MMRCA: apesar de alegações alemãs e russas, MD indiano diz que está conversando só com a francesa Dassault
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Declaração foi dada depois que autoridades russas e alemãs disseram que estavam discutindo o contrato com a Índia e que a concorrência do programa MMRCA, que selecionou o Rafale, poderia ser recomeçada
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Nesta quinta-feira, 23 de agosto, o Ministério da Defesa da Índia afirmou que está em conversações apenas com a francesa Dassault Aviation em relação à compra de 126 caças para o multibilionário programa MMRCA (programa indiano para aquisição de 126 aviões de combate multitarefa de porte médio).
Segundo informações do jornal “The Economic Times”, fontes do ministério disseram: “Não estamos conversando com ninguém mais além da Dassault Aviation, cujo Rafale foi selecionado como o ofertante de menor valor no contrato multibilionário.”
O ministério estava respondendo a alegações de autoridades alemãs e russas que, conforme notícias recentes, disseram que a Índia estava discutindo o contrato com eles e que haveria uma possibilidade da concorrência desse projeto ser reiniciada.
Mais cedo nesta quinta-feira, o jornal “The Times of India” (mesmo grupo do Economic Times) havia noticiado que a Alemanha, um dos principais países por trás do consórcio europeu Eurofighter, que fabrica o Typhoon, ainda está tentando negociar com a Índia para o programa MMRCA. O Typhoon chegou à seleção final do programa juntamente com o Rafale, mas o caça francês acabou sendo o selecionado para entrar em negociações.
Na quarta-feira, o líder do comitê para assuntos externos e defesa do Parlamento Alemão, Andreas Shockenhoff, disse ao jornal que a última palavra a respeito do programa MMRCA ainda não havia sido dada. O parlamentar, que é um aliado próximo da chanceler Angela Merkel (que está realizando uma visita de quatro dias à Índia) afirmou: “Tem havido discussões entre autoridades alemãs e indianas, e posso dizer que esse ainda não é um assunto encerrado. Até onde sei, não hã ainda um compromisso firmado do Governo Indiano para uma encomenda comercial. Os fabricantes do Eurofighter estão trabalhando novamente na oferta e esse é um tema de negociações entre o consórcio europeu e o Governo Indiano.”
Os comentários de Schockenhoff surgem pouco depois que um porta-voz do Governo Russo disse que a Índia estava propensa a reiniciar a concorrência pois as negociações com a França teriam falhado. Vale lembrar que o caça russo MiG-35 fez parte da disputa, mas não chegou à lista final.
FONTES: The Economic Times e The Times of India
FOTOS: Força Aérea Francesa, Força Aérea Alemã e RAC MiG
NOTA DO EDITOR: assim como no caso do Gripen para a Suíça, os concorrentes estão a postos na Índia, que selecionou o Rafale mas ainda não assinou o contrato. Provavelmente, mesmo quando os respectivos contratos forem assinados, ainda continuarão prontos para aproveitar qualquer brecha na guarda.
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É duro largar um osso desse tamanho….. 🙂
Mas (a não ser que a francesada façam muita merla nas negociações) o Rafale já venceu o MMRCA.
[]’s
Bela foto do único missil de cruzeiro supersônico ocidental propulsado por Ramjet, o ASMP francês.
Os russos possuem 3, o Moskit, o Yakhont e o Krypton.
Os indianos têm o Brahmos (Yakhont).
Taiwan tem o HF-3.
O Japão está desenvolvendo o ASM-3
Olá,
Normal os perdedores tentarem desestabilizar o vencedor por qualquer meio seja com uma completa metira ou uma meia verdade, foi assim aqui no Brasil…
A diferença que em qualquer lugar do mundo não funciona, já aqui no Brasil, o presidente anuncia o vencedor e recua por lobby….Terra babanis….
Abraços,
Caro Ed, Existe uma pequena diferença, entre por exemplo o que ocorreu na Suiça e na Índia. Em ambas as concorrências, os processos de escolha foram até o fim mesmo recebendo acusações foram respeitadas as escolhas. Aqui, o processo recebeu “um anúncio vindo de cima” sem ao menos esperarem a FAB entregar seu relatório. Foi ae que *udeu. Se o ex-presidente não estivesse tão alegre naquele dia, com direito até a encoxada do Sarkozy, e recebido o conselho de segurar o anúncio do Rafale até ao menos protocolarem o recebimento do relatório da FAB, poderiam espernear à vontade os perdedores,… Read more »
Ainda acredito que o que melou os ânimos pelo Rafale em Brasília foi o tapa na cara que a França nos deu após conseguirmos, com a Turquia, um acordo com o Irã.
Mas…
Os indianos não vão dar para trás apenas por causa da pressão russa.
Quando a conta “verdadeira” chegar o máximo que eles vão poder fazer é reduzir o número de pedidos.
Uê? Houve anuncio oficial do vencedor do FX – II para eterno? Não sabia disto! O que sei é que numa conversa de bêbado um destemperado falou bobagem antes da FAB terminar o relatório.
Edu tens toda razão. Mas isto é algo mais do que obvio, “pareceria estratégica” francesa é primeiro com Tio Samuel, depois, muito depois, com os outros.
