MMRCA: consórcio Eurofighter revela descontentamento
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Declaração do consórcio foi dada por porta-voz à BBC News – colunista da Jane’s afirma que derrota ‘vai doer’
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Um porta-voz do consórcio Eurofighter disse à BBC que eles estavam desapontados, mas reforçou que a decisão não era final e que as negociações ainda estão em andamento: “Porém, respeitamos a decisão do Ministério da Defesa Indiano. Com o Eurofighter Typhoon, oferecemos à Força Aérea Indiana o mais moderno avião de combate disponível”, disse o porta-voz.
Ele acrescentou que “baseado nas respostas (feedback) do Governo Indiano, agora iremos analisar e avaliar cuidadosamente essa situação em conjunto com nossas empresas parceiras europeias e seus respectivos governos.”
Já James Hardy, especialista em Ásia e Pacífico da IHS Jane’s Defence Weekly, foi mais direto com as palavras: “Isso foi uma grande perda para o Eurofighter.”
Hardy disse que “o Typhoon estava claramente colocado como o favorito e tinha grande apoio político pelas grandes nações do Eurofighter. Tanto a Alemanha quanto o Reino Unido investiram muito tempo em promover o Typhoon, então isso vai doer”
Integrantes da alta comissão britânica em Delhi disseram que estão desapontados com a decisão e agora vão estudar os detalhes: “Foi dito expressamente que isso foi devido ao custo do contrato, e não uma reflexão da saúde das relações bilaterais entre a Índia e os países”, declarou a comissão.
FONTE: BBC FOTO: Eurofighter
Se a concorrência na Índia foi decidida na base dos custos, não tinha como ter outro resultado. O Typhoon é uma aeronave maior que o Rafale, com um peso vazio 1 tonelada a mais e com motores maiores. Seu desenvolvimento foi mais demorado e mais caro. Suas encomendas, impressionantes no papel, vem sendo reduzidas ano após ano e isso se reflete no preço final da aeronave e nos seus custos. Nenhum dos quatro países formadores do consócio comprou as unidades que pretendia no começo do projeto. Se o Rafale é considerado caro, o Typhoon é mais ainda.
Belo posicionamento da Eurofighter. Espero que continue assim: sem chororô, lobby safado, carta anônima e bossas que tais.
Vê se aprende Dassault! 😉
E nem a França, comprou tdas as unidades pretendidas de Rafale.
A Índia tem a mesma função p/ o Rafale, que a Arábia Saudita tem p/ o Typhoon; desovar o excedente e recuperar o investimento; somente.
Além do que, como a França banca sozinha o Rafale, os custos deste subiram ainda mais que os do Typhoon, aonde a conta é dividida por 4 países.
E mais 126, 200 que sejam, não vão diminuir seus custos de manutenção e hoa/voô, upgrades …..
Amigos, Como em quase todas as atividades, na manutenção e operação também existem os custos fixos e os custos variáveis. Nessa área aeronáutica e de defesa, normalmente são chamados de custos não-recorrentes e custos recorrentes. Enfim, se o número de aeronaves é maior, o valor do custo unitário vai diminuir, se as atividades utilizam infraestrutura, pessoal, processos comuns. Tudo isto sem considerar os eventuais descontos obtidos nas compras de maiores lotes de partes e suprimento. Quanto aos investimentos já realizados no desenvolvimento da aeronave, se mais gente pagou, isso não quer dizer que o custo total do projeto tenha sido… Read more »
A versão indiana do Rafale não sairá de graça, por mais que o Justin escreva o contrário.
Aquilo que tanto o Typhoon e o SH já têm e falta ao Rafale, terá que ser pago por alguém, então essa lenga lenga de que o preço do Rafale vai diminuir, é história p/ boi dormir.
Aliás algo recorrente, em se tratando dos franceses.
Maurício,
Eu não disse que uma versão indiana iria sair de graça.
Sempre que há uma evolução ou modificação de configuração, isso requer trabalho e, eventualmente, novos materiais ou equipamentos. Ou seja, gera custo.
Quem não quer financiar isso tem que comprar da prateleira.
Desculpe se não me fiz entender no comentário anterior. Sou enrolado por natureza.
O diminuir custo é apenas o efeito da maior escala, algo que o ZE massacrava por aqui em todos os comentários. Onde anda ele, por sinal?
Abraço,
Justin