Vargas em 1932: ‘Os aviões do Exército que deviam voar não têm bombas!’
Neste 9 de julho, aniversário de 81 anos do início da “Revolução Constitucionalista de 1932”, o blog das Forças Terrestres publicou uma matéria especial com trechos do Diário de Getúlio Vargas, nos quais o então chefe do Governo Provisório anotou suas impressões diárias sobre os acontecimentos.
Clique aqui para acessar e ler um relato vívido sobre a falta de preparo das tropas legalistas para enfrentar o movimento rebelde, as tentativas de se encomendar material bélico (incluindo aviões) em outros países para equipar o Exército, entre outros detalhes, como o trecho do título acima e estes abaixo:
“Continua a situação penosa das forças do general Valdomiro, hostilizadas pelos aviões inimigos e sem armas da mesma natureza para contrabatê-los.”
“A atitude do governo francês, não querendo remeter material já adquirido, alegando fins humanitários, teve um outro motivo: é o ressentimento porque todas as encomendas não foram feitas na França, segundo um contrato que lhes dá preferência.”
“Das encomendas feitas nos Estados Unidos, só se sabe do embarque de cinco aviões. Do resto não há notícia, e isso é o que mais me preocupa.”
Franceses: Aprontando com o Brasil desde 1900 e bolinha….
Ué, se havia um contrato dando preferência a eles, aproveitaram o momento para colocar pressão… Culpa que recai então sobre quem assinou o contrato. Mas não devemos nos esquecer de que nossos primeiros carros de combate foram franceses, os Renault FT-17 recebidos em 1920. Essa história faz parte de matéria publicada na Forças de Defesa número 5. Mas, no fim das contas, qualquer preferência por equipamento francês em contratos da “República Velha” foi perdida ao longo do período Vargas nos anos 30 para a Alemanha, ao menos em equipamentos para o Exército. E depois, com a II Guerra Mundial, esta… Read more »
Nunão, serão os Tranche 1 da Luftwaffe os jatos a serem vendidos?
Sempre imaginei que, por serem em maior número, seriam os da RAF:
http://www.key.aero/view_article.asp?ID=2859&thisSection=military
Enquanto os Americanos embarcavam algumas aeronaves para entrega os Franceses ressentidos não entregavam material já adquerido !
Eles fizeram algo parecido com os Israelenses nos anos 60.
Há boatos de alguma trairagem com os Argentinos na guerra das Malvinas e mais recentemente após fracassar uma venda de armas para a Líbia foram os membros principais da força de ataque que derrubou Kadafi .
É imaginação minha ou existe um certo padrão de comportamento vindo já de longa data?
Edgar, há “Tranche 1” disponíveis de fornecedores para todos os gostos, ingleses, alemães, espanhóis, italianos, basta o freguês querer um ou outro interlocutor do grupo EADS / consórcio Eurofighter para intermediar os contatos com as forças aéreas (afinal, não seria um acordo só entre governos, pois tem que tratar dos contratos de manutenção com o fabricante e tudo o mais). Em geral, tenho visto os alemães mandarem um pouco mais no consórcio, porém este pode colocar para negociar algum país mais indicado para o potencial comprador. Os ingleses costumam mais frequentemente ser esses negociantes. Interessante seria fazer um “leilão ao… Read more »
Nunão, seguindo então pela premissa “alemã dos 30” do post e levando-se em conta o outro post sobre os custos do EF para os parentes de Ferdinand Porsche (http://www.aereo.jor.br/2013/07/08/custo-das-encomendas-de-eurofighter-pela-alemanha-ultrapassa-o-planejado/), podemos supor que eles cobrarão, no mínimo, metade do valor que gastaram por célula, o que daria quase R$ 200 milhões a unidade, o que, para equipar o GDA, resultaria num investimento de pouco menos de R$ 2,5 bilhões. Acho que vale mais a pena nossa comandanta assinar logo o FX-2 com uzámericânú. Dá quase o mesmo valor, fora a “gasolina” que o EF bebe 😛 Tudo bem que a gasolina… Read more »
Nunão, se bem que se balançarmos os bolos de notas de 100 dilmas na frente dos europeus, na economia atua, talvez role o leilão ao contrário.
Apesar que é mais fácil conseguirmos bolos de notas de 100 angelas do que de 100 elizabeths….
