA inclusive, e retrofit para mais 3000 horas de vôo (uns 15 anos).
[]’s
Quem autorizaria a compra dos F16, é o Ministério da defesa, ou a Dilma ?? Ou a FAB tem autonomia nesse caso ??
Nick
Se os americanos irão operar por mais 15 anos, por aqui vão operar mais 30 anos.
Marcos,
Eu não chego à falar em 30 anos de uso, mas com certeza que os usariamos por cerca de 20 ou 22 anos, principalmente pelo fato de que por aqui eles voariam menos horas por ano.
Mas esses números podem variar bastante, visto que não sabemos o real estado dessas células estocadas no deserto nem se a FAB teria intenção de retrofitar e modernizar as mesmas.
Abraços
Acredito que a aquisição desses F-16, são uma excelente opção para a FAB e o BRASIL no momento! Afinal, são F-16, excelentes caças, comprovado em combate e utilizados por diversos países, com milhares de células produzidas e ainda em uso, inclusive nos EUA. Os F-16, em essência, já são superiores aos F-5, imaginem então com a sua modernização made in USA, com pelo menos mais 15 anos de operação. Acredito que a aquisição de umas 60 células, seriam suficientes para equipar uns 03 GAV, sendo 16 no 14º GAV – Canoas, 24 nos 1º e 2º GAC e 16 no… Read more »
Alguém sabe dizer para que padrão seria possível levar os block 40, se modernizados com AESA e tudo mais, e principalmente, por quantos anos seria possível opera-los?
Eu posso estar enganado , mas quando a LM lançou o programa “Viper”, ela disse que qualquer variante do Bock 30 para cima poderia se transformar em um Block 60 como os F-16 dos EAU
Eu acho interessante o pessoal reler este post do Poder Aéreo.
http://www.aereo.jor.br/2012/02/03/usaf-quer-modernizar-350-cacas-f-16-por-28-bilhoes-de-dolares/
Tem informações do tipo:
Dos mais de 1.000 caças F-16 no inventário da USAF, aproximadamente 640 são do Block 50 e Block 40,
os Block 40 e 50 foram projetados para uma vida útil de 8.000 horas, dependendo das cargas transportadas e outros fatores. Mas essas especificações vem sendo excedidas pelos caças, que podem ser capazes de atingir 12.000 horas com novas cavernas e outras modificações estruturais, a um custo inferior a 1 milhão de dólares por aeronave.
Nos primórdios do FX 1, em uma revista especializada, nas inúmeras reportagens que desde lá se seguem, havia uma crítica ao Falcon, atribuída às autoridades da FAB para exclusão do Falcon no primeiro short list, a de que “o F-16 precisava de uma aspirada na pista antes de decolar”, e de que a pista de Anápolis e por demais “empoeirada”…
A FAB vai “engolir” a poeira para não ficar “a seco” ?
Por mim esse motivo é um “grão de areia” perto das vantagens do Falcon, técnicas e logísticas.
o F-16 precisava de uma aspirada na pista antes de decolar”, e de que a pista de Anápolis e por demais “empoeirada”… Caro Ozawa Eu fico aqui imaginando quanta areia de deserto deve ir para as pistas das bases aéreas de Israel, Egito, Jordânia, EAU e outros. O interessante é que todos eles são usuários do… F-16! E as pistas da Venezuela e do Chile? Será que são muito melhores que as nossas? Eles também operam o… F-16! Na verdade o que falta ao Brasil é infraestrutura. Neste ano, pela primeira vez em décadas, eu vi um caminhão que faz… Read more »
Caro Ozawa! Qualquer aeronave a reação, mas principalmente os caças que tem suas tomadas de ar num ponto mais próximo do solo correm o riscos de ingestão de FOG, uns mais outros menos, mas todos tem, tanto é que se você uma Base aérea aqui no Brasil , aonde se operem aeronaves a reação, você verá no momento que antecede ao inicio das operações uma “tchurma” percorrendo, principalmente as taxi ways(aonde se encontram 90% de FODs) em forma de linha, de cabeça olhos voltados para o solo procurando objetos que possam danificar os motores. Até porque se fosse por isto… Read more »
E ainda teve gente que reclamou porque os americanos trouxeram o “caminhãozinho” limpa pista deles para Natal quando da última Cruzex.
