F-35: entregue o primeiro componente israelense de material composto
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A empresa israelense Elbit Systems-Cyclone entregou à Northrop Grumman, dos Estados Unidos, seu primeiro componente em material composto avançado para a fuselagem central do caça F-35
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A Northrop Grumman informou em nota divulgada na segunda-feira, 10 de junho, a entrega do primeiro componente em material composto avançado, por parte da empresa israelense Elbit Systems-Cyclone, destinado a fazer parte da fuselagem central do caça F-35. A fuselagem central do caça da Lockheed Martin é fabricada pela Northrop Grumman.
Essa entrega, segundo a empresa, é um marco significativo para o programa F-35, pois é a primeira peça em material composto fornecida por um país comprometido a comprar o F-35 por meio de acordo do tipo FMS (foreign military sales – vendas militares ao exterior). Esse componente entregue (foto abaixo) é uma de 16 partes únicas a serem fabricadas pela Elbit Systems-Cyclone por meio de um acordo de sete anos com a Northrop Grumman, assinado em dezembro de 2011.
Michelle Scarpella, vice-presidente do programa F-35 na Northrop Grumman Aerospace Systems, declarou: “Prevemos receber mais de 50 entregas de componentes da Cyclone neste ano, então esse é um grande começo e mostra o comprometimento da Cyclone com o programa. Com essa primeira entrega, a Cyclone demonstrou que está equipada e qualificada para fabricar e entregar partes em material composto de qualidade para o avião, do qual Israel se comprometeu em adquirir 19 exemplares.”
Sobre a participação da Northrop Grumman no programa F-35: a empresa é um dos principais membros da parceria industrial liderada pela Lockheed Martin, realizando parte significativa do trabalho de desenvolvimento e produção. Mais de 32 fuselagens centrais para o F-35 foram entregues em 2012 pela companhia, que espera superar esse número em 2013.
Além da fuselagem central, a Northrop Grumman projetou e produz o radar do F-35 e outros aviônicos fundamentais, como os subsistemas eletro-ópticos, de comunicação, navegação e identificação. A empresa também desenvolve programas (softwares) de sistemas de missão e de planejamento de missão, entre diversos outros itens.
FONTE / FOTOS: Northrop Grumman – imagem do alto originariamente da Lockheed Martin, via Northrop Grumman
Tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês
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Isso ai se chama transferência de tecnologia real!
Por que?
Porque os israelense simplesmente pediram compensações comerciais dentro do programa, ou seja, os americanos tiveram de repassar informações essenciais dos materiais para que os israelense pudessem desenvolver os materiais em questão e posteriormente fabricar as peças.
Esse offset lembra o que a Embraer recebeu quando da compra dos F-5E pela FAB, os painéis honeycomb. 🙂
[]’s
Painéis esses que foram essenciais para a Embraer ser o que é hoje, por sinal…
Toda vez que vejo a foto deste caça, e lembro do Jobim, da vergonha do povo deste país…
Parcerias se constroem assim. Compensações comerciais, desenvolvimento conjunto, intercâmbios tecnológicos, compra de caças…
“É demais pra nós”.
Enquanto isso no Irã….zZzZZZzzzzzZ
Enquanto isso em Banania…
Flávio
Aquilo ali foi a declaração mais sem vergonha que já vi na vida!!!
Prezados, não é uma declaração sem vergonha. É a declaração de um leigo. Sim, o mesmo Nelson Jobim de outra feita, numa entrevista, declarou que a FAB estava bem servida de caças, pois tinha uma grande frota de Super Tucanos. Ou seja, na cabeça dessa entidade o Super Tucano é um caça de superioridade aérea. É isso que dá se colocar um miserável fraudador da Constituição para exercer uma função que deve ser exercida por um técnico, quando não por um militar. Quanto ao F-35, penso que ele de fato é “demais pra nós”. País que vota em Lula e… Read more »
Isso serve para nós: “O Ministério da Defesa Indiano tem muito o que aprender de países em desenvolvimento com muito menos poder de compra que a Índia, e que traduziram offsets por se colocar num mesmo patamar estratégico. A Turquia utilizou tecnologia obtida por compensações para desenvolver um componente para o caça norte-americano F-35 JSF (Joint Strike Fighter), eventualmente tornando-se o único fornecedor desse componente. Quando os EUA deixou de considerar o papel da Turquia como um fornecedor, o país entrou numa verdadeira briga de “Davi contra Golias”, segurando suprimentos e causando um atraso de 17 meses no programa do… Read more »
Prezado(a)s,
Embora possa parecer offsets, ou compensacoes comerciais, como citado pelos colegas, nao eh o caso. O que temos sao parceiros (em diferentes niveis) do projeto.
Na verdade, eh explicitamente proibido aos participantes (ou compradores) demandarem offsets como contrapartida as aquisicoes do F-35, algo peculiar ao F-35. Esta condicao foi imposta desde o inicio do lancamento do programa.
Se no futuro isto vier a ser modificado p/ aumentar as vendas do F-35 eu nao sei dizer, mas hoje nao eh permitido solicitar offsets, mesmo que a imprensa confunda os temas.
[]s!