Salvação do programa Kaveri está nas mãos da Snecma
Contrato com empresa francesa, que deverá ser assinado em breve, trará a tecnologia que falta para o desenvolvimento do turbofan indiano
O programa de desenvolvimento do turbofan indiano Kaveri solicitou ao governo uma extensão dos testes e mais recursos para superar um novo conjunto de obstáculos tecnológicos que surgiram na última fase de ensaios em vôo. De acordo com altas fontes no governo, a extensão envolve a adição de pelo menos 120 horas de ensaios em voo. Curiosamente, enquanto o Kaveri ensaiado em voo encontra-se montado em uma aeronave Ilyushin-76 adaptada pelo Instituto Gromov na Rússia, a extensão do programa de ensaios em vôo do Kaveri prevê o emprego de uma aeronave Tejas modificada, ou de uma aeronave similar. Um funcionário familiarizado com a proposta de extensão, disse que um dos protótipos iniciais dos Tejas, que não voa há anos poderia ser modificado para voar com o motor Kaveri.
No quadro atual, o Kaveri completou cerca de 60 horas de ensaios em voo pelo Instituto Gromov, o destaque é o emprego de um FADEC totalmente desenvolvido na Índia. No entanto, a fase de ensaios em voo também tem acentuado alguns problemas fundamentais do motor que vem atrasando o programa de desenvolvimento. Deve-se adicionar à lista de problemas conhecidos, agravado por parâmetros de desempenho insuficientes, a existência de problemas na montagem da turbina e do fan, e possivelmente questões estruturais também. A IAF e a Marinha não querem voar com um motor que tenha menos do que 90kN de empuxo com pós-combustor ao nível do mar – o Kaveri fica muito aquém desse valor, e esta é a principal razão por que o IAF e a Marinha terem migrado para motores da GE tanto no Tejas Mk.1 como no Mk.2.
A IAF, previsivelmente, não está feliz com o progresso. Um alto oficial associado ao programa do Kaveri disse: “O problema não é mais sobre os atrasos e entrega, mas sobre o desempenho. O motor Kaveri na sua forma atual não pode equipar jatos de combate com os modernos requisitos de desempenho. Pode ser, talvez, modificado para outros usos, mas para caças o Kaveri do jeito que está não serve para os caças. ”
Também houve atrasos imprevistos no esforço conjunto da DRDO e da Snecma para o desenvolvimento de um motor turbofan robusto na faixa de 90kN de empuxo, baseado no núcleo do motor francês M88 versão ECO que cumpra os requisitos mínimos de desempenho da IAF e da Marinha. Embora as negociações sobre a transferência de tecnologia e propriedade intelectual tenham tomado a melhor parte dos dois últimos anos, um alto funcionário confirmou que um contrato entre DRDO e Snecma deve ser assinado dentro de um ano. O esforço conjunto decretaria o fim do programa K9 Kaveri como está. O que se propõe agora é a construção rápida uma turbofan de 90kN de empuxo e oferecê-lo para a IAF e a Marinha para seus Tejas Mk.1. O motor Kaveri-Snecma, na configuração dupla, também poderia ser empregado na futura aeronave de combate avançada (AMCA), apesar de que esta ainda está bem no futuro.
Fontes da DRDO confirmam que a Snecma vai transferir várias tecnologias-chaves, dentre elas algumas críticas que levaram o Kaveri não atingir a performance esperada. Gestores do programa acreditam que a tecnologia de lâmina de cristal único será uma solução importante para um dos maiores problemas do Kaveri – deformação das lâminas durante o teste, como resultado das altas temperaturas ambientes. Este provou ser um fator limitante grave, considerando-se que as lâminas estruturalmente solidificadas tem integridade estrutural que não chega nem perto de estruturas de cristal único. De acordo com algumas fontes, é exatamente as negociações sobre as modalidades de tecnologia de lâmina de cristal único que tem atrasado tanto as negociações, ainda que o fim está finalmente à vista. Vários laboratórios da DRDO e da MDNL tentaram por anos criar uma solução local, mas até agora sem sucesso.
