Mirage F1: esquadrilha ‘Cocotte’ Força Aérea Francesa comemora 100 anos
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Esquadrilha BR11 ‘Cocotte’ faz parte do Esquadrão de Reconhecimento 2/33 ‘Savoie’, o último ainda a voar o jato Mirage F1 na França, e comemora o ano de seu centenário com uma pintura especial
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Na última sexta-feira, 12 de abril, o Esquadrão de Reconhecimento 2/33 “Savoie” realizou celebração na Base Aérea 118, de Mont-de-Marsan, referente ao centenário da Esquadrilha BR11 “Cocotte” e os 30 anos voando o Mirage F1. No solo, aeronaves Mirage F1 CR, Mirage F1 B, Bréguet XIV, Fouga Magister e Marchetti, que marcaram a história da esquadrilha. No céu, quatro jatos Mirage F1 CR, um deles com a pintura comemorativa dos 100 anos da “Cocotte”, esquadrilha que participou de todas as grandes operações militares francesas desde a Primeira Guerra Mundial.
A Esquadrilha nº11, dotada de aeronaves Caudron G-3 e com a denominação C-11, foi criada em 10 de junho de 1913 e, logo no início da Primeira Grande Guerra, destacou-se em missões de reconhecimento em apoio ao Exército Francês, especialmente nos combates do Marne. Posteriormente, destacou-se outra vez sobre Verdun com sua primeira vitória ar-ar. Passou a voar o Caudron G-4, realizando missões de regulagem de tiro de artilharia em setembro de 1915 na ofensiva de Champagne, assim como de bombardeio. Este papel de bombardear objetivos inimigos também seria destaque no Somme, em junho de 1916.
A denominação definitiva “BR11” veio em 1917, junto com os novos Bréguet 14. No entreguerras, a missão de reconhecimento aéreo manteve-se como a principal da unidade e, no início da Segunda Guerra Mundial, a esquadrilha manteve a região do Reno sob vigilância. Com a derrota em 1940, o então regimento GR I/33 ao qual a esquadrilha pertencia foi dissolvido, e a “Cocotte” só foi restabelecida em 1955, fazendo parte da 33ª Esquadra de Reconhecimento. Equipada então com os jatos norte-americanos F-84G, participava dos diversos exercícios da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no contexto da Guerra Fria.
Ao longo das décadas seguintes, passou a voar jatos Mireage III B, R e RD, chegando ao Mirage F1 CR. Para além dos dois conflitos mundiais e da Guerra Fria, a “Cocotte” participou de todas as grandes operações francesas: Épervier (Chade), Daguet (Iraque), Godoria (Djibouti), Provide Comfort (Iraque), Crécerelle (Bósnia), Salamandre (Bósnia), Turquoise (Ruanda), Alysse (Iraque), Trident (Kosovo), Artemis-Mamba (RDC), Enduring Freedom (Afeganistão), Harmattan (Líbia) e Serval (Mali).
FONTE / FOTOS: Força Aérea Francesa (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)
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100 anos na ativa não é para qualquer um, parabéns aos membros do esquadrilha. Toda vez que eu vejo o Mirage F1 eu lembro do que poderia ter sido o F-104 se Kelly Johnson não estivesse tão obcecado em alcançar mach 2. O Mirage tem um desempenho semelhante, mas é muito mais manobrável, carrega mais combustível e mais armamento, além de possuir um trem de pouso muito melhor. Mas nada nele me parece impossível da Lockheed obter 10 anos antes da Dassault. Isso acontece muito na engenharia, quando se persegue demais um objetivo (ou se tenta abraçar o mundo sozinho)… Read more »
Sempre digo que o F1 é o mais belo de todos os aviões da linha Mirage…. e um dos mais bonitos designs de avião militar de todos os tempos…. se eu fosse rico…..comprava um pra mim… só para bombardear, quebrar as vidraças e metralhar de tudo o que não presta em Brasília ! Ia sobrar pouco em pé….
Sds.
De fato, Baschera e Clésio, o Mirage F1, ainda mais nesses ângulos e com pinturas do tipo, é belíssimo. E muito eficiente, um ótimo projeto.
Mas tenho uma “queda” pela família Mirage III, e o modo de vencer os desafios e limitações da tecnologia do final dos anos 50 com o delta e um motor mais limitado, conseguindo um resultado extraordinário para a época, frente às necessidades de interceptação de então. Além do que acho ainda mais belo, esguio e elegante do que o Mirage 2000, que é ligeiramente mais “atarracado”, mas bonito também.
Êta aviunzin bûnito sô!
Sempre pensei que quanto mais elegante a aeronave, mais capaz.
Daí eu olho as fotos na matéria sobre o UCLASS da Lockheed Martin e constato que o futuro da aviação militar é muito FEIO.
Como comparar a beleza de um F-1 com a monstruosidade daquele drone naval, que mais parece um cruzamento de uma asa delta com um dromedário?
Tremenda máquina , belíssima pintura …..
Eu acho feio, embora saiba que é uma boa aeronave.
Em matéria de beleza sou muito mais o Mirage-2000. Uma imagem como essa aqui me tira o fôlego:
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2010/09/Mirage-2000-UAE-militaryphotosnet.jpg
Vader disse:
17 de abril de 2013 às 9:43
Meu Deus, achei que fosse o único ser deste espaço que não acha o Mirage F1 bonito!
Lord Vader, obrigado por me tirar da solidão kkkkkkk 😛
O Mirage 2000 realmente é belíssimo!