EUA comemoram retomada de negociação para a compra de novos caças pela Força Aérea Brasileira
Eliane Oliveira, Roberto Maltchik e Jailton de Carvalho
BRASÍLIA – A notícia da reabertura das negociações para a compra de novos caças pela Força Aérea Brasileira (FAB) foi comemorada por um dos mais altos funcionário da equipe militar do presidente democrata Barack Obama, o secretário da Marinha, Ray Mabus. Em entrevista ao GLOBO, depois de reunião em Brasília com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Mabus sinalizou que o uso progressivamente maior de biocombustíveis pelo robusto sistema de defesa americano pode pesar a favor dos interesses da Boeing, na disputa com o caça Rafale francês e o Gripen, da Suécia.
Mabus disse que os EUA mantêm a proposta inicial, mas acrescentou que os americanos estão determinados a permitir que, até 2020, metade da força da Marinha, com orçamento anual de US$ 150 bilhões e mais de 900 mil militares, seja movida por energia renovável.
– Se o F-18 for escolhido aqui, ele vai dividir a pesquisa e as aplicações práticas dos biocombustíveis. E eu quero dizer que a nossa relação de defesa com o Brasil é muito maior do que isso (a compra dos caças). Estamos contentes que o processo está aberto porque nós estamos absolutamente convencidos que o F-18 é a a melhor aeronave – afirmou.
Sob o comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a disputa estava praticamente decidida a favor da França. Lula não escondia sua preferência pelo modelo Rafale. Já boa parte da área militar defendia, nos bastidores, o sueco Gripen, produzido pela Saab.
Mabus assegurou que é “absurdo” o receio que algumas pessoas têm, incluindo autoridades brasileiras, em relação à Quarta Frota no Atlântico Sul. Disse que a presença dos equipamentos não significa qualquer ameaça à soberania do Brasil. E revelou que os navios americanos na região podem ser usados em projetos de cooperação para combater o narcotráfico e o tráfico de armas.
O diretor da Saab no Brasil, Bengte Janér, disse que vê com naturalidade a decisão do governo brasileiro de rever o processo de escolha dos aviões. Para ele, a prorrogação da concorrência não vai alterar o quadro atual da disputa entre a sueca Saab, com os caças Gripen NG, a americana Boeing, com os F-18 Super Hornet, e a francesa Dassault, com os Rafale. Janér não acredita na inclusão de outras empresas nem em alterações profundas nas propostas já apresentadas.
O embaixador da França Yves Edouard Saint-Geours não quis comentar o assunto. Mas diplomatas franceses dizem que não há problema na decisão do governo brasileiro de rever a disputa pelos caças. O ex-presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deram sinais de que a proposta da empresa francesa, que inclui transferência total de tecnologia, era a que mais se encaixava nos interesses estratégicos do governo brasileiro.
– Como o presidente Lula não tomou a decisão, a presidente Dilma precisará de mais tempo para estudar as propostas. Não é um adiamento – afirmou um auxiliar do embaixador.
FONTE: Extra.Globo.com (destaque em negrito: Poder Aéreo)
FOTOS: USN (Marinha dos EUA)
NOTA DO BLOG: as fotos que ilustram essa matéria são de um F/A-18 F da Marinha dos EUA que recebeu o apelido de “Green Hornet”, tiradas na ocasião de um voo supersônico de testes realizado em maio de 2010. O avião voou com uma mistura de combustível convencional e biocombustível, na proporção 50-50.
Amigos, o Tio Samuel Wilson está aparecendo cada vez mais perto no espelho retrovisor.
O Gripen NG também aparece forte.
Já o Rafale…bem o Rafale…
Au revoir !
[ ]s
hahahahahahahaha
Efeito McCain, com direito a visita da presidente aos EUA… Se nessa visita a presidente receber garantias reais do Congresso sobre as ToTs, fica ainda mais difícil defender a posição do Rafale. O Gripen NG continuará como alternativa, mas esse tempo extra poderia ser usado pelos suecos, reforçando a posição oferecendo Gripen C/D em leasing e fazendo uma encomenda de uns 40 NG, pronto, a posição do Gripen estaria bem forte na descisão. Para o Rafale, basta eles colocarem o preço e os custos de manutenção próximos aos do F-18 E SH. Claro que isso significaria a França subsidiar a… Read more »
Vcs ainda vão se espantar como este “amor incondicional” pelo NG, acabou.
Isto pressupondo que um dia ele tenha existido ; )
A hora para mim, é de chegar nos comunas e de botar as cartas na mesa e falar grosso.
“Xuxu, aqui a banda toca assim e acabou. Não vamos nos adaptar a vocês, vocês que se adaptem a nós. Querem ou não?”
Se com o Hind é uma treta trabalhar com eles, no esquema deles, imaginem com um sistema muito mais complexo e de valor primário.