Ora Edgar…
Tu ficas aí, preocupado com questões menores como câmbio…
Os Tufões são caças de quarta geração! Devem ter, no mínimo, câmbio automático, ora pois!!!!
Pior hoje em dia…o Exército sequer tem aviões…
Aqui no pampa gaúcho pouca importância se dá a esta revolução….
Mas, também lembrando: 9 de Julho de 1816, Dia da Independência da Republica Argentina.
Hoje em dia eu me pergunto….. somos independentes ??
Sds.
Compro o lote todo de T.1 de todos os países.
Eu pago 10 milheta por cada um. Se quiserem é assim, se não quiserem podem ficar com eles.
E pego meu chapéu e vou embora.
Os aviões de Bananphia já eram desdentados desde aquela época.
Foi com uma oferta dessas que o Typhoon ganhou do Gripen na Áustria. Ofereceram um lote por um preço abaixo do que a Suécia estava pedindo pelo seu caça e os austríacos morderam a isca. Agora possuem uma frota cara de manter e incapaz de soltar bombas…
Caro Baschera,
Não sabia que a independência da Argentina é no mesmo dia da Revolução Constitucionalista….Obrigado pela informação. Pelo visto vcs do Sul sabem mais sobre a Argentina do que sobre nós, Paulistas…….Não o culpo, aqui em São Paulo pouca gente sabe sobre, digamos, a Rev. Farroupilha (20 de Set, correto?).
Entretanto lembro sua relevância histórica, quando SP se levantou contra a ditadura do baixinho sulista, exigindo a Democracia para toda Federação.
Sds
Baschera e Guizmo. A propaganda oficial nos demais estados da federação (e mesmo na rede de ensino oficial do MEC) sempre foi a de que SP quis se separar da federação, e que a revolta foi feita pela “zelite” cafeicultora contra o “Padrinho” Vargas, o que é uma visão totalmente deturpada da realidade. Por isso que fora daqui pouco se sabe da Revolução de 1932. Para nós aqui em SP, capital e interior, a Revolução de 32 tem quase tanta importância quanto a Revolução dos Farrapos para vocês gaúchos. Com a diferença que ocorreu no séc. XX, e contra a… Read more »
Um historiador brasileiro conta, em relação a um pedido de resistência ao golpe de 1964 feito a São Paulo (ao Exército sediado no Estado de São Paulo), que a resposta foi: 32 + 32 = 66, lembrando justamente que em 1932 São Paulo não foi apoiado pelo resto da federação. Não sei se foi bem assim.
Onde se lê: 32 + 32 = 66, leia-se 32 + 32 = 64.
Enquanto eu digitava o Vader enviava o seu ótimo comentário que corrige o meu quanto ao apoio de outros estados, lembrando o apoio do Estado do Mato Grosso. Então, o Estado de São Paulo não ficou 100% isolado. Ainda assim, acho, foi traído pelos demais estados, já que a causa – uma Constitução – era importante para todos. São Paulo queria democracia, certo?
Pois é Vader……Eu, como Paulista e Paulistano, tenho imenso orgulho dessa Revolução.
Teodoro Sampaio, por exemplo, que dá nome à rua onde compro meus instrumentos musicais, foi um comandante que, às vésperas de combater tropas federais às margens do Rio Pinheiros, acampou com suas tropas onde hoje é a praça do relógio – no campus da USP.
Aliás, me lembro bem de ver quando moleque DESFILES MILITARES no Ibirapuera, com os veteranos, alguns carros de combate, crianças de escolas públicas e, pasmem, aviões Bandeirante da FAB….Situação impensável nos dias atuais, o GF apoiar com seus aviões um desfile dessa natureza.
Guizmo disse: 10 de julho de 2013 às 14:15 Caro Guizmo, tive o prazer de conhecer um ex-combatente da infantaria voluntária paulista de 1932, já falecido, e ouvir dele alguns relatos de como foi de fato a situação dos combates da Revolução. Uma pena que tantas histórias tenham ficado perdidas no tempo, porque dariam livros belíssimos. São histórias de abnegação e heroísmo como, sinto dizer, nem na FEB, na SGM vimos igual. Em que pese a crueza dos combates, os combatentes da FEB foram ao combate preparados e equipados com o melhor que foi possível lhes fornecer, e inseridos dentro… Read more »