Conclusão do MMRCA define futuro da aviação de caça da Índia nos próximos 40 anos
Índia terá apenas duas fontes distintas de fornecedores
Guilherme Poggio
Em maio de 2011 o site do Poder Aéreo publicou um texto com o título “MMRCA: qual é o recado da Índia“. Esta matéria foi ao ar pouco tempo depois do anúncio de que somente aos consórcios Rafale Internacional e Eurofighter Typhoon haviam sido selecionados para o “shortlist” do programa MMRCA (Medium Multi-Role Combat Aircraft) da Força Aérea da Índia (IAF).
A matéria em questão analisou a relação do resultado do “shortlist” com os aspectos históricos da IAF e critérios geopolíticos da Índia, concluindo que a seleção do Typhoon e do Rafale era extremamente lógica. A Índia deu um sinal bastante claro de que queria não só manter mais de uma fonte de caças, reduzindo sua dependência frente a um único país, mas também manter seus tradicionais fornecedores.
O resultado final do programa MMRCA, com a divulgação da vitória do Rafale no dia de ontem, deixou ainda mais claro quais são estes rumos para os próximos 40 anos. A IAF já havia definido uma parceria de longo prazo com os russos. Também já era de conhecimento geral que a IAF manteria os seus caças de origem francesa Mirage 2000 por mais algumas décadas através de um contrato de modernização dos mesmos firmado no ano passado. Bastava definir se a Índia estenderia esta parceria com a França através da aquisição do Rafale ou manteria o Reino Unido (juntamente com os seus parceiros do consórcio Eurofighter) como uma terceira fonte da sua aviação de caça.
Com a derrota do consórcio Eurofighter no programa MMRCA e a retirada dos caças SEPECAT Jaguar do serviço ativo nos próximos anos, o Reino Unido deixará de ser um fornecedor de caças para a Índia. Sendo assim, as próximas gerações de caçadores indianos terão duas opções: caças russos ou franceses.
Este artigo eh muito bom: “Now, the French have the rich Indians to do what the poor Arabs and the Swiss could not afford.” 🙂 http://indiatoday.intoday.in/story/iaf-dassault-rafale-mmrca-deal-aircraft/1/171460.html Agora a negociacao dos valores irah comecar. O MinDef Indiano irah apresentar o preferido/escolhido deles p/ o Min. da Fazendo e, entao, PM. Aqui possivel dialogo: – Estou aqui p/ entregar o arquivo com a decisao do MinDef p/ sua avaliacao, o valor estimado fica entre 15-20 bilhoes; – WTF!? Eh muito dinheiro: estamos desesperados p/ encontrar recursos p/ realizar uma obra de saneamento basico que deve favorecer dezenas de milhoes de pobres indianos… Read more »
Manter duas linhas de fornecimento é correto… Mas isso tem um custo é claro. O problema para os Indianos, é que eles estão vivendo sua “guerra-fria” com Paquistão e Índia, e portando, dentro de uma corrida armamentista. Dentro de uma lógica de guerra, manter os custos baixos vira secundário mesmo. Importante é vencer, mesmo que no “psicológico” 🙂
[]’s
Ótima reportagem, comentário brilhante (acima), e uma frase histórica: “Agora, os franceses têm os ricos indianos para fazer o que os pobres árabes e suíços não puderam.” Como já disse inúmeras vezes não sou especialista em Índia nem MMRCA, e não dou a mínima pro que os hindus fazem com sua Força Aérea e seu dinheiro. Mas na boa? Essa concorrência foi completamente estapafúrdia, desde o princípio. Uma completa ZONA, a começar da seleção inicial dos caças. De fato, pra que caças como Rafale e Typhoon para quem tem Su-30 e terá PAK-FA? E se era assim, pra que incluir… Read more »
hahaha ! Agora a concorrência da India é uma zona? Desde quando o MMRCA é o maior gasto com defesa da India? Vocês não vêem que a escolha por uma defesa forte nesse país é uma escolha nacional? Bombas atômicas (e termonucleares diga-se de passagem), porta-aviões (3), mais de 200 Su-30, PAK-FA, sub nuc, misseis balisticos intercontinentais e o problema que vai deixar a India pobre é o Rafale? hahahahahahahaha!!!! só rindo mesmo. Como já disse, estou me divertindo muito e achando muito bacana as “invenções” do pessoal “gabaritado” para avacalhar com a escolha da India… PS: já vi mendigos… Read more »
Olá, Vader vc já bom melhor em seu ataque anti-frança, Uma concorrencia que teve participando todos grandes produtores mundiais, que teve testes locais e exaustivos em grandes altitudes grandes temperaturas, pilotos locais voando por horas e horas, analize politica, e operacional. A concorrencia Indu foi no mais alto nivel, o resto é dor de cotovelo por que o gripadinho foi eliminado de cara, e os americanos foram considerados não conviaveis( por serem fornecedores historicos do maior inimigo indu), vc querendo ou não a Rafale foi é a melhor escolha por lá, e pode ser por aqui se o governo Ptralha… Read more »
Concorrência do mais alto nível com papéis sigilosos encontrados a beira de estrada ?!!?!? E para alegarem dentro do processo que a escolha “seria pelo mais barato”, escolhendo os mais caros para depois o mais barato entre os mais caros??!?!?!!?
