Defesa aérea do Báltico sob as asas (e a fumaça) dos F-4 alemães
A brincadeira do título não é exclusividade do Poder Aéreo. No dia 2 de janeiro o site da Força Aérea Alemã (Luftwaffe) informava a chegada à Lituânia de caças F-4 F Phantom II do esquadrão (jagdgeschwader) 71 “Richthofen”, para cumprir a missão de defesa aérea dos países bálticos (Letônia, Estônia e Lituânia) que é realizada em rodízio pelas forças aéreas de outros países da OTAN. Na legenda da foto acima, o site da Luftwaffe indicava: “a fumaça típica anuncia a chegada do Phantom”.
Segundo o informe alemão, foram três caças a pousar na tarde de 2 de janeiro na Base Aérea de Siuliai, na Lituânia (já uma nota do Ministério da Defesa da Lituânia dizia serem quatro), de um total de seis F-4F Phantom II que estão rendendo caças F-16 da Força Aérea Dinamarquesa que cumpriram a missão por 4 meses, incluindo o período de Natal e Ano Novo.
Na cerimônia realizada em 4 de janeiro, foi passada simbolicamente a chave do comando de Alerta de Reação Rápida (Quick Reaction Alert – QRA) para o comandante do contingente da Força Aéra Alemã, que vai aplicar na missão os mesmos padrões usados na defesa do espaço aéreo alemão pelos próximos quatro meses. Trata-se da quinta vez que a Luftwaffe realiza a tarefa, para a qual, além dos F-4, já foram empregados caças Eurofighter Typhoon.
Para saber mais sobre o rodízio de forças aéreas da OTAN para a Defesa Aérea do Báltico, veja algumas das diversas matérias já publicadas no Poder Aéreo a respeito, clicando na lista de links mais abaixo.
FONTES / FOTOS: Força Aérea Alemã e Ministério da Defesa da Lituânia
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Com ou sem fumaça: Rafale Eater, rsrsrs…
Eu lembro que no final do anos 1960 foram introduzidas modificações na J79 dos F-4E para eliminar a fumaça característica desses motores. Ou esses exemplares alemães não tem essas modificações ou eles estão severamente desgastados.
Clésio, provavelmente não passaram por essas alterações, duvido que a Lufwaffe fosse voar com aeronaves severamente desgastadas, ao contrário de um certo gigante eternamente em berço esplêndido…
Parece até uma “maria fumaça” hehehehe, mas continua lindão.
Vida longa ao velho phanton.
Mais de 5.000 unidades produzidas! Terror dos Ares!!!! Pode fumar o quanto quiser!!! Hehehehe…
Pior de tudo é saber que um Phantom “M” é melhor que tudo o que a FAB tem… 🙁
Assisti (e gravei) há algum tempo um excelente documentário da National Geographic sobre o F-4 Phantom, onde além de contar a história desta aeronave (que considero uma das mais bonitas) mostrava a dificuldade dos alemães em conseguir peças para manter as unidades que ainda possuíam. Enquanto isso, os norte-americanos transformavam os seus em drones, utilizados como alvo para testes de mísseis. Algumas vezes eles se salvavam, outras infelizmente não…
Embora seja um clássico, eu acho ele feio que dói…
Quem já teve a oportunidade de ver uma passagem baixa de F-4 não esquece nunca mais.
Alguns caças se destacaram na história das guerras aéreas pela ‘brutalidade’ intrínseca neles mesmos. P-38 Lightning (I), P-47 Thunderbolt (I), F-15 Eagle, Su-27 Eagle e o velho Rhino, o F-4 Phantom da McDonnell Aircraft Corporation, depois McDonnell Douglas Corporation. O ‘bicho’ era (e ainda é) tão forte e eficaz que ainda hoje voam em missões operacionais e foram modernizados por países que precisam de aeronaves que resolvam seus problemas. Há uma proposta de atualização do ‘Rhino’, que foi sufocada no nascedouro, que gostaria de registrar. Com inglês limitado, ajudado pelo google, trago a tradução de um texto antigo (como eu)… Read more »
Ops!
Faltou fechar no final de ‘arquivado’.
