Em 1975 foi lançado um documentário em vídeo sobre a equipe de demonstração da Marinha dos EUA, os ‘Blue Angles’. Este foi, na minha opinião, o melhor documentário sobre eles já produzido, cujo nome era ‘Threshold: the Blue Angles experience’. Não é à toa que, quando adquiri meu primeiro aparelho de vídeo cassete VHS, este foi um dos primeiros vídeos que gravei.

Naquela época (1975) o esquadrão havia acabado de deixar de voar os F-4J Phantom II, em uso desde 1969, para voar o subsônico A-4 Skyhawk. O Phantom não era exatamente uma aeronave própria para acrobacias aéreas. Devido ao seu envelope de voo, suas demonstrações ficavam um pouco distantes do público. Mas não se empolgar com a passagem de doze J79 com pós-combutor acionados? E era exatamente esse o comando do líder antes da decolagem.

Burners on, now!

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Nautilus

Eu tive (ou tenho, pois pode estar em algum lugar na casa de minha mãe, em Niterói…) este documentário! Ë sensacional! Para quem não reconheceu a voz, o narrador é o ator (falecido) Leslie Nielsen, o Ten, Frank Drebin dos filmes “Corra que a Polícia vem aí!” e Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu!…

Clésio Luiz

Nas câmeras instaladas nas aeronaves, dá para ver como o Phantom era lento nas respostas para manter a formação. Isso foi aprimorado no A-4 que veio depois e com o Hornet, as aeronaves parecem andar em trilhos. O F-16 é mais impressionante ainda.

Curiosamente, os Flankers quando voam em formação ficam iguaizinhos ao Phantom nesse vídeo.

Vader

Espetacular! E olha que não sou muito fã dessa aeronave.

Mas como o Clésio disse, devia ser p#oda fazer acrobacia com os F-4. Vê-se bem o quão instável era esse avião.

Aliás, descobri um ângulo em que o F-4 não é tão feio: por baixo! 🙂

HRotor

Isso é o que se chama “voar dentro de asa”…
E sem fly-by-wire ou qualquer auxílio, tudo na mão…
(Esses caras até seriam bons pilotos de helicóptero hehehe…)

Roberto F Santana

Os Phantom dos Blue Angels tinham algumas peculiaridades, algumas sui generis. Os compensador do profundor (trim) era modificado para que não houvesse necessidade de ajustes na apresentação, com isso, a aeronave ficava leve nas “picadas” com as imensas acelerações facilmente suportadas e corrigidas pelo piloto, contrariamente, subir a aeronave ou “cabrar” ficava quase que insuportável, exigindo grande esforço físico nas cabradas e descelerações. Isso, aliado ao fato de não usarem equipamento anti-G, tornava o voo cansativo ao extremo. A desativação dos Phantom na equipe, se deu, creio eu, por motivos econômicos e políticos, o avião era caro demais para manter… Read more »

Clésio Luiz

No caso dos Thunderbirds, o fim de carreira do T-38 também foi marcado por uma grande tragédia, quando o líder não recuperou de uma manobra (looping de “chão a chão”) e as outras aeronaves o seguiram no encontro ao solo.

http://en.wikipedia.org/wiki/Diamond_Crash

HRotor

A la chasse…! 😉

rommelqe

Caro Poggio,
Há uma história (ou estória?), pela qual os Phantom dos Thunderbird (e quem sabem de outros esquadrões) chegavam a decolar da California, executar missões no Vietnã e voltar aos EUA, sem pousar, apenas com sucessivos reabastecimentos. Voces sabem de algo a respeito?
Caros Vader e Clesio,
Certa vez um amigo justamente estava comentando a respeito desta instabilidade aerodinâmica típica dos Phantom, definida propositadamente com o emprego do triedro invertido. Incrivel como os caras conseguiam segurar no braço estes pássaros!
Abraços a todos