Intervenção na Síria: sobrou para os franceses e americanos

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Caças Super-Hornet e Rafale em formação em 2008 - fotoUSN.jpg

Decisão britânica não muda vontade francesa de agir na Síria, diz Hollande. Presidente francês defendeu ação punitiva ‘firme’ após ataque químico. Ele descartou intervenção antes dos inspetores da ONU deixarem o país

vinheta-clipping-aereoO presidente francês, François Hollande, disse que a decisão do Parlamento britânico contra uma ação militar na Síria não vai afetar a vontade da França de punir o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, por um aparente ataque com armas químicas contra civis, na semana passada.

Hollande disse em entrevista ao jornal Le Monde que ainda defende uma ação punitiva “firme” em resposta ao ataque químico, que ele disse ter causado dano “irreparável” ao povo sírio, e disse que vai trabalhar de perto com os aliados da França.

Perguntado se a França poderia tomar alguma atitude sem a Grã-Bretanha, Hollande respondeu: “Sim. Cada país é soberano sobre participar ou não em uma operação. Isso é válido para a Grã-Bretanha da mesma forma que para a França.”

O Parlamento britânico votou na quinta-feira (29) contra uma ação militar na Síria, impondo um revés aos esforços liderados pelos EUA por uma punição a Damasco pelo ataque da semana passada com gás venenoso.

O presidente descartou qualquer intervenção na Síria antes dos inspetores da ONU deixarem o país. No entanto, não excluiu uma ação antes da próxima quarta-feira (4), dia de uma reunião do Parlamento francês para debater a situação na Síria após a morte de centenas de pessoas em um suposto ataque químico perto de Damasco em 21 de agosto.

“Há um feixe de indícios que apontam para a responsabilidade do regime sírio na utilização de armas químicas”, disse. “Todas as opções estão sobre a mesa. A França quer uma ação proporcional e firme”, completou.

USS-Harry-S-Truman-CVN-75-com-Rafale-foto-2-USN

FONTE: G1

FOTOS: USN

NOTA DO EDITOR: o título original da matéria é a primeira frase do subtítulo, e remete a outras chamadas que estão circulando pela mídia internacional, como “France backs U.S. plan for military strike on Syria” e “US finds itself with only one Syria partner: France”. Em reportagem que informa que população síria está estocando alimentos em antecipação a ataques vindos do exterior, a Associated Press (via ABC) trouxe a opinião de analistas militares franceses de que a mais provável ação da França será pelo ar, incluindo o disparo de mísseis de cruzeiro Scalp, com alcance de cerca de 500 quilômetros, por caças como o Rafale, decolando diretamente da França como ocorreu no início da campanha do Mali e apoiados por aviões-tanque.

Porém, também se destaca que os franceses mantém seis caças Rafale estacionados em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos (Golfo Pérsico), e sete jatos Mirage 2000 em Dijibouti (Mar Vermelho). Porém, para atacar a Síria, apesar de posicionados mais próximos do que os jatos baseados na França, os caças teriam que sobrevoar outras nações. Mas não custa lembrar que há notícias de que o porta-aviões Charles de Gaulle se dirige à costa da Síria, o que somaria outra possibilidade para uso do Rafale num primeiro ataque.

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Penguin

“US finds itself with only one Syria partner: France”

Se alguém ainda tem dúvidas sobre o significado da palavra “aliados”, não deveria ter mais.

Fighting Falcon

.

Marcos

Pois é, Penguin…

Dai então aparece Buzanfão, querendo transferência irrestrita de tecnologia e coisa e tal, assento no CS da ONU…

Marcos

Pergunta para o Poder Naval:

Ainda há Fragatas da MB lá no meio do imbróglio???

Guilherme Poggio

Ainda há Fragatas da MB lá no meio do imbróglio???

Sim, claro.

Temos o comando da Força-Tarefa Marítima (FTM) da UNIFIL. Atualmente é a Constituição.