A Snecma deverá colocar as instalações da Gás Turbine Research Establishment (GTRE) em outro nível muito mais elevado, que contará com modernas técnicas de soldagem e fundição pela primeira vez. Ao contrário do programa K9 Kaveri, o programa K10 (a designação oficial para o esforço conjunto proposto com a Snecma) será muito mais profissional e será monitorado desde o início, com prazos rígidos e investimentos. O modelo de divisão do trabalho já foi montado e os cientistas indianos estão confiantes de que extraíram um contrato competitivo. Reservas iniciais sobre o compartilhamento de certas tecnologias foram resolvidas após a enorme quantidade de contratos militares formalizados com a França, que incluem o programa de atualização dos Mirage 2000H/TH.
Quase toda a mão-de-obra empregada no desenvolvimento do Kaveri será desviada para o esforço do desenvolvimento do K10 com a Snecma. Os cientistas prevêem desafios para absorver a tecnologia, mas estão confiantes de que irão atingir as metas uma vez que o contrato for assinado. Um cientista sênior do GTRE disse: “Nós temos a vontade e as tecnologias de base. Entendemos muito bem o quais são os nossos defeitos, e estamos ansiosos para entregar um motor com desempenho completo para o cliente. Foi-se o tempo em que podíamos ficar indefinidamente no laboratório dizendo que um dia a tecnologia viria pelas nossas mãos. Os franceses vão nos ajudar a reduzir o tempo de desenvolvimento. E ambos entregarão um motor que vai mover as aeronaves indianas. Todo mundo ganha.”
FONTE:SPS Aviation
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Poder Aéreo
VEJA TAMBÉM:
Eu lembro que recentemente, aqui no Brasil, foi feio um protótipo de um turboeixo na faixa de 1.000 shp, do porte de um PT-6. temos um grande mercado para esse tip de motor, pois somos o segundo maior operador de PT-6 do mundo. Infelizmente não se ouviu falar mais do projeto.
“Também houve atrasos imprevistos no esforço conjunto da DRDO e da Snecma para o desenvolvimento de um motor turbofan robusto na faixa de 90kN de empuxo, baseado no núcleo do motor francês M88 versão ECO…” Quais tecnologias, aquelas que nem os próprios franceses possuem ou desenvolveram, ainda??? “Embora as negociações sobre a transferência de tecnologia e propriedade intelectual tenham tomado a melhor parte dos dois últimos anos, um alto funcionário confirmou que um contrato entre DRDO e Snecma deve ser assinado dentro de um ano.” Que contrato??? No mais novamente, somente especulação. “…temos um grande mercado para esse tip de… Read more »
OLá,
Mais uma que caiu por terra, então a Snecma vai “re-desenvolver” o motor do Tejas juntos com os Indianos, é realmente esses dois meses tem sido duros para a torçida anti-frança, primeiro os EAU não querem mais alterações, depois uma super venda para India e agora compartilhamento de tecnologia…
Isso não é extranho já que no programa de submarinos Brasileiros S-BR eles tem cumprido o prometido…
Pelo visto a França vai andar ocupada com a India por um bom tempo…
Abraços,
pois é, edcreek, a França, que também adquiriu os Scorpene, diga-se de passagem, se consolidou como a maior parceira estratégica da India, para o desespero de alguns, que adoram dizer que os franceses não são confiáveis. meu único medo é que os franceses fiquem tão atarefados com a India, que não tenham tempo para o Brasil !
Vai ser muito interessante se a Dassault entrar como parceira no AMCA, vai sair coisa boa daí! Um Rafale “stealth”, para a India, França e talvez Brasil !
Clésio,
Vc se refere a TR3500 desenvolvida pelo Laboratório de Combustão do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e, salvo engano, pela Polaris.
http://www.ita.br/online/2008/noticias08/turbinatr3500.htm
Sds,
Ivan.
