F-18 no F-X2: ‘a mesma tecnologia que oferecemos a aliados mais próximos’
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Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ex-embaixadora dos EUA e hoje representante da Boeing diz que quer parceria com o Brasil para desenvolver tecnologia
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Mariana Barbosa
A venda de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) está há uma década na agenda da americana Donna Hrinak, 60. Tentar convencer a FAB a optar pelo avião militar norte-americano foi uma de suas missões quando assumiu a embaixada dos EUA no Brasil, em 2002, cargo que ocupou até 2004.
Agora Hrinak está de volta ao país, mas pelo lado do setor privado, comandando a representação comercial da Boeing -fabricante do F-18, caça que concorre com o francês Rafael (sic) e o sueco Gripen pelo contrato com a FAB estimado em R$ 10 bilhões.
“Quando penso no que tínhamos na época e o que estamos oferecendo agora, são dois mundos diferentes”, diz. A seguir, os principais trechos da entrevista à Folha.
Folha – A decisão da Força Aérea dos EUA de romper um contrato assinado com a Embraer afeta as negociações da Boeing na concorrência dos caças da Força Aérea Brasileira? Por que o Brasil deveria acreditar na promessa de transferência de tecnologia associada a uma eventual compra do F-18?
Donna Hrinak – São incidentes totalmente separados. Temos um histórico de trabalho com o Brasil. Quando o Brasil comprou os (caças) F-5, em 1972, não teve muita transferência de tecnologia. Mas, com o passar dos anos, na medida em que mais coisas foram sendo repassadas, o Brasil pegou todas.
Ao ponto de que hoje a Embraer é que está fazendo a modernização dos F-5. Não acho que esse incidente isolado traduza o tom da relação. Gosto de pensar que as pessoas são racionais e vão olhar para o relacionamento de longo prazo.
Sua vida ficou mais difícil?
Donna Hrinak – Quando se compara o que estava em jogo em 2002, no início do programa FX, e o que está sendo proposto agora, são dois mundos. Talvez a coisa mais significativa é que agora temos a garantia do presidente Barack Obama, da Secretaria de Estado, do Departamento de Comércio e das duas Casas do Congresso. Está todo mundo engajado e essa transferência de tecnologia foi aprovada antecipadamente, o que é inédito.
O presidente Obama já disse que a tecnologia que está sendo oferecida é a mesma que oferecemos para os nossos aliados mais próximos.
E como se dará essa transferência?
Donna Hrinak – Temos de parar de falar de transferência de tecnologia e começar a falar de desenvolvimento tecnológico. O que aconteceria numa parceria com os EUA e com a Boeing, para o Brasil, em termos de conquista de autonomia e desenvolvimento de capacidades para atender as necessidades da Defesa brasileira? Nenhum país é 100% autônomo, nem mesmo os EUA.
Não é uma questão de a Boeing trazer a tecnologia para o Brasil, mas como a gente pode ajudar a tecnologia que já está aqui, nas salas de aula, nos laboratórios, e levar isso para a indústria. E como levar isso para o resto do mundo, com os parceiros brasileiros, e como fazer para os dois ganharem dinheiro.
Algum detalhe sobre o programa que pode ser aberto?
Donna Hrinak – Assinamos um memorando de entendimentos com mais de 25 empresas que participariam do projeto. A Embraer é o lógico parceiro para se pensar. Colocamos na proposta a oportunidade para o Brasil produzir uma parte crítica do projeto. Não para o F-18 brasileiro, mas para todos os F-18s. Se a Marinha dos EUA quiser comprar o F-18, teria que contar com essa parte feita pelo Brasil.
Vocês já têm todos os parceiros?
Donna Hrinak – Ainda estamos identificando. Há empresas no Brasil que desenvolvem tecnologias de ponta. Na área de biocombustíveis, por exemplo. Não é apenas a questão de desenvolver essa tecnologia conjuntamente, mas de como aprender com o que vocês já têm aqui.
Somos a maior empresa aeroespacial do mundo, mas existe algo aqui no Brasil que não chega para o resto do mundo. Outro dia vi uma apresentação que mostrava a quantidade de pesquisa publicada no Brasil e a total falta de pedidos de patente.
