Nota Oficial – Esclarecimentos sobre reportagem da revista ISTOÉ (Ed.2243)

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Com relação à reportagem “Sob as asas dos pais” da revista ISTOÉ (Ed 2243), do jornalista Claudio Dantas Sequeira, o Comando da Aeronáutica esclarece que os projetos de modernização, aquisição e desenvolvimento da Força Aérea Brasileira são conduzidos conforme o previsto em Lei.

A legislação atual incentiva a indústria brasileira e tanto a empresa citada na reportagem – criada no Brasil e com sede em Porto Alegre (RS) – quanto toda a indústria nacional de defesa são beneficiadas. O agente público, inclusive, não deve realizar licitação para compra de equipamentos de defesa em caso da possibilidade de comprometimento da segurança nacional, conforme o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), expresso na decisão 806/96-Plenário, com base na Lei 8.666/93.

Ainda assim, a Força Aérea Brasileira se baseia em critérios técnicos, logísticos, industriais, de transferência de tecnologia e de compensação comercial (offset) para a seleção das empresas participantes dos processos de modernização, aquisição e desenvolvimento. Os contratos passam por fiscalização e estão, todos, à disposição dos órgãos de controle.

Estes incentivos legais e investimentos têm como objetivo promover no Brasil a criação de tecnologia nacional na área, com ganhos para a soberania e geração de empregos no país, sem privilegiar, contudo, qualquer empresa específica. Hoje, este setor econômico já movimenta cerca de 3,5 bilhões de dólares anualmente, com projeção para 11,3 bilhões e perspectiva de empregar até 60 mil pessoas em 2030.

Dessa forma, o crescimento da AEL no período de 2003 a 2011 é coerente com o cenário geral e a empresa não recebe nenhuma forma de benefício particular. Cabe lembrar, ainda, que esta ampliação dos negócios das empresas de defesa começou antes mesmo do atual Comandante da Aeronáutica assumir seu cargo em 2007.

A reportagem cita o caso do projeto de modernização das aeronaves C-95 Bandeirante, que terá como resultado elevar a previsão de vida útil de 50 unidades do C-95 para, pelo menos, até 2029. É importante lembrar que este é somente mais um entre vários projetos de modernização de aeronaves e sistema de defesa para a Força Aérea Brasileira. A revitalização dos C-95 acontece em paralelo a iniciativas semelhantes em aviões como o C-130 Hércules, P-3 Orion, F-5 e A-1, todos atualmente em curso.

Essas modernizações acontecem após estudos de viabilidade que consideram fatores como disponibilidade de aeronaves, custos de manutenção, vida útil da estrutura física e emprego operacional, dentre outros, que são discutidos e aprovados pelo Alto-Comando da Aeronáutica. Vale salientar que muitos países ao redor do mundo têm investido em programas semelhantes. A Força Aérea dos Estados Unidos, por exemplo, atualmente realiza modernizações dos seus bombardeiros B-52, que têm mais de 50 anos de serviço, e de caças F-15, da década de 70.

Por fim, o Comando da Aeronáutica reafirma que os contratos com a AEL são realizados dentro da legalidade, assim como os demais processos firmados com todas as empresas que contribuem com os projetos de modernização, aquisição e desenvolvimento da Força Aérea Brasileira.

Brasília, 2 de novembro de 2012.
Brigadeiro-do-Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

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Baschera

Espero que o pessoal leia a matéria da “Quanto é” antes de comentar aqui…..

Minha opinião: Poder ser legal….. mas convenhamos, é imoral.

No mínimo onde há fumaça há fogo…… tsc….tsc…tsc….. este país não aprende mesmo.

Sds.

Groo

É o Bolsa Família de Brigadeiro, um programa de transferência de renda dos pagadores de impostos para as famílias dos Brigadeiros.

Vader

“Quanto É” dando ouvidos, de novo, às trollices sem vergonhas do Sr. “Jornalista Especializado”, que consta aliás haver sido recentemente demitido do Min Def, junto com um certo “mensaleiro”… Sempre lembrando que isso aí ainda é resquício da bronca da “ala Tarso Genro” da PF, que viu seu VANT israelense de centenar de milhões de reais dar com os burros n´àgua por pura falta de competência, enquanto que o da FAB, fabricado pela AEL, muito mais barato, vai de vento em popa, obrigado. E a bronca maior, como não poderia deixar de ser, é pela COPAC e o AC da… Read more »

Lyw

Vader, depois desta tua explanação, eu me limito a dizer: “Yes Master”!

Groo

Vader, a contratação de gente desqualificada como fator determinante para a obtenção de um contrato com o governo pode ser chamado de tudo menos de separação entre público e privado.

O que pareçe que está ocorrendo é uma disputa entre dois grupos que visam exatamente a mesma coisa: meter a mão no dinheiro público.

Infelizmente não é uma disputa entre mocinhos e bandidos, mas uma disputa em que não há mocinhos.