A TR3500 já fez parte de nossas conversas em 2008:
http://www.aereo.jor.br/2008/12/27/motor-kaveri-india-deve-rejeitar-proposta-francesa-de-parceria/
epa, eu quis dizer: “a India, que também adquiriu os Scorpene, diga-se de passagem, consolidou a França como a sua maior parceira estratégica.”
que confusão!
“…primeiro os EAU não querem mais alterações, depois…” Conforme amplamente noticiado, inclusive aqui no blog, os UAE não querem mais ouvir falar de Dassault Rafale. “…e agora compartilhamento de tecnologia…” E aonde está escrito, no texto, que este é o desejo do DRDO, da IAF ou da Marinha da Índia??? Aliás não faz mto tempo, a própria IAF vetou algo parecido. Eles lá não estão interessados na tecnologia da M-88, sabem que não há nada de útil lá. “…de empuxo e oferecê-lo para a IAF e a Marinha para seus Tejas Mk.1.” Os indianos estão adquirindo 99 F-414, justamente p/… Read more »
não vejo os russos fazerem ToT, só querem vender. A China teve que tirar ToT dos russos na marra!!!
não afirmei que a Dassault vai participar do AMCA, só disse que seria muito interessante, hipoteticamente, não sabe ler???
E a França faz ToT?
Aliás, alguém faz ToT? rsrsrs
OLá, Mauricio, vamos por etapas: 1) O EAU estão em negociação nesse momento, como divulgado aqui mesmo no blog a menos de um mês, mas isso é memoria seletiva, vc esqueçe o que quer… 2) Releia o 4º paragrafo: “um alto funcionário confirmou que um contrato entre DRDO e Snecma deve ser assinado dentro de um ano. O esforço conjunto decretaria o fim do programa K9 Kaveri como está. O que se propõe agora é a construção rápida uma turbofan de 90kN de empuxo e oferecê-lo para a IAF e a Marinha para seus Tejas Mk.1. O motor Kaveri-Snecma, na… Read more »
Não existe ToT.
O que chamam de Tot é meramente um autorização para fabricar peças e componentes não essenciais.
Alguém ai falou em submarinos para a India?
Pois bem, o imbroglio continua sub investigação, de que os franceses, como é mesmo (?), distribuiram algumas malas.
Marcos, boa tarde. Sua posição me parece muito radical. Lembre o que era a Aeroeletrônica (AEL) antes da TOT do F-5M e do ALX. Lembre o que aprendemos com Alenia, Aermacchi e empresas aviônicas italianas no AMX. Lembre o que foi investido para capacitar a CELMA, na época da FIAT AVIO e ROLLS ROYCE. Nem tudo aproveitamos, mas nossa indústria aeronáutica não chegou ao que é hoje aprendendo sozinha, apenas com sua própria experiência. O investimento governamental é importantíssimo para o desenvolvimento da indústria. Esse é um dinheiro muito bem aplicado. As “malas” são motivo para CADEIA, não para redução… Read more »
Sobre ToT: Penso que ToT total e irrestrita de um grande sistema (um avião completo, um submarino completo) é sonho de uma noite de verão: 1. custaria caro demais; 2. demoraria tempo demasiado; 3. exigiria instalações não existentes; 4. demandaria grande quantidades de pessoal altamente qualificado. O que é possível, po-ssí-vel, é que seja realizada ToT de alguns subsistemas. O que é útil e necessário: os benditos códigos-fonte e tecnologia para a manutenção de subsistemas do motor, aviônicos e radar, por exemplo. Produção: somente em grande escala, ou escala suficiente. Caso contrário é tiro (de canhão!) no pé. Licenciamento de… Read more »
O que escrevi vale para todo e qualquer país/fabricante!!!
Asbueno,
No meu entender, TOT não serve para criar concorrentes. Serve para criar PARCEIROS.