Imaginem se não fosse …
OLá,
Antonio M papeis embaixo dos panos tem em todas concorrencias, o que definíu é que eles precisão de caças de verdade e não para desfile( nessa o JAS-39 caiu fora), como já tem caças Russos e os Americanos não são confiaveis, sobraram os melhores, e o Rafale venceu.
Abraços,
Não são os melhores por serem os mais caros. Se são melhores em suas categorias é discutível porem, o que eu gostaria de acompanhar mesmo, é o quento vai custar para mantê-los, se divulgarem; isso sim seria parâmetro de comparação.
O que é possível adiantar é que não será pouco, pois outros muito mais baratos podem fazer o que o Rafale faz …..
Prezados, Comparar o FX, seja o 1,2 ou outro que aparecer, com o processo indiano é no mínimo um excesso. Temos que lembrar a todos que a origem da troca de caças da FAB se dá com o Plano Fênix (li isto na Tecnologia e Defesa, creio em 1999, há 13 anos!!!!!!). O que passa, Vader, por diversos governos e cenários políticos e econômicos. Não estou defendendo este ou aquele, apenas lembrei deste fato. O que o Brasil precisa é de mais profissionalismo e menos politicagem, NÃO política, pois na politicagem ninguém quer tomar uma decisão que desagrade A ou… Read more »
“…papeis embaixo dos panos tem em todas concorrencias …”
Generalizar sem provar, é fácil …ainda mais para defender os franceses adoradores dessa prática ….
Mostre alguma evidência, prova de que a Embraer subornou a USAF ou outras autoridades para lhes vender o Super Tucano ….Já que todos fazem isso….
E de novo essa papo de americanos não confiáveis..
Por que estão estão comprando o Trident, entre tantos outros equipamentos, então ?
Desculpem, Poseidon, não Trident…..misturei a mitologia! rsrsrsrs!!!
Faz um tempo que havia dito que achava que o Rafale iria ganhar na India, pois entre outras coisas, os paquistaneses teriam tido acesso ao Typhoon via Arábia Saudita (que apóia o Paquistão). Bem, achei isso no Livefist (blog indiano) que corrobora com isso: “Selecting the Typhoon (or the other rejected a/c) would have exposed us considerably. The reasons why: Typhoon: Many PAF pilots, while on transfer to the RSAF, have flown and trained on and against the Typhoon. They have tested it against their F-16s Alfas, Bravos and the new Charlie 52s. Many of their pilots have already trained… Read more »
DrCockroach
Lá na frente os indianos poderão dizer: “Não foi possível dar continuidade ao programa devido as intrasigências dos franceses”.
Marcelo
O problema é justamente esse. Os gastos dos indianos com defesa não param de subir.
Eu penso que a matéria da imprensa Indiana foi bem realista, a FAI arrumou a cama, vai ter que deitar, independente da escolha, Rafale ou Typhonn, nós aqui dos pagos sabemos que: Comprar não siguinifica operar, e com esta colcha de retalhos e ainda por cima tocando o programa Tejas a reboque, algo ali adiante vai parar………
Grande abraço
“Selecting the Typhoon (or the other rejected a/c) would have exposed us considerably. The reasons why:” Mas a Índia já sofre dessa exposição, pois a China PRC voa Su-27, fabrica e voa sua própria cópia desta aeronave e tb voa Su-30. Assim basta o Paquistão adquirir alguns J-11 e o Rafale indiano deixa de ser essa suposta incógnita. No mais neste momento, o Rafale passou a ser o novo AMX do mercado, até nas diferenças entre os exemplares italianos e brasileiros. Se vai replicar não as vendas, mas ao menos o mesmo tanto de compradores do M-2000, ainda é uma… Read more »
Mauricio, e o Paquistão nem precisaria comprar os J-11. Sendo aliados, basta que seus pilotos voem os aviões chineses. Seriam cerca de 200 aeronaves expostas! Se é que já não estão.
