Israel x Irã – possibilidades

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Um ataque israelense, ou americano, contra as instalações nucleares do Irã está se tornando cada vez mais uma realidade. Recentemente Israel testou a Aeronave Remotamente Controlada Heron 1 para apoiar operações de busca e salvamento. Israel também comprou bombas penetradoras GBU-28, mas podem ser inúteis contra instalações muito bem protegidas como as instalações de enriquecimento de urânio de Natanz e Fordow. Uma tática para penetrar instalações bem debaixo da terra pode ser lançar bombas guiadas em sequência no mesmo ponto, escavando o solo com as crateras causadas por cada bomba. Os EUA também liberou a venda de aeronaves de reabastecimento em voo que seriam muito necessárias em operações de longo alcance.

O mais provável é que Israel ataque o Irã com suas aeronaves de combate F-15I e F-16I armados com bombas guiadas. As rotas mais prováveis são pela Turquia, Síria-Iraque ou Arábia Saudita. Contornar a península arábica também seria uma possibilidade, principalmente no caso de um primeiro ataque de surpresa. A Síria modernizou seus sistemas de defesa aérea para dar alerta das ações israelenses para o Irã. A reação iraniana é certa, mas deve ser pouco provável que cause muitas baixas aos israelenses.

Outros meios também podem ser pensados em caso de uma ação militar. Ataques aéreos dariam muito alerta até mesmo com a decolagem de uma grande quantidade de aeronaves ao mesmo tempo. Israel encomendou recentemente o sexto submarino classe Dolphin, com três já em operação e com previsão de entregas para 2012 e 2013. Os submarinos israelenses estão equipados com quatro tubos lança-torpedos de 650mm. São bem maiores que os de 533mm padronizados no ocidente o que sugere que podem ser usados para disparar mísseis cruise.
O uso de mísseis cruise lançados de terra também são uma boa possibilidade. Poderiam ser lançados de Israel e não colocariam a vidas de pilotos israelenses em risco como ocorreria no caso de um ataque pelo ar. A imagem abaixo é um mock-up do Popeye Turbo mostrado na feira aérea de Paris em 1995. Não se sabe se o projeto foi adiante, mas uma versão furtiva poderia voar bem alto o que dobraria o alcance.

Os mísseis balísticos Jericho III, que entraram em operação em 2008, também são armas possíveis de serem usados contra o Irã. Foram criados para lançar armas nucleares, mas nada impede que sejam equipados com armas convencionais como penetradores. O Jericho é considerado capaz de ser equipado com uma ogiva de 1.000 a 1.300kg, com alcance de 4.800km a 11.500km.

O uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) é outra possibilidade. O ideal é que fossem jatos não pilotados como o nEUROn europeu ou o X-47 americano, mas não se tem notícias de projetos similares. Claro que seria um projeto secreto. O uso de ARP armados equivaleria ao uso de mísseis cruise, mas com a capacidade de voltarem para serem novamente armados.

Israel já pensou em comprar um porta-aviões para lançar caças F-35B. Foi cancelado pois demoraria a ficar pronto e deixaria claro as intenções de um ataque pelo mar. Daria tempo de sobra para os iranianos criarem contramedidas. Não seria um navio grande e seria necessário vários dias para realizar uma grande quantidade de saídas para bater todos os alvos. As corvetas da classe Saar 5 são outra possibilidade sendo usadas como plataforma de mísseis cruise.

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