F-20 Tigershark na revista dos formandos da AFA, em 1983
Em 1983, estava se formando uma turma futuros oficiais aviadores e intendentes que entrou na Academia da Força Aérea, como cadetes, em 1980. Como de praxe, foi publicada por eles a revista “A Esquadrilha”, para celebrar a ocasião – na verdade, um pequeno livro em formato de revista, com capa dura. A edição trazia a foto de todos os formados, matérias sobre os desafios vencidos, anedotas, além de páginas de anúncios que viabilizavam a produção da revista, e cujos anunciantes miravam na distribuição dos exemplares ao público da FAB.
Entre diversos anúncios voltados a assuntos aeronáuticos ou não (há até propaganda de carro e de rede de televisão), está um pequeno módulo anunciando, em inglês, o que poderia ser um sonho de consumo para a FAB e seus atuais e futuros pilotos de caça: o F-20 Tigershark.
Clique na imagem acima para ampliar. E clique nos links da lista abaixo para saber mais sobre essa evolução do F-5 e assuntos relacionados.
VEJA TAMBÉM:
- E se o F-20 ‘Tigershark’ estivesse no F-X2?
- F-20 Tigershark: o caça da Northrop que foi “abatido” pelo F-16
- Vídeo do F-20 Tigershark no Programa ‘Wings’
- Os 50 anos da família F-5
- F-20: ‘um F-5E sem defeito’
- Você (realmente) entende de aviação militar?
- Lembra dele?
- Viggen, I’m your son!
- Quando o MiG-21 quase voou com as cores da FAB
o espiríto do F-20 sobrevive no Gripen: mesmo motor, dimensões semelhantes e a mesma perna curta.
Abraços.
Marcelo disse: 3 de maio de 2012 às 8:34 É isso aí. E os mesmos custos: “Segundo o fabricante, em serviço o F-20 consumia 53% menos de combustível, requeria menos 52% de homens/hora para manutenção, e tinha o custo de manutenção 63% menor que os caças de primeira linha da época.” http://www.aereo.jor.br/2008/08/24/f-20-tigershark-o-caca-da-northrop-que-foi-abatido-pelo-f-16/ A única diferença entre os dois é que com as mesmas características, como apontado, o Gripen (A/B/C/D) carrega muito mais carga paga do que o F-20 jamais sonhou. E utiliza essa “pequena” lista de armamentos aqui: – MBDA MICA; – AIM-120 AMRAAM; – MBDA Meteor; – R-DARTER; –… Read more »
Na época foi dito que a Northrop ofereceu o F-20 para a Suécia, que também avaliou o F-16 e o F-18, antes de decidir ir em frente com o projeto do Gripen. Entre as modificações propostas estava aumentar a área alar em 30%, provavelmente na raiz, mantendo o formado básico da asa, como foi feito do F-5A para o E. Embora o Gripen A/C possa em teoria carregar 6 toneladas de carga, na prática o que vemos nas fotos são configurações de armamento muito semelhantes às que a Northrop testou no Tigershark, como mísseis Maverick, poucas (e leves) bombas por… Read more »
F-20…a História foi injusta contigo…
O duro é que tem gente que defende o Grilo na FAB.
Sobre as armas que “podem” ser carregadas pelo Grilo, vamos fazer um exercício de raciocínio e colocar a eletrônica embarcada disponível hoje no mercado e veremos que o Grilo não tem nada de 4ª geração que o F 20 não poderia ter.
Fabio ASC disse: 3 de maio de 2012 às 12:19 O duro é que tem gente que defende o Grilo na FAB. “veremos que o Grilo não tem nada de 4ª geração que o F 20 não poderia ter” Muito maior agilidade e muito maior carga paga. Sem falar no uso intensivo de materiais compostos, que diminuem enormemente seu RCS, tecnologia esta não disponível/não imprescindível para o F-20 nos anos 80. A verdade é que o Gripen, até por seu tamanho e configuração em delta canard possui parâmetros de manobrabilidade difíceis de ser equiparados. Agora o que poderia ter sido… Read more »
Caro Vader, foi justamente o que eu disse: “SE os avanços constantes do Grilo estivessem disponíveis HOJE ao F 20….
