Boeing e Saab reagem a novo radar da Dassault
A confirmação, feita nesta sexta-feira pelo grupo francês Dassault, da incorporação dos avançados radares RBE2 AESA à proposta de fornecimento de 36 novos jatos de uso múltiplo Rafale para a Força Aérea Brasileira (FAB) causou reações entre os finalistas na escolha – a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com o Gripen NG.
O negócio, de US$ 6 bilhões, é uma ação inicial. O programa é de longo prazo, e contempla contratos futuros envolvendo cerca de 120 aeronaves, com produção local a partir de um determinado ponto do processo.
A seleção tem um codinome, é a F-X2, e acumula 17 anos de atraso por causa de seguidos cancelamentos, reinícios e adiamentos. Nesta sexta-feira, no Rio, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a presidente Dilma Rousseff mantém a disposição de tomar a decisão até o fim do ano. No dia 31 de dezembro expira o prazo de congelamento das ofertas das corporações finalistas. A manutenção dos termos das ofertas foi feita a pedido do governo.
A Boeing e a Saab destacaram nesta sexta-feira que as suas negociações incluem os radares da classe AESA desde o inicio da F-X2. De acordo com o diretor sueco Bengt Janer, “os nossos estudos já estão em um patamar elevado: trabalhamos com a Selex Galileo, no Brasil, nesse viés do programa”.
Janer disse que “não há qualquer risco da tecnologia do equipamento não ser transferida integralmente para a indústria local: 100% do conhecimento desse radar é de domínio da Suécia”.
Donna Hrinak, presidente da Boeing do Brasil e ex-embaixadora dos EUA em Brasília, considera a aquisição dos caças “um negócio entre os Estados brasileiro e americano, executado entre os governos”.
Essa condição, destaca, “implica um apoio total, já revelado, do governo dos Estados Unidos à venda e à transferência de tecnologias – incluindo as do radar AESA, aprovada antecipadamente pelo Congresso, pelo Departamento de Estado e diretamente pelo presidente Barack Obama”. Segundo Donna, “não há necessidade de qualquer aprovação adicional”.
Em nota, a empresa informou que “tem a reputação inigualável de cumprir suas promessas, fornecendo transferência de tecnologia por meio de participações industriais em 40 países, avaliadas em mais de US$ 42 bilhões”.
Na França, a agência de armamento, a DGA, anunciou a entrega dos primeiros Rafale – rebatizados Rafale C137 – dotados dos radares RBE2 AESA, da Thales, e integrados nas fábricas de Merignac, da Dassault.
Segundo a DGA, o dispositivo soma grande melhora operacional. É compatível com a nova geração de mísseis, como o Meteor, com alcance além do horizonte e a raio de ação de 110 km. Em operação, teria demonstrado redução de custos e da exigência de ciclo curtos de manutenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE: Agência Estado
” a agência de armamento, a DGA, anunciou a entrega dos primeiros Rafale – rebatizados Rafale C137…” Nossa… Quer dizer então que rebatizaram o Rafale? E, ainda por cima, deve ser uma versão de ataque nuclear adaptada a especificidades tupiniquins, desenvolvidas para empregar bombas de Césio 137 guiadas pelo radar AESA… Ou seja, a última novidade é a numeração de uma aeronave em particular ser confundida com uma nova série de um caça. E tem outro erro: não houve a entrega “dos primeiros”, a DGA recebeu UM caça Rafale C, número 137, e não os primeiros Rafale rebatizados “Rafale C137”.… Read more »
O engraçado disso tudo é que a nota original não acrescenta NADA à proposta original da Dassault. Ou então a Dassault fez uma apresentação mentirosa aos parlamentares em 13-10-2009. 🙂 O radar com antena AESA foi oferecido pelos 3 concorrentes. O único operacional é o do Boeing F-18E . Rafale entregou o primeiro modelo operacional agora e faz essa festa toda. E o pior, não só radar, mas esse Rafale como um todo será avaliado, já que incorpora outros equipamentos novos, inclusive uma versão mais econômica do M-88. O Raven ES-05 tem tempo de sobra para terminar seu desenvolvimento até… Read more »
Nick disse:
6 de outubro de 2012 às 14:07
“Ou então a Dassault fez uma apresentação mentirosa aos parlamentares em 13-10-2009”.
Não é a primeira e nem a segunda vez. A Dassault é uma empresa mentirosa compulsiva.
Abs,
Ricardo
E pensar que os americanos tem 3 (três) radares AESA em serviço ativo de esquadrão, 3 (três) sets entrando em serviço ativo e ainda outros 2 sets “off the shelf”, disputando o mercado de updates.
Haja press release!!!
Em operação, teria demonstrado redução de custos e da exigência de ciclo curtos de manutenção.
Senhores, incrível – entrou em operação ontem e já demonstrou um ciclo curto de manutenção. Francês é mesmo insuperável, tremei americanos!
Amigos,
Pela precisão e qualidade do artigo publicado, creio que todos concordamos que o mesmo não pode ser usado como base para que façamos críticas genéricas a brasileiros, americanos, franceses ou suecos.
Abraços e bom voto,
Justin