Turquia propõe se envolver mais na fabricação do F-35 para baixar custos
Segundo notícia publicada pelo jornal turco Hürriyet Daily News nesta terça-feira, 17 de abril, a Tuquia está proponto aos Estados Unidos um maior envolvimento das indústrias locais na fabricação do F-35. Com os custos do caça crescendo continuamente, a proposta visa reduzir os custos do programa em aproximadamente 3,5 bilhões de dólares, por meio de um maior envolvimento do país na produção de partes da aeronave. A proposta foi encaminhada ao secretário assistente de comércio dos EUA, Michael Camunez, pelo subsecretário para Indústrias de Defesa da Turquia, Murad Bayar, num encontro em Ankara em 5 de abril.
Bayar disse que a TAI (Turkish Aerospace Industries) poderia assumir um papel maior no programa de forma a ajudar a diminuir seu custo. Uma fonte do jornal, que pediu anonimato, disse: “Como um parceiro do programa, a TAI vai completar 400 fuselagens centrais da aeronave, a estrutura principal a partir da qual o F-35 é construído. A TAI receberá 4 bilhões de dólares pelo trabalho. O investimento já foi feito. A TAI poderia completar as fuselagens centrais de 634 aeronaves sem nenhum custo extra de investimento. Isso significa que o processo das demais fuselagens centrais das aeronaves vai custar 2 bilhões de dólares. Fazer esse trabalho na Turquia poderia economizar 3,5 bilhões de dólares, já que os preços são mais altos nos EUA e mais baixos na Turquia.”
Já outras fontes da indústria disseram que há um plano de negócios para a produção, e sua revisão não é fácil. A empresa norte-americana Northrop Grumman está atualmente responsável pelo projeto e a produção das fuselagens centrais de todas as três versões do F-35: CTOL, de decolagem e pouso convencionais, STOVL, de decolagem curta e pouso vertical e a versão para operação em porta-aviões com catapulta e aparelho de parada.
O custo total do programa ainda não é conhecido e autoridades, até o momento, se abstiveram de dar uma resposta definitiva. O vice presidente senior da Lockheed Martin para estratégia corporativa e desenvolvimento de negócios, Patrick Dewar, já indicou que cada F-35 custará, em média, não mais do que cada F-16 que a Turquia compra – aproximadamente 50 milhões de dólares. A Turquia já encomendou dois F-35, a serem entregues em 2016. Espera-se que o país encomende um total de 98 aeronaves F-35 no total.
FONTE: Hürriyet Daily News (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
FOTOS: jsf.mil e Northrop Grumman
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noticia gozaderima ! adorei – a Turquia propõe ficar com o file-mignon do projeto deixando a Northrop Grumman como montadora de pecas … hahaha – falando serio, as chances disso acontecer são zero, inclusive, considerando o mal-estar entre os EUA e a Turquia, eles vão ter sorte se conseguirem alguma participação, vão receber od F-35 montados na linha de montagem na Italia com algumas pecas que eles vão montar. Eles só receberam os códigos fonte do F-16C vinte anos apos a compra para ter uma idea do nível de confiança que eles tem dos EUA. E depois de quase terem… Read more »
Off-topic: Tia Hillary sinalizou pela primeira vez algum apoio à entrada do Brasil em uma eventual reforma do CS da ONU. E sinalizou pela primeira vez com um futuro acordo de livre-comércio com os EUA.
Encontra-se às dez com Dilmão.
Cartas na manga? 😉
Thomas
Jogo duplo ali naquela região é o que não falta.
Vader, se o gigante do norte quiser se mexer, sai de lado.
O jogo é de estabelecer confiança mútua. A bola e as ações estão com ambos. Se cada um fizer a jogada certa a aproximação será inevitável. Mas não devemos colocar todos os ovos na mesma cesta, certo, a despeito de alianças estratégicas.
asbueno disse:
17 de abril de 2012 às 9:39
De fato Bueno, concordo plenamente: não podemos nos aliar apenas a um país em nada.
Mas os EUA estão oferecendo a mão amiga como nunca nos últimos 50 anos. E isso passa pelo nosso mofino FX2.
Cabe ao Brasil fazer as escolhas certas, com altivez, mas com sobriedade e pragmatismo, sem ideologismos tôscos.
Sds.
Amém!
“Vader disse:
17 de abril de 2012 às 9:59
“…Cabe ao Brasil fazer as escolhas certas, com altivez, mas com sobriedade e pragmatismo, sem ideologismos tôscos.”
Para tal, precisariamos de uma nova classe política, de pessoas com capacidade de Pensar o Futuro, com pessoas capazes de respeitar até a mais ínfima Lei “defte paíf”…e como a possibilidade da volta do rei-sol é cada vez mais concreta…
Quanto a matéria uma coisa é certa. Os custos da aeronave só vão cair quando forem montados em outra parte do mundo, lá no Cantão ou na china mesmo…
“thomas_dw disse: 17 de abril de 2012 às 7:53 noticia gozaderima ! adorei – a Turquia propõe ficar com o file-mignon do projeto deixando a Northrop Grumman como montadora de pecas …” “eles vão ter sorte se conseguirem alguma participação, vão receber od F-35 montados na linha de montagem na Italia com algumas pecas que eles vão montar.” Thomas, pelo que a própria Northrop Grumman já informou (veja links no final da matéria), a questão não é a Turquia “conseguir alguma participação” – ela já existe. Nem de “eles vão montar” – eles já montam. A Turquia já produz partes… Read more »
para o programa F-35, qualquer ajuda para baixar custos deve ser bemvinda pelo DoD. Mas quero ver o que a LM pensa disso, uma vez que empregos de americanos obesos irão parar na Turquia.
Marcelo, A relação direta da TAI turca é como subcontratada da Northrop Grumman (NCG), e não com a líder do empreendimento, a Lockheed Martin (LM). Creio que a questão dessas partes da fuselagem central, que não são produzidas pela LM, não afeta em nada o quadro de empregados “americanos obesos” desta última, como você escreveu. A NCG é que precisa coordenar isso com o que ela mesma produz de partes da fuselagem central ou que outros de seus fornecedores (a TAI é um dentro de uma cadeia) produzem. Lembrando que a NCG também produz as fuselagens centrais do Super Hornet… Read more »
O que os Turcos querem e’ fazer fuselagens completas e não pecas da fuselagem, o único caso em que os EUA compram uma fuselagem, e’ o da Coreia, que fornece a fuselagem completa do AH-64D para a Boeing.
O custo do F-35 não advém da fuselagem mas do recheio, para a Lockoheed não interessa fornecer a tecnologia e o know how para a TAI, uma empresa que foi montada por eles para montar os F-16 deles.
O problema esta na arrogância dos Turcos de oferecerem montar o que eles nem sabem fazer sozinhos.
Noruega se decide qnto a aquisição do F-35:
“The Government’s ambition for the defence sector remains steadfast. A total acquisition of 52 F-35s fulfills this ambition. A final decision on the last six jets will be made after the first 46 jets have been procured.”
(http://www.defense-aerospace.com/article-view/release/134508/norway-to-buy-46-f_35s%2C-puts-off-decision-on-6-more.html)