Veja na área da aviação comercial, automobilística, e mesmo de armas e aviação militar. Há muitos projetos feitos em parceria, com empresas que, talvez no seu conceito, sejam “concorrentes”. Veja Meteor, nEUROn, A-Darter, Typhoon…
Até americanos já não aguentam mais fazer projetos sozinhos.
Abraço,
Justin
A AEL é 100% israelense, portanto nunca existiu um ToT.
E no caso do AMX, o que houve foi uma parceria no desenvolvimento da aeronave.
É ilusão achar que você compra “meia dùzia” de aeronaves e alguém, por conta disso, lhe dará toda a arquitetura da mesma.
Se quiser participar do desenvolvimento, isso já é outra coisa.
Marcos,
Acho que você deveria visitar a AEL.
Você iria se surpreender em ver a proporção dos que falam o Portuguès e aqueles que falam hebraico.
Tecnologia é o conhecimento que está na cabeça dos engenheiros e não se conta em papel moeda.
Abraço,
Justin
Pergunta:
Os indianos e a Dassault/Thales/Snemca já assinaram o contrato?
Justin, concordo com você com relação a parcerias. Porém isso pode fugir ao controle, concorda? Já que os aliados de hoje podem não ser os mesmos de amanhã. Enfim, eu não creio que uma ToT ocorra de fato. Mas isso é uma crença minha. No caso do nEUROn as empresas decidiram colaborar, trocar informações. Todas têm algo a oferecer, geram sinergias. No nosso caso creio que isso não ocorra. Somos sedentos de tecnologia nesta área porque ou não podiamos investir (falta de $$$) ou investiamos mal. Pois bem, minha preferência é pelo Gripen E/F, independente da ToT. Se der Rafale… Read more »
Caso FX: 1) A FAB fez uma avaliação colocando o Gripen como o de melhor custo/benefício; 2) A indústria nacional, incluindo Embraer, fez análise da documentação dos três concorrentes e chegaram a conclusão de que a aquisição do Gripen é o que traria mais beneficios à indústria nacional; 3) Comprar tudo da França levaria à uma dependência de um só país, portanto, do ponto de vista estratégico militar, seria um desastre; 4) A tese de que a França nos apoiará a conseguir um assento no Conselho de Segurança da ONU é bobagem: hoje você negocia com uma administração; amanhã negociará… Read more »
Justin Case
Caro:
Cabe muita coisa na cabeça de um engenheiro, disso não tenho dúvida. Mas empresas tomam providências quanto a isso.
Um grupo de engenheiros que desenvolveu um certo sistema por ai, que não vem ao caso, após concluído o projeto, foram trabalhar para o concorrente. Tiveram de começar do zero. Quando terminaram o projeto, o mesmo já estava defasado.
caro Marcos, respeito sua opinião. Mas ainda bem que não é você quem decide!
quem decidirá são pessoas munidas de muito mais informação que simples entusiastas e com interesses nacionais muito mais importantes que desejos pessoais.
“Salvação do programa Kaveri está nas mãos da Snecma”… …porque foi o Rafale que venceu o M-MRCA. Estaria nas mãos da Rolls Royce / Eurojet com Typhoon vencendo. Este contrato com a SNECMA, que faz parte do consórcio Rafale provavelmente será parte do offset acordado no programa. Como as negociações entre o DRDO e a SNECMA já se arrastam desde 2008 ou 2009, podemos até desconfiar que o próprio M-MRCA tinha uma tendência em favor de Paris. Mas seja lá como for, acredito que o DRDO e o Gás Turbine Research Establishment (GTRE) precisão muito contratar quem saiba mais para… Read more »
e se decidirem pelo Gripen NG eu vou APOIAR ! Não vou ficar falando besteira por aí como penso que muita gente aqui vai fazer se der Rafale!