HRotor

Revista apelativa, guerra de interesses, guerra de instituições, faz sentido…
Militar da reserva trabalhando em empresa de Defesa, baseado em seu conhecimento na área, aceitável…
Mas os jovens filhos de brigadeiros, sem experiência, sendo contratados justamente por empresa com negócios com a FAB, a menos que tenham um curriculum melhor que os demais concorrentes aos respectivos cargos, é completamente lamentável.
Apesar de ser o foco da reportagem, constatado pelo seu título, tal aspecto não é explicado pela Nota Oficial da FAB.
Gratuitamente e desnecessariamente, toda uma instituição fica exposta ao escárnio e parece não haver qualquer constrangimento.

Lyw

Groo disse:
3 de novembro de 2012 às 15:48

Cara, quem você está considerando gente desqualificada?

Grifo

Senhores, parece que a PF continua magoada depois do fiasco dos VANTs comprados durante a campanha eleitoral do RS. Depois de espionar por meses o alto comando da FAB isto foi tudo o que a PF encontrou? Apesar de ser o foco da reportagem, constatado pelo seu título, tal aspecto não é explicado pela Nota Oficial da FAB. Caro HRotor, isto não é explicado pela nota oficial da FAB porque isto não é assunto da FAB. O que é que a FAB tem a ver com uma empresa privada contratando civis? Quem tem que explicar qualquer coisa é a AEL.… Read more »

Soyuz

Como já foi dito. Não é ilegal, mas é imoral.

A FAB, MB e EB são exatamente como a ANATEL, o DETRAN, a PM, e qualquer outro braço do poder publico tem suas virtudes e suas vergonhas.

São tijolos feitos do mesmo barro.

Vader

Grifo disse:
3 de novembro de 2012 às 22:44

Exatamente Grifo! Perfeito!

Meses de espionagem do AC da FAB e tudo o que descobriu-se é que uma empresa PRIVADA contratou dois filhos de brigadeiros?

Ora Isto É… Better luck next time…

Groo

Há alguns anos uma empresa privada comprou parte de uma outra empresa privada tornando milionários os sócios desta última.

A primeira empresa se chama Telemar, consessionária de serviço público, a outra empresa se chamava Gamecorp e os sócios são filhos de figurões do PT, incluindo um ex-lavador de bunda de elefante que tinha um salário de R$ 600,00 chamado de Lulinha.

É o capitalismo na República das Bananas.

Mauricio R.

E o pior é que o próprio governo federal, teria como acabar c/ essa mamata. Basta extinguir a prática da “dispensa de licitação”, p/ as compras de materiais de defesa e fim de papo. Mas aí como é que ficariam, a encostada da Avibrás e as compras prá lá de super faturadas, da “parceria estratégica” c/ os franceses??? Outras belas de umas encrencas, a serem resolvidas, algum dia quem sabe… No mais, a mto tempo que na FAB, só pode aviônico se for da Elbit, de quem a AEL é a “laranja”. O ALX, o update dos F-5 e A-1/AMX,… Read more »

Groo

Pelo que eu entendi está acontecendo é o seguinte. Existem dois grupos que metem a mão em dinheiro público em assuntos relacionados à defesa atualmente operando no Brasil. Um, mais antigo, formado por altos oficiais que consideram a área de defesa seu quintal e outro, de formação mais recente formado pelos membros do Governo Federal, que atua principalmente através do Ministério da Defesa e do Ministério da Justiça. Este último é mais poderoso porque possui a Presidência da República. A Isto é apoia o núcleo político. Estes dois grupos estão envolvidos em casos suspeitos envolvendo a área de defesa como… Read more »

Soyuz

Onde assino embaixo Groo?

Perfeita leitura desta “briga” pelo poder nos contratos de defesa.

Groo

Obrigado.

DrCockroach

Nao hah detalhes suficientes na materia da revista (tedenciosa, sabemos) sobre a participacao do Guga no aniversario do Brigadeiro; exatamente como ele chegou lah? Isto eh pequeno, muito pequeno, mas pode evidenciar uma confusao do que eh publico e o que eh privado. No mais: “O agente público, inclusive, não deve realizar licitação para compra de equipamentos de defesa em caso da possibilidade de comprometimento da segurança nacional, conforme o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), expresso na decisão 806/96-Plenário, com base na Lei 8.666/93.” Gostaria de ter acesso a este material do TCU: o que eh definido… Read more »

Vader

DrCockroach disse: 5 de novembro de 2012 às 5:24 Amigo Dr. Barata, pode ter certeza que as dispensas de licitação não são feitas “no fio da barba”. Pra tudo nas FFAAs há um manual de procedimentos; pra tudo tem que haver uma Portaria, OS, etc. Ao se definir como “estratégica” para o conceito do TCU, por exemplo, arrisco dizer que a compra deve passar por uma comissão inteira de avaliação. Também acho a discussão salutar, e concordo com o Maurício: a dispensa de licitação deveria ser reservada para caso de guerra. Outras grandes democracias do mundo convivem muito bem sem… Read more »