Rafale: comandante da Força Aérea Indiana diz que decisão não mudará
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Ele também confirmou que o Brasil solicitou informações sobre o processo de aquisição indiano, incluindo os custos no ciclo de vida
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Reportagem da AIN Online, em cobertura do Singapure Airshow, traz a informação dada pelo comandante da Força Aérea Indiana, o marechal do ar N.A.K. Browne, de que a decisão do país sobre a escolha da oferta de menor valor (lowest bidder – L1) está mantida. Em 13 de fevereiro, o comitê de negociação de contrato (CNC) abriu a proposta do Rafale, da francesa Dassault Aviation, e identificou a proposta como a de menor valor. A decisão de envolver outro fabricante no contrato de 126 caças do MMRCA (avião de combate multitarefa de porte médio) é “processualmente insustentável”, disse Browne. Ele completou: “Nós temos um procedimento, no que se refere à política de aquisições de defesa, que estipula que o contrato vai para o ofertante de menor valor”.
O CNC, que entra em ação assim que o ofertante de menor valor é identificado, deve iniciar as negociações com a Dassault a partir de 5 de março. As discussões serão a respeito de equipamentos eletrônicos, radar, transferência de tecnologias e compensações (offsets).
Perguntado se estava satisfeito com a seleção do Rafale, Browne disse: “Brilhante! Nós conseguimos o melhor preço possível. A decisão foi baseada em desempenho e o Rafale passou por todas as qualificações.” Porém, Browne disse que o requerimeto para os caças era “pra ontem”, dando a entender que espera que o processo seja completado por volta do final do ano. Ele acrescentou que a Força Aérea Indiana planeja começar o treinamento de pilotos em breve.
Browne também disse que o Brasil solicitou que a Índia compartilhasse informações de seu processo de aquisição, incluindo avaliação e custos de ciclo de vida. Coincidentemente, o Ministro de Estado Indiano, Pallam Raju, estará visitando o Brasil no final de março para ver o voo da segunda aeronave totalmente modificada para o sistema desenvolvido pela Índia para alerta aéreo e controle, o EMB-145, nas instalações da Embraer em São José dos Campos, no Brasil.
FONTE: AIN Online (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
FOTO: Força Aérea Francesa (Armée de l’air)
“…o Brasil solicitou informações sobre o processo de aquisição indiano, incluindo os custos no ciclo de vida …”
O que o relatório da FAB não levantou sobre isso, que precisam ir perguntar aos indianos ?!?!?!? Sei que os indianos efetuaram os testes em seu território com as aeronaves mas, esse tipo de informação não necessita de “test drive” !!!!!
Posso estar errado mas, agora já começo a pensar que os comandantes da FAB teriam de dar um jeito de mostrar alguma indignação, não é possível !!!!!!!
“incluindo avaliação e custos de ciclo de vida” O Brasil nao tem metodologia, mas os indianos tem… a metodologia aquela que selecionou um dos tres do FX-2. Os resultados serao repassados p/ FAB ou ficarao no MinDef p/ produzir aquele memo p/ Dilma? Nao, o problema nao eh o GF escolher qualquer um dos tres do FX-2, mesmo que escolha o terceiro colocado pois acredito que tem o direito de faze-lo se houver transparencia nas decisoes e solidez nos argumentos. Mas soh nao ve quem nao quer que primeiro fizeram uma escolha (sabe-se lah o motivo) e, entao, buscam de… Read more »
Quanta bobagem. É óbvio que esse consulta à Índia tem por motivo renegociar valores com a Dassault, tendo por base o que eles estão cobrando dos indianos. Não tem nada de ofensivo com relação à FAB. Isso se chama negociar.
Cresçam.
quanta falta de argumento para atacar o governo.
Ainda bem que neste Blog temos comentaristas adultos e inteligentes, beirando a genialidade diria, p/ nos corrigir…
🙂
[]s!
Clésio Luiz disse:
16 de fevereiro de 2012 às 7:23
Negociar com a Dassault Clésio????? Não entendi, já foi feita a escolha??? Que eu saiba ainda estão os 3 finalistas então não faz sentido verificar as condições em que 1 foi escolhido, a não ser que se queira uma justificativa alternativa p/ confrontar com a escolha da FAB, o que seria um desrespeito com a FAB, se fosse com vc disse, ele iria verificar na Suiça e Australia tb as condições dos outros 2 finalistas.
[]s
Se pensarmos bem, não faz NENHUM sentido o Amorim ir somente à Índia… POR QUE ele só foi ver o Rafale?? A Suíça não acabou de escolher um caça?