NOTA DOS EDITORES: PROBLEMA DOS ITÁLICOS CONSERTADO…
Amigo Ivan,
Já conhecia esse assunto, mas na época li que o Phantom receberia FBW e poderia manobrar tão bem quanto um F-16 e aí que residiu o problema. Haviam tantos Phantoms no mercado que poderiam inviabilizar as vendas do F-16…e hoje sabemos que o Falcon vende como garrafa d´agua no deserto…
Alguns dados. General Electric J79 (do F-4E): Dry thrust 11,905 lbf (52.9 kN); Thrust with afterburner 17,835 lbf (79.3 kN); Peso de 3,850 lb (1,750 kg). Pratt & Whitney PW1120: Dry thrust 13,530 lbf (6,137 kgf); Thrust with afterburner 20,585 lbf (9,337 kgf); Peso de apenas 2,848 lb (1,292 kg). Outra turbina ainda mais moderna, poderosa e leve seria a General Eletric F414 (do F-18E): Dry thrust 14,000 lbf (62.3 kN); Thrust with afterburner 22,000 lbf (97.9 kN); Peso de apenas 2,445 lb (1,110 kg). A evolução dos turbofans as vezes passa desapercebida, mas é algo impressionante quando colocamos os… Read more »
Giordani, Não sabia do fly-by-wire, mas penso que não seria necessário ou valeria a pena no bom e velho Phantom. Também não conhecia a “ameaça” ao F-16 Fighter Falcon. Esta inclusive me parece estranha, tendo em vista pertencerem a categorias diferentes de aeronaves, além de propostas distintas. O que escreviam é que ameaçaria as vendas do novo (para a época) caça de superioridade aérea, o F-15A Eagle dos mesmos fabricantes. Penso que o Rhino com a motorização proposta para o “Boeing Super Phantom” e para o “Kurnass 2000” seria um monstro de força bruta, independente da capacidade de manobra. Mas… Read more »
Observe que a Pratt & Whitney PW1120 é 13,5 % mais potente sem pós e 15,5% mais potente com pós combustor que a turbofan original General Eletric J-79, pesando cerca de 25% menos.
É notável.
Vamos pensar:
– Radar AESA nos Phantom.
– Motores mais silenciosos, menos fumacentos, e nem muito mais poçantes
– Necessita de quase metade da pista num PA do que o F18, e 1/3 dos “antigos” Gatos.
– Manobrabilidade? Resistência? Facilidade de manutenção?
Falam que o F16 nem existiria,mas, nem o F/A 18 E/f existiria. Nem o F…….
Senhores Os comentários sobre o Phantom colocaram uma questão interessante: o mercado potencial de “upgrades” de aviões, mercado que a Embraer entrou ao realizar a modernização dos F5 e permanece com os A1. Os Phantoms talvez representem uma nova oportunidade de mercado para ela. Como foram fabricados muitos Phantom e existe uma boa quantidade deles ainda em condição de serem utilizados, o desenvolvimento de uma modernização mais radical que as já realizadas pode ser um bom negócio. A Embraer poderia, inclusive, aproveitar o conhecimento que os israelenses desenvolveram (Kurnass 2000) estabelecendo uma parceria. Um Phantom revitalizado com motores F414, radar… Read more »
Control,
Gosto muito do Phantom, mas o tempo dele passou.
Assim como também está passando o tempo de reformar os A-4 Skyhawk, e acredito que nosso bicudo F-5EM será a última atualização significativa do F-5E Tiger II, que já é uma atualização do F-5A Freedom Fighter.
A ‘vez’ agora são dos Eagles, Hornets, Fighter Falcons, Mirages 2000, Flankers e Fulcrums mais antigos e retirados da linha de frente.
Sds,
Ivan.
Do ponto de vista técnico, tudo é possível. A questão é a viabilidade financeira. Valeria a pena gastar uma fortuna para atualisar os F-4 sendo que também existe um grande número de F-16 disponíveis que podem ser igualmente atualizados por um custo sensivelmente menor? FBW não significa alterar a estabilidade da aeronave (>> posição do cg), e sim a forma de enviar comandos aos atuadores das superfícies de controle (sinais elétricos ao invés de linhas hidráulicas) e desenvolvimento de software específico. Além disso, quanto custa um motor novo (e modificações para adaptação em aeronave)? E os custos operacionais (bimotor) ?… Read more »
Vigilante,
É isso mesmo.
Cada vez mais vale menos reformar aeronaves de 3ª geração,
na medida em que aeronaves do início da 4ª geração estam sendo retiradas da linha de frente ou mesmo estocadas.
A reforma ou MLU de um F-16 A/B deve ter um custo/benefício muito melhor que reformar um venerável F-4 E.
Sds,
Ivan.
Cara não tem jeito os PH4 Phantom são lindos!
Prezados Ivan e Vigilante Quanto a modernização dos F4 ser um mau negócio, a Grécia e a Turquia não concordam pois fizeram exatamente isso, apesar de terem fácil acesso a F16 MLU. Independente de ser uma aeronave de projeto antigo, o F4 está em operação, ainda em diversas forças aéreas, caso da própria Alemanha (que também fez um upgrade em seus F4s). A questão um é: a modernização de caças (F4s inclusos) seria um mercado interessante para a Embraer? A questão 2 é: Tal mercado será promissor no futuro próximo? A questão 3 é: Um F4 modernizado terá um custo… Read more »
Prezado Control “Quanto a modernização dos F4 ser um mau negócio, a Grécia e a Turquia não concordam pois fizeram exatamente isso, apesar de terem fácil acesso a F16 MLU.” “..o desenvolvimento de uma modernização mais radical que as já realizadas pode ser um bom negócio…” Sim, mas as atualizações foram bem mais modestas do que as que vc propôs (FBW, motores), ou seja: gastou-se muito menos que se fossem feitas atualizações radicais, esse era meu ponto. As ultimas questões: 1) “A questão um é: a modernização de caças (F4s inclusos) seria um mercado interessante para a Embraer?” Genericamente pode… Read more »