Rafale para a Índia: 9 meses até parir o contrato
E esse parto pode ser complicado: EUA e Reino Unido já se movimentam para atrapalhar a ‘gestação’
Nesta quarta-feira, segundo o site DNA India (Daily News and Analysis), a porta-voz do Governo Francês Valerie Precresse disse que assinatura do contrato do Rafale para os indianos poderá levar “até nove meses”. O caça foi selecionado como preferência da Índia, mas detalhes do imenso contrato ainda precisam ser discutidos: “Ele precisa ser finalizado, mas a oferta francesa é a mais competitiva e isso tem sido reconhecido por nossos parceiros.”
Levando em conta a coincidência entre o tempo estimado para a assinatura e o de uma gravidez, o Poder Aéreo pergunta: a gestação do Rafale para a Índia será tranquila?
No que depender dos Estados Unidos e da Inglaterra, talvez não.
Segundo a edição indiana da Reuters, ainda na terça-feira o Departamento de Defesa dos EUA repetiu sua intenção de dividir informações sobre o F-35 JSF da Lockheed Martin, caso o Governo Indiano expresse interesse em adquirir esse novo caça furtivo e multinacional. O porta-voz do Pentágono, Leslie Hull-Ryde, afirmou por e-mail à Reuters que não houve oferta norte-americana para vender o F-35 aos indianos, mas que “se a Índia indicar interesse em comprar o JSF, os Estados Unidos estariam preparados para prover informações sobre ele e seus requerimentos para apoiar os futuros planejamentos da Índia”. O texto reiterou a posição do Pentágono, conforme um relatório sobre a cooperação em segurança dos EUA com a Índia, enviado ao Congresso no final do ano passado.
Apesar da Índia ter rejeitado as propostas de caças russos, norte-americanos e suecos no programa MMRCA (aeronave de combate multitarefa de porte médio) no qual o Rafale se sobressaiu como vencedor, uma fonte com conhecimento das negociações disse à Reuters que o país estava considerando a compra de 80 caças adicionais. E também que poderia abrir esse processo para ofertas desses países.
Já no Reino Unido, o Primeiro Ministro David Cameron prometeu “encorajar” a Índia a reconsiderar sua decisão de comprar o caça Rafale, da francesa Dassault, ao invés do Typhoon, do consórcio Eurofighter. A informação é do jornal Financial Times, que destacou que a companhia britânica BAE Systems tem uma grande parcela no consórcio europeu que produz o Typhoon.
Cameron disse que a decisão indiana de dar ao Rafale a posição de oferta preferencial no contrato, estimado em 20 bilhões, foi desapontadora. Mas ele ressaltou que o contrato final ainda precisa ser assinado, o que não tira o Typhoon da disputa indiana.
Respondendo a uma questão dos membros do parlamento, Cameron disse: “Eu farei tudo o que puder – como já fiz – para encorajar os indianos a dar sua atenção ao Typhoon, porque penso que é realmente uma boa aeronave”. Ele também disse que não espera que empregos sejam cortados por causa da decisão.
A notícia da escolha indiana não poderia ter vindo num dia pior para o Primeiro Ministro, segundo o jornal. Hoje, o Governo Britânico divulga um documento no qual se compromete a apoiar as exportações de sua indústria de defesa, num contexto de grandes cortes no orçamento de defesa do país.
A BAE também prometeu lutar, e numa nota disse que o Typhoon era o mais moderno avião de combate multitarefa de porte médio e a melhor opção militar, industrial e econômica para a Índia. A BAE também deverá sentir a pressão do sindicato, que foi avisado que a decisão indiana de não comprar o Typhoon poderia ter sérias implicações para a força de trabalho da empresa na Inglaterra, e solicitou uma conversa com a companhia, com urgência.
Em resumo, vale a pena repetir aqui a sugestão que já demos ao ministro da Defesa da França:
Regarder vos six heures, Rafale!
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FONTES: DNA India, Reuters e Financial Times (notícias compiladas, traduzidas, adaptadas e editadas pelo Poder Aéreo)
FOTOS: Dassault, Lockheed Martin e Eurofighter
Olá,
O Choro é livre, kkkkk
Primeiro os americanos oferecem remakes de caças “antigos” ao inves do todo poderoso com phaser e torpedos fotonicos F-35 e agora após levar um pé eles querem voltar atraz, kkkkkk….
