‘Me acordem quando setembro acabar’
Há quatro anos, Ron Covais ocupava o cargo de presidente da Lockheed Martin para as Américas. Naquela época a empresa ainda sentia os efeitos da desclassificação do seu caça F-16 na concorrência F-X2. Um pouco antes da realização da LAAD 2009 o executivo da LM deu uma entrevista para o site Flight Global e expôs suas opiniões sobre o programa F-X2.
Covais afirmou, já naquela época, que a situação econômica mundial forçaria uma redefinição do projeto F-X2 pelas autoridades brasileiras. As palavras de Covais foram: “na minha opinião o F-X2 vai voltar para a gaveta”. Além disso, integrantes da Lockheed disseram acreditar em um novo adiamento do F-X2 e que um “caça-tampão” seria escolhido neste meio tempo.
Hoje, as visionárias palavras de Covais soam como prenúncio de algo que está para ocorrer. No entanto, com o eventual vencimento do prazo das propostas dos três ofertantes em setembro e a pouca disposição na renovação das mesmas, é possível que o F-X2 acabe de forma melancólica ao invés de ser adiado.
Porém, se a opinião de Covais sobre o destino do F-X2 bateu na trave (ao invés de “adiamento”, seria “encerramento”), os executivos da LM podem ter acertado e um novo “caça-tampão” poderia vir para o lugar do moribundo F-X2.
Por ironia do destino um caça-tampão poderia ser exatamente o F-16 da Lockheed Martin, já que este é o caça “usado” mais procurado atualmente. Sobre a morte ou não do F-X2 teremos que aguardar pouco menos de três meses. Já sobre a escolha ou não de um novo caça-tampão, e eventualmente qual seria, não há prazo nem uma pista a respeito.
No meio de tantas indefinições e incertezas, o melhor para quem não resista à ansiedade em relação ao programa F-X2 é se trancar no quarto até lá, e pedir para só ser acordado quando o F-X2 acabar. Ou melhor, quando setembro acabar.
VEJA TAMBÉM:
Só me acordem quando a Dilma disser:
“- F-5, você está oficialmente aposentado e receberá todas as comendas possíveis pelos bons serviços prestados e pelos seus atos de bravura!”
Amigos, na hipótese (que não creio) de o FX2 ser definitivamente cancelado, o Brasil nunca mais vai obter propostas complexas com transferência de tecnologia, e etc. de empresa aeronáutica/país algum no mundo. Vai ser um vexame internacional sem precedentes.
O Brasil terá que comprar caças “de prateleira” ou desenvolver os seus próprios.
Vader disse:
8 de julho de 2013 às 8:17
“Amigos, na hipótese (que não creio) de o FX2 ser definitivamente cancelado, o Brasil nunca mais vai obter propostas complexas com transferência de tecnologia, e etc. de empresa aeronáutica/país algum no mundo. Vai ser um vexame internacional sem precedentes.
O Brasil terá que comprar caças “de prateleira” ou desenvolver os seus próprios.”
Como se a canalhada que está em Brasíia se importasse com isso…
Rafael:
Na boa cara, existem políticos sérios e honestos.
A corrupção começa quando você “paga o cafezinho” para liberar uma multa. Quando vc recebe o troco errada de uma compra e não devolve.
Enfim, a diferença é somente o valor.
No PT existem pessoas sérias, competentes e honestas.
Não se pode generalizar.
Abraços
Caro F-5, não duvido que no PT existam pessoas sérias. Que no PT existam pessoas competentes. Que no PT existam pessoas honestas.
Já as três coisas juntas, eu duvido e truco. 🙂
Vader:
Acredite que existem essas pessoas, como em todos os partidos, sejam de direita,l, esquerda ou centro.
Não fico aqui em discussões inúteis sobre isso, mas de vez em quando a pressão sobe quando vejo alguns comentários.
Quanto as três coisas juntas, aqui estou eu como um exemplo possível!
kkkkk
Politicos honestos no Brasil? Vou colocar essa pergunta no mesmo patamar dos OVNIs. Ouvi falar que existem, vi algums videos na internet, e até li algums livros que afirmam que sim, existem. Mas infelizmente, apesar de ficar diariamente torcendo que hoje seja o dia que verei um, até hoje nunca vi. Quem sabe, talvez existam, mas por enquanto acho que daria mais resultado ir procurar a Atlantida,ou o continente perdido da Lemúria.
