‘Normandie-Niemen’, o novo esquadrão de Rafale da Força Aérea Francesa

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Esquadrão, cuja história remonta a missões voando caças soviéticos na Segunda Guerra Mundial, é a terceira unidade operacional da Força Aérea Francesa a ser equipada com o Rafale

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Na segunda-feira, 25 de junho, o esquadrão 2/30 “Normandie-Niemen” entrou oficialmente para o serviço operacional na Força Aéra Francesa, na Base Aérea 118 de Mont-de-Marsan. A data foi marcada por uma cerimônia presidida pelo general Jean-Paul Paloméros, chefe do Estado Maior da Força Aérea Francesa (Armée de l’air). Agora equipada com o Rafale, a unidade passa a ser comandada pelo tenente-coronel François Tricot.

O esquadrão, carinhosamente chamado de “Neu Neu”, tornou-se assim o terceiro esquadrão operacional equipado com o Rafale, seguindo-se aos  1/7 “Provence” e 1/91 “Gascogne”, baseados em Saint-Dizier. Outros esquadrões que empregam a aeronave na Força Aérea Francesa, embora não façam parte das unidades ditas operacionais, são o Esquadrão de Caça e de Experimentações 5/330 “Côte d’Argent”,  da Base 118 de Mont-de-Marsan, que realiza testes de armas e equipamentos (mas que chegou a participar do último “Tiger Meet) e o Esquadrão de Transformação 2/92 “Aquitaine” de Saint Dizier, que não opera aeronaves próprias mas se utiliza dos caças dos esquadrões “Gascogne” e “Provence” e de um Rafale M cedido pela Marinha Francesa.

Porém, vale lembrar que também existe um esquadrão de ultramar, o 3/30 “Lorraine”, que foi reativado em novembro de 2010 e opera na Base Aérea 104 de Al Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos. Em 2011, o esquadrão, cuja dotação é reduzida e funciona mais como uma forma de manter a presença francesa na região estratégica do Golfo Pérsico, estava equipado de forma mista, com três Mirage 2000-5 e três Rafale.

Além do cerimonial e dos discursos, houve o sobrevoo de quatro aeronaves, dois Mirage F1 (que o esquadrão operava até recentemente) e dois Rafale. Após um período de adaptação iniciado em 2010 com a formação de um “núcleo duro”, hoje o esquadrão está equipado  com 10 aeronaves e 15 pilotos, devendo receber mais pessoal e caças ao longo dos próximos meses.

O general Paloméros destacou, em seu discurso, que a Força Aéra Francesa está aprendendo a cada dia um pouco mais sobre “os formidáveis potenciais oferecidos pelo Rafale”. Ele também destacou que o caça “deverá em breve ser equipado com radar AESA, de de varredura eletrônica ativa, cujo desempenho é excelente. ”

O “Normandie-Niemen” é um esquadrão de grande prestígio, considerado um dos “embaixadores mais famosos” da França, e uma “verdadeira instituição” na Rússia, com mais de uma centena de escolas russas batizadas com seu nome. Na Segunda Guerra Mundial, o então regimento “Normandie-Niemen” lutou contra os alemães na União Soviética, equipado com caças como o Yakovlev Yak-3. Entre 1943 e 1945, os pilotos franceses da unidade conquistaram 273 vitórias sobre aeronaves do Eixo. Em setembro deste ano, o esquadrão deverá celebrar o seu 70º aniversário.

Ao mesmo tempo, a racionalização da Força Aérea Francesa prossegue. No dia seguinte à entrada oficial do terceiro esquadrão oficial de Rafale, foi desativada mais uma base aérea na França: Brétigny. Ela se segue às recentes desativações de Toulouse (2009), Colmar (2010) Taverny e Reims (2011). Para esta quarta-feira, 27 de junho, estava programada a desativação de Cambrai e, no dia 16 de julho, será a vez de Nice. Para saber mais sobre ativações, desativações e todo esse processo de racionalização da Força Aérea Francesa (no qual o Rafale é um dos mais importantes componentes), veja os links a seguir, especialmente o último, “Racionalização à Francesa”.

FONTE / FOTOS: Força Aérea Francesa (Armée de l’air)

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