Primeira fuselagem de Rafale F1 modificada foi enviada à Dassault
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Célula de Rafale F1 da Marinha Francesa passou por diversas modificações, em instalação industrial da Força Aérea, para capacitá-la a ser modernizada para o padrão F3 na linha de montagem da Dassault
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A Força Aérea Francesa divulgou nota na terça-feira, 23 de abril, informando que suas instalações industriais aeronáuticas de Clermont-Ferrand terminaram os trabalhos estruturais na primeira fuselagem de Rafale F1, a M10, pertencente à Marinha Francesa. A célula foi enviada ao fabricante Dassault, onde receberá os equipamentos do padrão F3.
A célula do Rafale M10 chegou ao “atelier industriel aéronautique” (AIA) de Clermont-Ferrand em 28 de novembro de 2011. Lá, a fuselagem do padrão F1, que originariamente tinha capacidade restrita à arena ar-ar, foi totalmente “despida” de suas tubulações e cablagens. Também recebeu aproximadamente 2200 modificações estruturais para capacitá-la a receber cablagens e equipamentos do padrão F3, de capacidade multitarefa.
No dia 16 de abril, a fuselagem deixou Clermont-Ferrand para ser entregue às instalações da fabricante Dassault em Argenteuil. Lá, a célula será integrada à linha de produção de novas aeronaves e ganhará uma nova vida. Trata-se da primeira de uma série de 10 aeronaves que passarão pela transformação.
As definições dos trabalhos de modificação foram realizadas por meio de comparação dos modelos F1 e F3, utilizando uma ferramenta desenvolvida em Clermont-Ferrand. Aproximadamente 500 documentos foram redigidos para isso.
As instalações industriais aeronáuticas de Clermont-Ferrand foram colocadas sob o comando do SIAé, Serviço Industrial da Aeronáutica (service industriel de l’aéronautique).
O SIAé está ligado à Força Aérea Francesa desde 1º de janeiro de 2008, e foi criado reunindo as facilidades industriais que estavam dispersas entre a Diretoria Geral de Armamento (DGA), a Força Aérea Francesa (Armée de l’Air), a Marinha (Marine Nationale) e o Exército (Armée de Terre). O Ministério da Defesa decidiu reagrupar essas organizações num único serviço para deixar mais clara a organização de apoio aeronáutico e conservar o controle de parte do apoio industrial dentro da Defesa.
FONTE / FOTO DO ALTO: Força Aérea Francesa (Tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)
FOTOS DE BAIXO: Ministério da Defesa da França (início das atividades na célula M10) e Dassault (linha de montagem do Rafale)
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Ora, ora, e não é que a Dassault também reforma as fuselagens de modelos mais antigos para mais novos?
Pensei que só a SAAB fazia isso… 😉
“O SIAé está ligado à Força Aérea Francesa desde 1º de janeiro de 2008, e foi criado reunindo as facilidades industriais que estavam dispersas entre a Diretoria Geral de Armamento (DGA), a Força Aérea Francesa (Armée de l’Air), a Marinha (Marine Nationale) e o Exército (Armée de Terre).” Não gosto absolutamente dos franceses, mas eis aí uma idéia interessante que se executada aqui no Brasil, daria a nossas ffaa capacidade industrial suficientemente robusta p/ reparar e reformar suas aeronaves. Ao mesmo tempo que eliminaria possíveis atravessadores, que em mtos casos não tem a vivência operacional necessária, nas aeronaves militares empregadas… Read more »
Maurício, pelo que se percebe os franceses têm tentado manter (ou, para alguns, não perder) o mínimo indispensável de controle estatal sobre a indústria aeroespacial de defesa.
Esse reagrupamento no SIAé foi uma das formas, e outra está acontecendo por agora, numa tentativa de manter nas mãos do Governo Francês parte das ações da Dassault que estão com a EADS, pensando na sucessão da empresa familiar que é a Dassault.
