Ordem do Dia – Dia da Aviação de Patrulha
O estado era de beligerância. O primeiro Batismo de Fogo da Força Aérea Brasileira, nos idos de 42, envolvendo as Forças Aliadas e os países do eixo no litoral de nosso país, mantém até hoje acesa a chama do idealismo que permeia o espírito da Aviação Militar no Brasil. O legado audacioso e perspicaz dos nossos heróis que dedicaram todas as suas habilidades intelectuais, físicas e mentais em prol de objetivos profícuos elevaram aos ares mais altos os resultados obtidos em diversos cenários de combate.
Nas décadas seguintes, o soar dos motores de máquinas como o P-15 NETUNO e o P-16 TRACKER fez ressurgir o sentimento de manter, incondicionalmente, a proteção das águas territoriais dotadas de riquezas infinitas e que tanto contribuem para a consolidação do Brasil no cenário mundial. É de importância inquestionável resgatar aqueles momentos de glória como forma de potencializar as ações dos homens e das mulheres de hoje no cumprimento de suas missões.
Esse ímpeto, norteado por valores sedimentados na Hierarquia e na Disciplina, tornou a Aeronáutica uma Força Armada capaz de garantir a soberania do nosso espaço aéreo defendendo interesses da nação brasileira e contrapondo-se ao inimigo que pode minar as resistências do País por meio de ações furtivas na costa marítima.
Referendando o “AGEUM de Olimpus”, o “Concilium Phoenix” e o “Areté de Netuno”, homenageamos as vitórias das Unidades Operacionais da Aviação de Patrulha nas imagens das cabeças alvas dos nossos antecessores que, integrados à jovialidade das atuais gerações, revivem os suportes fundamentais ao enfrentamento dos grandes desafios do desenvolvimento.
O panorama tecnológico vivido hoje impõe uma conduta dinâmica e pautada no aprimoramento acelerado, pois os modernos equipamentos permitem o desenvolvimento de uma infinidade de táticas e de técnicas, as quais, renovando-se diariamente, trazem consigo desafios inerentes a um vertiginoso desenvolvimento operacional.
As aeronaves P-95, com a sua plenitude atingida nos anos 90, semearam o conceito dos voos multimissão. A plêiade de sensores aeroembarcados possibilitava, já naqueles anos, o monitoramento do espectro eletromagnético na sua totalidade, exigindo uma postura aguerrida e intelectual dos oficiais e graduados engajados no Patrulhamento Marítimo e na Inteligência de Sinais. A oportuna modernização desse versátil equipamento faz os guardiões das costas marítimas do Norte e do Sul do País vislumbrarem horizontes ainda mais auspiciosos. Uma aviônica de última geração, atrelada à capacidade de detecção do Radar Seaspray, mostra um futuro promissor para este equipamento no controle e no policiamento do tráfego marítimo nacional.
Após mais de uma década de trabalhos incessantes de diversas instâncias da administração do Comando da Aeronáutica, acorda-se do sonho do P-3AM, caindo em uma realidade operacional sem dimensões. O sistema aeroembarcado de Patrulha mais moderno da atualidade permeia os voos muito além das 200MN em parceria com os já consolidados sistemas dos P-95.
A aplicação das aeronaves P-3AM suscitou a necessidade de um grande aperfeiçoamento técnico e intelectual no Universo dos Patrulheiros ao buscar contrapor-se às ameaças submersas que, sorrateiramente, podem estar sob as nossas águas. Da mesma forma, as fronteiras se romperam e a projeção do Poder Aeroespacial brasileiro já se apresenta nos mares gelados da Europa e nas águas setentrionais da África.
O contínuo aprimoramento nos treinamentos nacionais e internacionais serve de pilar para objetivos mais audaciosos, pautados, em breve, no potencial bélico caracterizado pelo emprego armado das aeronaves P-3AM. Com a aquisição de armamentos de última geração, o poder dissuasório alcançará níveis de destacada excelência.
Estas vitórias também são comemoradas na data de hoje, pois a Aviação de Patrulha retorna aos mais altos patamares operacionais de outrora. O orgulho e a vibração involuntários dominam os semblantes daqueles que têm no respeito e na camaradagem entre as equipagens de voo e as equipes de solo o sentimento do dever cumprido.
Os desafios que serão sobrepujados com dimensões a serem delineadas tomam, a cada dia de voo, contornos maiores. As experiências ora vivenciadas nas Forças Aéreas de vanguarda mundial levam a sérias reflexões acerca da responsabilidade depositada nas Asas da Aviação de Patrulha.
A estrutura sustentada pelos incansáveis P-95, agora potencializada com o poderoso P-3AM, permite aumentar o sentimento de segurança no seio de cada brasileiro. O Pré-Sal pode incrementar o crescimento econômico da Nação com a certeza de que modernos vetores e homens preparados estarão, diuturnamente, garantindo a aplicação dessas riquezas em prol do engrandecimento da nossa sociedade.
Essa realidade deixa claro que a Força Aérea Brasileira evolui constante e diariamente graças ao trabalho, à união e ao idealismo de seus homens e mulheres, movendo ações grandiosas sempre em benefício do Brasil e de sua gente.