Leia mais (Read More): F-2000: só mais quatro meses | Poder Aéreo – Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil
E tu sabes que foram não ´e mesmo Nunão??
Os fãs dos “euro bambis”….
Grande abraço
Senhores, F-16 modernizados e com AESA seria um salto gigantesco para a FAB, e se houvesse a possibilidade de opera-los por 15 anos, seria muito bom, resta saber agora, qual seria ou será o valor para cada Falcon modernizado!
E que armamentos poderiam vir!
Sds.
Srs, pelo que vejo neste e no outro post sobre o F16, muitos preferem mais o F16 do que qualquer um dos finalistas do FX2.
Então não seria mais vantajoso (financeira, operacional e de meios) comprar e atualizar 60 unidades usadas (block 40) e completar as tais 120 unidades que a FAB considera ideal para ela com mais 60 unidades novas de fábrica, como fez o Chile ?
Guilherme Poggio disse: 1 de setembro de 2013 às 20:43 Concordo, Poggio, e como disse, perto das vantagens do Falcon, esse argumento é um “grão de areia”… À época do FX 1, possivelmente, a FAB achou que voaria o “Raptor”… Exageros à parte, a megalomania aliada ao ufanismo e combinada com o antiamericanismo nos levaram a essa encruzilhada que nossas FFAA estão hoje… Sonharam em dominar o mundo e não mandam nem na própria casa… Que os políticos façam esse discursos, vá lá, mas que os militares embarquem nessa ! Eles não sabem os recursos financeiros que têm todos os… Read more »
Ahhh… Queríamos ToT, mas tomamos foi um: “Toc…, Toc…, Toc…
Uma coisa boa ao menos: sabemos que está chegando o momento da insustentabilidade, onde alguma coisa terá de ser decidida e não caberá mais enrolação com desculpas esfarrapadas.
O que me preocupa agora é que esse(a) jornalista americano(a) que teve seu companheiro(a) brasileiro(a) detido(a) para averiguações no Reino Unido esteja agora querendo ver “o circo pegar fogo” nas relações Brasil e EEUU e, de raiva, liberar informações de espionagem, agora, do celular da Dilma… Ele(a) ameaçou no aeroporto do Galeão quando foi receber o companheiro(a): “meus ataques serão mais raivosos” (sic)… Sinceramente, essa “¨%$#$ dos infernos” vai acabar inviabilizando qualquer relação militar mais próxima com os EEUU depois de um espírito de racionalidade econômica, pragmatismo político e sensatez militar… Pra Dilma, num rompante de menopausa, depois de saber… Read more »
Não estão na lista, mas o F-16BR inicialmente oferecidos poderiam vir.
Se não tiver como, pode ser os do Block 30/35, já que os 40 não estão disponíveis.
Já que a oferta horlandesa era do Block 15 MLU, o 30/35 é superior que eles correto? Mesmo sem modernização.
A partir do 30 que é possível utilizar o AMRAAM sem modernização, correto?
Fighting Falcon disse:
2 de setembro de 2013 às 7:55
Tenho essa mesma dúvida. Vindo esses F-16 do Arizona, a versão escolhida está em que nível comparada com os F-16 do Chile (os ex-holandeses)?
Tenho essa mesma dúvida. Vindo esses F-16 do Arizona, a versão escolhida está em que nível comparada com os F-16 do Chile (os ex-holandeses)?
Caro Jackal975
O F-16 Block 40/42 possui uma estrutura mais nova e com melhorias (para mais detalhes veja o post sobre a eventual ida de oficiais da FAB para os EUA). Já os F-16 que eram da Holanda são modelos mais antigos, mas que receberam uma eletrônica nova.
Obrigado Poggio.