Cancelamento do contrato da Embraer: nem tanto ao céu, nem tanto à terra?

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Ou, colocando a pergunta em outras palavras, nem tanto à Veja, nem tanto à Isto é Dinheiro? Seguem duas notas, uma de cada revista, cada uma delas com uma versão para o fato. Na sua opinião, qual estaria mais próxima da verdade?

 

Veja –  De quem é a culpa

Aviação – Lauro Jardim

Nem protecionismo, nem questão relacionada à disputa presidencial, nem documentação irregular da Embraer. A empresa brasileira está convencida que a suspensão da compra dos vinte aviões Super Tucano deu-se por uma trapalhada da Força Aérea dos EUA em relação à documentação da Hawker Beechcraft, a empresa americana que entrou com um recurso para cancelar a concorrência assim que foi desqualificada. A papelada irregular da Hawker, portanto, é que encrencou o processo e atrapalhou a Embraer.

Isto é Dinheiro – As novas bases da concorrência

Carlos José Marques

Retaliação velada ou manobra protecionista. Chame-se como quiser a surpreendente volta atrás no contrato de compra de US$ 355 milhões em aviões da Embraer pelos EUA. O fato é que, no novo jogo de concorrência dos mercados internacionais, a globalização virou balela. O que vale mesmo é o interesse de cada um. E os parceiros que amarguem o prejuízo. No contexto em que ocorreu a decisão da Força Aérea americana, muitos fatores, de natureza subjetiva, parecem ter contado. E se sobrepuseram às vantagens comparativas oferecidas pelo produto da fabricante nacional. A começar pela virtual preferência brasileira pelos caças da francesa Rafale.

Há anos se desenvolve aqui uma disputa bilionária e acirrada em torno da encomenda de jatos militares. E os EUA vêm exercendo forte pressão para que a escolha do governo Dilma recaia sobre seu candidato, o Boeing F/A-18. Usar o contrato da Embraer como moeda de troca seria assim apenas mais um artifício com esse objetivo. Outro fator que contaria é de ordem política. Em meio às eleições americanas, a indústria bélica local tem feito lobby sobre os partidos, e o candidato Obama, para sair vencedor, não pode se indispor com esse setor empresarial. No contra-ataque, a Embraer, que levou uma rasteira inesperada, deve recorrer aos canais competentes para rever a decisão.

Já solicitou à diplomacia brasileira que entre em ação e cogita até o caminho da Justiça. Mesmo entre especialistas americanos, a quase quebra de contrato tem sido vista como um escândalo, algo impensável em outros tempos. O nacionalismo exacerbado, sabem eles, pode trazer retaliações na mesma moeda. O Brasil possui armas para tanto, e as autoridades não devem medir esforços para demonstrar sua contrariedade com o fato. A vitória dos Super Tucanos da Embraer obedeceu a critérios estritamente técnicos e deu prova do alto padrão de qualidade dessas aeronaves. Tal reputação não pode agora ser enxovalhada por capricho, irresponsabilidade comercial e conveniência dos americanos. A resposta tem que vir à altura.

FONTES: Veja e Isto é Dinheiro, via Notimp

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Giordani RS

“…A começar pela virtual preferência brasileira pelos caças da francesa Rafale.”
(SIC!)

Empresa nova?

A VEJA parece mais consistente e verossímel. Já a istoÉ está perdidinha…

Marcos

Se os americanos comprarem o Super Tucano, pelo que eu entendi, estamos obrigados a comprar os F-18?

Ou se comprarmos os F-18, os americanos estão obrigados a comprar os Super Tucanos?

Resposta para ambas: Não!!!!!

Baschera

Nem uma nem a outra…..

Não vejo como a perdedora da concorrência pode ter encerrado o processo por falta de documentação….

Já a outra matéria tem coisas demais misturadas…. embora contenha uma pérola que pode ser usada no FX-2, o insepulto…..

“A vitória dos Super Tucanos da Embraer obedeceu a critérios estritamente técnicos e deu prova do alto padrão de qualidade dessas aeronaves.”

Lembremo-nos dos critérios técnicos, quando e se, o FX-2 for decidido

Para reclamar de americano pode-se usar tal argumento… e de françês não pode ??

Segue o Baile da Mariquinha….

Sds.

Mauricio R.

É nota da Isto É???
Pela megalomania, pensei que fosse do Marco Aurélio Garcia.