Qual é o plano da Boeing para o Brasil? Vocês pensam em um centro de pesquisa no país?
Donna Hrinak – Estamos começando com pesquisas em biocombustível. Temos como missão (parceria com a Embraer e a Airbus) desenvolver o mercado e tornar economicamente viável o biocombustível de aviação.
Também estamos olhando outras opções, incluindo a possibilidade de montar um centro de pesquisas. Temos cinco centros fora dos EUA e acho que o Brasil oferece grande oportunidade para fazermos pesquisa em áreas como de materiais. Há grandes mineradoras que podem ser parceiras, como a Vale.
Como é voltar para o Brasil depois de quase uma década?
Donna Hrinak – Sempre fui uma entusiasta do Brasil, antes disso ser chique. Ou, como diz um amigo meu, antes de haver qualquer justificativa racional. (Risos) Sempre achei que este país ia decolar e agora eu volto e vejo isso acontecendo. Claro que o progresso não é linear, sempre há idas e vindas. Mas, na vida, 90% é se mostrar, se exibir. E o Brasil está aparecendo em toda parte.
FONTE: Folha de São Paulo, via Notimp
FOTOS: Ministério da Defesa da Austrália e Marinha dos EUA
NOTA DO EDITOR 1: alteramos o título um tanto truncado da matéria original, “Proposta do caça só oferecemos para os melhores aliados”, para passar de forma mais clara aos leitores do Poder Aéreo o que a representante da Boeing disse à entrevista para o jornal.
NOTA DO EDITOR 2: é digna de destaque a parte em que a representante da Boeing diz que foi colocada na proposta “a oportunidade para o Brasil produzir uma parte crítica do projeto. Não para o F-18 brasileiro, mas para todos os F-18s. Se a Marinha dos EUA quiser comprar o F-18, teria que contar com essa parte feita pelo Brasil.” Mas, a não ser que seja uma parte prevista também para futuras modernizações da aeronave (um exemplo é o novo painel com tela única e itens relacionados), ou um item crítico de reposição habitual, é bom torcer para mais atrasos nas entregas do F-35.
Afinal, mais atrasos do F-35 poderiam gerar novas encomendas de F-18 por parte da Marinha dos EUA (USN) ou mesmo por outro operador do caça, a Austrália, e eventualmente por novos clientes. Vale lembrar que no caso de escolha do Super Hornet no F-X2, até se acertarem todos os detalhes e ser iniciada a fabricação de um item crítico produzido exclusivamente no Brasil, é bem provável que as atuais encomendas do F-18 pela USN no terceiro contrato do caça, o MYP-III (quatro vezes maior que o lote de 36 aeronaves previsto para o F-X2) já estejam entregues. Vale lembrar também que o MYP III oferece à USN a opção por mais 194 Super Hornet e Growler.
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“Mesma tecnologia oferecida a aliados mais próximos” só não inclui Israel.
Blind Man’s Bluff,
Não entendi seu comentário. Primeiro porque Israel não utiliza os F-18 Super Hornet (que eu saiba) e, segundo, porque os EUA oferecem a mesma quantidade, se não mais, de tecnologia, para outros aliados históricos, tais como a Austrália. Isso não só para este caça mas, se for “computar” os outros caças produzidos por aquele país, inclui-se parcerias de desenvolvimento de tecnologia com a Inglaterra, Japão, Coréia do Sul, Canadá, etc.
Ou seja, não é porque “não inclui Israel” que eles estariam oferecendo menos tecnologia par nós. Aliás, quem falou que Israel não está incluído?
Estão até enxertando tecnologia de Israel, o tal do glass cockpit de peça única, na proposta deles ao Brasil.
Tão esperando o que pra assinar logo isso? Gzuis amado! O bonde assim não passa duas vezes na mesma porta.
Com a produção de ítens críticos no Brasil a MB já tem a deixa pra aposentar os A-4!
Ainda me pergunto: Qual é a dúvida?