“No PT existem pessoas sérias, competentes e honestas.”
Sim! E eu acredito em Papai Noel, Saci-Pererê e Duendes.
Como a Presidente(a) Dilma ira aos EUA com uma agenda vazia – a compra do FSX2 sera o unico acordo assinado, a compra sera apresentada como parte de um acordo maior ( Super Tucano, KC-390 e parceria Boeing+Embraer ) que inclui a compra de um segundo lote de Super Tucano, a contra partida sendo a co-producao do Super Hornet ao Brasil, isto, dentro do programa de capacitacao da Embraer, deve haver tambem um acordo paralelo de exportacao pelo Brasil do Super Hornet no futuro.
thomas_dw disse:
8 de julho de 2013 às 11:37
Apesar de tudo, eu sinceramente acredito nesta hipótese. Aliás, eu venho enxergando há muito tempo esta hipótese como a única viável a esta altura dos fatos, apesar de eu ver o Rafale como a melhor opção para o Brasil.
Sinceramente: se esta viagem da presidentA não for o desfecho do FX-2, só duas soluções podem ser cogitadas, na melhor das hipóteses: tampão ou leasing. De qualquer maneira, nestes últimos casos, o número de aeronaves será, como de costume, irrisório.
Por enquanto o NADA continua na vantagem, e o tempo finalmente está terminando. Para o BEM ou para o MAL, esse FX-2 finalmente vai terminar, o que já é alguma alíveio, afinal das contas.
Prognóstico atual: caças tampão para mais 10 anos.
[]’s
Nick, discordo do seu prognóstico!!!
Prognóstico atual: Super Tucano na 1ª linha e Tucaninho na 2ª…
Isso se não ressuscitarem o Xavante, P-47 e o Gloster Meteor…
É De Gaulle tinha razão…
Depois da descoberta de que os EUA estavam fazendo espionagem, é pouco provável que fechem com a Boeing.
Espionagem em 2002?
Marcos, essa história nem nova é, apesar de todo o carnaval que a Globo está fazendo agora, 11 anos depois…
Quer um motivo pra não concluir o FX2 ponha a culpa nos protestos, não nessa bobice global.
Vader:
Era a desculpa que faltava. Só isso!
Acredito que deva acontecer + ou – como disse o Thomas_dw ,espionagem todos fazem,fizeram e farao sempre ,a questao é que o trairao jogou a m…da no ventilator, nao creio ser isto motivo pra acabar a amizade BRASIL x USA, a Globo como sempre fazendo tempestade em copo d’agua e ajudando o governo a tampar o Sol com a peneira enchendo a cabeça do povao, em October tudo se resolverá e a torcida pró SH terá seu dia de glória !!
Assim espero!!rsrs
Sds.
Eduardo o aprendiz!!
Especulação por Especulação em se tratando de Caça tampão eu vou…….de Mig ou um SU qualquer???
Com certeza até Caça chines tem chance..rsrs…
O melhor tampao é o JF-17 Thunder pois além de barato e ter como colocar um radar AESA e ter uma gama de armamentos boa, ao menos será novinho em folha e nao usado/recalxutado ,chutamos a moita da Argentina e puxamos a fabricaçao do mesmo pra ca !!
Só me acordem quando o Brasil virar pais sério, pelo menos na area de defesa… vou virar mumia egipcia e dormir 5000 anos!!! rsrsrs.
F-16 na FAB não tem a menor chance…
Operado pelo Chile e o nosso tampão certamente seria inferior aos caças chilenos.
O F-16 teria que ser adaptado a REVO por probe, o modelo normal com REVO por BOOM não serve para a FAB.