“…só disse que seria muito interessante, hipoteticamente, não sabe ler???” Marcelo, Quem não sabe ler é vc, atenha-se ao texto, suas suposições são somente suas, não estão fundamentadas em nada. Edcreek, “1) O EAU estão em negociação nesse momento, como divulgado aqui mesmo no blog…” Isto dito por quem, pelos UAE, oficialmente??? Ou pela imprensa francesa??? “2) Releia o 4º paragrafo: “um alto funcionário confirmou que um contrato…” Não há contrato algum assinado, o Tejas Mk-1 voa c/ F-404 americano e o possível uso desta hipotética turbina no AMCA, é somente isso um conjunto de hopóteses; nada definido. Então, que… Read more »
caro Mauricio R.
não preciso me ater ao texto coisa nenhuma, quando faço suposições, se você não gostou é problema seu, só não coloque palavras na minha boca, que eu não disse. Foi o que você fez.
O blog é (penso eu) para entusiastas fazerem suposições e sonhar sim, por que não? Agora vai ficar fazendo patrulhamento também?
Caro Marcelo:
Lamento que pense assim, pois a minha decisão seria a decisão da FAB e não a decisão de pessoas completamente desqualificadas. Há fartos exemplos por ai.
“…quem decidirá são pessoas munidas de muito mais informação que simples entusiastas e com interesses nacionais muito mais importantes que desejos pessoais.”
Sério?
Marcos,
sério, ué…
“A China teve que tirar ToT dos russos na marra!!!”
Os chineses negociaram c/ os russos, uma licença de produção p/ 200 aeronaves Su-27K, desistiram de receber os kits russos depois de 105 aeronaves.
Esses kits hoje estão sendo usados p/ a produção do Su-27SM3, p/ as ffaa russas.
Tenho em casa uma publicação francesa de 1997 (15 anos atrás!) em que a SNECMA prometia para curto prazo a produção das versões de 9 tf e de 11 tf de empuxo do motor M88… Até agora, nada! Isso resolveria o problema de falta de potência do Rafale, que é um dos principais fatores que tem dificultado as vendas externas desse caça. Só para ter uma ideia, o Rafale atual tem menos potência que os MiG-29 da década de 80, que são menores e mais leves. Não é para menos que os EAU estivessem exigindo a melhoria dessa característica, não… Read more »
Mto cuidado antes da falar mal, somente por falar, dos esforços chineses em desenvolver seu design nativo de turbofan.
A WS-10A ainda pode não acelerar tão rápido, nem durar tanto qnto a AF-31F russa, mas c/ 13ton. de empuxo; já tem bem mais potência que quaisquer M-88.
Os chineses seguem em frente, aprendendo e aprimorando suas capacidades, a própria AL-31 dura 900 horas c/ os russos, já os chineses chegaram a 1.400 horas na mesma turbina.
edcreek disse:
23 de fevereiro de 2012 às 16:01
“O EAU estão em negociação nesse momento, como divulgado aqui mesmo no blog a menos de um mês”
Tirando a notícia da imprensa (?) francesa, a última informação que se tem dos EAU é a RFI enviada ao Consórcio Eurofighter. Nada de “Le Jaquê de Lamerdelair” por lá… 😉
A verdade é a seguinte: muito blá blá blá, um monte de nhém nhém nhém, mas na hora do aperto mesmo os hindús vão lá e correm rapidinho para os braços “dusmaldituzamericanu cumedô di criancinha du impériu du mal du norti”…
Quanto à Kaveri: a Índia não é aquele país que teve a manha de lançar ao mar um submarino nuclear e esqueceu do… REATOR?
Tá explicado… melhor deixar eles para os franceses… 🙂
É por isto que o Rafale vendeu para a Índia. Desespero para conseguir ver o Kaveri decolar.
Caro weber_eng essa informação da revista de 1997 é interessante. Comprova muita coisa que de diz dos franceses, mas alguns pobres iludidos não querem ver.
“NINGUÉM compartilha, que é o ciclo completo da fabricação do motor”. Esta é uma verdade inconteste. Tecnologia significa dinheiro, e não existe almoço grátis.