Mesmo no caso do F-5, após o avião já estar bem ultrapassado, os EUA nos negou explicitamente, por mais de uma vez, transferência de tecnologia, e o Brasil se viu obrigado a correr atrás e usar o famoso “jeitinho brasileiro” para não ficar a ver navios. Há vídeos na internet, inclusive de oficiais da aeronáultica palestrando fardados, afirmando isso… Portanto, há que se ficar com o pé atrás sim…
Corsario,
Como qual a dúvida? Simples, eles são americanos. Não se pode confiar no Império do Mal do Norte. É capaz de passarem a perna em nós! rsrsrsrsrs
Flaidman Stevenson do Facebook, Realmente, a transferência de tecnologia sobre o F-5 não foi realizada. Porém, dizer que o FX-2 visa o desenvolvimento de um caça brasileiro de quinta geração é RIDÍCULO. Tal fosse esse o objetivo, porque SH, Rafale e Gripen estão concorrendo??? Por fim, dizer que o desenvolvimento de tecnologia não é grande aqui por causa dos americanos é o mesmo que dizer “Não passei no vestibular porque o meu concorrente estava me atrapalhando ao acertar mais questões que eu”. Oras!! Se não temos desenvolvido muita tecnologia a culpa é EXCLUSIVAMENTE nossa, pois temos dinheiro e pessoas que… Read more »
Ahmm que parte crítica do projeto é este?? Agora, o problema é que as encomendas da US Navy/Marines devem estar chegando no fim. Talvez mais algumas compras de Gap filler, mas não deverá ser muito.
[]’s
Daglian, Pois é, tem gente que ainda não sabe que o muro caiu! Cara, é a Boeing, pois é, A BOEING, oferecendo uma parceria. Oferecendo um programa em conjunto. E não serei eu ou o zé da esquina a trabalhar com os caras, mas a Embraer! É claro que vamos aprender alguma coisa, é claro que isso se traduzirá em nossos produtos. De quebra ainda levamos o LAS. A FAB ganha, a Embraer ganha, o Brasil ganha. A gente quer mais o que? Ser parceiro do projeto franco-indiano? É nesse balaio que a gente vai adquirir alguma coisa? Fala sério.… Read more »
“Quando o Brasil comprou os (caças) F-5, em 1972, não teve muita transferência de tecnologia.”
Eu acho que a senhora Hrinak está enganada. Tivemos mais trasnferência de tecnologia na compra de quatro dezenas de F-5 do na compra de 160 Xavantes.
http://www.aereo.jor.br/2009/10/14/o-que-poucos-sabem-sobre-a-embraer-2/
Se a tecnologia está liberada, então manda uns bipostos com fiação para EW igual foi para a Austrália. Avião com essa capacidade colocaria a FAB em outro patamar, sem paralelo na AL.
Ah! Quanto ao Estado de Israel, atualmente eles só compram a carcaça dos EUA. A eletrônica de bordo e boa parte do armamento são deles mesmo.
Coisa de quem investiu em P&D e agora lucra vendendo tecnologia para quem não fez a lição de casa (nós, por exemplo).
Corsário 137
Acho que uma parceria com a Boeing tá bom né……/?!?!
É apenas a ” MAIOR de GRANDE ” empresa aeroespacial do planeta,,,,,,,,,,,acho que tá de bom tamanho,não?
“Blind Man’s Bluff disse:
24 de março de 2012 às 11:33
“Mesma tecnologia oferecida a aliados mais próximos” só não inclui Israel.”
Hahahahahahahahaahahahahha…Eu acho legal isso, os loucos se atiram de primeira…pagando mico na rede mundial…desde quando Israel usa F-18????
Caro LuppusFurius,
Gostaria de fazer uma comparação ainda mais superlativa porém não me acodem exemplos capazes de traduzir melhor o que seria isso.
Duvido MUITO que venhamos a produzir alguma coisa aqui que vá parar na US NAVY, mas quem liga? Quem precisa das aeronaves, mais do que ninguém, somos nós mesmos.
Sds,
Eu já me perdi por aqui.
Afinal, o que tem Israel com isso? Eu ainda não entendi?