é mesmo, por que se tranca num quarto com fx ou sem fx a vida continua afinal tem a força aérea dos outros para ser comentada, destilada bla bla bla
Cara, tem umas ideias aqui hoje, que são mais sem pé e nem cabeça, do que o tal do plebiscito da Dilma: 2º lote de ST, qndo sequer o 1º lote foi entregue; KC-390; coprodução do SH no Brasil; capacitação da Embraer; acordo de exportação do SH, pelo Brasil??? O JF-17 um caça barato??? Cumã??? E ainda c/ um radar AESA, que viria sabe-se lá de onde??? A FAB não poderia operar o F-16, pq o revo não é compatível??? Bye, amanhã aqui em SP é feriado, mas mesmo assim irei trabalhar, então deixa eu passar uma camisa, pq eu… Read more »
“Me acordem quando setembro acabar (e o FX-2 acabar).”
Claro. Perfeitamente.
Mas… …setembro de que ano?!
…
Pois eu já acho a coisa tão feia, mas tão feia que se eu estivesse no lugar do Comandante Saito, viajaria à Alemanha e, com o quepe na mão, humildemente, pediria a doação dos F-4F da Luftwaffe para substituir os Mirage.
Sim, porque com as tesouradas que o MinDef vai levar no orçamento, só virá caça-tampão se for por doação.
Mauricio R. disse: 8 de julho de 2013 às 18:58 Sobre sua duvida a respeito do preço barato do JF-17 encontrei em postagem aqui do PA valor entre 20 e 25 milhoes de dolares e estas especificaçoes deste caça NOVO e muitos anos luz melhor que os recauxutados F-5 ,e melhor investimento do que em caças tampoes usados por pouco menos que este valor e com vida util desgastada,além de necessidade de atualizaçoes. As características divulgadas do JF-17 são: ■comprimento: 14,47m ■peso máximo de decolagem: 12.474 kg ■velocidade máxima: 1.909 km/h ■raio de combate: 1.352 km ■armamentos: canhão de dois… Read more »
Até onde me recordo os novos 767 virão com três pontos para reabastecimento meu caro Gilberto Rezende. O ponto central é um Flying Boom. Ou seja: nada impede que o F-16 seja o futuro tampão. Aliás um tampão bem melhor que os atuais Mirage 2000
HMS Tireless,
O ponto central do KC-X2 da FAB não será Flying Boom, e sim mais um probe & drogue (mangueira com cesta), numa posição ideal para reabastecer no ar aeronaves maiores, como o KC-390.
O que se pode fazer, caso se decida adquirir F-16 ou mesmo F-35A no futuro, é mandar colocar também um Flying Boom nos nossos futuros aviões-tanque.
Os KC-767 da Força Aérea Italiana foram recebidos com nada menos do que quatro pontos de reabastecimento: três probe & drogue, como os que a FAB requisitou, e mais o Flying Boom:
http://www.aereo.jor.br/2011/02/05/recebido-o-primeiro-kc767-a-da-forca-aerea-italiana/
Nunão:
Seria muito caro instalar um Flying Boom nos novos 767?
“HMS TIRELESS em 08/07/2013 as 21:01 Nunão: Seria muito caro instalar um Flying Boom nos novos 767?” Acho que a questão nem é pensar só em preço, mas na necessidade e na flexibilidade. Evidentemente, sem ser necessário é besteira gastar nisso, mas se for adquirir quantidades de F-16 ou F-35, faria todo sentido. Sabendo-se de uma eventual necessidade antes, pode-se configurar a aeronave de uma vez com as quatro “bombas de combustível”, o que deve ser menos caro do que fazer isso depois. Assim como fizeram os italianos. Seria o caso de pesquisar quanto custou o programa italiano dos KC-767A.… Read more »
Eduardo, Eu não tenho dúvida alguma, estava é sendo irônico; mesmo. Só pq a PAF acha essa aeronave linda e maravilhosa, não quer dizer que na FAB será o mesmo. Como é que fica o custo da hora de voo??? O mtbf da turbina é superior ao da J-85??? E o custo/benefício??? E o custo e a disponibilidade de peças de reposição??? Tem mta força aérea por aí, investindo o mesmo montante por célula que o suposto preço dessa aeronave, p/ reformar F-16, enquanto isso ninguém mais além do Paquistão investiu no modelo. Nunão, HMS Tireless, Caso o F-16 fosse… Read more »
