Hawker Beechcraft vai entrar com petição relacionada ao programa LAS da USAF

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Empresa ainda não recebeu informações sobre a exclusão do AT-6 da competição

Nesta quarta-feira, 27 de dezembro, a Hawker Beechcraft divulgou em nota que vai entrar, hoje, com uma petição no Tribunal de Ações Federais dos EUA. A petição se segue a uma notificação recebida na semana passada que o GAO (Government Accountability Office (GAO) se recusou a revisar o protesto da empresa sobre a decisão da Força Aérea dos EUA (USAF) de excluir sua aeronave AT-6 da competição LAS (Light Air Support). A empresa ainda não recebeu razões concretas para a exclusão do AT-6, e a USAF negou explicações por duas vezes. O contrato LAS está avaliado em aproximadamente 1 bilhão de dólares de contribuintes dos EUA e a exclusão do AT-6 poderia resultar na vitória de fato de uma empresa de fora dos Estados Unidos.

“Estamos desapontados com a decisão do GAO, já que dependemos de sua investigação para trazer transparência ao que vem sendo um processo de licitação com requerimentos inconsistentes, irregulares e em constante mudança”, disse Bill Boisture, “chairman” e CEO da Hawker Beechcraft. Ele acrescentou que “nos encontramos ainda sem respostas, o que é inaceitável, e continuamos acreditando que nossa exclusão desse importante contrato foi feita sem bases no processo ou fatos.”

 

 

Ainda segundo a nota, o AT-6 é uma aeronave de ataque leve de classe mundial, que vem sendo avaliada e provada como capaz por meio de um programa multianual, liderado pela Guarda Aérea Nacional e financiado pelo Congresso dos EUA. A Hawker Beechcraft e seus parceiros industriais trabalharam próximos à Força Aérea por dois anos para desenvolver os parâmetros para a competição LAS e investiram mais de 100 milhões de dólares na preparação para atender aos requerimentos específicos da USAF para uma aeronave de ataque leve.

 

 

A empresa também afirmou na nota que os benefícios do AT-6 superam largamente os da oferta competidora, o que inclui os importantes fatores abaixo:

  • O AT-6 é projetado e fabricado nos EUA para ser utilizado pelos EUA e seus aliados.
  • Manter esse contrato nos EUA vai ajudar a preservar 1.400 empregos locais em 181 empresas de 30 estados.
  • O AT-6 descende do avião de treinamento número um no mundo, o Beechcraft T-6. A empresa já produziu mais de 725 aeronaves T-6, que são usadas para treinar todos os pilotos militares de asa fixa nos Estados Unidos e são operados com sucesso por seis forças aéreas aliadas no mundo. A graduação para o avião de ataque leve AT-6 seria uma progressão natural.
  • O AT-6 é a soma do provado T-6 da Força Aérea, o sistema de missão do A-10C e a suíte de sensores  MC-12W, que oferece ao Departamento de Defesa uma logística e uma relação de cust0-eficiência que nenhuma outra aeronave na competição pode alcançar.
  • As armas e os sistemas aviônicos incluídos no AT-6 são familiares aos aliados da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e vem se provando efetivos em muitos continentes e em outros aviões da OTAN.

 

O CEO Boisture finaliza suas afirmações na nota: “Como uma empresa dos Estados Unidos, acreditamos que merecemos uma chance justa nesse contrato. A Hawker Beechcraft vem entregando aeronaves certividadas para especificações militares há mais de 50 anos para o Departamento de Defesa dos EUA. Estamos qualificados e preparados para continuar a fazer isso para as operações LAS da Força Aérea com nosso AT-6, que é uma aeronave capaz, acessível e sustentável. Estamos pedindo a americanos preocupados com o assunto, membros dos militares que voam em qualquer um dedicado ao sucesso da fabricação nos EUA, preservação da base industrial aeroespacial e do Poder Aéreo tático dos Estados Unidos para se mobilizar para assegurar que o AT-6 consiga consideração apropriada para este contrato da Força Aérea. Visitem o site do AT-6 em  www.missionreadyat-6.com para mandar uma carta para seus líderes no Congresso.”