Aliás, renegociando ou não os valores do Rafale ele vai continuar mais caro que o SH, que, aliás, acabou de sofrer um “desconto” da Boeing ao utilizar valores referentes à 2009.
não entendo essas colocações de “desrespeito” com a FAB. que eu saiba, a FAB está hierarquicamente abaixo da Presidente e do Ministro da Defesa, como deve ser em uma boa democracia. A FAB teve toda a liberdade para fazer o short-list e deixou o Rafale lá, e removeu o Typhoon, por exemplo. Se não queriam o Rafale, porque é caro, deveriam ter feito o short-list com F-16 e o Gripen. Agora a postura da FAB deve ser simplesmente aguardar o GF escolher um dos três e pronto. E ela está fazendo isso!!! Só os comentaristas insiders dos blogs e a… Read more »
Quem testa os equipamentos é a FAB, quem paga a conta é o governo. Por mim, eles podem usar de qualquer artifício ao alcance deles para obter as melhores condições de compra. Quem não chora não mama. Quem não pede desconto paga mais caro. Tenha em mente que o “ministro” não foi sozinho a Índia, ele foi acompanhado pelo Brigadeiro Sato. Então é a própria FAB que está lá verificando o quanto de diferença a Dassault está cobrando deles. Em como as promessas lá diferem das daqui. É como ter interesse num carro e perguntar a quem já comprou para… Read more »
Marcelo disse: 16 de fevereiro de 2012 às 10:43 Marcelo a FAB é a instituição da República responsavel pelo uso e portanto pela escolha do vetor necessário, não faz o menor sentido um diplomata de carreira perguntar p/ um militar estrangeiro sobre qual equipamento a FAB deverá usar, então pq a FAB??? Se não server p/ escolher o próprio equipamento que vai usar, então fecha a Força de uma vez, daqui a pouco os Presidentes, Diplomatas e sindicalistas e juristas vão escolher os equipamntos médicos que os hospitais devem usar sem consultar o hosptital, o equipamento que a Petrobrás deve… Read more »
Clésio Luiz disse:
16 de fevereiro de 2012 às 11:22
O problema é que eles não estão usando “de qualquer artifício ao alcance deles para obter as melhores condições de compra.” Eles estão usando de qualquer artifício p/ entubar o vetor que eles já escolheram antes de qualquer concorrencia, por motivos escusos.
[]s
Prezado Clésio
Quem paga a conta não é o governo. Quem paga a conta somos nós, os brasileiros.
Sds
Infelizmente o que salta aos olhos, é o dirigismo em prol de Le Jaca, em nenhum momento vemos o Min. Def. tratando aos outros 2 concorrentes da mesma maneira.
Clésio Luiz disse: 16 de fevereiro de 2012 às 11:22 “Mas ninguém daqui tem uma prova concreta para mostrar que a FAB escolheu o Gripen” O próprio Ministro da Defesa Nelson Jobim admitiu, em plena Comissão de Assuntos Estratégicos do Senado, que a FAB escolheu o Gripen em seu primeiro relatório. Tem matéria disso aqui no blog. Vire o disco, seja curioso e pesquise… Então ele, cinicamente, também admitiu que mandou a FAB alterar seu relatório para aumentar o valor da ToT, mudar isso e aquilo, e piriri-poróró e o que aconteceu? A FAB escolheu o Super Hornet. O detalhe:… Read more »
E por que pegar leve com o governo?
Não são os governantes que pilotam os aviões ou que pagam os impostos, aliás, eles já se beneficiam de leis que os libera até de pagar IR.
A FAB escolhe e o governo viabiliza a compra. Simples assim..O resto é politicagem rasteira ….
MoD officials question Rafale deal
“Top government sources said on Friday that two senior officials of the ministry of defence (MoD), who are members of the contract negotiation committee, have questioned the methods adopted by it to conclude that French company Dassault’s Rafale had the lowest bid for the medium multi-role combat aircraft (MMRCA) deal”
http://indiatoday.intoday.in/story/mod-officials-question-rafale-deal/1/174138.html
[]s!
Mother of all India’s defence deals: Rafale Jets dodge a ‘dissent dogfight’ The two officials – additional financial advisor and a joint secretary in the ministry Prem Kumar Kataria, and finance manager (air) R.K. Arora – are members of the negotiation committee that comprises senior ministry officials and Indian Air Force (IAF) officers. The two officials noted that certain assumptions had been made about Rafale’s bid to declare it as the lowest bidder, but no one had validated it. The officials initially refused to sign the minutes of the committee. They later signed after making their reservations known. They put… Read more »