Interceptação noturna de bimotor ilegal pela Força Aérea Colombiana
Clique na imagem acima para acessar vídeo publicado ontem (29 de outubro) no site da Força Aérea Colombiana (FAC).
Segundo a FAC, o vídeo mostra a série de eventos após a detecção, às 19h de 27 de outubro, de uma aeronave bimotor Beechcraft C-90 em voo ilegal no Caribe Colombiano, em rota para a América Central. A aeronave não tinha plano de voo estabelecido, nem matrícula ou autorização.
Conforme o relato, aeronaves de reconhecimento da FAC seguiram o bimotor até Honduras, onde este pousou numa pista ilegal no norte do país. Lá, o avião foi descarregado e incendiado, sem haver capturas. Ainda segundo a FAC, neste ano foram neutralizadas 15 aeronaves em operações combinadas entre as Forças Aéreas da Colômbia e de Honduras, naquela região do continente.
FONTE / VÍDEO: FAC (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em espanhol)
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Já faz algum tempo que escrevo sobre a possiblidade dos narcotraficantes e outros bandidos passarem a usar aeronaves maiores e mais rápidas, como os turboélice em um primeiro momento, mas até mesmo pequenos jatos mais antigos como os Cessna Citation 500. O Beechcraft C-90 é um turboélice que pode ser convertido para transporte de carga, inclusive com uma porta lateral e uma velocidade de cruzeiro em torno 420 km/h que pode chegar a uma máxima em torno de 500 km/h. Os Super Tucanos, a aeronave que realiza ou realizará o policiamento aéreo da maioria dos países da América Latina, hoje… Read more »
Ivan, eis uma ótima oportunidade para justificar um treinador a jato na FAB, como o Hawk ou o M-346, já que poucos jatos executivos podem passar dos 1.000 km/h, a maioria operando entre 700/850 km/h. Eu mesmo só lembro do magnífico Citation X. Com este só um caça mesmo para acompanhar.
http://en.wikipedia.org/wiki/Citation_X
Mas Tchê! Que susto! O vivente abre a página da FAC e dá de cara com o sucatão e os Mirages!!!! Bate na madeira!
Ivan, Para esses dados de velocidade máxima das aeronaves a serem interceptadas, talvez precise ver em detalhe o desempenho delas quando carregadas. Afinal, vazias elas não servem de nada, precisam estar bem carregadas para dar lucro nesses voos ilícitos, que com o maior controle sobre o espaço aéreo se tornam mais perigosos e, por isso mesmo, precisam de boa carga para compensar entregas mal-sucedidas. E aviões carregados (às vezes acima do limite recomendado) têm desempenho bem menor do que os dados normais para velocidade de cruzeiro e máxima. Sobre jatos executivos, um complicador para o uso deles nesse tipo de… Read more »
Clésio, Eu já acho que, nesses casos hipotéticos de jatos executivos no narcotráfico, faria mais sentido ter desdobradas aeronaves de esquadrões da primeira linha do que montar uma segunda linha de “Lifts”, que teriam mais serventia, na minha opinião, sendo simplesmente treinadores. No caso da FAB, acho que já temos segunda linha em bom número, com os Super Tucanos. Precisamos é de uma boa renovação na primeira linha, pra valer. Pode até ser um hi-low, e antes até achava interessante um “low” ser um Lift anabolizado. Mas eu creio que não seria um custo-benefício bom (o custo talvez, mas o… Read more »
Ivan e Clésio, seus comentários estão corretíssimos.
A lacuna deixada pela desativação do AT-26 Xavante, que fazia exatamente o que vocês comentaram, em parceria com o T-27 armado de 7,62mm, aguarda ser preenchida…
Sds
Nunão, Vc tem razão quanto a degradação do desempenho de uma aeronave “narcotransportadora” carregada. Passei batido por essa. Mas por outra, como vc mesmo apontou, as distâncias podem inviabilizar uma interceptação por um elemento de Super Tucanos, mesmo que desdobrados no terreno. Uma situação que não é difícil, considerando a imensidão do território em questão, que inclui boa parte do Brasil, Colômbia, Peru e Bolívia. O F-5 E, com sua passagem pelo Vietnam, mostrou que pode operar em ambientes úmidos, de mata fechada e desdobrado em pistas com pouca infraestrutura. No Brasil foi reformado com aviônicos compatíveis aos Super Tucanos… Read more »
HRotor,
Eu já acho que, se precisa de um substituto para o Xavante, é como treinador / LIFT e não para combate. Essa seria a lacuna, a meu ver, para aliviar parte da carga de conversão operacional dos esquadrões de primeira linha.
“Ivan disse: 30 de outubro de 2012 às 16:15
E a questão do futuro é qual seria a aeronave que poderia ser desdobrada em condições semelhantes e com custos operacionais adequados.“
rsrsrs. Eu imagino a sua resposta… (tudo bem, eu concordo com a que eu imagino que seja, mas isso é apenas minha opinião pessoal, evidentemente…).
À medida que os radares do SIVAM foram sendo implantados nos 90, passou-se a ter uma melhor noção dos tráfegos ilegais que passavam pelo território brasileiro. Chamou a atenção a quantidade de jatos, com origem e destino fora do Brasil, de / para países hermanos, que passavam incólumes pelo nosso espaço aéreo. Além destes, havia os tráfegos com destino ao interior do Brasil, de performances diversas. É bom lembrar que não é impossível operar jatos de pistas de grama em fazendas (v. link). E os bimotores turbo-hélice como King Air operam bem em pistas toscas e têm boa performance mesmo… Read more »
HRotor, o Xavante tinha um problema, que é a baixa velocidade final, de aproximadamente 800 km/h. Isso é muito próximo e, em alguns casos, menor do que os jatinhos de asa reta que podem operar dessas pistas curtas improvisadas que os traficantes dispõem. Um interceptador deve ter uma velocidade máxima bem maior que o alvo, se for obrigado a acompanhar este de perto (ou seja, sem usar mísseis). Caso contrário, perderá muitas interceptações por causa velocidade relativa ao alvo muito baixa. Mas como disse o Nunão, isso tudo custa dinheiro e deve ter uma boa justificativa para comprar um treinador… Read more »
HRotor, compreendo e concordo com boa parte dos seus argumentos, mas é bom não esquecer que o saudoso AT-26 Xavante tinha uma autonomia muito pequena para determinadas missões, principalmente na área de abrangência do SIVAN (Cindacta IV). Algo que se elogia muito no A-29 é a sua autonomia naquela região. Um pequeno jato “Lift”, mais moderno e com motor mais eficiente, seria melhor que o AT-26 em autonomia e raio de interceptação, mas não muito. Daria para um pouco mais que a defesa de ponto, necessitando muitas bases de desdobramento. Já um Lift mais “parrudo”, do tipo FA-50, por exemplo,… Read more »
Amigos, tratamos apenas conceitualmente…
Lento e beberrão, consumindo um bocado de pista para decolar, o “Xavelho” era o que se tinha na época…
“Conceitualmente”, um treinador a jato “sobra” para essa missão porteira fechada. Os alvos têm de baixa a média performance e são desarmados…
Quanto a custos, aí é uma questão de compará-los ao grau de atingimento dos objetivos propostos.
Não dá pra fazer tudo e ainda sair barato, alguma coisa acaba sendo penalizada.
Sds
Giordani, hoje as 15:20hs,
Mas não são os Kfir C-10 que equipam a FAC?????????? tudo bem que derivam diretamente da família Mirage, mas são israelianicos……..
abraços.