Estão afirmando que Israel não é um aliado? Ou que Israel não tem acesso a tecnologia que os EUA oferecem?
#eunumentendioqueelefalou
Videozinho. http://www.youtube.com/watch?v=GURWeWJsyR8 Assistam e parem de sonhar com o mundo da fantasia, se o tio bonzinho do norte não transfere nem uma anteninha sequer vão transferir tecnologia de avião, ahhhhhhhhh tó com uma pulguinha atrás da orelha. Aí depois vem os mesmos de sempre de novo mais uma vez com a mesma pataquada de que a culpa e do brasil buá buá buá, a culpa pode ate ser brasileira mas se um dos termos do Fabuloso FX-2 e transferência de tecnologia, o que que o tal do COPAC classificou o vespão pra final dessa short list se os Americanos bonzinhos… Read more »
Outro dia escrevi aqui no trilogia que sou a favor da ToT. Houve quem entendesse que teria me referido como sendo a ToT(“transference of tecnology”) aquela balela de “transferenfia ilimiftada des mes amis”. A proposta da Boeing sempre me pareceu racional, pois pelo menos ficou limitada a uma realidade, qualitativa e quantitativamente falando, próxima de nossas competências e capacidades técnica, tecnológica e economicamente falando. E mais importante: na minha opinião o vespão é a única opção eficaz para hoje termos um reaparelhamento em tempo habil da nossa FAB. Infelizmente, o Gripen teria sido a melhor opção em termos de ToT,… Read more »
Caro Uitinã, Na minha humilde opinião o vídeo que você postou só demonstra o quanto é única esta oportunidade que os EUA e a Boeing estão nos concedendo. Tirando o Brasil da geladeira das compras e o elevando a um parceiro industrial. É óbvio que os EUA não vão facilitar a vida de ninguém que queira desenvolver tecnologia aeroespacial. Você facilitaria se fosse o presidente dos EUA? Mimimi é para os fracos. É isso que o vídeo diz. Os EUA não vendem? O CTA faz! E que bom que eles não vendem, só assim desenvolvemos tecnologia aqui. Acontece que o… Read more »
Muito pragmáticos e realistas os norte americanos. Bem melhor que a ladainha de “ToT irrestrita” e “100% de independência” típica de vendedor de eletrodoméstico ou carro usado que os franceses tem usado.
O momento é esse. Ou entramos no time dos vencedores e ganhamos com eles ou continuamos liderando os perdedores na lanterninha.
VEM LOGO VESPÃO!
uitinaxavier, Seu videozinho foi postado no Youtube em 2009, foi gravado em 2008 e fala sobre acontecimentos da década de 1990. De lá pra cá muita coisa mudou no Brasil e no Mundo, o senhor tem lido os jornais? E engraçado, agora que os norte americanos oferecem parceria, coisa que nunca o fizeram e por isso nunca foram desonestos neste sentido conosco, estavam apenas protegendo sua valiosa propriedade intelectual e investimentos em PD, vocês não querem aceitar. É birra de criança? Reclamam que não te dão doce mas não querem aceitar bala depois? Aliás, por que não postaram o video… Read more »
Dia 09 veremos se, finalmente, a FAB terá um caça top de linha e se finalmente conseguiremos a superioridade aérea absoluta na AL. Caso nada seja assinado, daí continuaremos adiando, como sempre, o FX-2 essencial à FAB e ao Brasil.
Sério, não acredito que ainda tem gente aqui reclamando que os EUA não quiseram nos vender F-4 e empurraram o F-5 na década de 1970, em plena Guerra Fria, quando nos éramos do Terceiro Mundo e vivíamos sob uma ditadura militar.
Vocês estavam congelados em carbonita esse tempo todo e acordaram ontem?
