Olá, Sr. Alexandre Galante.

Hoje (07/02), foi publicada no sítio UFJF/Defesa minha monografia, intitulada “ESTUDO DE CASO EM HISTÓRIA DA AVIAÇÃO MILITAR: O CAÇA CHINÊS J-11B”. Ela pode ser conferida no endereço abaixo:

Venho através deste e-mail perguntar se o Sr. não teria interesse em publicar uma pequena notícia no Poder Aéreo sobre a mesma… Faço esta sugestão porque minha monografia contém informações que bem podem interessar bastante os leitores do vosso sítio. Aliás, também utilizei algumas de vossas notícias na confecção dela, notadamente as sobre o J-11B. Aqui vai o resumo da monografia:

“O Su-27 é um caça supersônico projetado na URSS nos anos 1970 e 1980, e que entrou em serviço em 1985. Foi a resposta soviética ao caça americano F-15, e sua principal tarefa é a obtenção da superioridade aérea sobre o campo de batalha. Após um longo e difícil desenvolvimento, o Su-27 se destacou como uma das melhores aeronaves em sua função e conquistou admiradores mundo afora. O Su-27 deu origem a uma família de aviões com especialidades diversas, tais como caças multimissão e bombardeiros táticos. Foi também um grande sucesso comercial, sendo adquirido por vários países, dentre eles a China. Na década de 1990, a China comprou algumas dúzias de Su-27 nas versões com um e dois assentos, e na década seguinte comprou versões multimissão do caça, o Su-30MKK e Su-30MK2. Em 1996, os chineses negociaram a produção licenciada do Su-27SK pela Shenyang Aircraft Corporation, sob a designação local J-11 e a partir de kits de montagem fornecidos pelos russos. A Shenyang produziu entre 1998 e 2004 em torno de 100 J-11 com os kits, mas depois quebrou o contrato de produção licenciada e começou a fabricar sua própria versão do caça, o J-11B. Trata-se de uma aeronave com 100% de componentes chineses e que desagradou profundamente à Rússia, que passou a acusar a China de plagiar o Su-27 com este avião. O J-11B foi projetado desde o início dos anos 2000 e entrou em serviço em 2008, alcançando a completa nacionalização de seus componentes em 2010. Este trabalho utilizou extensamente bibliografia e fontes digitais para fazer cronologias: do Su-27 russo, com suas principais características e desenvolvimento; das compras chinesas do Su-27 e de suas versões derivadas, bem como a introdução destes na Força Aérea Chinesa; e de sua versão sínica, o J-11B, com os aspectos mais importantes de seu projeto e de alguns pontos controvertidos de sua história. Conclui reafirmando a importância do estudo do J-11B para o Brasil.”

Desde já grato,

Evandro Santana Pereira

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Giordani RS

Ótima leitura para o carnaval! Que samba que nada!

Guilherme Poggio

Parabéns ao Evandro Santana Pereira

Roberto F Santana

Qualquer trabalho sobre aeronaves soviéticas/russas que se baseia em bibliografias que tenham o nome de Yefim Gordon, não tem como não ser boa.
Excelente trabalho.
Desde já gostaria de esclarecer uma dúvida com o autor.
Consta que o P-42 para ficar ainda mais leve, dispensou até mesmo os freios das rodas.
O autor se deparou com tal afirmativa absurda?
Não deixei de sentir um certa satisfação “minimalista” em saber que flaperons e flaps foram substituidos por bordos de fuga fixos.
Afinal, aviões…quanto mais simples, melhores.

Latino dark

Bela leitura ,,,sou fã da familia SU

uitinaxavier

Rapaz 30 bilhões de dólares de armas vendidas pela Russia a china não é pra qualquer um como um leitor paranoico disse em outro post a Russia só vende armas pra potencias.

Bom salientar que na questão da Asia os pilotos chineses são muito melhores treinados que os atuais pilotos indianos, a China nas ultimas 2 décadas modernizou todinha suas forças Armadas, e reduziu quase ao minimo a dependência de equipamentos estrangeiros.

evansanper

Olá, pessoal, obrigado pelos elogios! É uma satisfação ver o trabalho dispendido nessa pesquisa ser valorizado. Isso me incentiva muito a continuar escrevendo sobre. Roberto F. Santana: o P-42 manteve apenas os freios das rodas; o freio aerodinâmico e o paraquedas de frenagem foram removidos, de forma a economizar peso do avião: “Foram removidos também o freio dorsal juntamente com seu atuador hidráulico, o canhão interno, os pilones de mísseis, as aletas ventrais, o para-lama do trem de pouso frontal, o ferrão da cauda junto de seu paraquedas de frenagem, dentre outras, tudo para que o caça pudesse atingir as… Read more »

evansanper

trem* de pouso

Roberto F Santana

Obrigado Evandro.
Por que afinal de contas, os russos não adotaram a tecnologia side-stick do finado Su-37?
Você achou algo sobre isso em suas pesquisas?

asbueno

OFF TOPIC – Times of India

India to share its $10 bn fighter selection experience with Brazil

http://timesofindia.indiatimes.com/india/India-to-share-its-10-bn-fighter-selection-experience-with-Brazil/articleshow/11801915.cms

Justin Case

Amigos,

Sobre o off-topic do asbueno, se essa visita à Índia contribuir para dar uma força no F-X2, com a tomada de qualquer decisão no curto prazo, já terá sido um avanço enorme.
Tampax nunca mais!
Abraços,

Justin

Daglian

Parabéns Evandro! Pelo que pude observar passando o olho rapidamente, é um trabalho de um nível muito bom! Quando tiver tempo, com certeza lerei.

evansanper

Roberto F Santana: ao que parece, os russos não utilizam o sidestick por questão de doutrina mesmo. Basta lembrar que o Su-35S de hoje (em produção) mantém um manche convencional; mas vale ressaltar que seus controles são HOTAS (Hands On Throttle And Stick).