Gripen espera decisão brasileira sobre caças em breve
Robert Wall
Linköping, Suécia – Depois de anos de atraso, a Gripen International acredita que o Brasil está quase pronto para tomar uma decisão em sua competição de caças, na qual o caça monomotor da empresa está em concorrência contra o Boeing F/A-18E/F e o Dassault Rafale.
“Ficamos com a sensação de que é o fim do jogo”, observa Eddy de La Motte, vice-presidente de marketing da Gripen International, joint venture da Saab e da BAE Systems que faz o marketing do caça sueco para clientes de exportação.
A Saab poderia entregar o primeiro caça Gripen E/F (também chamado de NG) quatro anos após a adjudicação do contrato, mas ainda não está claro se esse é o cronograma que Brasília vai insistir ou se vai se juntar ao cronograma de desenvolvimento suíço/sueco do Gripen E/F, que prevê a entrega do primeiro caça em 2018.
O primeiro protótipo do Gripen E/F deve voar no próximo ano se os governos da Suíça e da Suécia concordarem no caminho de desenvolvimento a seguir. O esforço provavelmente vai exigir também algum financiamento da Saab.
Enquanto isso, o radar AESA Selex Galileo Raven ES-05 deve voar em breve no demonstrador Gripen NG, durante o qual os monitores do cockpit e o sensor serão colocados em harmonia.
O governo sueco tem uma oferta sobre a mesa para os compradores potenciais de exportação para acelerar a sua compra, se outro país quiser o Gripen E/F, mas não quer ser o comprador inicial. Essa oferta continua sobre a mesa, diz La Motte.
Uma vitória no Brasil poderia abrir a porta a contratos do caça na América do Sul, acrescenta Frederik Gustafson, diretor regional para as exportações do Gripen nas Américas. “Há uma enorme necessidade de novos caças na região e as economias estão crescendo”, disse a repórteres nos bastidores do Aerospace Forum Sweden 2012. Há vários países que estão procurando comprar nos próximos cinco anos, acrescenta.
Mas essa não é a única região onde o fabricante está trabalhando para cumprir a sua meta de vender 300 caças durante a próxima década. Na Tailândia, onde já vendeu 12 Gripens (seis entregues e seis seguirão no próximo ano), espera-se por ofertas adicionais. Malásia, Filipinas, Indonésia e, “em alguns anos”, Vietnã podem ser oportunidades, diz de La Motte.
Os esforços também continuam para ampliar o negócio de aluguel de caças com a República Tcheca e compras firmes na Bulgária, Roménia, Croácia e Eslováquia. A Gripen também espera convencer a Dinamarca e a Holanda a sair do programa de caças F-35A Joint Strike Fighter ao qual elas estão comprometidas.
FONTE: Aviation Week / TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: Poder Aéreo
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Tudo depende de uma palavrinha: Tampax²…
Nós tambem estamos esperando a tal decisão………
O que falta é a exceletissíma dna Dilma largar a claque de Le Jaca, falando sózinha, sentar-se c/ a COPC e bater o martelo no preferido da FAB. Até pq se alguns “tampax se fizerem necessários, os suecos e além deles, os americanos; são os únicos capazes de fornece-los. Dê uns ossinhos (o update do AMX/A-1) p/ a Embraer ir roendo, claro controlando c/ mto cuidado, na pta do lápis, os custos. Deixe-os se enrolarem na própria cauda, atrás de alguns otários, que comprem o fantástico substituto de C-130, que não vende nem c/ reza braba!!! Pois não é obrigação… Read more »
Mauricio, não se esqueça que a maior parte da tecnologia militar desenvolvida nos EUA, principalmente a empregada em caças, é subsidiada pelo governo.
Não há como ter desenvolvimento de caças sem apoio financeiro do Estado.
Na Suécia também o Gripen foi desenvolvido por uma decisão de governo.
O que é preciso no Brasil é criar outras empresas que produzem aviões de combate, porque a concorrência é a mãe da inovação.
Estudos mostram que a grande quantidade aviões de combate e inovações tecnológicas na aviação de combate dos EUA só foi possível por causa da concorrência entre vários fornecedores.
Penso que todo investimento do Governo (ou dos governos), se bem planejado, com embasamento técnico, visão de futuro, sem favorecimento, fluxo regular de recursos etc etc etc… é sempre bem vindo. A questão é fechar a equação… “política”.
Em tempo: errar é humano, mas negligência e corrupção em uma governo/empresa são imperdoáveis.
Mauricio R. os americanos são capazes de fornecer caças tampax ao Brasil e os suecos são OBRIGADOS a oferecer caças Tampax porque NÃO TEM produto para oferecer daqui a quatro anos se assinarmos no final de 2012…
O melhor Tampax é o Su-30MK2 mesmo…
hahaha…como eu já disse, Freud explica a razão de tanto ódio contra a Embraer. Qualquer um que vencer o processo do FX-2, terá que se aliar à Embraer, pois é a única empresa no Brasil com capacitação para absorver este tipo de tecnologia. A verdade é essa. Concordo com o Galante que poderíamos ter mais empresas, e até temos, mas ainda são pequenas. Mas a existência da Embraer e a sua competência para competir em mercados globais de aviação é um ponto fora da curva no Brasil. Inúmeros analistas dizem isso e ela é tratada como um “case” para quem… Read more »
Caro Mauricio,
Maioria(para não falar 100%) das grandes empresas aeronáuticas que tem negócios na área de Defesa operam subvencionadas pelo governo. A Embraer não é diferente.