O duro na verdade é que tem gente que defende Jaca, mas torcidas não vem ao caso.
Seria muito interessante poder ver uns F-20 voando! Isso sim!
Ricardo Cascaldi disse:
3 de maio de 2012 às 12:48
e o duro, no meu ponto de vista (penso, logo existo), é ter gente que defende o Gripen perna curta em um país enorme como o nosso, e como todos sabem voar na Amazônia monomotor é como voar em cima do mar…mas como você mesmo disse, torcidas não vem ao caso…
Sugestão de matéria: “Os que quase entraram em produção…”
F-107 Ultra Sabre
F-20
F-111B
F-16XL(esse já ganhou um post, se bem que o TigerShark, vários e vários…)
XB-70
Pulqui
CF-100 Canuck
BAC TSR.2
Mirage 4000
Mirage F.2
Jaguar Naval
E a lista é longa…
Ricardo Cascaldi disse:
3 de maio de 2012 às 12:48
Por minha vez, o duro é ver gente defendendo o Rafale, com seus custos de aquisição, manutenção e operação exorbitantes, quando a FAB não tem dinheiro sequer para manter seus F-5 voando sem contigenciamento.
O país é enorme? E daí? O que conta é o orçamento da FAs, e este todos nós sabemos que é minúsculo.
Caro Marcelo, Se o Gripen em questão fosse a versão “C” até entenderia sua crítica em relação ao “perna-curta”. A versão proposta NG tem um alcance estimado muito próximo, senão superior ao Rafale pernalonga ou Super Hornet . 🙂 E mais, sabemos que as dimensões continentais do Brasil e a excassez de recursos impedem uma quantidade de caças que realmente cobriria de forma efetiva todo o território brasileiro. Eu gostaria por exemplo, em torno de 240 caças como o Gripen NG. E uma ala de 72 caças equipados com o PAKFA, SU-35 ou até mesmo o Su-34 🙂 Assim, não… Read more »
Sobre o F-20, se de fato houve uma proposta nos anos 90 de fabricarmos sob licença pela Embraer, só lamentos.
Hoje estaríamos com esses caças devidamente modernizados e ainda capazes, e ao mesmo tempo, podendo planejar sua substituição por uma aeronave realmente atual, seja o F-35, o PAKFA, ou um projeto desenvolvido em conjunto, seja a Suécia, Índia, Coréia do Sul ou mesmo a Turquia.
[]’s
Nick disse: 3 de maio de 2012 às 16:48 caro Nick, o SH é bimotor…e no caso do F-35, o que ditou (decretou) que fosse monomotor foi a versão STOVL, pois nessa versão, perder um motor é fatal devido ao desequilíbrio que isso causaria em voo pairado. A US Navy já operou vários caças navais monomotores, como o A-4, A-7, F-8 etc…mas lembre-se que eles podem se dar ao luxo de perder algumas aeronaves em caso de perda de motor (e possuem uma estrutura para resgatar o piloto bastante adequada também). No nosso caso não temos nenhum desses 2 luxos…… Read more »
Marcelo disse: 3 de maio de 2012 às 13:24 Essas estórias de Gripen “perna curta” e “monomotor” já encheram bastante o saco, e já foram discutidas à farta aqui. NENHUMA aeronave, por maior autonomia e raio de combate que tenha, sai de Anápolis armada e carregada com o PC ligado para interceptar na Cabeça de Cachorro ou na fronteira com a Venezuela e volta. Ela NECESSARIAMENTE tem que estar desdobrada no terreno e/ou fazer REVO, aí pouco importando se é um Gripen, um F-22, um PAK-FA ou o Tie Fighter. Só pra rememorar, e pra não permitir a essa eterna… Read more »
Vader disse:
3 de maio de 2012 às 17:23
quer dizer que vossa senhoria está com as partes baixas cheias? I couldn´t care less…
AVISO DOS EDITORES: DEIXEM AS PICUINHAS PESSOAIS DE LADO E DEBATAM O ASSUNTO
o fato de ter sido discutido não siginifique que eu concorde não é mesmo?
ops, corrigindo o português –> não significa que eu concorde.