F-5 esses que, aliás, são a espinha dorsal e vetores de caça mais capazes da FAB até hoje…
Ola, Os comentarios do Face esplanam bem a confianca nos Americanos, ou seja nenhuma… Mais alguns itens embargados para ajudar na discussao: Estabilizadores do Supertucano, 1 lote ok, 2 lote bem inferior de proposito; Sistema inercial do VLR(foguete Brasileiro) fizemos o pedido que foi prontamente negado, tivemos que comprar do judas, ops que dizer Franca; Sistema inercial do P3-BR, negado tivemos que comprar a carcaca no EUA e mandar fazer o servico na Espanha, esquisito para um aviao americano nao?; Os Eua ainda nos vem como seus vassalos o cancelamento da compra de supertucanos prova isso…. Os exemplos citados sao… Read more »
Edcreek
Vc. é o consul da França ou CEO da dA$$AULT ???
LuppusFurius,
Esse tipo de observação sobre outro leitor não costuma levar o debate a um caminho muito bom, concorde você ou não com o que o leitor tenha escrito.
Valeu Nunão, ” passo , passo ” a curiosidade.
É que tem horas….
TOT Quem acredita em tot, tambem tem que acreditar em papai-noel, bruxa, guinomos, e etc. Nem um dos tres finalistas iram passar a tão sonhada tot dos petralhas (Se é que eles realmente acreditam nisso). Se quisermos, teremos que correr atrás, ver qual empresas (Acredito que poucas, a exemplo da EMBRAER) terão real condições de acompanhar, a vencedora do “FX novela mexicana”, só espero que não seja boeing e Assault. Que o F18 é o melhor do Fx (Como caça de combate, para mim) , não ha duvidas, mas, tanto EUA quanto França já demostraram que não estão nem ai… Read more »
“Donna Hrinak – São incidentes totalmente separados. Temos um histórico de trabalho com o Brasil. Quando o Brasil comprou os (caças) F-5, em 1972, não teve muita transferência de tecnologia. Mas, com o passar dos anos, na medida em que mais coisas foram sendo repassadas, o Brasil pegou todas. Ao ponto de que hoje a Embraer é que está fazendo a modernização dos F-5. Não acho que esse incidente isolado traduza o tom da relação. Gosto de pensar que as pessoas são racionais e vão olhar para o relacionamento de longo prazo.” A entrevista do embaixador(ex) é na minha opinião… Read more »
Caro Edcreek, Não vejo qual é o problema dos EUA se negarem a vender determinada tecnologia. A tecnologia é deles, eles vendem se quiser. O ponto é justamente este, os EUA agora querem vender. Estão mudando sua postura em relação ao Brasil. Nesse jogo, confiar, confiar mesmo a gente jamais poderá confiar em ninguém. Afinal, lembra-se do 7 de Setembro de 2010 quando o presidente Lula anunciou a vitória da Dassault? E porque não aconteceu? Todos sabemos não é verdade? Sarko prometeu e não cumpriu. Taí que estamos em 2012 e o Rafale saiu de vencedor para concorrente… Então seja… Read more »
Complexo de vira-latas é justamente acreditar que não é possível uma parceira dessas.
O GF já ajudaria bastante colocando de lado a retórica de queree ser o grande líder do bloco “injustiçados do terceiro, quarto e quinto mundos” dando tapinhas nas costas dos “Hugos Chaves e Ahmadinejads da vida” e buscar o que realmente valha a pena, ou seja, parar de atrapalhar com seu projeto de liderança falido …..
Corsário, Falando em pés atrás e pés no chão, podemos aprofundar a análise: – quem mantém os pés no chão não anda (no máximo escorrega, se alguém empurrar ou se estiver na descida). – quem mantém os dois pés atrás, cai de cara no chão. – se quiser manter também as mãos no chão, além dos pés, vai ficar “de quatro”, empacado, pode vir alguém por trás e “créu”. Manter o pé atrás é atitude de quem está parado, na defensiva. Proativos vão em frente e só param eventualmente para analisar a situação. Vamos em frente com o F-X2 e… Read more »
“…ver qual empresas (Acredito que poucas, a exemplo da EMBRAER) terão…” A Embraer só joga contra os interesses da FAB, qndo não do país. Então tem mais é que ser deixada as traças. No F-X 1 jogou contra, queria pq queria empurrar o M-2000 p/ a FAB, não atendida trabalhou p/ melar a concorrência. No P-X idem, contrariada fez campanha contra decisão da FAB; mas produto adequado que é bom necas de pitibiriba. E eis que novamente no F-X 2, ao invés de trabalhar pelo interesse do país, afinal recebeu da FAB o upgrade das aeronaves F-5, sem ter conhecimento… Read more »
Corsário, só um reparo.
