Malásia seleciona cinco competidores para substituir seus caças MiG-29
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País pretende comprar 18 caças a jato, e competição será entre Eurofighter Typhoon, Saab Gripen, Dassault Rafale, Boeing Super Hornet e Sukhoi Su-30, conforme declaração do ministro da Defesa à Reuters
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Durante a mostra LIMA 2013 (Langkawi International Maritime and Aerospace Exhibition) realizada na Malásia, o ministro da Defesa do país informou à Reuters que foram selecionados cinco fabricantes para competir numa aquisição de 18 jatos, destinados a substituir seus caças MiG-29. A declaração foi dada nesta quinta-feira, 28 de março. Segundo o ministro, a escolha será entre o Eurofighter Typhoon, do consórcio europeu a ser representado pela Grã-Bretanha, o sueco Saab JAS-39 Gripen, o francês Dassault Rafale, o norte-americano Boeing F/A-18 E/F Super Hornet e o russo Sukhoi Su-30. Falando nos bastidores da LIMA 2003, o ministro Zahid disse que foi feita a “shortlist”, acrescentando que “ainda não sabemos o custo”.
Fontes da indústria disseram que a compra deverá estar na casa dos bilhões de dólares. O contrato deverá ajudar a modernizar o Poder Aéreo da Malásia, que tem disputas com os chineses sobre partes do Mar do Sul da China e com militantes do sul das Filipinas sobre seu estado de Sabah, no extremo leste do país. Uma decisão sobre os caças é esperada para depois da Malásia realizar eleições, as quais o primeiro ministro Najib Razak deverá solicitar no final de abril. A coalizão governista tem uma vantagem marginal, numa disputa acirrada.
Todos os cinco fabricantes estavam representados na LIMA 2013 e quatro deles disseram à Reuters que seriam capazes de fornecer aeronaves para os requerimentos da Malásia. Apenas representantes da Sukhoi não estavam disponíveis imediatamente para comentar. O representante do consórcio Eurofighter, Mark Kane da BAE Systems (britânica), confirmou que a empresa já realizou conversas informais com o governo malaio, mas que só espera movimentações a respeito após as eleições. Num pronuciamento, a francesa Dassault afirmou que está pronta para desenvolver laços de longo prazo com a Malásia, em programas civis e militares relacionados à aviação.
Na terça-feira, a sueca Saab assinou um acordo para cooperação industrial com o conglomerado malaio DRB-HICOM Berhad, com vistas a incluir a empresa na cadeia global de fornecedores do jato Gripen. Por fim, Michael Gibbons, vice-presidente da Boeing para o programa Super Hornet, disse à Reuters que “não há dúvida de que procuramos uma participação industrial para empresas da Malásia.”
FONTE: Reuters (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS: Sukhoi, Saab, Eurofighter, Dassault e Boeing
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Algo me diz que esse processo vai ser decidido antes que o nosso.
Posso estar errado mas os favoritos são o SH e o Su-30, com vantagem para o Flanker.
Interessante a Mig não ter sido inclusa com o Mig-35…
E quando q a China vai começar a participar dessas concorrências ? Será q eles oferecem seus aviões nessas dispultas comerciais ?
Alfredo, nessa concorrência específica eu acho difícil uma participação de fabricantes chineses.
Isso porque, segundo a própria matéria, a Malásia tem disputas com a China e isto estaria por trás da renovação de seu Poder Aéreo.
Mas eu creio que a participação chinesa em outras concorrências internacionais de caças avançados é só uma questão de tempo, e talvez não muito.
A edição 7 da revista Forças de Defesa está saindo do forno e traz uma matéria muito interessante a respeito!
O bolão começou! Façam suas apostas sobre quem será o novo vetor da FA Malaia. A dúvida é mesmo sobre qual será pois saber que será escolhido antes do nosso é barbada.
Agora, 18 não é pouco não? Pra quem tem medo da China…
É estranha está não participação do MiG-35, já que esse é o substituto natural do 29, além de em um contexto de crise econômica, mais palatável aos contribuintes. Muito dinheiro poderia ser poupado.
Mas o Mig-35 encontra-se em produção seriada???
Outro ausente é o F-16.
Na boa, favorito é o Su-30. O resto corre por fora.
Por que será que o Su-35 nunca está entrando nestas concorrências?
A única venda prevista que vi, além dos próprios russos, foi para os Chineses que confirmaram (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=638594&tm=7&layout=121&visual=49) mas os russos negaram (http://portuguese.ruvr.ru/2013_03_25/Moscou-recusa-vender-ca-as-China/).
Talvez o chavismo Venezuelano venha honrar a memória de seu líder supremo e comprar esses vetores, pra competir com os futuros EFs Peruanos.
Edgar, Também estranhei em se falar do Su-30 apenas e não do Su-35, mas pode ser explicado de várias formas: 1 – pode ser um erro da reportagem 2 – pode ser por uma questão da Malásia já operar o Su-30 3 – ambas as opções acima, misturadas (erro devido ao fato da reportagem já estar acostumada a se referir a Su-30, porque ele já opera na Malásia, ou mesmo a possibilidade de se oferecer as duas versões). Lembrando que as versões da família Flanker são um tanto misturadas. Vc pode ter Su-30 mais capaz ou menos capaz, conforme os… Read more »
Nunão, lendo um pouco agora do histórico da compra dos 18 Su-30MKM da Malásia, realmente a tendência natural, por se tratar de uma seleção, é a inserção dos Su-35 na concorrência, pois no caso dos Su-30, seria mais lógica uma compra adicional direta, como no caso dos MKI da India, ainda que estes sejam fabricados localmente sob licença pela HAL.
O interessante é que esta seleção também consta de 18 caças, como na que escolheu o Su-30. Seria o caso de a Sukhoi projetar um Su-35MKM?
Edgar e Nunão,
Também tenho a mesma dúvida, não podemos esquecer a versão Su-30SM que é a mais recente do biplace, com 30 encomendas feitas pela Força Aérea Russa e parece ser baseada na versão MKI.
A versão mais moderna do Flanker é o Su-35S, o problema é que ele não tem versão biplace, aí depende do que a Malásia quer, padronização com o que já possui ou uma versão mais moderna monoplace.