A cara de marido traído do Jobim na segunda-feira já dizia tudo. Agora o Jornal do Brasil, via Notimp:
Anna Ramalho
Quem conhece Dilma acha que Jobim não vai durar no cargo
Rafale caça Jobim
Gente que sabe ler nas entrelinhas dos atos da presidente Dilma garante que o ministro Nelson Jobim subiu no telhado. Se desce ou cai, é questão de tempo.
Amigo Grifo .
Que todos digam amem e que o Lobim vá para a embaixada da França .
sds
Rodrigo, Não há “amor incondicional pelo NG”, mas a visão de oportunidade em ser co-proprietário de um caça de 4ª geração (ou 4.5; ou 4.5 plus; ou ainda 4.5 +++; tanto faz), incluíndo aí os softwares da aeronave. Além disso, boa parte da fabricação e toda a montagem seria no Brasil. Mas há ainda as vantagens operacionais do Gripen, como a capacidade de operar de forma descentralizada, em pistas de dispersão (inclusive autopistas) com apenas 800 metros de comprimento e o mais rápido turnaround do mercado (testado inclusive). Contudo, caro amigo Vespete, quero lhe dizer que não acredito em caça… Read more »
Caro Rodrigo,
Eu tenho uma visão que o ideal para a FAB seria uma composição Hi-lo, sendo o Gripen Ng o Lo desse mix. Para Hi, um caça pesado com grande alcance e carga paga, o Su-35 S seria uma opção ou o F-15 Silent. Tudo isso dentro de um planejamento é claro…
O PAKFA também poderia ser o Hi, com a vantagem de ser um 5G nativo. O F-35 seria uma alternativa para o Hi, mesmo não sendo pesado, se os americanos ao menos liberarem a capacidade de integrar armas nacionais nele e manutenção aqui.
[]’s
O NG, só seria viável se tiver um nro de construção viável e este problema deve ser solucionado pelos pais da criança, não por nós. Os suecos oferecem “co-propriedade” para todos e nem assim a jaquinha desencanta. Será que os mesmos sábios que descartam o Falidofale, ao mesmo tempo são imbecis a ponto de também negarem o NG? Se tudo caminhar como caminha atualmente serão em torno de 72-80 FX e o resto de UCAV. Quem sabe um dia um 5°G, em um núcleo reduzido ou seja sem qualquer participação local significativa. O “low”, será o Lift ou seja mais… Read more »
Rodrigo disse:
O NG, só seria viável se tiver um nro de construção viável e este problema deve ser solucionado pelos pais da criança, não por nós.
Não seria este o caso do EC725?
Repito o que eu disse em outro post.
Se houver um outro BAFO os americanos deverão incrementar muito sua proposta.
Eles tem a faca e o queijo na mão. Só não levariam por trapalhada deles ou por desonfiança nossa.
E imagino que a Boeing tenha algum interesse no KC390. Seria um complemento para eles e um possível anti Hércules.
O NG, só seria viável se tiver um nro de construção viável e este problema deve ser solucionado pelos pais da criança, não por nós.
Caro Rodrigo, eu só queria entender porque você acha que o caça mais barato e de menor custo de operação não é viável, enquanto os dois mais caros são…
Também tive a sensação, nos últimos dias ouvindo os sinais que chegam da nossa Presidente, que não apenas o Rafale estava despencando do telhado, mas o pratocinador brazuca do Rafale estava subindo no mesmo telhado.
Eu gostei muito dele na atuação fora concorrência do FX e fora proximidade exagerada com os franceses, mas por essas falhas ele merece cair.
Sds
*onde está escrito pratocinador, leia-se “patrocinador” 🙂
Senhores, Embora eu ache ainda a proposta do NG a melhor para o Brasil, vejo uma tremenda oportunidade na compra do SH com a abertura do mercado americano de etanol, através do fornecimento para as forças armadas americanas. Estou lendo “Petróleo – Uma História Mundial de Conquistas, Poder e Dinheiro”, de Daniel Yergin. Ótimo livro. Ganhou um Prêmio Pulitzer. Sugiro a leitura. Até para entender a geo-política do petróleo, o grande causador de guerras no Século XX. A grande mola propulsora da substituição do carvão pelo petróleo no Império Britânico foi a RoyalNavy, quando esta trocou o carvão pelo óleo… Read more »
Sempre evito comentários chulos, mas sobre a Quarta frota no Atlântico Sul e o nosso medo “absurdo”, devo dizer o seguinte:
O Sr. Mabus, quando jovem, devia ser um daqueles cafajestes que, quando pega uma mocinha, lhe diz:
– “Não se preocupe, querida, eu só vou por a c…, se doer, prometo que tiro”!
O Brasil está na posição da mocinha.
Vai acreditar?!