Abs,
Ricardo
OLá,
Vader e Mauricio R., para não alongar muito a discussão com os amigos pró-eua, eu pensei que a M-88 já está voando em mais de 100 Rafales inclusive em navio-aerodromo? Porque não voaria no leve Tejas? a é pura inplicancia, com mais um contrato bem encaminhado!!!
Abraços,
Eu não falei que a M-88 não estava voando, me tire dessa.
Mas a verdade é que se trata de uma turbina “fraquinha” em comparação com as similares, como deixou claro o Brigadeiro Alain Silvy.
Se há algum contrato bem encaminhado é o das GE F-414 americanas p/ o Tejas Mk-2, o resto são as falsidades e as metiras, a manipulação francesas. E depois reclamam da pressão política dos EUA… Patéticos!!! Veja só como são as coisas, o liga aí vem na maior cara de pau arrotar o desempenho, pífio diga-se de passagem, de mais de 100 M-88; inclusive voando de porta-aviões… E o próprio mercado se autodepura, afinal qntas 1000 F-100; F-404; F-414 estão aí voando redondinhas diariamente??? E p/ não ficar somente nas turbinas americanas, o que dizer das tantas AL-31 dos Flankers… Read more »
Alguns dados sobre a KAVERI e a turbina russa do MiG-29:
Motor KAVERI KAVERI Klimov
GTX-35 Objetivo RD-33K
Weight (Lb) 2.724 2.225 2.325
Dry thrust (Lb) 11.687 11.687 11.230
Dry T / W 4,29 / 1 5,25 / 1 4,83 / 1
Afterb T (Lb) 18.210 18.210 19.400
Afterb T / W 6,69 / 1 8,18 / 1 8,34 / 1
Diametro FAN: 910mm 910mm 1.000mm
Comprimento: 3.490mm 3.490mm 4.229mm
Espero que a tabela se mantenha ao transmitir…
Agora os dados de turbinas concorrentes: Motor Eurojet EJ-200 Weight (Lb) 2.286 lb Dry thrust (Lb) 13.500 lbf Dry T / W 5,91 / 1 Afterburning thrust 20.250 lbf Afterb T / W 8,86 / 1 Fan Diameter: 737 mm Length: 4.000 mm ___________________________ Motor GE F-414 Weight (Lb) 2.445 lb Dry thrust (Lb) 15.000 lbf Dry T / W 6,13 / 1 Afterburning thrust 22.000 lbf Afterb T / W 9,00 / 1 Fan Diameter: 890 mm Length: 3.900 mm ___________________________ Motor Snecma M88-2 Weight (Lb) 1.978 lb Dry thrust (Lb) 11.250 lbf Dry T / W 5,69 /… Read more »
Com números fica melhor para conversar. … … … … … Monsieur Edcreek, A Índia equipou o HAL Tejas Mk1 (40 unidades) com motores General Eletric F-404 e pretende equipar o HAL Tejas Mk2 (99 ou 100 unidades) com General Eletric F-414, com já foi noticiado. Em face da urgência em dispor destes caças leves, acredito que não haverá mudança de planos, até porque as ‘414’ são o que há de melhor no mercado (hoje) para este tamanho de caça. No futuro não muito distante a intenção é dotar o LCA indiano de uma turbina indígena, a KAVERI, que deverá… Read more »
Ivan disse:
A turbina francesa M-88-2 não é “fraquinha” como o amigo escreveu.
Observe suas dimensões e peso.
Ela é apenas pequena.
Pois é Ivan. Nesse ramo, tamanho é documento.
Roberto
Falando de alerta radar nas tubeiras do motor e vendo as fotos do site que você indicou, é possível ver que um dos Azarakhsh está com o RWR.
http://www.irandefence.net/showthread.php?t=1947&page=219
Poggio,
A questão é que muitas vezes ignoramos os números.
A M-88 é menor que EJ-200 e GE F-414.
