Finalmente se encerrou a linha de produção do MiG-21
A China encerrou recentemente a produção do seu clone do MiG-21 (J-7), depois de quase 50 anos de produção de versões aperfeiçoadas do design original russo.
A China começou a produção licenciada do MiG-21 em 1964 e depois de 10 anos começou a produzir a versão local J-7. Cerca de 2.400 jatos foram produzidos.
Os primeiros eram inferiores em qualidade comparados aos russos, mas por volta dos anos 1980 os chineses conseguiram equiparar-se. Em 1985 a Rússia encerrou a produção do MiG-21, depois de mais de 11.000 jatos produzidos.
A versão chinesa J-7 foi exportada para 14 países e uma dúzia ainda opera o J-7.
SAIBA MAIS:
Mais de meio século em produção, incrível! Sendo utilizado em vários conflitos no decorrer do século vinte. Acredito que o Brasil deveria conseguir um exemplar para expor em museu.
1957-2013. Nem em sonho Mikoyan e Gurevich poderiam adivinhar a longevidade do seu projeto. Um dos mais importantes caças da história, sem dúvida.
Nunca um caça foi tão produzido no pós guerra como o MIG-21
Nunca um caça foi tão derrubado no pós guerra como o MIG-21
Meu caça preferido
Seria como ter produção de F-5 até os dias de hoje.
Acredito que o Brasil deveria conseguir um exemplar para expor em museu.
Caro Edcarlos Prudente
Existe um exemplar no Museu da TAM em São Carlos.
Complementando o Poggio, além do -21, o Museu da TAM tem ainda MIg-15 Bis e Mig-19.
Sempre seria bem vindo mais um, especialmente se viesse com algum pod, mísseis, tanques e bombas. Ver essa parafernália exposta seria interessante.
Maravilha companheiro Poggio! Bom se tivesse um MIG-25 em um museu no Brasil, esse eu realmente queria ver de perto.
No livro Mikoyan MiG-21 (Famous Russian Aircraft) o autor, Yefim Gordon, afirma que foram construídos pouco mais de 10.500 Migs 21, de uma produção total de 11.400 (dados de 2006).
Em termos puramente numéricos, o desempenho das últimas versões do velho Fishbed eram comparáveis ao do F-16A.
Há histórias interessantes de combate aéreos simulados entre os F-15C americanos e os Bisons modernizados indianos muito interessantes.
Não me lembro onde li que o J-17 Thunder por baixo ainda é estruturalmente o velho Mig-21/F-7.
Abs,
Ricardo
http://www.amazon.com/Mikoyan-MiG-21-Famous-Russian-Aircraft/dp/1857802578/ref=sr_1_2?s=books&ie=UTF8&qid=1369924518&sr=1-2&keywords=Mig-21
Consertando: 10.500 na URSS/Rússia. E novecentos em outros lugares com dados de 2006.
Como o Ricardo_Recife citou, o MIG-21 ainda é produzido, com uma aparência moderna sob o código de FC-17. 🙂
[]’s
Soyuz, Provavelmente “nunca um caça foi” empregado de maneira “tão” equivocada “no pós guerra como o MIG-21”. Primeiro as táticas soviéticas do pós guerra eram centralizadas em GCIs e outros controles em terra, o que refletia a forma de poder político central e a mentalidade terrestre. Um caça leve, rápido e razoavelmente manobrável como o MiG-21 não podia ser explorado pelos caçadores vermelhos como seus antecessores nos caças a pistão e MiGs-15. A doutrina não permitia. Segundo porque os soviéticos, depois os russos, sempre exportaram versões downgraded, faltando coisas simples como um RWR (alegando que o GCI alertaria a aproximação… Read more »
Se por um lado a lista de derrotas do MiG-21 impressiona, entre suas (poucas) vitórias estão dados interessantes. Arrisco dizer que nenhuma outra aeronave abateu tantos tipos diferentes, como Mirage III, Phantom II, F-105, F-104, B-52, A-4, entre outros, em tantas guerras diferentes. Acho que ele nunca foi vitorioso contra aeronaves de geração mais nova, mas contra seus pares, em boas condições, sempre pôde conquistar vitórias.
E pensar que o Brasil chegou em pensar em adquirir as versões chinesas do Mig 21. Dada a qualidade, acho que nada teríamos atualmente.
Concordo Ivan, a explicação para o MIG-21 ter sido normalmente um saco de pancadas é exatamente esta que colocou. Em linha gerais, projeta-se um avião para um cenário e provavelmente ele vai operar em outro. O MIG-21 pouquíssimas vezes operou como interceptador supersônico com acionamento deste a posição de alerta em solo, contra um alvo voando alto e sobre controle do GCI. Alguns projetos se adaptam muitíssimo bem, outros nem tanto. O Mirage-III (e por extensão suas derivações) é um exemplo de grande adaptação a novos cenários. O F-4 nem se fale, provavelmente o grande caça supersônico do século passado… Read more »
Fico com as palavras de Giora Romm, ás da Heyl Ha’avir:
“It’s like a Volkswagen: fuel and go! Fuel and go!”
Costumo estabelecer um paralelo entre o MiG-21 e o TIE-Fighter, de Star Wars, cujas características eram muito parecidas.
Em tempo: não sou fanático por Star Wars.
Um caça histórico e excepcional a seu tempo.
Síntese da doutrina soviética. Quantidade, simplicidade e rusticidade. É como um caminhão Ural dos ares.
Posso estar enganado mas os Mig abatidos não eram pilotados por Russos e as versões também não eram atualizada, não me recordo se os chinas entraram em combate com os seus J7.
Soyuz, O cenário para o qual o MiG-21 foi criado era de combate dentro do alcance visual com canhões e mísseis IR, operando a partir de bases rústicas próximas a frente de combate, acompanhando o avanço ‘defensivo’ do Exército Vermelho. Para missões de interceptação dentro do território soviético havia os mais pesados Sukhois. Nao os atuais Su-27 e Su-30, mas os delta Su-15 em conjunto com os então novos MiG-25. Para interdição, por sua vez, havia outros Sukhois igualmente mais pesados, os Su-17 e Su-24. Tudo isso sob um guarda chuva SAM de diversos tipos e tamanhos. Felizmente não foi… Read more »
Dizem que as versões modernizadas por Israel e pela Rússia são melhores que os F-5M.
A minha versão preferida é MiG-21-97, que nada mais era que a versão MiG-21-93 com a RD-33.
Alguém tem números quanto aos combates aéreos do MiG-21?
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