OPERAÇÃO ÁGATA – Aeronave remotamente pilotada localiza pista clandestina na fronteira

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Caças A-29 destruíram o alvo identificado pelo veículo aéreo não tripulado da FAB

Um dos destaques da Operação Ágata é a estreia operacional da Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) Hermes 450. Esse veículo aéreo não tripulado já mostrou resultado: caças A-29 Super Tucano destruíram, durante a Operação, uma pista clandestina após um detalhado trabalho de reconhecimento do RQ-450, nova designação da ARP da Força Aérea Brasileira. Foi formada uma cratera de quatro metros de diâmetro por dois de largura.

Em apenas algumas horas de voo o RQ-450 coletou todas as informações para a missão de ataque. “Conseguimos saber vários detalhes do alvo e, inclusive, observamos que não havia pessoas no local para garantir a segurança durante o lançamento das bombas”, explicou o Tenente Coronel Ricardo Laux, Comandante do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) – Esquadrão Hórus, primeira unidade militar do Brasil a utilizar aeronaves do tipo.

A pista clandestina possuía 1.600 metros de comprimento e estava localizada na fronteira do Brasil com a Colômbia, em uma região conhecida como cabeça do cachorro. Quatro caças A-29 Super Tucano decolaram de um destacamento avançado da Força Aérea Brasileira em São Gabriel da Cachoeira (AM) para realizarem o ataque. Foram utilizadas oito bombas de 230 kg, o suficiente para impedir pousos ou decolagens até de pequenas aeronaves.

Toda a missão de reconhecimento foi coordenada a partir do centro de controle, onde um piloto e um operador de sistemas acompanham o voo do RQ-450. O equipamento é quase todo automático, mas o aviador gerencia todas as etapas da missão. “Eu posso simplesmente colocar uma coordenada ou determinar uma rota, mas se eu quiser pilotar ele manualmente eu assumo o voo”, afirmou o Tenente Coronel Laux.

As telas são dominadas pelas informações enviadas pelos sensores, geralmente uma câmera colorida com zoom e um sistema imagem por calor. “Para cada atividade existe um detector ideal”, disse o Tenente Coronel Laux. Os equipamentos a bordo permitem até localizar pessoas sob copa de árvores e, dependendo da distância, saber se elas estão armadas. “Em certas situações, a aeronave é capaz de detectar ações que já aconteceram, percebendo, por exemplo, o calor que uma aeronave deixou em um local”, completou o Comandante.


Durante a Operação Ágata, o Esquadrão Hórus está deslocado em uma pista escondida no meio da selva. A partir dali, o RQ-450 opera em uma vasta área da região. Com autonomia de até 16 horas, o avião de apenas seis metros de comprimento realiza missões de reconhecimento, vigilância, busca e inteligência. Todas as informações são transmitidas em tempo real para centros de comando em Manaus e em Brasília.

As principais vantagens do uso de uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) é permitir que uma missão dure várias horas, com revezamento de tripulações na estação em solo. Além do cansaço, os militares também ficam longe de qualquer ameaça que possa existir, como fogo hostil. A ARP também se destaca por ser silenciosa e difícil de ser localizada. Caso necessário, toda a estrutura de apoio e o RQ-450 também podem ser rapidamente levados de avião para outro local.

A Operação Ágata começou no dia 7 de agosto e envolve o Exército, a Marinha, a Aeronáutica e instituições como a Polícia Federal, IBAMA e Receita Federal. As ações têm como objetivo coibir atividades ilícitas como o tráfico de drogas, crimes ambientais, garimpos ilegais e contrabando na região de fronteira entre Brasil e a Colômbia. Mais de 3 mil militares participam das ações.

FONTE: FAB
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edcreek

Olá,

Sem duvida é uma noticia muuuito importante, os Hermes já estão operando 100%, podem designar alvos além da patrulha habitual.

FAB compra mais uns 30 dessa belezinha para patrulhar as fronteiras junto com o Tucanão, aproveita e monta uma estação de controle e um Hercules para aumentar o alcançe, ou postos avançados na mata….
Finalmente uma noticia realmente boa para FAB, parabens, nesse quesito estamos no tempo certo e não atemporal como em outros aspectos.

Abraços,

Clésio Luiz

Parece que a FAB decidiu trocar a sigla VANT por ARP.

edcreek

Olá,

Pelo visto o pessoal gosta mesmo de reclamar, quando o serviço é bem feito não apareçe ninguem para falar algo….

Abraços,

Wilson

O Fantástico fez uma matéria sobre a operação Ágata, inclusive sobre a utilização do VANT.

Ricardo Cascaldi

Pois é edcreek… cadê quem disse que não funcionava, que era pequeno, que não tinha alcance,etc ?

Pode não ser um Global Hawk, mas ao menos estamos começando a utilizar algo muito avançado para a região e o mais importante: desenvolvendo a doutrina!

No futuro, se houverem recursos e interesse por parte da FAB, poderemos passar a utilizar VANTs maiores com maior eficácia.

Abraço!

tplayer

Ricardo, não vejo muitas vantagens em VANTs grandes. É melhor ter vários pequenos e baratos de operar do que poucos grandes e caros. Acabam cobrindo uma extensão maior de território.

Grifo

Reportagem do Fantástico, com vídeo:

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1670708-15605,00-OPERACAO+MILITAR+NA+AMAZONIA+USA+AVIAO+SEM+TRIPULACAO.html

Vader

A reportagem foi excelente. Parabéns à FAB.

edcreek

Olá,

Além da utilização do vant é legal destacar a utilização do Tucanão com munição real ao inves de pousar com Heli e implodir a pista, sem duvida o custo de quatro ALX é muito maior, porém a doutrina adquirida utilizando munição real e cenario real é infinitamente maior e melhor do que em ambiente simulado, mesmo que seja com munição real.

Sem duvida nessa operação a FAB está de parabens!!!

Abraços,