Boeing seleciona empresa australiana para produzir kit de JDAM-ER
Em nota divulgada nesta segunda-feira, 11 de março de 2013, o Ministério da Defesa da Austrália informou a seleção, por parte da norte-americana Boeing, da empresa austaliana Ferra Engineering Pty Ltd para fabricar um novo kit de extensão de alcance que vai melhorar o desempenho das bombas guiadas JDAM (Joint Direct Attack Munition) da Força Aérea Australiana.
A chamada bomba JDAM Extended Range (JDAM-ER) foi uma iniciativa da Austrália para estender o alcance de armas JDAM existentes, utilizadas pelos caças F/A-18A/B Hornet do país, combinando a elas um novo kit de asa recém-desenvolvido. Espera-se que o alcance atual seja triplicado. O ikt é baseado na tecnologia de voo planado ‘Kerkanya’, desenvolvida inicialmente pela Organização de Ciência da Defesa e Teconogia da Austrália (Australia’s Defence Science and Technology Organisation – DSTO).
A divisão de Defesa, Espaço e Segurança da Boeing, que é o fabricante original da JDAM, foi selecionada para desenvolver a JDAM-ER. Por meio de seu escritório de capacitação da indústria australiana, estabelecido no escopo do bem-sucedido programa “Global Supply Chain” (cadeia de suprimento global) da Defesa, a Boeing mostrou sua confiança na indústria da Austrália pela seleção de um fabricante local para produzir os kits de asas, afirma a nota do Ministério da Defesa.
Os primeiros kits de asa para os tetes de voo da JDAM-ER estão planejados para este ano, e a produção inicial deverá ser completada por volta de 2015. Há um potencial para vendas externas.
A Ferra Engineering é baseada em Queensland, sendo um dos maiores fabricantes australianos (de propriedade independente) especializados em engenharia de precisão e peças aeroespaciais. É reconhecida pela indústria e pelo Governo Australiano como líder no setor, e em 2011 recebeu da Boeing o prêmio de “Fornecedor Internacional do Ano”, dentro de uma base de 13.500 fornecedores.
FONTE / FOTOS (caças Hornet com armas JDAM dos modelos atuais de 2000 e 500 libras): Ministério da Defesa da Austrália
Tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês
VEJA TAMBÉM:
- JDAM e SDB para o Super Tucano atacar a concorrência, via Boeing
- As principais armas ar-superfície americanas
- Atrasos do F-35 ampliarão custos de manutenção dos Hornets da Austrália
- EUA respondem à Austrália: 12 Super Hornets e 12 Growlers por US$ 3,7 bi
- Canadá cogita estender vida útil de seus caças CF-18 Hornet
Ah se nossos F-5M fossem esses F/A-18A/B australianos…
Será que uma mão-de-tinta RAM não ajudava estas JDAM ultrapassar os futuros (e alguns atuais) sistemas de armas Counter-PGM ???
Ivan,
Como já disse as bombas da USAF recebem (ou já receberam) algum tratamento nesse sentido. Vou procurar o site e colo aqui. Salvo engano foi no “sistemasdearmas”.
Também já li sobre a IAF fazer isso em fóruns de discussão.
Vou ver se acho.
Mudando de pato pra ganso, parece que os americanos não se interessaram pelo kit “ER”. Isso talvez se deva ao fato deles já terem a JSOW e a SDB, que usam asas.
Bosco,
Sim, lembro que vc “já disse”.
Por esta razão deixei a provocação da ‘mão-de-tinta’.
Abç.
Ivan,
A minha informação de que havia sido as JDAM que receberam tratamento RAM estava equivocada. Na verdade foi a Paveway GBU-27B lançada pelos F-117.
http://sistemasdearmas.com.br/pgm/lgbpaveway3.html
Já li num fórum de discussão que a IAF faz isso com regularidade.
Quando tiver tempo vou dar uma procurada.
Salvo engano as JDAM dos B-2 no Kosovo também receberam uma mão de tinta.
Mas são informações truncadas e só com tempo para achá-las, e muitas vezes não são confiáveis.
Um abraço.
Claro que o tratamento para reduzir o RCS das bombas guiadas não foi com a intenção de se contrapor à capacidade C-PGM, mas provavelmente de dar mais tempo para a evasão das aeronaves furtivas tendo em vista que a abertura dos compartimentos internos e o lançamento de bombas convencionais podem alertar prematuramente as defesas. Extrapolando para os dias de hoje, ainda tem a vantagem de reduzir a distância em que tais bombas são detectadas e consequentemente reduzir o tempo de reação das armas C-PGM. De acordo com o site ausairpower uma bomba tem um RCS na faixa de 0,1 m2.… Read more »