Abs,
Ricardo
edcreek disse: 24 de agosto de 2012 às 10:58 “A diferença que em qualquer lugar do mundo não funciona, já aqui no Brasil, o presidente anuncia o vencedor e recua por lobby….Terra babanis….” Caro Edcreek, culpe o destrambelhado do Mulla pelo chafúrdio do Rafale no Brasil. Se ele tivesse sabido fechar sua imensa boca e aguardasse a entrega do relatório, ninguém jamais saberia que a FAB havia colocado a jaca em último lugar em sua avaliação, e que ele, do alto de seus “enormes” conhecimentos aeronáuticos, mudara o caça por pura ideologia. De modo que de certa forma podemos dizer,… Read more »
Olá,
Amigos, gostem ou não o bebado e boca aberta é o chefe do estado maior das forças armadas, anuncio houve sim e do chefe da força aerea, mas lhe faltou peito para finalizar o negocio…O resultado está ai, o 1º GDA está condenado e vamos de f-5 adeternium….Mas……
Edu se fosse somente isso o projeto dos ECs e dos SBR e nucsub tinha ido para o espaço…
Ao Barba ai anuciando as negociações para a compra:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-confirma-compra-de-de-36-cacas-franceses-,431073,0.htm
Abraços,
Edu e Ed, O Presidente da República comanda as Forças Armadas, assim como o país, durante seu mandato. Mas (graças a Deus e a constituição) não é ‘dono’ de nenhum dos dois, devendo prestar contas de seus atos e decisões, de acordo com as normas legais vigentes. Então, na minha opnião devo concordar com ressalvas com os amigos. SIM, o ex-presidente Lula decidiu de forma impulsiva pelo Rafale naquele fatídico 7 de setembro, mas faltou calma ou outra coisa qualquer para consolidar um desejo (ou decisão) em ação. SIM, aquele episódio diplomático em torno do Iran, com apoio da Turquia,… Read more »
O Rafale foi escolhido pelos indianos muito antes do M-MRCA. É preciso lembrar da história (e não apenas da geografia com os mapas…rsrs…) para entender as decisões do presente. A Índia fez uma opção pelos aviões franceses ainda na década de 80 e 90 quando o vizinho Paquistão comprou e recebeu os ágeis F-16 americanos, o que iria desequilibribar a balança de poder regional, na visão hindu. A experiência da Bhartiya Vāyu Sena com o Mirage 2000H foi positiva, apesar do custo, sendo inclusive usado no Kargil (1999) com sucesso e cumprido sua primeira e principal missão, se contrapor (mesmo… Read more »
Mas há outros interesses que ligam Nova Deli a Paris. O desenvolvimento da turbina KAVERI havia entrado em colapso, ou, para minimizar os problemas, estava enfrentando dificuldades vultosas. Há no mercado 4 (quatro) fornecedores de turbofans que poderiam resolver o problema: Klimov, General Eletric, Rolls Royce e Snecma. Obviamente a francesa estaria mais disposta a compartilhar tecnologia, mediante uma contraprestação pecuniária expressiva, evidentemente. Mas a questão é que a necessidade de recursos para desenvolver o turbofan M-88-3 pode ter ‘casado’ com a necessidade de uma ‘nova’ Kaveri para os Light Combat Fighters HAL Tejas. No futuro próximo poderemos confirmar ou… Read more »
Ivan escreveu
Há no mercado 4 (quatro) fornecedores de turbofans que poderiam resolver o problema: Klimov, General Eletric, Rolls Royce e Snecma.
E a Pratt Whitney não conta não?
Por fim, mas por enquanto, há também a questão nuclear…
…ou deveria escrever as questões!
Se por um lado o Rafale é um vetor nuclear efetivo e pronto na Armée de l’Air, com óbvio potencial de tornar-se um vetor estratégico na Bhartiya Vāyu Sena, por outro os franceses não são tão castos como os anglo-saxões em compartilhar tecnologia nuclear.
Este potencial provavelmente está sendo explorado no momento, em termos comerciais por Paris e estratégicos por Nova Deli.
Mas tudo isso é apenas a opnião de um antigo entusiasta.
Abç,
Ivan, an oldinfantryman.
Ivan, perfeitas colocações, mas você esqueceu um detalhe: a Índia também possui um amplo acordo de desenvolvimento de tecnologia nuclear com ninguém menos que os EUA. Sim, aquele mesmo que acusa o Irã (e meteu o dedo na cara do Brasil via AIEA) de ter um programa nuclear com fins militares. Veja só que situação: acusa-se o Irã, signatário do TNP, ao mesmo tempo que apoia-se o programa nuclear da Índia, NÃO SIGNATÁRIA do TNP… Não acretido em ortodoxia por parte desses países em relação ao TNP: fazem vista grossa com Israel, Índia, Paquistão, ao mesmo tempo em que pentelham… Read more »
Até o momento, a motorização do Hal Tejas, é americana:
Mk-1 -> F-404-GE-IN20
Mk-2 -> F-414-GE-INS6
Faltaram, por enquanto:
Honeywell
NPO Saturn (Lyulka)
Khatchaturov (Tumansky)
Soloviev
Ivchenko Progress
Aviadvigatel
Samara (Kuznetsov)
Shenyang
Carec
Guizhou
Xian
Poggio e Maurício, Talvez não tenha sido claro. Pratt & Whitney tem tecnologia para atender um programa como o Kaveri, mas não tem um produto no porte da turbina indiana. Acredito que os turbofans militares compreendidos entre 7,5 e 9 toneladas de empuxo com algum sucesso operacional são: * General Electric F414 e F404; * Eurojet EJ200; * Snecma M88; e * Klimov RD-93. A Pratt & Whitney F100 é bem maior, mais pesada e mais potente. Mas com relação peso / potência inferior. A Guizhou WS-13 chinesa estaria descartada por ser de menor qualidade e, principalmente, por ser da… Read more »
Esqueci o míssil Armiger, alemão.