Comentário rasteiro e rastaquera de alguém que acrescenta bem pouco ao debate com suas eternas tontices.
AVISO DOS EDITORES: DEIXEM AS PICUINHAS PESSOAIS DE LADO E DEBATAM O ASSUNTO
é mesmo, dizer que está de “saco cheio” não é rasteiro nem rataquera. hahaha
AVISO DOS EDITORES: DEIXEM AS PICUINHAS PESSOAIS DE LADO E DEBATAM O ASSUNTO
Nick, Vader e Marcelo, Há monomotores e monomotores, assim como há motores e há motores. O Volvo das versões atuais do Gripen mostrou-se extremamente confiável. Em outra matéria, estamos discutindo índices de atrito, que são medidos em acidentes por 100.000 horas de voo. Antigamente, índices perto de 20 por 100.000 horas eram aceitáveis e até “normais”, hoje se aceita menos de 1/4 disso. Assim, vale a pena, nessa discussão sobre a confiabilidade de um monomotor, relembrar os dados do motor Volvo RM-12 (versão aprimorada do GE 404) que equipa o Gripen nas versões em operação. Há um ano, era atingida… Read more »
Vader parabéns, matou a pau!!!
Abs,
Ricardo
O senhor não precisa concordar com nada, pode continuar acreditando em duendes, que a Lua é habitada por homenzinhos verdes e que a JACA francesa é o melhor caça da galáxia.
Só que quando for discutir com quem entende um pouquinho do assunto tem que mostrar dados. Senão passa vergonha.
Passar bem.
Fernando “Nunão” De Martini disse:
3 de maio de 2012 às 17:34
Obrigado pelos DADOS Nunão. Nada como discutir com gente que sabe do que está falando.
Abraço.
Já que o tópico é sobre o F-20. Foi brutal a maneira como a LM matou o F-20. E como o F-16 já tinha pai e padrinhos ficou muito mais fácil abocanhar a concorrência da ANG (o que sepultou o F-20). Depois disso o projeto passou a ser empurrado de cliente (potêncial) a cliente (potêncial), mas o Dept de Estado tinha como missão matar todo o programa que pudesse ameaçar o F-16 (foi assim que o Lavi também foi morto). O F-20 foi uma aeronave fantástica e uma real evolução do F-5. O quanto melhor ele poderia ser? Díficil dizer… Read more »
Magal, comentário muito pertinente e ponderado. Mas tenho só um ponto a discutir: não entendi o “embargo” que você colocou entre aspas. Imagino que as aspas sejam devido ao fato de significar, na verdade, que foi o Brasil que alguns anos antes rompeu o programa de assistência militar que tínhamos com os EUA desde a década de 50. Os F-5 entregues em meados dos anos 70 vieram com AIM-9B, e nunca li que tivesse havido problemas para adquirir essa versão da arma, para dizer que “mal e porcamente” teríamos conseguido adquiri-la. Lembrando que o pouco confiável AIM-9B ainda equipava, nos… Read more »
Nunão, talvez o Magal tenha se referido ao embargo que o governo Carter realizaou. Relacionava equilíbrio militar entre os países do subcontinente americano com os “excessos” realizados no período do governo militar. Carter governou entre 76 e 80.
Nunão, está dando aviso de malware aqui nesta página, :/
Giordani, Além do F-16 XL, o XB-70 também já obteve sua matéria aqui. Sobre a argumentação em relação ao Gripen ser “perna curta”… não acredito que o seja pois, sem considerarmos dados técnicos, por que a FAB o colocaria na short list se não atendesse aos seus requisitos? Ou melhor: por que o Gripen foi colocado em PRIMEIRO lugar no relatório da FAB, seguido do SH e do Rafale se este é assim tão “perna curta”? Se o F-20 Tigershark tivesse sido efetivamente continuado, seria interessante analisar a posição da FAB se ela adquirisse estes vetores. Será que teríamos a… Read more »
Não sei por que implicam tanto com o alcance do Gripen. Ele não é análogo ao dos nossos F-5EM? Estes não têm nos servido bem, até agora? Por que raios o Gripen faria menos pela FAB?
