Bulgária deverá formalizar plano para compra de oito caças
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Só haverá concorrência se for decidida a compra de caças novos – os fornecedores mais prováveis seriam o Gripen sueco, o F-16 norte-americano e o Typhoon do consórcio europeu Eurofighter
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A Agência de Notícias de Sofia (novinite.com) noticiou na terça-feira, 16 de outubro, que a Bulgária pretende formalizar plano para compra de aviões de caça, provavelmente num total de oito unidades. O ministro da Defesa do país, Anyu Angelov, planeja até o final deste mês mandar ao Gabinete a proposta há muito esperada para a compra de novos caças para a Força Aérea Búlgara. A decisão do Gabinete poderá formalizar o plano para que Angelov inicie conversações formais com potenciais fornecedores, que já foram comunicados.
Porém, o ministro explicou que o Governo Búlgaro apenas irá abrir uma competição para a compra de caças se decidir pela compra de exemplares novos. Isso porque também existe a opção de comprar aeronaves de segunda-mão. Nesse caso, a compra seria feita por meio de um acordo intergovernamental.
Apesar de planos ambiciosos de reequipamento de caças terem sido anunciados em 2009-2010 pelo Gabinete Borisov, foi admitido recentemente que uma competição para isso não começaria mais em 2012, como planejado, por razões orçamentárias que reduziram as verbas totais de defesa de 1,5% do PIB para 1,2%. Em 2011, num clássico discurso “manteiga antes de canhões”, o Primeiro Ministro Boyko Borisov disse que não havia pressa em comprar aviões de combate.
Mas a nota da agência de notícias destaca que os caças mais modernos em serviço na Bulgária são do tipo MiG-29, que já se aproximam do final da vida útil. Entre as escolhas mais prováveis estariam os jatos Gripen da sueca Saab, os F-16 norte-americanos da Lockheed Martin e o Typhoon, fabricado pelo consórcio europeu Eurofighter.
Além de Alemanha, Suécia e Estados Unidos, a França também foi sondada para fazer oferta ao Ministério da Defesa no segundo trimestre de 2011, segundo a nota. A quantidade provável de jatos seria de apenas 8 exemplares, com data indicada de entrega em 2015. Mas esse prazo pode ser adiado em um ou dois anos.
FONTE: novinite.com (Agência de Notícias de Sofia )
FOTOS: Saab e Eurofighter
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Eu torço pelo F-16.
Perdõem a minha ignorância, mas o que se faz com apenas oito aeronaves? Considerando que nunca haverá 100% de disponibilidade. É só pra desfile? Pra ficar bem na foto? Se é para ter apenas metade de um esquadrão, o caça deverá ser super-ultra-mega-master nave! Capaz de numa única surtida abater uns oito inimigos! Portanto, se (SÊ) estes fossem os requisitos, é com o Tufão! Torço por ele.
Giordani, Acho que o Typhoon é muita areia pro caminhão búlgaro. Mas nunca se sabe. O fato é que países como Bulgária e a Croácia (que também fala em oito caças)são membros relativamente recentes da OTAN, e querem ao menos responder pela Defesa Aérea de seus próprios (pequenos) espaços aéreos, fazendo parte do grande guarda-chuva dessa mesma OTAN, para não dependerem disso ser feito por seus vizinhos ou outros países da Organização, como é o caso dos três bálticos. Querem ter uma capacidade mínima de alerta de resposta rápida, pelo menos. E, ao mesmo tempo, precisam pensar na substituição de… Read more »
A Áustria foi de Typhoon e agora encara a realidade.
No caso deles, o avião deveria se chamar Tafú!
Nunão, Penso que a compra de pouco mais de uma dúzia de Typhoons pela Österreichische Luftstreitkräfte foi algo até mesmo natural, considerando seus laços com a Alemanha, que também opera este caça. Se observarmos o mapa, além da história, Alemanha, Austria e Itália formam uma linha imaginária que divide o centro e sul da Europa. Integrando suas defesas aéreas é possível criar uma linha divisória de policiamento aéreo no meio do caminho, logo após os países egressos do extinto Pacto de Varsóvia. Operar o mesmo caça é, no mínimo, conveniente. Entretanto para os países da Europa oriental acredito que a… Read more »
De fato, Ivan. Tem esse lado natural da escolha. O que não foi assim tão natural foi o fato de terem ficado, no fim das contas, com apenas 15 aeronaves, sendo que o RFP pedia 30 num programa estimado em US$ 1,7 bilhão. Por isso o Typhoon foi uma relativa surpresa, e parece que foi vendido a preço quase de ocasião. Ainda assim, tiveram que reduzir o pedido primeiro para 24 exemplares, quando da assinatura do contrato, depois para 18 e por último para 15 caças. Também tiveram que alugar F-5 da Suíça para cobrir a lacuna da desativação de… Read more »
F-35A faz disparo de JDAM.
Vídeo postado hoje pela Lockheed Martin:
http://www.youtube.com/watch?v=YaJeA8P67cY
Eu tive a opotunidade de conversar com um oficial da Österreichische Luftstreitkräfte, e ele foi categórico: Os custos beiram a estratosfera(custos de operação).
Grande abraço
Penso que a compra de pouco mais de uma dúzia de Typhoons pela Österreichische Luftstreitkräfte foi algo até mesmo natural, considerando seus laços com a Alemanha, que também opera este caça.
Caro Ivan
Na minha opinião a naturalidade dos laços acaba quando as realidades orçamentárias aparecem.
Juarez,
Informação privilegiada como essa não dá para discutir.
Poggio,
Realidade orçamentária é sempre contudente.
Mas amigos,
Bem que a Alemanha poderia facilitar a vida da Österreichische Luftstreitkräfte, não pelos laços entre os povos, mas pelo benefício de ter na fronteira sul/sudeste uma defesa aérea com aeronaves semelhantes a sua, com possibilidade de desdebramento facilitadas inclusive para sua Luftwaffe.
Uma pena.
Uma linha de defesa aérea de Typhoons é algo poderoso…
… mas caríssimo.
Abç,
Ivan.
Das opções citadas, o Typhoon é claramente inviável, o F-16 tb não é essa barganha tda, a Romênia logo alí pertinho; pagará 600 milhões USD por 12 exemplares ex-portugueses usados.
Sobra então o Gripen, mas não a versão E/F, algo similar aos leasings de Hungria e Rep. Tcheca seria bem mais factível.
Maurício,
Uma quantidade tão pequena de caças (oito) deve ser apenas para missões de policiamento aéreo, mesmo assim partindo do solo quando demandado. Possivelmente para deixar 2 (duas) aeronaves em QRA (Quick Reaction Alert).
Assim sendo, acredito que vc tem razão em apontar um Gripen usado como melhor alternativa para a Bulgária, com o benefício de desdobrar as aeronaves em qualquer aeródromo do país, inclusive usando combustível comercial.
Abç,
Ivan.