Caças Rafale franceses da Marinha e da Força Aérea na ‘Semana de Defesa Aérea’
Nesta sexta-feira, 31 de maio, a Força Aérea Francesa divulgou nota sobre a realização da “Semana de Defesa Aérea” (Air Defense Week), treinamento em que desde o dia 21 até hoje diversas unidades estiveram engajadas, num exercício coordenado pela Marinha Francesa (Marine Nationale) a partir da Base Aeronaval de Landivisiau. A Marinha Francesa também divulgou nota sobre o exercício na quarta-feira, dia 29.
A Força Aérea Francesa (Armée de l’air) participou com um Rafale biposto do Esquadrão 1/91 “Gascogne”, um Rafale C do Esquadrão 1/7 “Provence”, um Rafale C do Esquadrão 2/30 “Normandie-Niemen”, um Mirage F1, um C160 Transall, um Hercules C130 e dois reabastecedores C135. Também fizeram parte do exercício aeronaves da Suíça (sete caças F-18) e do Reino Unido (dois helicópteros Sea King).
O foco da semana de treinamentos foi defesa aérea, controle do espaço aéreo, além de detecção e ataque de navios, permitindo testar a coordenação e interoperabilidade de forças e seus equipamentos num ambiente “interarmas” e “interaliados”.
Segundo a Marinha Francesa, participaram do exercício os destróieres de defesa aérea Cassard francês e HMS Diamond britânico. Os caças e aeronaves navais empregados pelos franceses foram 12 Super Étendard Modernisé (SEM), 12 Rafale Marine e 1 Hawkeye, além de um avião de patrulha marítima Atlantique 2.
Na nota da Força Aérea Francesa, foi publicado um relato de um piloto de Rafale do Esquadrão “Gascogne”:
“Na Semana de Defesa Aérea, eu participei de uma patrulha conjunta, também chamada de MFFO (Mixed Fighter Forces Operation – operação de forças mistas de caças). Juntamente com um Rafale Marine (versão naval do Rafale, também chamada de Rafale M), nosso papel era prover a defesa aérea de um elemento específico, no caso, um navio. Nesse exercício conduzido pela Marinha, nós coordenamos nossa ação conjunta compartilhando as comunicações. Estamos acostumados a trabalhar juntos, e operamos de acordo com os mesmos procedimentos, compartilhando um conjunto comum de competências. Isso foi exemplificado em especial nas missões conjuntas que conduzimos durante a Operação Harmattan, sobre a Líbia. Além disso, a conversão de pilotos navais e da Força Aérea é feita há muitos anos no Esquadrão 1/92 “Gascogne”*, em Saint-Dizier”.
FONTES / FOTOS: Força Aérea Francesa e Marinha Francesa (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês)
*NOTA DO EDITOR 1: há um erro na nota original, pois o nome correto do esquadrão de conversão operacional para o Rafale é 1/92 “Aquitaine”. Aém disso, os “muitos anos” aos quais o aviador se refere somam, na verdade, cerca de dois anos e sete meses. Para saber mais sobre essa unidade de conversão e assuntos relacionados, veja os links da lista abaixo.
NOTA DO EDITOR 2: reparar que o Sea King britânico mostrado na foto logo acima, disponibilizada pela Marinha Francesa em sua nota sobre a “Air Defense Week”, é uma versão de alerta aéreo antecipado. O equipamento de radar é visto em sua posição recolhida, logo atrás da carenagem da roda direita do trem de pouso principal.
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A segunda foto ficou bacana. Fazia um tempo que não reparava como são finas as asas do F-18, seguindo a escola do F-104 e do F-5. Antigamente se faziam as asas com 2 ou 3 longarinas principais, mas com a necessidade de se afilar as asas por causa do voo supersônico, apelou-se para as multilongarinas (a partir do F-104), responsáveis pela notável resistência das finas asas dos caças mais novos, como o F-16, por exemplo, capazes de transportar quase 5 toneladas por asa, cada uma com menos de um palmo de espessura na raiz.
Vendo o Sea King, surgem perguntas. O que farão com os nossos? Vão dar baixa definitiva? Não seria o caso de mantê-los voando como SAR ou transporte de tropas?
Eles tem potenciais para serem modernizados, mas acho que deve depender do tempo necessário para comprar mais SH-60. Temos de evitar riscos desnecessários, se demorarem mais uns 5 anos para serem desativados, vale a pena moderniza-los e prevenir riscos de acidentes. Além do mais, nossas Forças Armadas nunca tem uma boa quantidade de helicópteros.
Uma coisa interessante é modernizar uns quatro e modificá-los para alerta aérea antecipado, assim poderiam operar no NAe São Paulo em apoio aos A-4M.
Será que os Ec725 podem receber um radar e fazer operações de alerta aérea antecipado?
Colombelli
Seria interessante se mantivéssemos uma quantidade de Sea King (modernizado) para o transporte de fuzileiros navais
Ci_pin_ ha Foi justamente o que pensei, lembrando dos ingleses,que usam pra transporte e estão reformando e modernizando os seus pra continuar nesta função. Ainda que as outras sugestões que mencionaste talvez fossem meio caras e por isso inviáveis, para transportar tropas não teria muita coisa a ser feita. A questão seria so manter voando, o que, em princípio, teria bom custo/benfício. Com certeza é melhor alternativa que fazer “doações” a paises vizinhos ( e as vezes traíras) como fizeram com o sapão na FAB. Tudo vai depender do tempo que poderiam voar ainda para ver se vale. A MB… Read more »
A Armada Española mantém 7 (sete) SH-3 Sea King para transporte de tropa e SAR, além de mais 3 (três) para AEW.
Sds.
A MB está recebendo/receberá também os S70 e S-2 Tracker, se a quantidade não é o ideal mas ao menos poderá atuar nesse teatro.
Quanto aos SH3, pelo que sei poderiam ser modernizados no Brasil para cumprir estritamente missões SAR por bons anos ainda.
Se a MB seguir com sua ilusão de operar um porta aviões com dotação completa, então a aeronave AEW será o S-2 Turbo Tracker modernizados para esta função. Células usadas do tipo já foram compradas e passam neste momento pela atualização estrutural e de motorização.
Quanto aos Sea King, dado que a MB teve que entubar DEZESSEIS EC-725 que NUNCA PEDIU, eles estão fora do jogo, abandonados até completar-se a dotação de MH-16 do HS-1, quando serão aposentados de vez.
Srs
Considerando que os EC 725 estão bichados, é bom que a MB fique esperta e não conte muito com eles, pois não há solução a vista até o presente. Uma medida sensata seria, pelo menos, manter operacionais os Sea King para a função SAR.
Sds