Vader a SAAB faz isso dizendo que está construindo um avião NOVO e não atualizando uma aeronave… BEM diferente. Parabéns a Dassault e a Marinha francesa que estão fazendo o que os operadores e fabricantes do Eurofigther Typhoon não estão fazendo com as suas aeronaves Tranche 1… Disponibilizadas para venda e leasing… Apesar da evolução do Rafale F1 para o F3 ser significativamente mais complexa e ampla que do Typhoon Tranche 1 para o Tranche 3 pois a aeronave continua ser basicamente ainda um interceptador ar-ar enquanto o Rafale é um autêntico multi-role,inclusive com a substituição do radar e suas… Read more »
Vê-se notadamente que americanos e europeus tem caminhado em sentidos opostos quanto à projetos, desenvolvimentos, manutenção de seus meios militares: os primeiros encaminham tudo o quanto podem ao setor privado e os segundos, especialmente os franceses, estatizam o quanto podem. Independente de um ou outro, o que de fato vale é que o processo seja idôneo. Acrescento: talvez da sua cultura, os americanos afirmam que o processo privado é sempre mais eficiente e barato.
Mas que os franceses gostam de uma greve, isso gostam.
vendo o link antigo…
http://www.naval.com.br/blog/2009/11/26/franca-vai-modernizar-10-rafale-m-f1-por-e-300-milhoes/
Fiquei com uma dúvida já que PRESUMO que como as fuselagens dos 10 F1 vão ser colocadas na linha de montagem normal da Dassault elas deverão receber os novos radares AESA.
Assim, ainda haverá a necessidade adicional de um novo programa de atualização para dotar os F2 já atualizados ao padrão F3 do novo radar AESA.
Marcos o que mais o setor privado de defesa americano tem provado ultimamente, e em especial a Lockheed Martin, é que o setor privado sempre faz ,mas na maior parte das vezes, sai BEM mais caro do inicialmente previsto.
O trabalhadores franceses tem direito de greve e o exercem sem que a “globo” deles, empresários e justiça do trabalho digam que só se pode fazer greve se não incomodar ninguém e que TUDO é essencial é não pode paralisar.
Gilberto Rezende
E tenha certeza que se fosse uma empresa estatal sairia ainda muito mais caro, além de, se for uma estatal brasileira gerida pelos kumpanhero, a coisa talvez nunca fique pronta. Temos ai o exemplo da Foguetobras.
A lógica peculiar do militante anglófobo e francófilo: A conversão de 10 células anteriormente estocadas de Rafales do padrão F1 para o padrão F3 (algo que eu não censuro e ainda elogio os franceses) ganha ares de feito da outra galáxia. Pior ainda é quando ele tenta desqualificar o consórcio Eurofighter por ter oferecido aeronaves dos primeiros tranches para leasing ou venda, marotamente esquecendo que essas 10 células já haviam sido anteriormente oferecidas à MB no afã de salvar a escolha político etílica do estadista de sindicato do fiasco. Para piorar o Militante igualmente omite que a RAF fez igual… Read more »
Gilberto Rezende disse:
24 de abril de 2013 às 16:22
Por essas e outras que o Rafale é o caça mais caro do mundo…
Aliás, me aponte um único produto francês que seja barato, e eu dou a mão à palmatória.
TUDO da França é mais caro que no resto do mundo por causa da ineficácia do wellfare state francês.
Na verdade a França só se mantém como potência econômica porque os índios do submundo compram as traquitanas deles a peso de ouro, sabe-se lá como (aliás, a gente sabe como… 😉 ).
Vader disse:
Aliás, me aponte um único produto francês que seja barato, e eu dou a mão à palmatória
caneta BIC
Vader:
Os terceiro mundista ao Sul do Rio Grande, embora se autoproclamem altivos e independentes, ainda sentem saudades da época do descobrimento quando trocavam espelhinhos por pau Brasil. Por isso continuam fazendo negócios com os franceses…rs!
🙂
Há controvérsia!!!
No site do Kalunga:
Caneta esferográfica azul Bic Cristal cx. c/ 50 unidades: R$23,99
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Caneta esferográfica azul 1,0mm Molin 1028 cx. c/ 50 unidades: R$16,50
Caro Maurício R.
No caso da BIC, houve ToT para a Kalunga. As outras não 🙂
rs
Hehehehehe…