[]’s
“Estudos mostram que a grande quantidade aviões de combate e inovações tecnológicas na aviação de combate dos EUA só foi possível por causa da concorrência entre vários fornecedores.”
Pois é Galante, mas isso foi no Passado, porque hoje eles praticamente só tem duas empresas e essas duas empresas são o resultado das políticas governamentais aplicadas ao setor aeroespacial durante a década de 80…a tal fusão, e hoje, como disse Buzz Aldrin, não existem novas idéias…
Ninguém se deu conta ainda que a Embraer não está nem um pouco preocupada com FX, porque não visão da Empresa há outros interesses envolvidos.
De resto, apoio incondicionalmente o Mauricio R:
#embraerforadofx2
#odebrechtfabricandocaça
Pois eu entendo que nem EMB nem Odebrecht, ou qualquer outra empresa brasileira, deveriam participar da fabricação do talvez-quem sabe-futuro caça.
Devemos, sim, ter condições de conhecer e trabalhar com aqueles sistemas de frequente manutenção, por exemplo.
Qualquer papo de grande ToT é bobagem.
Se nenhuma empresa brasileira deseja desenvolver caças, e nem teria condições para tanto, então esqueçamos transferências de tecnologia irrestritas e outras que o valham.
“Não há como ter desenvolvimento de caças sem apoio financeiro do Estado.” Mesmo pq é o Estado através de suas ffaa, o motor dessa necessidade. Ocorre que se a indústria não tem essa capacitação, aonde é mesmo que o Estado irá exercer esse seu apoio financeiro??? A capacitação da indústria em atender a necessidade do Estado, é de responsabilidade da própria indústria. O Estado e as ffaa, não tem nada c/ isso, eles tem o mercado a sua disposição. “Na Suécia também o Gripen foi desenvolvido por uma decisão de governo.” E foi o governo sueco, quem pagou pela capacitação… Read more »
Sera que agora vai mesmo?
ou vão inventar aquela velha desculpa de sempre?
asbueno disse:
4 de junho de 2012 às 16:56
Excelente comentário.
Jamais iremos produzir nenhum caça, pois falta apoio governamental, foco da liderança, compras da Força, pra não falar em um mercado externo cada vez menor e mais dominado, e no nosso atraso tecnológico atávico.
O que deveria ser o tal FX2 é redirecionado para se adquirir o máximo de manutenção possível. Manutenção essa preferencialmente feita na própria FAB.
E fora com Embraer, com Odebrecht, e com todas essas “grandes” que só estão querendo é mamar na teta da vaca gorda…
Sds.
Alexandre, não se esqueça que o desenvolvimento da indústria de tecnologia militar EUA se deu básicamente em razão da politica da guerra fria com a ex URSS, a questão que esta colocada é qual será o novo paradigma de enfrentamento no tal teatro de operação.
ToT é desejável, mas ela só ocorre quando se participa do desenvolvimento, assumindo-se parte dos custos e riscos. Foi assim com o AMX. No caso do FX-2, já se perdeu a oportunidade faz tempo. O programa de desenvolvimento “poderia” ter sido definido há 10 ou 15 anos, antes da era lula (minúsculo mesmo), para estar operando hoje (ontem…). O parâmetro “ToT” foi uma idéia muito cara-de-pau de quem viu uma oportunidade de jogar uma cortina de fumaça no processo, uma “liberdade de escolha”, onde parâmetros técnicos são confundidos com questões políticas, do “bom para o Brasil”, “união estratégica com o… Read more »
HRotor disse: 5 de junho de 2012 às 11:19 Concordo com você quanto ao bonde perdido. Outra coisa, imaginemos por hipótese que adquiramos os 36 unidades de qualquer um dos três e, também, que aprendamos a fazê-los (hipótese absurda, claro). Pergunta: a quem iriamos vender nosso produto? Ah, mas não precisamos vender a ninguém, uma vez que poderíamos adquirir até 120 caças! Ok, isso é o imaginado desde o início, Mas 120 é relativamente pouco, ainda mais para uma linha de montagem “full”. Ah, dirão, mas daríamos um salto! Para onde? Para construir outro caça e/ou adquirir algum know how… Read more »
Missão da Força Aérea: garantir a soberania do espaço aéreo, para a defesa do País. Meios necessários: aeronaves, armas e pessoal. Todo material tem seu ciclo de vida, precisa ser renovado. Se vai ser desenvolvido aqui ou comprado no exterior, o que importa é que ele esteja pronto para uso quando necessário. Quanto à preparação e manutenção de tudo isso, parte pode ser feita pela própria Força, parte deve ser feita por empresa privada, é assim em qualquer lugar do mundo, não dá pra abraçar o mundo sozinho, é impraticável. Que pelo menos tudo seja feito no Brasil, para não… Read more »
Concordo com os comentarios de varios colegas acima, mas gostaria de comentar o procedimento de um outro pais no qual conheco bem. O MRO, inclui-se avionicos, eh obrigatorio. Dependendo to equip. e dos valores, alguns outros sistemas tb sao obrigatorios por serem considerados estrategicos p/ as operacoes. No mais, o gov. define setores prioritarios p/ execucao dos offsets, incluindo-se, ToT, que pode ou nao ser de uso militar. Para garantir que o offset eh viavel economicamente, a empresa fornecedora do equip. militar deve apresentar um concept paper e, fundamentalmente, um business plan que inclui o tradicional (market share, funding, suppliers,… Read more »