Mesmo que venha a ter a mesma eficiência, que ainda não tem, dificilmente vai superar a potência entregue pelas concorrentes.
A KAVERI por sua vez tem um comprimento semelhante a M-88, mas uma maior largura e (infelizmente) um maior peso.
O Gas Turbine Research Establishment (GTRE) precisa dimensionar qual o tamanho do seu novo motor em função do uso… o LCA HAL Tejas.
Sds,
Ivan.
Ivan Esse é o problema. Quase 100% dos potenciais compradores do Rafale não querem um caça naval e nem as suas limitações. Uma das dificuldades do aumento da potência do M88, não está no motor em si, mas na modificação da tomada de ar do Rafale. Repare que tanto o Super Hornet como o Gripen NG tiveram suas tomadas de ar modificadas (aumentadas) em relação ao Hornet legacy e o Gripen C/D, pois trocaram o 404 pelo 414. Um aumento significativo da potência do M88 para o Rafale fatalmente passa pelo redesenho das tomadas de ar. Modificar as tomadas de… Read more »
Ah. E quando estamos falando de 414, Eurojet e M88, estamos falando de uma geração que já passou.
Esses motores acima desenvolvem entre 17 e 22 mil lbs de empuxo. Na geração mais moderna, os F135 e F119 (que equipam o F-35 e o F-22), estamos falando de empuxo máximo de 35 a 43 mil lbs. O único motor do F-35 é mais potente que dois M88 do Rafale. Ou seja, a conversa se dá em outro nível.
Poggio, boa tarde. Alguns pontos que você pode ter desconsiderado no seu comentário: O caça puramente naval que está nas competições é o Super Hornet. Este sim tem, inclusive na sua versão exportação, todos os reforços estruturais e características desnecessárias para a operação a partir de terra. O Rafale já nasceu com DNA naval E de força aérea. Mas existem versões dedicadas para cada cenário, que têm grande comunalidade, mas apenas naquilo que vale a pena ser padronizado. Quanto ao custo de instalar um motor maior no Rafale, esse seria um problema maior para a França, que teria que imobilizar… Read more »
Caro Justin Acho que eu não fui claro nos meus argumentos. As limitações impostas ao Rafale não estão relacionadas ao fato da aeronave ser um caça naval, mas sim às dimensões do porta-aviões CDG. O CDG é muito menor que os porta-aviões norte-americanos. Todo e qualquer crescimento do caça, seja em dimensões ou em peso, terá como limitante o CDG. Lembre-se que no início até o Hawkeye teve problemas para operar no CDG e a pista do convés em ângulo teve que ser aumentada. Já no caso dos porta-aviões da USN, como você bem deve saber, já pousaram e decolaram… Read more »
Excelente comentário caro Poggio. De fato, para manter a comunalidade entre a versão C e M do Rafale, ficou comprometido o tamanho da turbina, e optou-se por uma menor. Tudo bem para a França.
Mas nem todo mundo quer pagar caríssimo para ter um caça submotorizado, apenas para que a França possa se gabar de ter um único caça navalizado e convencional.
Como os EAU aliás já se cansaram de dizer.
Antes de falar de aumento de potência, alguém poderia levantar os dados de T/W ratio para as seguintes aeronaves?
MiG-29, F-16 (blk 30), F-18 SH, F-35A, Gripen, Rafale e Typhoon?
Acho que pode haver surpresas…
Saudações
A GE F-414 eu não consideraria ultrapassada, especialmente se sair a versão EPE, o que pode significar 26.000lbs de empuxo. Uma relação empuxo/peso só de… 11/1!! Oo
Só de comparação:
GE F-110 (que equipa o F-15/F16) : 6.36/1
Snecma M-88 (Rafale) : 8,5/1
GE 404 (F-18 C, Tejas, T-50) :7,6/1
EJ-200 (Typhoon): 9.175/1
GE-414 (F-18 E, Tejas MK2):9/1
PW-F-119 (F-22) 9/1
[]’s