“Mauricio R. em 08/07/2013 as 21:47 Nunão, HMS Tireless, Caso o F-16 fosse o tampax da aviação de caça da FAB, o que nos impediria de adotarmos a mesma solução da FACH, adquirindo 2 X KC-135E??? Ou até mesmo, 2 X KC-135R. Além da disponibilidade e interesse dos americanos, em vende-los???” Havendo KC-135 disponível para compra e em condições de uso, como foi o caso do Chile, não vejo nenhum impedimento, aliás no caso de um tampão como o F-16 seria a opção mais lógica e provavelmente mais barata (ao menos no momento da aquisição) do que adaptar flying boom… Read more »
Senhores Tendo em vista que as especificações do FX2 foram definidas em uma época que a realidade geopolítica e econômica era outra assim como a realidade da FAB, o FX2 ser abandonado de vez talvez seja um benefício para o país e para a FAB. Com a entrada em operação de aviões de quinta geração e da expansão do uso de UCAVs, a realidade do combate aéreo está em mutação e um grande investimento em conceitos antigos pode representar uma péssima decisão e colocar a FAB em uma situação pior do que ela estava antes da modernização dos F5. Sendo… Read more »
Com todo o respeito a sua opinião Control!
Teríamos então a partir desta solução o maior e mais chique circo aéreo do planeta.
Grande abraço
Prezado Juarez Se você se refere a solução política que apontei como possível, concordo plenamente que é ruim, senão péssima. Porém tem a virtude de tirar a FAB deste imbróglio do FX2 e abrir a ela uma possibilidade de evolução futura. Mesmo quanto aos F18, se eles forem comprados com a capacidade de evoluírem para Growler (ou já serem), a FAB estaria no lucro pois teria um vetor para desenvolver seu expertise no combate a sistemas defensivos pesados. Além disto, pelo menos os motores do Gripen e do F18 são iguais. O Rafale para a MB é que sai totalmente… Read more »
Caro Control: O que garante que cancelado o FX2 o governo brasileiro se prestaria a adquirir uma aeronave de 5a geração ou um drone de 6a? Por outro lado, como que o amigo espera que uma força que opera basicamente aeronaves de 3a geração passe de uma hora para outra para uma de 5a, ou pior, 6a (?) geração, sem deixar desguarnecida nesse processo a defesa nacional, que afinal é a missão constitucional da força? Também, se o FX2 foi pensado justamente para padronizar logística e economizar custos, através da adoção de uma única aeronave para as missões de patrulha,… Read more »
Com todo o respeito à proposta do Control, penso que poderíamos apenas pensar num HiLow mix e escolhermos, de prateleira, os quinze SH citados para o GDA e umas quatro dúzias de Gripen E para os demais esquadrões no futuro. Apesar de muita coisa diferente em cada um os motores seriam os mesmos. A aviação naval de caça está em uma sinuca de bico. O Opalão é limitado em relação ao SH e não existe, ainda, uma versão naval do Gripen. Sob todos os aspectos eu excluiria o Rafale naval. Se o que mencionei fosse feito, ou algo similar, ganharíamos… Read more »
Senhores Com respeito ao que apresentei as 7H00 do dia 9: Sugeri a opção do abandono definitivo do FX2 pela sua obsolescência face as mudanças tecnológicas e geopolíticas que aconteceram depois de seu “start” e a adoção de três diretrizes: 1. Aquisição ou leasing de um tampão para resolver o problema da saída dos M2000; 2. Compra de um 5ª geração (F35 ou Pakfa) ou participação do desenvolvimento de um (projeto turco, coreano ou sueco?), o que significa obter os caças aí pelo meio da próxima década (o que significaria esticar ao máximo a vida dos F5M); 3. Investimento no… Read more »
Prezado Control,
de minha parte você foi suficientemente claro. Eu apenas quis dar um pitaco. Reitero que apenas deixaria de lado o Rafale.
Reescrevo, também, para lembrança, duas restrições fundamentais: capacidade financeira suficiente e interesse/decência/responsabilidade da “casta” política brasileira.