Rússia acena com parceria na produção e na venda dos caças para a FAB

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José Meirelles Passos

BRASÍLIA – A notícia de que a presidente Dilma Rousseff decidiu suspender o processo de escolha dos aviões de combate da Força Aérea Brasileira (FAB) e, consequentemente, abrir a porta para outros concorrentes – além dos três que já vinham participando do processo – pegou o governo da Rússia de surpresa, injetando novas esperanças de entrar no páreo com um jato de quinta geração: o Su-35, tido como o mais moderno do mundo. Ele tem uma durabilidade de 30 anos.

Cautelosas, as autoridades russas evitaram nesta terça-feira pronunciamentos a respeito. Sua principal preocupação era a de confirmar, diretamente, aquela informação. Ainda assim, fontes da Sukhoi, que produz o Su-35, acenaram com pelo menos três fatos que poderiam adoçar a negociação: oferecer ao Brasil a chance de participar da produção do jato, participar também dos projetos de sua modernização e nos serviços pós-venda.

Para o governo russo, trata-se de um assunto de importância estratégica. A América do Sul é vista como um mercado promissor, sendo o Brasil o mais lucrativo deles. A Rússia já havia participado da concorrência sete anos atrás, mas acabou sendo descartada. Na época, a Sukhoi estava desenvolvendo esse jato de quinta geração. Mas prevaleceu no governo brasileiro a ideia de que a Rússia passava por um mal momento econômico e, por isso, não se acreditava em sua capacidade de desenvolver o Su-35. Menos de dois anos depois, no entanto, o modelo já decolava.

Rússia pode ser alternativa para venda de armamentos

Um aspecto anima os russos a buscar negócios na América do Sul: o fato de os Estados Unidos imporem restrições aos países interessados em adquirir armamentos “made in USA”. Diante disso, a Rússia passa a ser uma alternativa. Como no caso dos Super Tucanos, que a Embraer estava prestes a vender à Venezuela. O negócio foi bloqueado pelo governo americano, já que 50% dos componentes daquele avião são fornecidos pelos EUA. O resultado foi que o presidente Hugo Chávez adquiriu 30 Su-30 russos (os caças de quarta geração).

FONTE: Extra.Globo.com  FOTO: Sukhoi

COLABOROU: DrCockroach

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ZE

Peloamordedeus, caça russo, não !!!!!!!!!!!!!!!

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LATINO

Pra mim não teria problema algum SU-35 BR -mais uma participação no pak fa.

Seria otimo ; já perdemos o medo de equipamentos russos com o mi-35 ;

Nick

A notícia tem um problema, que é mencionar o Su-35 como caça de 5ª geração…. 😛

Por mim, não vejo problemas de ter o GDA e 1º GavCa com 36 Su-35 S… E futuramente mais PAKFA com alguma nacionalização, e manutenção FULL no Brasil…

[]’s

Rodrigo

Embora fosse um desejo meu ter mais aparelhos dos comunas aqui, se uma série de “dogmas” de negócio deles não forem modificados, acho improvável eles lograrem por aqui algo mais que vendas pontuais.

Só se o próximo MD for Jobinsk kkkkkk

No fim as nossas alternativas sérias são somente os gringos e os franceses, só que nesta a turma de Paris já dançou.

Suplico a moderação que abram os comentários por uma semana, queria muito ver a volta dos fontados do Disney Brasil. Lá tudo continua normal e como sempre é mais uma conspiração do PIG.

Vader

Su-35 jato de “5a geração”??? “Durabilidade” de 30 anos?

Lamentável essa notícia aí… Imprensinha ordinária que o Brasil tem, cruz em credo… Não admira que a PeTralhada insista tanto em amordaçá-la…

Olha só, um Su-35 a baixo preço, com aviônicos e sistemas de armas ocidentais poderia não ser um avião ruim, se é que isso é possível e viável. Desde que com ToT completa da célula e da manutenção de turbinas, para não termos de mandar turbinas e células para a Rússia para revisão…

Mas chega de aventuras. Canal agora é o Tio Sam.

Saudações.

eraldocalheiros

ô ze com os SU 35 não cara, pô no começo da semana, ja derrubaste o mastro e a bandeira da França so em olhar agora é so caças Russos assim num da, assim num tem jeito, manda benzer teus olhos cara.

Observador

Mais um jornalista “especialista”. Chega a dar saudade da censura. Dizer que o Chávez comprou o SU-30 porque não conseguiu comprar o Super-tucano é dar um atestado de ignorância sobre o que faz cada aparelho. Só faltou sugerir que o Brasil desista da compra de qualquer avião e fique só com o Super-tucano. Outra piada foi dizer que o SU-35 é um avião para “trinta anos”. Os indianos estão “amando” os fornecedores russos, que fazem as peças dos aviões em fabriquetas artesanais e sem nenhuma padronização ou controle de qualidade. Eu li por aqui que as turbinas do Mig 29… Read more »

Alexandre Galante

Prezado Observador.
Eu conheci o Meirelles no Globo, quando lá trabalhei. É um bom jornalista, foi correspondente no exterior para o jornal.
Cheguei a ajudá-lo com algumas matérias quando ainda estava por lá.

O problema ocorre quando um jornalista tem que escrever sobre um assunto que ele não domina, o que é o caso de Defesa, Aviação.

Como no Brasil existem pouquíssimos jornalistas especializados, volta e meia aparece uma matéria como essa.

Baschera

O Su-35 foi promovido à vetor de quinta geração !!! Obviamente pelo jornalista. O vetor russo em questão tem lá, sim, suas vantagens…. mas até que os russos provem que tem uma logística a altura dos seus concorrentes ocidentais, mormente a dos americanos, suas chances serão sempre diminutas. A grande vantagem seria a não dependência dos USA em termos de tecnologia e o preço mais em conta do seus congêneres ocidentais, além da fama de precisão (não preciosismo…) e letalidade de seus armamentos. Mas até que se forme uma opinião na FAB sobre como comportam os russos nas demandas da… Read more »

Nautilus

Acho que a participação dos russos no F-X vai ser como no título da nota: vão ficar de longe, acenando…

Vader

Alexandre Galante disse:
19 de janeiro de 2011 às 19:53

“Eu conheci o Meirelles no Globo, quando lá trabalhei. É um bom jornalista, foi correspondente no exterior para o jornal.”

Pow Galante, então liga pro cara e manda ele acompanhar a Trilogia pra parar de falar bobagem… Ou pelo menos, quando quiser escrever algo sobre defesa, te dá uma ligada antes…

Abs.