A capacidade europeia de desenvolver a próxima geração de aeronaves de combate foi gravemente danificada, e atingirá um “ponto sem retorno”, a menos que decisões de financiamentos colaborativos sejam feitos em breve, adverte um novo estudo da indústria.

Encomendado pela Agência Europeia de Defesa (EDA), o grupo de estudos Future Air Systems for Europe (FAS4Europe) diz que “a situação para os futuros sistemas aéreos é grave, e algumas importantes capacidades e tecnologias industriais já estão em risco“.

Sem um investimento adicional e uma estratégia conjunta, a situação “em breve se tornará crítica”, diz o estudo, identificando “o desenvolvimento de futuros aviões de combate (tripulados e não-tripulados) e helicópteros de ataque” como sendo de risco.

“A indústria militar aeronáutica européia continua a ser competitiva, porém, a posição atual é baseada em investimentos do passado”, diz o relatório. “Muitas das capacidades em risco serão muito caras, tanto em tempo quanto em dinheiro, para serem adequadamente recuperadas caso forem perdidas”. O relatório alerta que, em alguns casos, a indústria não será capaz de atender aos requisitos dos países membros da EDA já em 2020.

“Os prazos e os custos associados à aviação militar avançada sugerem a necessidade dos países membros da União Europeia chegarem a um plano coordenado, porém, nenhum plano existe”, dizem os parceiros do FAS4Europe. “Decisões pragmáticas a curto prazo precisam ser balanceadas com estratégias e planos para sustentação da soberania da capacidade militar a longo prazo.”

Eles também apontam para os fortes investimentos que estão sendo feitos pela China, Rússia e pelos Estados Unidos, e pelas potências emergentes em defesa e indústria Brasil, Índia, Coréia do Sul e Turquia, como mais um motivo para a ação.

As recomendações do relatório incluem uma estratégia de três fases. Para executar entre 2012 e 2017, a primeira destas seria envolver projetos para “manter as capacidades industriais, a maturidade das tecnologias e preparar a cooperação e os modelos de negócio, bem como os processos de aquisição para programas europeus comuns”. Os países membros devem então financiar substancialmente os projetos, incluindo programas de demonstração de futuros sistemas aeroespaciais, sugere o relatório.

As empresas envolvidas no estudo FAS4Europe incluem BAE Systems, Dassault, EADS, Hellenic Aerospace Industry, Saab e Thales.

FONTE: Flightglobal / FOTO: Dassault Aviation

Tradução e Adaptação: Poder Aéreo

Subscribe
Notify of
guest

7 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments