Após dois dias de tentativas, avião com cientistas pousa na Antártica
Eduardo Carvalho
Depois de dois dias de tentativas frustradas, o céu na Antártica ficou limpo e permitiu que o avião Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira, pousasse no continente gelado, na tarde desta quinta-feira (7). A expedição é acompanhada pelo G1, que integra o grupo de 46 passageiros – militares, pesquisadores e jornalistas – que seguiu rumo à base chilena Eduardo Frei.
A viagem faz parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e tem o objetivo de levar cientistas e militares para o local onde ficava a estação científica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em fevereiro do ano passado.
Ainda nesta quinta, à tarde, a expedição seguirá um percurso com o navio oceanográfico Ary Rongel. A previsão de chegada na Baía do Almirantado é para as 20h.
No local, equipes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) farão a manutenção dos equipamentos de meteorologia e captação de dados climáticos. Ao mesmo tempo, técnicos do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente vão analisar os impactos ambientais causados pelo incêndio ocorrido em 2012.
Atraso
Os brasileiros estavam preparados para sair do centro de Punta Arenas rumo ao aeroporto local às 7h de quarta-feira (6). No entanto, um boletim meteorológico enviado por militares que já estavam na Península Antártica impediu a decolagem.
De acordo com comandante Ricardo Parpagnoli, coordenador do quinto voo para Antártica que é acompanhado pela reportagem do G1, os ventos estavam muito intensos na região polar e não havia como enxergar a pista de pouso na base Frei, que tem apenas um quilômetro de comprimento e foi construída sobre o gelo.
Um novo boletim foi divulgado por volta das 11h30 de quarta, quando foi indicada uma janela para pouso, termo que remete ao tempo com condições próprias para a operacionalização de uma decolagem.
A aeronave, preparada para levar soldados em operações de combate, desta vez estava repleta de equipamentos científicos, incluindo materiais que apoiarão os brasileiros na manutenção de sistemas meteorológicos instalados na Antártica – sob a supervisão do Inpe.
Porém, só foi possível pousar nesta quinta-feira (7).
Navio caro
Um navio de quase R$ 100 milhões pertencente à Marinha é um dos principais protagonistas do Proantar, o Programa Antártico Brasileiro.
Chamado de Almirante Maximiliano, o navio é mantido pelo governo federal e mobiliza pesquisadores do país que estudam o Polo Sul.
Os cientistas querem descobrir detalhes de como o continente impacta a vida da humanidade e quais as consequências sofridas pela região em decorrência da atividade humana.
O incêndio ocorrido na Estação Comandante Ferraz, em fevereiro de 2012, deixou duas pessoas mortas e provocou a perda de 40% do conteúdo científico levantado no local.
Incorporado à frota em 2009, o navio polar Almirante Maximiano faz companhia na Antártica ao navio oceanográfico Ary Rongel. Atualmente, os dois são os principais núcleos de estudos brasileiros no continente, pois abrigam laboratórios e são preparados para enfrentar um clima hostil, com temperatura muitas vezes abaixo de zero.
FONTE/FOTO: G1
“Navio Caro”
Ah, me poupe…
Essa imprensa realmente é muito desinformada!!!
MENTIRA!
O avião não pousou no continente antártico, mas sim na Ilha do Rei George, onde ficava a malsinada Estação Comandante Ferraz.
O “Programa Antártico Brasileiro” é uma mentira desde o nome. Coisa pra inglês ver, bem parecida com nosso Programa Espacial e outros.
Pouco mais que uma estação de inverno para alguns afortunados “cientistas” irem passear, confraternizar com colegas cientistas de outras bases e fazer festinhas às custas do nosso dinheiro.
Vader
Entendo o que você diz, mas analogamente quem pousa nas Ilhas Britânicas está pousando no continente …
E penso que o nome do navio está errado.Não seria Maximiniano [da Fonseca], ministro da Marinha do governo Figueiredo?
Não entendo! Por quê diabos não tem ninguém do PA nessas excursões?? Os editores não preecheram o formulário?? A MB não convidou? Está lá nos critérios de quem pode participar; políticos, profissionais da área, “formadores de opinião”…
Vai um bando de fashions e quem é da área e conhece o assunto, não! E a cobertura não é do G1, é um fashionzinho da zh que está fazendo um diário ao melhor estilo fag…
Guilherme Poggio disse:
8 de fevereiro de 2013 às 9:43
Sinto muito Poggio, mas não tem analogia que faça uma ilha se transformar num continente.
Sds.
“Os cientistas querem descobrir detalhes de como o continente impacta a vida da humanidade e quais as consequências sofridas pela região em decorrência da atividade humana.”
Se é isso ai o que querem descobrir, é melhor assistir o Discovery Channel.
Vader disse:
Sinto muito Poggio, mas não tem analogia que faça uma ilha se transformar num continente.
Vader, a Ilha do Rei George faz parte do Continente Antártico. Ela não “o” Continente Antártico.
Assim como a Ilha de Madagascar faz parte do Continente Africano. Ela não é “o” Continente Africano.
Acho que existem várias questionamentos que devem ser feitos sobre o Programa Brasileiro, mas discutir se a ilha faz o não parte da Antártida isto está fora de questão.
Então Poggio, a Ilha do Rei George fica a 120 km do continente antártico. Tanto quanto 800 da América do Sul.
Pra mim a Ilha do Rei George pertence ao Oceano Atlântico.
Mas o fato é que decididamente não é continente antártico.
Mas claro, respeito sua opinião.
Vader
Por isso tenho defendido uma estação em Terra de Mary Byrd, é uma área não reivindicada por ninguém, além de não possuir nenhuma estação. Mas exigiria mais comprometimento com o programa ($), já que estamos falando de maior distância, o que gera muitas dificuldades logísticas.
Existem razões políticas, militares e econômicas pra termos essa base lá. Não se trata de mera estação de esqui ou férias como sugerido.
Mayuan disse:
9 de fevereiro de 2013 às 1:43
Ah é? Poderia citar alguma por gentileza?
O continente é o último lugar do globo cuja posse se clama mas que ainda não pertence a ninguém. Nós também temos a intenção nesse sentido. Como se trata de um lugar grande, 10% de todo o terreno da terrae debaixo do qual ninguém sabe com total certeza que riquezas há, existe a questão sobre a quem pertencerá. Juridicamente, há várias formas de se determinar quem será dono daquele espaço. Uma delas é estando lá. Lógico que se a disputa se tornar militar não dá pra gente mas se não, há chance de uma parte ser nossa. É como lugar… Read more »
Me referi a estar na Ilha do Rei George meu caro e não no continente antártico…