França defende que oferta de aviões Rafale para o Brasil é ‘a melhor’

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Paris, 27 ago (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, defendeu que a oferta dos 36 caças Rafale, da companhia Dassault, que o país pretende vender ao Brasil em um processo de licitação internacional, “é melhor” do que a das outras duas empresas que também estão na disputa, uma americana e uma suíça. “Consideramos que é a melhor proposta, em diferentes planos, mas em particular no âmbito tecnológico”, indicou o chefe da diplomacia após se reunir em Paris com o ministro de relações exteriores do Brasil, Antonio Patriota.

Os Rafale concorrem com os F/A-18E/F Super Hornet, da americana Boeing, e com os Gripen NG, da sueca Saab, mas o processo está suspenso há vários meses por razões orçamentárias. “A proposta francesa segue vigente, mas a decisão é dos brasileiros”, acrescentou Fabius em uma entrevista coletiva na qual qualificou como “excelente” a cooperação entre ambos os países. Patriota, por sua vez, fechou o tema alegando que por enquanto não há “nenhum elemento adicional” e que a decisão está a cargo da Presidência e o do Ministério da Defesa.

A reunião e o posterior encontro serviram para que ambos os ministros ressaltassem, além disso, a vontade de passar a relação bilateral a uma “fase superior”, cooperando nos âmbitos econômicos, culturais, científicos e educativos. A partir de agora e de maneira intercalada, segundo os dois chanceleres, haverá um encontro anual entre seus respectivos presidentes – François Hollande e Dilma Rousseff, seus ministros da Defesa e conselheiros diplomáticos a fim de estreitar esse vínculo. “Queremos que os mecanismos já existentes sejam mais dinâmicos”, acrescentou Patriota, que decidiu também reativar o trabalho de um grupo econômico e comercial de alto nível. Durante o encontro, os ministros também conversaram sobre o conflito palestino-israelense e a situação na Síria.

Tanto Hollande como Patriota condenaram a repressão à população e destacaram a necessidade de pensar sobre como abordar as consequências desta ação, que reflete no aumento de refugiados em países vizinhos.

FONTE: R7/EFE

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