Edgar

Uma pergunta aos mais entendidos: A França conseguiria levar sozinha essa intervenção? Apenas com suas fragatas, NAe, Rafales M e mísseis de cruzeiro (?) daria conta de toda a campanha?

ricardo_recife

1. Parceria estratégica. EUA e Otan. E a França sempre foi Otan mesmo quando ficou fora do tratado militar. As outras parcerias não são e nunca serão estrategicas. ” A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nasceu do Tratado, assinado em Washington, em 4 de abril de 1949, entre 12 países, incluindo a França e os Estados Unidos. Sua vocação era, e continua sendo, garantir a liberdade e a segurança de todos os seus membros por meios políticos e militares, defender os valores que constituem a democracia, os direitos humanos e o Estado de direito e contribuir para a… Read more »

Edgar

Nunão, e no caso de mísseis de cruzeiro? Os franceses teriam mísseis embarcados com alcance semelhante ao Tomahawk ou teriam apenas mísseis para lançamento em vôo, como o SCALP? Este, por sinal, possui versão embarcada em fragatas ou submarinos?

Estas informações seriam interessantes para nós, inclusive, dados os submarinos franceses que iremos operar, no caso de os mesmos possuírem lançadores verticais.

Ivan

Com mísseis cruise (americanos) lançados de submarinos e cruzadores somados aos ataques aéreos partindo de 2 (dois) porta aviões da Otan, o americano Stennis e o frânces CdG, embarcando algo em torno de 40 e 20 caças respectivamente, é possível realizar ataques “punitivos” contra as forças Sírias leais à Damasco. Mas apenas isso. Para sustentar uma campanha aérea prolongada, com a criação de uma zona permanente de exclusão aérea consistente, é necessário bases aéreas próximas ao TO. Da Otan apenas a Turquia (obviamente vizinha) e a Gran Bretanha podem oferecer estas facilidades. A Turquia está politicamente ligada e interessada. Ceder… Read more »

Ivan
Ivan

http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/Mapa-mediterraneo-oriental-google.jpg

Este mapa do NAVAL está muito melhor, inclusive com detalhes do relevo. Vale a pena conferir.

Saudações,
Ivan, o ‘mapento’.

Ozawa

Em matéria sobre o iminente ataque dos EEUU na Síria, hoje, após a saída dos inspetores da ONU, O GLOBO postou foto ilustrativa com quem ?

ELE !!!!!!!!!!!!!!!!!! O TOMCAT !!!!!!!!!!!!!!!!!!

http://oglobo.globo.com/mundo/putin-alerta-eua-contra-ataque-siria-9769428

Control

Senhores
Considerando que a confusão atual da Siria tem como origem a ação da França quando ela administrava a Siria por delegação da Liga das Nações, seria justo que ficasse para a França a tarefa de ocupar a região, por ordem no conflitos e reorganizar a região estabelecendo nações independentes, pelo menos para os grupos étnicos e religiosos mais importantes. Afinal, é esta solução ou então será aceitar que os grupos mais armados e numerosos dominem e massacrem os mais fracos.
Sds

Ivan

Control,

O que vc tem contra os franceses?

Após a c@c@ que fizeram entre 1918 e 1946 é praticamente impossível uma potência ocidental arrumar aquela bagunça.

Uma missão desta iria matar um bocado de franceses e, com exceção dos parisienses tradicionais quatrocentões (estes uns chatos), o povo francês é bem legal, principalmente no interior.

Que malvadeza!!!

(rs rs rsss…)

Abç.,
Ivan, o Terrível. 🙂

Joner

Akrotiri esta a 120 Km do litoral Sírio, o apoio inglês para uso de suas bases é fundamental, da para fazer ataques sem revoo e sem um NAE!

DrCockroach

O texto reproduz a assetiva de Hollande de que eh necessario “punir” Assad pelo uso de armas quimicas. A mesma expressao “punir” eh usada constantemente pelo Kerry dos EUA. Os erros aqui sao tantos, mas tantos, que precisaria escrever um tratado, mas o mais basico eh que a R2P (Responsability to Protect) nao se baseia em “punicao” de alguem ou regime, mas “protecao” da populacao. Chega embrulhar o estomago assisir o cinismo do Kerry, num ato teatral de indignacao moral, falando da necessidade de punir o Assad. Quando a coalizao usou a R2P p/ atacar o Ghadaffi (que pregava genocidio… Read more »