O sete de setembro ao qual você se refere não é de 2010.
É de 2009…
Ou seja, já completou 2 anos (http://www.aereo.jor.br/2011/09/07/ha-dois-anos-o-poder-aereo-anunciava-brasil-e-o-primeiro-comprador-internacional-do-rafale/) e faltam uns seis meses para fazer 3!!!
Preferências pessoais ou institucionais à parte, já são dois anos e meio de uma escolha que não foi (tudo bem, atropelou relatório e tudo o mais, mas ainda assim, são 2 anos e meio). Nesse meio tempo, mais desgaste sofreu nossa frota atual, e mais perto da sua desativação.
Por que nao mostram um video desses para a Dilma e os petralhas de plantao???
Manobras do SH.
http://www.youtube.com/watch?v=pz2Cl3TnRyM&feature=related
Nunão,
Obrigado pela correção 🙂
O tempo está passando mais depressa do que eu consigo acompanhar.
Na verdade eu já ouço desse assunto desde 97, porém, sinceramente, não sei nem mais dizer quando começou o FX.
São quantas garrafas de Whisky se o Vespão ganhar? 😉
Abraço.
Tadeu, Esse vídeo me fez lembrar um VHS que eu tenho aqui em casa da década de 90 ainda, eu acho. É um VHS da SAAB que foi enviado a FAB apresentando o Gripen. Meu tio era da FAB e na época um coronel próximo estava envolvido na avaliação dos RFPs, na verdade na resposta destes. Mandaram um VHS a mais e ele jogou no lixo. Meu tio foi lá e perguntou a ele se poderia ficar com o VHS, porque se foi pro lixo comum, não era nada “Top Secret”. O cara deixou. Meu tio ligou pra mim e… Read more »
Olha eu coloco as minhas barbas de molho, porque a Boeing pode chegar e dizer o que quiser… mas se o congresso americano disser não, eles sempre podem olhar e dizer: “- Nós queríamos… mas eles não deixaram… entonces… ” e já fomos vitimas disso tantas vezes que não dá para ignorar. Gosto muito do Super Hornet pois já está com tudo prontinho, mas não confio no canto da sereia desses tot’s e coisas afins de nenhum desses concorrentes e pior ainda dos americanos. Prefiro não contar com isso e só com a aeronave que se já vier completa será… Read more »
E infelizmente essa apresentação do Super Hornet também acontece com essa configuração com tanques vazios e carga alar para compensar alguns problemas que a aeronave tem em determinados perfis de vôo. Prefiro o Super Hornet hoje, mas a Cesar o que é de Cesar e podem crer que ele nunca vai voar operacionalmente com essa configuração apesar de ser um excelente bomb truck.
Con permiso
Eis o motivo da saída da Samsung da EAS: os coreanos se recusaram a fornecer os desenhos técnicos para fabricação nacional das sondas de exploração. Para quem não entendeu direito: os coreanos se recusaram a transferiri tecnologia.
Anadando mais um pouco: nem americanos, nem franceses, nem russos, nem suecos , nem ninguém irá transferirir tecnologia. ISSO NÃO EXISTE. Quem quiser tecnologia vai ter de desenvolver, ou participar de desenvolvimento, ou ainda, vai ter de comprar a tecnologia.
Isso serve para avião, navio, trem, submarino, máquina de fazer pipoca.
Caríssimo Marcos,
Muito bem lembrado e pontuado. Isso não é exclusividade dos americanos.
Aproveitando: hoje completam exatos 687 dias que o navio João Cândido foi lançado ao mar, sem que o mesmo tenha saído para teste de alto mar.
Nesse mesmo período de tempo os EUA, em plena Segunda Guerra Mundial, tinham lançados ao mar 687 navios. Enquanto eles produziam um navio ao dia, com tecnologia de 70 anos atrás, nos produzimos, com novas tecnolgias, apenas um.