FONTE: Hawker Beechcraft, via PR Newswire

FOTOS: missionreadyat-6

NOTA DO EDITOR: como em matéria anterior já havíamos divulgado o site de promoção do Super Tucano nos EUA, o builtforthemission (clique para acessar), também estamos divulgando aqui o site que promove o AT-6, o missionreadyat-6. O leitor pode consultar ambos e ver quem está se promovendo melhor nessa competição pela opinião do público norte-americano. Uma informação interessante que está no site do AT-6 é que ele pode carregar até 40% mais combustível que o Super Tucano. Será? Analise os argumentos de ambos e deixe aqui a sua opinião.

Na nossa visão, ambos os sites têm muitos pontos em comum, especialmente a preocupação em mostrar os depoimentos de figuras importantes da política. Por um lado, o site do AT-6 tem uma navegação melhor organizada, além de uma galeria de fotos bem mais completa e dividida em assuntos. Esse é um ponto fraco no site do Super Tucano, que em contrapartida tem um visual geral um pouco melhor, mas realmente não devem faltar fotos da aeronave em operação nos diversos países que a adquiriram, ou mesmo em testes nos EUA – assim, não se justifica a relativa “pobreza” de fotos do Super Tucano no seu site de divulgação aos norte-americanos.

Já as imagens do site do AT-6 detalham muito bem as configurações de armamento, os testes (colocamos acima algumas das mais interessantes) e até mostram uma seção de fotos com uma aeronave ícone dos EUA – veja matéria mais abaixo desta. Por outro lado, e sem necessariamente puxar a sardinha para o lado da Embraer, talvez o infográfico comparativo (abaixo) que está no site Super Tucano valha mais do que mil palavras ou outras imagens. E você, o que acha?

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Nick

E o mimimi continua….. 🙂

[]’s

Daglian

Ahhhh como chora, é irritante!! Se a USAF rejeitou seu produto e não quer dizer os motivos por duas vezes, além do GAO negar investigar, ACEITE.

Claro, é um contrato que envolve milhões (ou um bilhão de dólares como diz a matéria), mas aí já não é baixar demais o nível? Às vezes temos de ser profissionais, e a HB age da mesma forma que a Dassault: como uma mau perdedora.

Vader

E faz muito bem a HB em procurar o judiciário para saber porque foi desclassificada. Transparência é fundamental, sempre, e nada melhor que o judiciário para esclarecer as coisas.

Que vença o melhor, segundo os critérios técnicos e financeiros que só a USAF conhece. Sem ingerências políticas e sem mexericos de bastidores. Sem lobbys nefastos ao país.

Clésio Luiz

Carregar 40% mais combustível só se for nos tanques externos, já que até agora eu só vi o ST carregando 1 tanque subalar por asa.

Clésio Luiz

Achei a grande diferença. O ST carrega 630 litros internamente, contra 677,5 litros do T-6. Porém a aeronave da H-B não transporta armamento nas asas, o que me deixa a impressão que estas são bem mais finas que as do ST.

lcareis

E o chororô continua… Parece o pessoal chorando pelo Kim Jong-Il…

Sds.

Dario

Espero ver logo o ST como vencedor do processo. Será uma alegria igual ou até maior, quando vendemos os T para a Inglaterra.

jacubao

Pelomenos a justiça americana costuma ser bem rápida, se fosse aqui no Brasil, isso iria se arrastar por anos.

Marcos

Tenho certeza que o pessoal da H-B, está usando da quela velha maxima, “Quem não chora não mama”, porque é a unica coisa que lhes restam.

Antonio M

E vale lembrar que o ST foi desenvolvido por causa do JPATS americano, que mesmo não vencendo a concorrência acabou possibilitando a Embraer ter um produto de 1º linha, e que agora pode ser o vencedor por lá….

Alexandre Galante

Nunão, esse Deprera é antigo desafeto da Trilogia, não leve em consideração nenhum comentário desse sujeito. Já vou bloqueá-lo.