F-35: apesar da menor taxa de entregas, Pentágono não planeja cortar quantidade

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Continuam as notícias a respeito das mudanças nas entregas do F-35 para as forças armadas dos Estados Unidos, especialmente para a USAF (Força Aérea dos EUA). O Air Force Times trouxe neste sábado, 11 de fevereiro, matéria a respeito de decisões apresentadas pelo Pentágono e a USAF no último dia 3.

Segundo a reportagem, a Força Aérea dos EUA planeja diminuir o ritmo de entregas de sua versão do caça de nova geração F-35, mas não quer abrir mão do total de jatos que comprará.

O Secretário para a Força Aérea, Michael Donley, disse numa coletiva de imprensa no Pentágono que “como parte de decisões de gerenciamento do programa F-35, estamos determinados que não estamos prontos ainda para aumentar a taxa de produção para seu máximo. Assim, diminuímos a taxa de entregas por alguns anos enquanto trabalhamos nos problemas atuais.”

A USAF já recebeu 12 caças F-35, que atualmente vêm sendo usados para testes e, eventualmente, para treinamento, mas não receberá rapidamente as aeronaves que desejava. O Pentágono ainda não finalizou um plano de alta taxa de produção, mas um documento tipo “white paper” da USAF que acompanhava a coletiva de imprensa disse que a Força Aérea esperava ter 160 aeronaves em 2017.

O Chefe do Estado Maior da Força Aérea dos EUA, General Norton Schwartz, disse que a USAF está se atendo firmemente a um total de 1.763 caças F-35. Além disso, o Secretário Donley afirmou em 2 de fevereiro que o Pentágono está comprometido em comprar a encomenda completa de 2.443 aeronaves das três versões. Qualquer decisão sobre modificar essa quantidade teria que acontecer apenas na década de 2020. A esse respeito, Schwartz disse que “esse assunto é algo que está bem no futuro”.

Sobre seis aeronaves que estão na Base Aérea de Eglin, na Flórida, a USAF vai decidir pelo início de voos de treinamento baseando-se em diversos fatores, o que inclui o estado atual do programa de testes e a confiabilidade das aeronaves, segundo Schwartz: “O plano será iniciar os voos, não o treinamento, mas começar voando com pilotos qualificados em voos de testes, para inicialmente fazermos o que chamamos de ‘orientação da área local’ (local area orientation). Vamos construir um limiar, que permitirá que a liderança de treinamento da USAF declare ‘pronto para o treino’ com pilotos não qualificados em voos de testes.”

Para contrapor o atraso do F-35, a USAF vai modificar aproximadamente 350 caças multipropósito F-16. Os mais velhos receberão modificações estruturais, enquanto que novos jatos receberão aviônicos modernizados e extensões da vida útil estrutural, segundo Schwartz. A USAF vai perder 102 jatos A-10 de apoio aéreo aproximado, mas 246 aeronaves da frota permanecerão. Schwartz destacou que outros aviões, o que inclui o F-16, AC-130, F-35 e até mesmo o B-52, podem fazer a missão de apoio aéreo aproximado.

FONTE: Air Force Times (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

FOTOS: USAF (Força Aérea dos EUA)

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FLIGHTER

Off Topic Notícias » Mundo » Mundo Caça sueco que pode equipar a FAB fracassa em teste na Suíça 12 de fevereiro de 2012 • 10h36 • atualizado às 10h47 Segundo relatório confidencial, avião é “incapaz de alcançar as mínimas capacidades em todos os tipos de missões examinadas” O avião de combate Gripen, do grupo sueco Saab, fracassou nos testes realizados pelas forças aéreas suíças, país que decidiu adquirir recentemente 22 unidades, afirma um relatório confidencial com data de 2009 e publicado neste domingo pelo jornal Le Matin Dimanche. Segundo o documento, “a eficácia global do Gripen MS21 é insuficiente… Read more »

Justin Case

Amigos, bom dia.

Este é o link para o relatório citado na notícia postada pelo Flighter:

http://files.newsnetz.ch/upload//1/2/12332.pdf

Pelo que entendi, refere-se à primeira avaliação realizada na Suíça, em 2008.
Um relatório mais sintético, que inclui também a segunda avaliação, também foi vazado, com resultados superiores para todos os aviões, mais ainda com itens insatisfatórios no novo Gripen.

Abraços,

Justin

Mauricio R.

Requentar essa história não vai levar a nada, nem ofertas feitas por fora da concorrência, a Suiça não é esta republica bananeira; aonde certas autoridades aceitam esse tipo de expediente.

Justin Case

Amigos,

Faltou o link para o relatório com a segunda avaliação:
http://4.bp.blogspot.com/-UllaAXo7QnY/TtaTpBS5UWI/AAAAAAAACHs/rk5-LU3C3JA/s1600/armassuisse_eval.png
Abraços,

Justin

Nick

Pelo que entendi, o caça avaliado inicialmente foi o Gripen C, que ficou aquém dos parâmetros (F-18C/D operados pela FAS). Rafale e Eurofighter foram superiores, mas nem tanto. Depois foi feita uma revisão com os caças para serem entregues em 2015. Todos os 3 receberam upgrades, mas o Gripen MS21, foi o que deu o maior “salto” em termos de evolução. Mesmo assim ele chega perto do “6”. Como a avaliação técnica é apenas uma parte do “bolo”, sem dúvidas em outros critérios o Gripen MS21(E/F) derrotou o Rafale e o Typhoon. Traduzindo, não adianta ser o melhor em tudo,… Read more »

Almeida

A USAF possui esquadrões de combate tático com 20 aeronaves cada, excetuando-se aí os esquadrões de treinamento e reserva que possuem um pouco mais. Com a redução feita agora, eles terão 54 esquadrões, sendo 7 deles de F-22A, restando 47 esquadrões de 20 aeronaves cada, ou 940 no total. Se contarmos com atrito e reserva estratégica de 30%, não ficam longe de 1200 F-35A.

Esse número de 1763 F-35A não bate nem mesmo se no futuro a USAF voar exclusivamente aviões de 5a geração, o que é questionável.