Se bem que não há nem o porquê de discutirmos isso aqui: a versão do Gripen oferecida à FAB é a NG, que possui… 4.000 km de alcance. Senhores, isso é maior que o alcance do Su-35BM! Querem mais? Vamos comprar Tu-95 então…
O F- 20 (inicialmente F-5G) era um ótimo produto, bom demais até! Como caça competia diretamente com o F-16 (a General Dynamics chegou a construir uma versão mais básica, o F-16 com a turbina J79). A turbina (F404-GE-100) e o radar AN/APG-67 eram os grandes diferenciais, com é claro um desenho limpo. Quem detonou o projeto foi o governo Reagan, em 1986. Misture a política externa de exportação do governo Reagan e o lobby da General Dynamics de um lado e a falta de um cliente importante externo do outro.
Abs,
Ricardo
Sobre monomotores…Se não me engano e se estes dados estão corretos, a FAB só perdeu três A-1 até hoje…
06 de junho de 1997…..AMX 5532(em vôo de teste nas “mãos” da embraer)
24 de julho de 1998 …..AMX 5516(o relatório apontou para desorientação espacial do piloto)
26 de Março de 2002….AMX 5656 (A-1B)
Acho que o Gripen vai ser o que neste século o que foi o F-5 no passado, vai vender muito, ele é bom , bonito e barato
Por mim o Brasil poderia comprar ele aos baldes, a chance de guerra por estas bandas beira o ridiculo e de nos participarmos em aventuras expedicionarias sobre a égide da ONU tambem
Sem contar que fica mais fácil de se justificar a compra para a opiniao publica
Ter uma mini USAF por aqui é frescura como diria FHC
@ asbueno.
Foi exatamente o que eu quiz dizer com embargo. 🙂 Obrigado por deixar mais claro.
Então está explicado, embora eu não tenha certeza de que o termo embargo se aplique, talvez “pressões”, ameaças e outros tantos termos correlatos, especialmente junto à Alemanha em relação ao acordo nuclear etc, tudo que levou o Governo Geisel a denunciar o acordo militar com os EUA. Mas entendi perfeitamente! Embargo também serve, de certa forma.
Voava-se Mirage III, sem revo, c/ aquele turbojato beberrão e o Gripen é que é ruim, pq é “perna curta”????
Tirando a semântica de lado, o que importa é que os F-20 não apareceriam no Brasil nem em sonho.
As nossas opções naquele tempo com relação aos EUA eram muito limitadas e era o F-5 ou F-80/TF-33 (velhos conhecidos nossos). Essa era a nossa triste realidade. Claro que as coisas mudaram, mas não dá para esconder que comemos muita poeira.
Magal, não gosto de discutir baseado em semântica, creio que exagerei um pouco em tentar esclarecer o ponto. Também acho que F-20 aqui nem em sonho. O foco da FAB era o A-1 e a parceria com a Itália, e o F-20 precisava de um cliente externo de peso. Há lendas por aí de que o F-20 teria sido oferecido ao Brasil pelos EUA justamente para impedir o investimento no A-1, mas nunca vi nada de mais confiável a respeito. De qualquer forma, o pequeno módulo de anúncio está lá, na velha revista de 1983, que citava em outras páginas… Read more »
Já que não deixaram o F-20 Tigershark ser produzido em série, por razões amplamente conhecidas, o Brasil poderia ter feito uma investida para produzí-lo sob licença na EMBRAER, que era estatal, minimizando o prejuízos da Northrop. O problema era que o foco da FAb era outro, o relacionamento com os EUA nã era o melhor e as finanças não eram boas. Caro Vader, o seu comentário sobre as distâncias que o Gripen NG pode cobrar está fantástico, sinceramente eu desconhecia a automia dele. Só faço uma piqué a correção: Cabo Verde não FICA em Portugal, pelo menos as Ilhas de… Read more »