Para ministro da Defesa da França, ‘boas notícias voam em esquadrilhas’

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Jornal Le Monde traz essa e outras declarações de autoridades francesas sobre a vitória do Rafale na Índia – para presidente Sarkozy, resultado é um sinal de confiança na economia francesa

O jornal francês Le Monde publicou diversas matérias nesta terça-feira a respeito da vitória do Rafale na concorrência indiana MMRCA (aeronave de combate multitarefa de porte médio), anunciada hoje. Abaixo, destacamos alguns trechos com declarações de autoridades francesas nas matérias, que foram compiladas, traduzidas e editadas pelo Poder Aéreo.

Segundo o presidente francês Nicolas Sarkozy, o resultado mostra que “quando você tem um bom produto, que está disposto a apoiá-lo, você pode ganhar em mercados extraordinariamente competitivos, que não há nada que possa ser inevitável.” A afirmação foi feita após o anúncio de que a Índia entrou em negociações exclusivas com a França para a aquisição de 126 aviões de caça da Dassault Aviation.

Ainda sobre o resultado do Rafale, Sarkozy disse que “ele vai muito além da empresa que o fabrica, além da aeronáutica, trata-se de um sinal de confiança para toda a economia francesa”.

O deputado Olivier Dassault, um dos filhos de Sergue Dassault, fundador da empresa fabricante do Rafale, disse que “essa é uma notícia muito, muito boa, não somente para a empresa Dassault mas também para toda a indústria aeronáutica francesa. É um programa que reúne mais de 500 empresas que cooperam, é uma vitória de todas as pequenas e médias empresas de alta tecnologia que participam da construção do mais belo avião do mundo.”

O ministro da Defesa, Gérard Longuet, disse que é “um compromisso de 30 a 40 anos junto aos indianos. É uma parceria antiga que se confirma, um grande orgulho para a indústria francesa. É naturalmente uma parceria e uma transferência de tecnologia.”

O ministro ainda disse que “as boas notícias são como os problemas, elas voam em esquadrilha. Este é o início de uma esquadrilha de boas notícias.”

Mais cauteloso, o secretário de Estado do comércio exterior, Pierre Lellouche, disse que “ganhamos o contrato, mas ainda resta finalizá-lo. Entramos numa fase de negociação exclusiva.

Uma das matérias do Le Monde reforça que já era tempo do Rafale conseguir sua venda ao exterior, afinal, isso ocorre a poucos meses das próximas eleições presidenciais, e na esteira de seguidos fracassos em conseguir vendas no Brasil e nos Emirados Árabes Unidos.

FONTE: Le Monde

FOTO: Força Aérea Francesa (Armée de l’air)

NOTA DO EDITOR: por onde a “esquadrilha de boas notícias” do ministro da Defesa da França poderá voar agora? Será que vai encontrar “céu de brigadeiro” nas tranquilas paisagens sul-americanas ou nas mais agitadas do Oriente Médio, gerando mais vendas para o Rafale? Ou estaria mais certo o seu cauteloso colega do comércio exterior, que apesar de não ser ligado diretamente a temas belicosos, parece saber bem que, onde voa uma esquadrilha de boas notícias, pode aparecer do nada uma formação de más notícias “inimigas”. Assim, de repente, mergulhando com o sol pelas costas para tentar abater uma esquadrilha incauta. Como mostram os desdobramentos da concorrência suíça e exemplos de outras épocas, é sempre bom voar com as contramedidas prontas e conferir se o RWR está funcionando.

Regarder vos six heures, Longuet!

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Clésio Luiz

“…que participam da construção do mais belo avião do mundo.”

…depois do Tomcat.

Roberto F Santana

Que por sua vez vem depois do P-51 Mustang.

Blind Man's Bluff

Vive les Rafales!

Almeida

Já estão esfregando na cara do Mundo. Sempre prepotentes esses franceses.

Antonio M

Não duvido que tenha rolado propina ….

Mauricio R.

As notícias podem ser boas mas as esquadrilhas serão poucas, em ambos os países.