Há 94 anos, era abatido o Barão Vermelho
Em 21 de abril de 1918, foi morto o barão Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho. Ele foi o mais conhecido piloto alemão na Primeira Guerra Mundial e sua fama extrapolou as fronteiras da Alemanha. Até o seu abate, o barão conseguiu alcançar a marca de 80 vitórias aéreas contra seus oponentes.
Nos Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Austrália, ele tornou-se conhecido como The Red Baron (O Barão Vermelho). A companhia aérea Lufthansa durante muito tempo aproveitou a popularidade do Barão Vermelho em suas campanhas publicitárias no mercado norte-americano.
O próprio Richthofen contou sua carreira de piloto de avião de caça num livro publicado em 1917. A primeira edição do Der rote Kampfflieger vendeu mais de 250 mil exemplares num ano e foi reeditado várias vezes. Escrita em estilo altamente arrogante, a biografia ajudou a criar o mito de um grande herói de guerra. A mãe de Richthofen descreveu a morte do piloto como o martírio de um jovem cheio de ideais e heroísmo.
Como muitos dos filhos da nobreza da época, Richthofen ingressou no corpo de cadetes imperiais aos 10 anos de idade. Posteriormente, tornou-se oficial de cavalaria. A carreira de oficial permitiu-lhe continuar praticando sua maior paixão – a caça.
Prazer em matar
Com o início da Primeira Guerra Mundial, o Exército alemão intensificou suas atividades de reconhecimento nos territórios inimigos. Richthofen pediu transferência para a recém-criada Força Aérea. Logo passou a participar de vôos de reconhecimento e bombardeios. Ele próprio dizia sentir um verdadeiro prazer em liquidar um inimigo.
Na primavera europeia de 1916, o tenente Richthofen passou a receber a formação de piloto de caça. Ele destacou-se por sua agressividade e, em pouco tempo, derrubara 16 aviões franceses e ingleses, o que lhe rendeu a Medalha de Honra ao Mérito, maior condecoração militar do Império Alemão, e o posto de capitão de esquadra. Tratava seus adversários como animais selvagens e, às vezes, derrubava até dois ou três caças por dia.
Avião pequeno e ágil
Richthofen foi também um dos primeiros a pilotar um triplano Fokker, que estreou nas frentes de batalha no outono europeu de 1916. Era um avião de caça pequeno, a agilidade e a velocidade de decolagem eram sua principal arma. Em manobras, era impossível colocá-lo em mira, mas, se seguisse um rumo fixo, tornava-se alvo fácil. Foi isso o que provavelmente acabou com Richthofen.
No dia 21 de abril de 1918, pouco antes de completar 26 anos, foi atacado pelas costas pelo piloto canadense Roy Brown, enquanto perseguia sua vítima de número 81. Ao mesmo tempo, infantes australianos dispararam do solo suas metralhadoras contra ele. Richthofen foi atingido por um tiro mortal.
Seu corpo foi enterrado com honras militares num pequeno cemitério de soldados no norte da França. Sete anos mais tarde, o cadáver foi exumado a pedido da família e sepultado em Berlim, novamente com honras militares e grande participação popular.
A Força Aérea alemã perdeu 7,7 mil pilotos na Primeira Guerra Mundial. Réplicas do triplano Fokker (que Richthoffen havia mandado pintar de vermelho para provocar seus adversários) estão expostas na maioria dos museus de tecnologia e aviação do mundo. Manfred von Richthofen virou nome de esquadras, quartéis, praças e ruas.
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FONTE: DW
Só uma pequena correção, o Dr.I só viria a ser introduzido no front na metade de 1917, pouco depois de seu primeiro voo.
Richthofen era antes um soldado que voava do que “piloto de caça” se considerarmos uma acpeção populista e romântica do termo.Não apreciava acrobacias durante o combate, e dizia que loopings eram tolices que só favoreciam o oponente.
Mas era homem da monarquia, cavaleiro e cavalheiro.
Personificava a mais nobre mistura que pode existir, aviador e cavaleiro da Idade Média.
E pensar que
Ainda hoje, muitos de seus conhecimentos (Técnicas) ainda persistem, tais como engajamento em combate, buscar o melhor angulo de entrada, nunca sair sozinho, e outras.
Não é atoa, que ele se tornou um dos maiores, ou até mesmo o maior de todos os tempos (principalmente dadas as circustancias de seu tempo)
Parece que a arte de matar, como se o inimigo fosse um animal selvagem, estava de fato no DNA da familia. Algumas gerações mais tarde foi a vez da Suzane e seus comparças, os irmãos Cravinhos, matarem a pauladas os pais da garota!! kkk
Pô blind…pô meu…desnecessário…
Esse foi “o cara”. Sem mais.
O barão Manfred von Richthofen virou uma lenda na avião militar, mas a Luftwaffe tem Ases com números de vitórias muito mais impressionantes:
Erich Hartmann, – 352, Gerhard Barkhorn – 301, Günther Rall – 275, Walter Nowotny, 258.
Se não estou enganado todos foram pilotos do Messerschmitt 109.
Abs,
Ricardo