O Choro é livre, kkkkkk
Abraços,
AT-6 perdeu : choro
Rafale perdeu na Suiça : choro
Typhoon perdeu na final da India: mais choro 🙂
A verdade é que esses CEOs tem muito o que explicar para os seus acionistas porque seu caça não vendeu. 😀
[]’s
Amigos,
O trato de assuntos de Defesa, na Índia, tem uma característica bem diferente da situação no Brasil ou na Suíça: a urgência operacional/estratégica.
Duvido que eles enrolem a negociação do contrato ou decidam considerar “side offers”.
Acho que eles precisam começar logo a implementação do projeto do seu caça, agora que foi escolhido o vencedor.
Abraços,
Justin
e mais uma teoria de alguns “iluminados” vai por terra…: a de que a Inglaterra sabe perder (“gentlemen”) e a França não, hahahahahahahaha!
Duvido que vai demorar tudo isso a Índia precisa desses caças pra ontem, pra substituir os velhos Migs-21 e 27 não tem como ficar esperando e enrolando isso só acontece nas terras tupiniquins, que arranjam 2 mil desculpas pra enrolar e outras mil pra continuar enrolando. Os indianos não podem ficar com 200 pilotos sem o que fazer, já que é arriscado pilotar os velhos migs mesmo depois de varias modernizações que sirva de exemplo pra nossa FAB a velha teoria de que panela velha que faz comida boa, só funciona pra panela mesmo. Engraçado enquanto os Yankees estavam na… Read more »
Quanta bobeira. Quer dizer que demonstrar desapontamento é não saber perder? Quem dera a Dassault se manifestasse tão sobriamente em todas as vezes que teve sua jaca preterida…
Quanto aos americanos, quem lê alguns comentários até esquece que os indianos compram um monte de mat bel do USA, a começar por mísseis e helos Apache.
Eita antiamericanismo mais estúpido..
edcreek
boa tarde , vc esqueceu do canhçao de plasma?
Off topic.
A India é mesmo uma bagunça generalizada.
Não existe leis de trânsito, não podem comer um boi ( porque é considerado sagrado), a miséria é quase total, e até a Força Aérea é bagunçada. Imagiem a dor de cabeça que deve ser a logistica para tantos modelos de caças, sem contar os outros tipos de aeronaves.
Dos que eu lembro:
SU-30, MIG-21, MIG-23, MIG-27, MIG-29, JAGUAR, MIRAGE 2000, TEJAS, SEA HARRIER, HAWK e agora RAFALE, vixi maria, que bagunça.
Se esqueci de algum, me avisem, por favor. 😀
Em cima do comentário do Jacubão, realmente não da para entender o que se passa na cabeça dos comandantes e políticos indianos, pois SU-30, MIG-29, MIRAGE 2000, TEJAS, SEA HARRIER, HAWK, RAFALE e em futuro próximo PAK-FA. Mesmo com a saída de cena MIG-21, MIG-23, e senão estou equivocado MIG-27, realmente a impressão que se tem é que o “cascalho” deve estar rolando solto na terra dos Hindus, ou seja, tudo muito bom, tudo muito bonito, se foi “mais barato” que o consorcio Eurofighter o CRÉU virá na hora que começarem a serem definidos os contratos de manutenção, suporte e… Read more »
Vale lembrar que a dívida da India bate os 130% do PIB.
Vale lembrar que, quer Rafale ou Eurofighter, as propostas dobraram o orçamento original.
E para que tanta preocupação com caças? Não tem as bombas? Segundo especialistas em estratégia militar, tendo as bombas os resto se resolve.
Agora, que é dificil entender o que se passa na cabeça dos indianos, isso é!!!
uitinaxavier
Os EUA chegaram a oferecer o F-35, mas os indianos o excluiram.
E quanto aos indianos se unirem aos chineses… bom, eles estão comprando caças as pencas justamente para confrontar chineses, paquistaneses e outros eses.
corrigindo: dívida da India 90%
A IAF desativou seus Mig-23, já tem um tempo e o Mig-27 está sendo reformado.
Marcos disse: 1 de fevereiro de 2012 às 21:13 Amigo não seja tão crédulo nisso não, os americanos ofereceram o F-35 depois de seus caças já terem sido excluídos da short list. Vender armamentos pra um país ou outro não significa ser parceiro estratégico, os Indianos não são bobos não eles não se esquecem que durante anos os Yankees patrocinaram a camisa do time paquistanês armou pesadamente ele tanto com caças, misseis anti-tanques, aviões e outras coisinhas a mais diferenciou então o medo Yankee como próprio Obama disse e a expansão chinesa, se perder um possível aliado como a Índia,… Read more »