Somos uma vergonha como nação.
Querem fazer um bom negócio na compra dos caças?
Peçam e certifiquem-se que entregarão manuais de manutenção, qualquer que seja a aeronave escolhida, bem como compensações comerciais plenas. Só!!!!
O resto é bobagem.
Caro Magal, O Lobby da Boeing no congresso americano não é pequeno. Desde o ano passado temos a notícia de que a Boeing tem em mãos um documento assinado pelos congressistas garantindo que não iriam barrar nenhuma transferência de tecnologia daquilo que está na proposta da Boeing ao governo brasileiro. Na verdade não sei se esse “abaixo assinado” está com a Boeing ou com o Obama, whaterver… Isso foi anunciado pelos americanos ano passado, não é invenção minha. Como eu coloquei acima, a tecnologia do Vespão não é mais o supra-sumo da indústria de defesa norte americana. Na verdade nunca… Read more »
Marcos,
Aproveitando o exemplo…
Temos o caso do F-22, este sim o supra-sumo, e custando centenas de milhões, que teve sua potencial venda para o Japão negada.
Trocando em miúdos, o Japão foi embargado pelos EUA. E o mesmo vale pra qualquer país, mesmo Israel, Canadá ou Reino Unido.
Abraço.
Me desculpe Corsario, Americanos, franceses, suecos, chineses, russos gastam bilhões de dólares para obter determinadas tecnologias e se manter a frente de nós pobres mortais segurando a coleira. Eu gosto do avião deles, mas não me deixo levar por notícias de documento assinado, ate porque não é assim que a coisa funciona nos EUA. Esse tipo de comprometimento ‘assinado’ pode dar muito problema para um congressista. Além disso existe muita tecnologia de ponta (radar aesa, a parte de GEletrônica e muito mais) que está ali na crista da onda e não me surpreendo se acabarmos com algo mais ‘modesto’ ao… Read more »
Caro Magal,
Sem desculpas. Discordar é fundamental!
E aproveitando, discordo.
Porque se usarmos este raciocínio de que o que está no papel não vale, ou pode vir a não valer… bem, aí vira uma coisa meio “descartiana”. Porque daí não podemos concluir nada, já que tudo é possível. O “penso logo existo” é tudo o que nos sobra.
A Boeing não está se comprometendo a ensinar a fazer o radar, apenas não vão nos impedir de adquiri-lo e mantê-lo. Eu olhando para um AESA e nada é a mesma coisa, já os engenheiros da Embraer…
Não sei como tem gente aqui que acredita que a Boeing ou qualquer empresa americana irá transferir alguma tecnologia para o Brasil… o povo gosta de se enganar.
Pois é Corsario, o problema é que o radar não é da Boeing… daí eles podem falar o que quiser, mas o que eles podem cumprir tem a ver com a aeronave em si e não com determinados equipamentos como o radar, ou o motor, sacou?
Pois é Corsario, o problema é que o radar não é da Boeing… daí eles podem falar o que quiser, mas o que eles podem cumprir tem a ver com a aeronave em si e não com determinados equipamentos como o radar, ou o motor, sacou? Caro Magal, não é assim que a coisa funciona. A Raytheon e a GE são parceiras do programa Super Hornet e participam também na oferta, incluindo as condições de transferência de tecnologia e de offset. Quando você fala do Congresso dos EUA, você certamente sabe que ele também precisa aprovar as ofertas do Rafale… Read more »
Grifo, bom dia.
Você disse que, ofertar e vender o Rafale é necessário obter aprovação do Congresso americano?
Putz. Coitados dos indianos. Acho que eles não sabiam disso.
Será que para a França contratar seus novos lotes isso também é necessário?
É claro que existem alguns sistemas da OTAN que não podem, por acordo, ser repassados para qualquer um.
É isso o que você considera “pedir aprovação para componentes críticos”? Link 16? Interoperabilidade de IFF? Comunicação cifrada OTAN com salto de frequência?
Essa interoperabilidade não poderia estar nos nossos requisitos.
Abraço,
Justin