Gripen NG no F-X2: Saab expande sua cooperação planejada com a AEL
Nesta quarta-feira, 9 de maio, a Saab divulgou nota à imprensa dizendo que, em conexão com a sua proposta do Gripen NG para o Brasil, acaba de expandir sua cooperação planejada com a Aeroeletrônica Ltda (AEL) do Brasil. Agora, essa cooperação também inclui desenvolvimento, produção e logística de longo prazo para o pacote de aviônicos do Gripen NG. A Saab e a AEL já tinham assinado em 2009 um memorando de entendimento (MOU – Memorandum of Understanding) identificando árreas potenciais de cooperação relativas ao programa brasileiro F-X2.
Desde o MOU de 2009, a AEL vivenciou um crescimento significativo e evolução de suas capacidades, o que abriu novas oportunidades para cooperação entre as empresas. O memorando existente entre a Saab e a AEL foi então revisado e expandido e identificou projetos relacionando áreas de desenvolvimento, produção e apoio logístico de longo prazo para o pacote de aviônicos do Gripen NG. Vitor Jaime Puglia Neves, vice-presidente da AEL Sistemas S/A, afirmou que o MOU “representa um passo extremamente importante na direção da criação de um pacote completo de aviônicos brasileiros da AEL e respectivos serviços CLS para a aeronave Gripen NG.”
A Saab salientou que sua abordagem de cooperação industrial cobre uma grande variedade de atividades sustentáveis de negócios focadas não apenas no produto. Entre essas atividades, estão investimentos, criação de empregos, transferência de tecnologia, fabricação, apoio técnico, treinamento e cooperação científica, que são benéficas para o Brasil e sua indústria. Dan Jangblad, vice-presidente senior e executivo-chefe de estratégia da Saab, afirmou: “Estamos convencidos de que nossa oferta é a melhor alternativa para o Brasil. A Saab oferece à indústria brasileira um pacote de cooperação industrial muito competitivo e que excede os requerimentos de 100% do valor do contrato.”
Ainda segundo a Saab, seu comprometimento no F-X2 com o Gripen NG é de mais de 175% de cooperação industrial, incluindo ofertas como uma ampla cooperação industrial, não limitada apenas à indústria de defesa e benefícios industriais de longo prazo relevantes aos requerimentos brasileiros. A nota também destaca que o Gripen permite financiamento, parcerias entre Brasil e Suécia e oportunidades de exportação, grandes oportunidades para transferência de tecnologia de forma a criar autonomia nacional, uso de tecnologia brasileira para aplicações de defesa e civis, além de total apoio dos parceiros da Saab e rede de financiamento, criação de empregos e sustentabilidade.
FONTE / FOTOS: Saab
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Sonho:
– Gripen para a Aeronáutica
– F-18 para a Marinha
Dúvida: é possível um F-18 pousar no nosso “glorioso” porta-aviões?
Só assim p/ a existência da testa de ferro se justificar, dirigismo absolutamente indevido, imoral e indecente.
Wallace:
Um F-18 consegue pousar no NAe SP. Provavelmente até consiga decolar. Mas o desgaste da aeronave, dado o tamanho “diminuto” do convés, seria enorme. Tanto o ajuste dos cabos com da catapulta teriam de ser redimensionados para suportar a carga do F-18.
Mas operar um F-18 na NAe SP, dadas as atuais contigências, seria ter uma Ferrari e morar numa barraquinha de camping.
Agora, se é para sonhar, sonhe grande: F-35.
O F-35 vai atrasar? Vai! Mas o glorioso programa FX também vai.
O F-35 custa caro? Custa! Mas o custo do Rafale é o mesmo. De qualquer modo, para quem pagou US$ 60 milhões em um helicóptero…
O custo de manutenção do F-35 é alto? Provavelmente será. Mas lembre-se, segundo nosso glorioso líder, somos uma potência.
O F-35 tem problemas? Tem! Os outros também tem. E provavelmente os americanos darão um jeito.
Marcos, o F-35 é o meu sonho dos sonhos!!! Mas acho que ficará só nos sonhos mesmo, pelo menos pelas próxima décadas 🙁
Off-topic:
FAB envia pedido para 2 aviões-tanque
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1087841-fab-envia-pedido-para-2-avioes-tanque.shtml
Só o F/A-18 Hornet, Wallace… o SH não dá… é muito pesado. Agora, caros editores, desculpem meu quase off-topic… Mauricio, vc que é nosso especialista em Thyphoon, me tira uma dúvida – sempre se fala na troca da turbina Volvo (GE) do Gripen pela EJ-200, sendo que o próprio consorcio EF disse que para isso bastaria algumas simples alterações. Agora façamos o inverso: pela lógica então, seria possível colocar a F-414 com apenas algumas adaptações no Thyphoon e com isso diminuindo os custos de operação do Tufão?! Seria possível fazer isso nos trance 1 recentemente “enconstados”? Haveria uma real economia… Read more »
Esse “memorando de entendimento” dependerá da seleção do Gripen NG pelo Brasil para se converter em contrato e ordem de serviço ou se transformará em medida efetiva desde já, com o desenvolvimento do NG para a Suiça e outros clientes eventualmente interessados?
Augusto, segundo a própria nota, está “em conexão com a sua (da Saab) proposta do Gripen NG para o Brasil”. Se irá além do memorando no caso do caça não ser selecionado, creio que dependerá do quanto o negócio for interessante para todas as partes envolvidas.
Há outras iniciativas importantes da Saab, porém, que até o momento independem da seleção do caça pelo Brasil, como as ligadas à Akaer e ao CISB, como pode ser visto nos links ao final da matéria.
Optimus,
A idéia de se trocar a F-414 pela EJ-200 no NG, é facilitada pelo fato de a turbina americana lidar c/ maiores fluxos de ar.
Isto já está previsto, na própria fuselagem do ac sueco.
O Typhoon não foi concebido prevendo-se essa possibilidade, a própria EJ-200 tem sido afetada pela geometria das entradas de ar e de seus dutos, no Typhoon.
O problema seria que a EJ-200 gera menos empuxo que a F-414.
Mauricio R disse:
“Isto já está previsto, na própria fuselagem do ac sueco.”
Mauricio, o que é mesmo que significa “ac”? Claro que eu entendo que se trata do caça sueco Gripen E/F (NG).
Aproveito para perguntar outras abreviaturas usadas com frequência neste Blog:
“GF” ? (Governo Federal ?)
“PIG” ?
Abraços
Ah, “Parceria Caracu” eu não quero saber não, viu?
Abraços
ivanildotavares,
ac = aircraft
“O problema seria que a EJ-200 gera menos empuxo que a F-414.”
Sim, em relação a F-414-400 uns 10% a menos em pc, se comparar c/ a EPE, a diferença aumenta (+26.000 X 20.000 lbf).
A EJ-200 é um tanto mais leve, um tantinho mais longa e mais estreita.
Mauricio, Thanks.
Abraços
E a Saab agora assina um MoU com o BID para financiamento de projetos de desenvolvimento sustentavel p/ cidades na America do Sul.
O que exatamente isto tem a ver com cacas? Me parece que tem a ver com uma proposta de offsets indiretos (aqueles nao diretamente relacionados com a industria de defesa mas que, em geral, tambem fazem parte do pacote de offsets em diferentes graus).
http://www.saabgroup.com/en/About-Saab/Newsroom/Press-releases–News/2012—5/Saab-signs-Memorandum-of-Understanding-with-the-Inter-American-Development-Bank/
Curioso nao eh mesmo?
[]s!