Observador disse: 19 de janeiro de 2011 às 19:56 Prezado Observador, o tal do Mabus está certo: A recriação da 4a Frota foi meramente uma redistribuição geográfica teórica do arsenal da marinha americana. A 4a Frota não possui uma única embarcação, podendo se o caso avocar navios de outras frotas, para compor algum efetivo para patrulhamento (notadamente nas costas da África, sempre cheias de piratas) ou exercícios conjuntos (por exemplo). De forma que, na minha respeitosa opinião isso é uma paranóia completa. Outra paranóia, no meu modo de ver, é a questão do pré-sal. É tecnicamente IMPOSSÍVEL se prospectar petróleo… Read more »
“Seria um complemento para eles e um possível anti Hércules.”
Eis um provável antí-Hécules, no qual a Boeing já está pensando:
“The JHL CTR has a larger cargo box than the C-130J, to accommodate the Army’s uparmored Stryker. It’s a pressurized aircraft, able to cruise at Mach 0.44 compared with 0.46 for the C-130J and 0.76 for the C-17. And the ability to tilt the nacelles forward 20deg gives the CTR a “unique” STOL capability, he says.”
(http://www.aviationweek.com/aw/blogs/aviation_week/on_space_and_technology/index.jsp?plckController=Blog&plckBlogPage=BlogViewPost&newspaperUserId=a68cb417-3364-4fbf-a9dd-4feda680ec9c&plckPostId=Blog%3aa68cb417-3364-4fbf-a9dd-4feda680ec9cPost%3a64495c60-65ef-4e6d-be20-3797e1323a44&plckScript=blogScript&plckElementId=blogDest)
Vader,
Vale lembrar que e muito mais barato aos EUA ao inves de “atacar” e “tomar” o pre-sal, simplismente explorarem o petroleo que eles mesmos tem na suas costas e territorio!
Alias entre oleo para ainda ser explorado os EUA tem uma reserva muito maior do que o pre-sal!
http://www.boemre.gov/revaldiv/PDFs/2006NationalAssessmentBrochure.pdf
Grifo disse:
19 de janeiro de 2011 às 12:38
É o que vocês falam que falta ao Rafale, também falta ao NG:
ESCALA
Se o NG começasse com pelo menos o nro unidades do Gripen C garantido
Eu seria gripeiro assumido.
Fora isto é mais um SE DER CERTO, dentro dos muitos do projeto.
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Poggio, vejo exatamente assim no caso do EC725.
Para não ser injusto, neste caso tem o atenuante que os nossos estão mais para o 225 de tão pelados que são.
Vader, Também já li a respeito da reativação da Quarta Frota, que não teria nem navios, etc e tal. O “X” da questão é que os USA não dão ponto sem nó. Se a Quarta Frota foi reativada (ao menos no papel), não foi à toa. Agora, eu concordo sim que é paranóia achar que querem invadir o Pré-sal. Se fosse o objetivo deles invadir um país para colocar as mãos em suas reservas, eles não sairiam do Iraque e invadiriam outros países hostis antes de invadir águas brasileiras. Se fosse para invadir, invadiam a Venezuela, que tem muito mais… Read more »
Caro Observador. Os EUA continuam mandando no mundo, a US Navy já passeia faz tempo no Atlântico Sul e vai continuar passeando. Não temos controle de onde estão todos os submarinos nucleares americanos, que tipo de informação estão coletando etc.
O fato é que a recriação da 4a Frota não alterou nada. Foi apenas uma mudança administrativa.
Se precisar, eles poderiam mandar qualquer uma das frotas para cá. Nós só podemos mandar uma, nossa única e combalida frota.
É o que vocês falam que falta ao Rafale, também falta ao NG: ESCALA Caro Rodrigo, para deixar claro, acho e sempre achei que o problema do Rafale não é escala. É o preço. Se a Dassault tivesse conseguido fazer com que o Rafale ter o preço baixo mesmo com a menor escala (como a SAAB conseguiu com o Gripen NG), não veria problema nenhum nele. Fora isto é mais um SE DER CERTO, dentro dos muitos do projeto. Existe uma relação direta entre maior participação da indústria nacional (e consequente transferência de tecnologia) e maior risco. Se o risco… Read more »
A US NAVY nao precisa de 4 Frota para baixar o porrete no Atlantico Sul.
O dia que decidirem partir para uma pancadaria, basta mandar dois NAes. desde Norfolk, Virginia, ou seja, dois Carriers Strike Group, com as suas respectivas 160 aeronaves, submarino de escolta, cruzadores e uma Forca Expedicionaria de Marines.
Ja esta na hora do governo brasileiro ser um pouco mais maduro e deixar de falar baboseiras, discursos populistas terceiro mundistas latrino americano.
Deixa essa retorica para o Chavez, Evo Morales e os irmaos Castro. Todos eles sao comunistas, subdesenvolvidos e trogloditas.