Parabéns aos Patrulheiros e Salve a Aviação de Patrulha!
TEN BRIG AR NIVALDO LUIZ ROSSATO
COMANDANTE-GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS
FONTE: COMGAR
Legal o mapa.
Off-topic:
F-35A operacional em meados de 2016:
http://www.foxbusiness.com/news/2013/05/20/exclusive-us-air-force-to-move-forward-target-date-for-f-35-use/
Aqui a mesma notícia, mais completa, na Reuters:
http://www.reuters.com/article/2013/05/21/us-lockheed-fighter-idUSBRE94J0V020130521
Em suma:
F-35B: o primeiro, para 2015;
F-35A: meados de 2016;
F-35C: 2018.
Mylord Vader, embrulha uma duzia de cada um para o Brasil…
Tudo muito bonito, tudo muito legal, eu só não entendo essa insistência irritante em vincular a defesa de nossas águas azuis com essa encrenca chamada pré-sal.
.
Bosco,
Simples. Justificar gasto em defesa, como se precisasse e como se isso fosse uma justificativa. É um sofismo.
Bosco, só um adendo, se me permite.
Isso é uma realidade, o oil virá de la, será uma realidade do país nos próximos 40 anos eu acredito, uma ” encrenca” é o que os politicos estão fazendo com os royalties.
E só não está ameaçado por causa do mapa.
sds
GC
Milord
Será que estas duas noticias tem vinculo.
http://www.flightglobal.com/news/articles/us-marine-corps-studying-harrier-enhancements-386224/
abraços
GC
Galeão Cumbica disse:
22 de maio de 2013 às 19:47
Caro Galeão, conforme a própria notícia, a frota de AV-8B do USMC está em muito melhor estado do que a frota de F/A-18 “Legacy”, que será a primeira a ser retirada de serviço pelo F-35B.
Não há relação com o atraso do F-35B, ou muito menos sua qualidade como substituto do Harrier II.
Sds.
Galeão,
Eu sei e torço por ele. E não por minha causa que com pré-sal ou sem pré-sal não vai me ajudar em nada e nem aos meus, mas meu espírito altruísta se alegra já que com certeza irá dar emprego para uns e enricar outros.
O que não concordo é com a desculpa de investir na defesa por conta desse argumento. Acaso antes não precisávamos de defender nossas águas?
Só o q
Creio que minha filhota apertou sem querer um botão no teclado e mandei a mensagem antes de concluí-la, mas era só isso mesmo.
Um abraço.
Dizem que há apenas tres tipos de pilotos:
Os patrulheiros, que não só voam como também pensam;
Os caçadores que voam mas não pensam;
Finalmente, os caras dos helis: esses pensam que voam….
Desculpe-me Hrotor.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Rom,
E tem também os pilotos de UAV, que pensam mas não voam.
rsrsss
Pô, meu caro Bosco, é mesmo. As ARPs estão tão desenvolvidas que são capazes de comandar o RIPPSSDE (ritmo de injestão de pipocas de pilotos sentados no sofa de estar).
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Metendo o bedelho…
Rommelqe, pra mim só existem dois tipos de piloto: os que enchem o saco e os que eu não conheço 😉
Sds.
Dizer que o pré-sal é fundamento para investimentos na defesa é realmente um sofisma. Se nós, aqui, com a costa para dar apoio, estamos penando pra conseguir explorar, talvez nunca consigamos a custo que justifique, quem teria condições de vir tomar algo e ter de manter uma estrutura a milhares de quilômetros? E se viessem tomar plataformas ja instaladas, bastaria ataques simples por aeronaves ou submarinos nestas estruturas para debelar a tentativa. Ninguem, salvo talvez os EUA teriam condições de manter uma força permanente defendendo uma conquista deste porte. Mas pra eles é mais barato comprar do que conquistar. Eles,… Read more »
Bosco longe de mim querer acrescentar algo no seu post concordo plenamente no que disse principalmente que o pre sal vai dar emprego pra uns e enriquecer outros! Se tivessemos governantes serios ainda poderia ser mas hoje se tem a gangue A e gangue B.
Collombeli vc esta certissimo pra se manter uma plataforma ja e dificil pela logistica normal ainda mais se manter em um pais invadido! Imagina so um detalhe sao 2 km de lamina dagua e se ela sai 3 graus da coordenadas do fundo do mar tem que desconectar!!
Sds
GC
E falando em venezuela, eles lancaram um missil ontem mk 82!
GC
Essa história de proteger o pré-sal é uma piada…
Sobre o off-topic do Galeão, verifiquei que um blog “concorrente” aí fez uma tradução porca do que diz a matéria do Flightglobal, “esquecendo” de dizer que o Harrier só será modernizado porque a frota está em melhor estado do que a de Hornet´s, e não por conta de incapacidade do F-35B.
Fato este que levou nosso conhecido amigo Wágner a ter orgasmos múltiplos por lá, rsrsrs…
Cada um enxerga o que quer mesmo…
E nada como o Aéreo, com suas traduções perfeitas.
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