Ou alguém duvida de que na hipótese de um confronto da Índia com China o Paquistão não criaria uma segunda frente e vice-versa? Se bem que isso,dependendo da intensidade, empurraria a situação para uma opção nuclear, o que significaria o fim para os três. Se isso ocorresse 1/3 da população mundia estaria morta, gravemente ferida ou seriamente em perigo. Melhor eles ficarem apenas em jogos de guerra.
Vale a pena comparar essas opiniões que o Vigilante trouxe do Live Fist, com a análise (que deu com os burros n’ água) do “Think Tank” do Paquistão que publicamos aqui, e que gerou uma boa discussão na ocasião. Essa questão dos Sukhois chineses, originais e cópias, também foi discutida nos comentários.
http://www.aereo.jor.br/2012/01/13/think-tank-islamico-especula-que-tyhpoon-venceu-o-mmrca/
“Mas a Índia já sofre dessa exposição, pois a China PRC voa Su-27, fabrica e voa sua própria cópia desta aeronave e tb voa Su-30.” Mais um motivo para procurar algo que os inimigos não tenham tido acesso. O Paquistão (ou China) teve acesso ao Rafale? R: não. Mas, segundo a lógica do pessoal: já que os chineses voam tb su-30, não nos importamos em ter mais uma aeronave que os inimigos tenham tido acesso. >> Interessante essa maneira de pensar. Lembrando que os SU-30 MKI tem aviônicos franceses e israelenses. E os SU-30 chineses? LCA: a Dassault foi contratada… Read more »
Senhores, se o fato da Arábia Saudita operar o Typhoon fosse impedimento, o que dizer então do fato do Rafale estar sendo oferecido e em certo ponto praticamente vendido para os Emirados Árabes Unidos? Neste ponto de vista a Índia também nem deveria fazer o upgrade dos seus Mirage 2000, que ficarão no padrão dos usados também pelos Emirados. Acho também que o Paquistão nem precisa apelar para estas fontes. A própria IAF tem centenas de oficiais mulçumanos, e não deve ser difícil para a ISI paquistanesa recrutar alguns informantes. Por fim, se a EADS tivesse capital árabe, por sua… Read more »
Exatamente Grifo.
“O Paquistão (ou China) teve acesso ao Rafale?
R: não.”
Especulação sua.
“Lembrando que os SU-30 MKI tem aviônicos franceses e israelenses.”
Boa parte do que importa ainda é russo, então os chineses já tiveram acessa a tecnologia.
“LCA: a Dassault foi contratada para ajudar no desenvolvimento.”
Em 1988, prestou somente consultoria na fase de definição do projeto.
“Senhores, se o fato da Arábia Saudita operar o Typhoon fosse impedimento, o que dizer então do fato do Rafale estar sendo oferecido e em certo ponto praticamente vendido para os Emirados Árabes Unidos?” Grifo esse ponto é válido. Mas a Dassault não tinha a venda garantida ainda, então ofereceria para qqer um. Agora que já foi para India, eles não devem estar nem ai pros EAU. “Neste ponto de vista a Índia também nem deveria fazer o upgrade dos seus Mirage 2000, que ficarão no padrão dos usados também pelos Emirados.” É um pouco diferente, pois os indianos já… Read more »
edcreek disse:
1 de fevereiro de 2012 às 7:33
Quantidade de participantes ou quantidade de testes não são sinônimo de qualidade nas escolhas caro Edcreek.
““O Paquistão (ou China) teve acesso ao Rafale?
R: não.”
Especulação sua.”
Minha só não. A opinião que postei trata exatamente sobre isso. Em todo caso, é bem diferente de ter quase acesso direto (via RSAF).
Os americanos não são confiáveis, e, por isso, a Índia eliminou o F-18?
Então por que, além dos Poseidon, a Índia comprará os Javelin e quer testar o Osprey?
Sem falar no Apache…
E M-777; C-17; C-130, aliás já estão atá atrás de um 2º lote e um monte de LM-2500.