Quando o MiG-21 quase voou com as cores da FAB
Variante chinesa chegou a ser negociada com o governo brasileiro
Por Guilherme Poggio
No dia 28 de janeiro de 1987, uma quarta-feira, o jornal fluminense ‘O Globo’ publicou em primeira página a compra de caças de origem chinesa F-7M para equipar a Força Aérea Brasileira. O texto falava na aquisição de 60 a 110 aeronaves. O jornal deu o negócio como “praticamente fechado”.
Na verdade tudo começou em meados de 1985, quando a FAB estudava a possibilidade de complementar a sua frota de caças Mirage III e F-5, além de recompor perdas operacionais ocorridas ao longo do tempo. Não existiam Mirage III novos, pois a linha de produção estava encerrada. Por outo lado, a Northrop ainda produzia o F-5E, mas sua montagem deveria encerrar-se em breve. A companhia norte-americana acenou com a possibilidade da FAB adquirir o F-20 Tigershark, o mais novo produto da companhia.
Infelizmente não havia como adquirir aeronaves novas. O Ministério da Aeronáutica não tinha recursos financeiros para tal empreitada e o país atravessava uma década marcada por crises econômicas. Além disso, boa parte dos esforços do MAer estavam direcionados para o programa ítalo-brasileiro AMX e pouco sobrava para o recompletação dos caças. O jeito era buscar por aeronaves de segunda-mão.
O preço unitário de um Mirage III ou de um F-5E usado variava entre U$ 2,5 milhões e U$ 5 milhões. Ofertas de Mirage III vieram da Espanha (que colocava em atividade seus F-18) e da França (estoques da Força Aérea Francesa). Também foram oferecidos caças israelenses Kfir do modelo C-2 semelhantes aos adquiridos pelo Equador cinco anos antes (parte destes Kfir oferecidos ao Brasil foi comprado pela Colômbia poucos anos depois).
A maior dificuldade era em relação à compra de caças F-5E usados. Existiam milhares de F-5 espalhados pelo mundo, mas poucos queriam se desfazer deles. Algumas informações desencontradas diziam que até mesmo o Irã e o Vietnã haviam sido procurados. Mas a fonte mais provável de F-5 usados era o Chile, cujo governo ditatorial de Augusto Pinochet enfrentava embargo de armas dos EUA e, por esse motivo, tinha sua frota de F-5 com baixa disponibilidade. Porém, em meados de 1986 os acontecimentos tomaram outro rumo.
A história do J-7
A indústria de aviação na China começou em 1951 e, sete anos depois, foi criada a Chengdu Aircraft Industry Corporation (CAC). A CAC ficou responsável pela produção sob licença o caça MiG-21F, recebida em 1961 da URSS. O MiG-21F feito localmente foi designado J-7 (Jianjiji – caça) e no ocidente ficou conhecido como F-7. O primeiro J-7 com componentes chineses começou a ser montado em 1964, mas o programa foi afetado pelo início da “Revolução Cultural” e a produção foi transferida para Shenyang.
A produção voltou para Chengdu em junho de 1967 e o primeiro exemplar voou em 1969. A aeronave, identificada como J-7 I, entrou em serviço em junho de 1976, mas problemas de projeto e a baixa qualidade da linha de produção fizeram com que a aeronave fosse produzida em pequena quantidade. A fábrica passou a trabalhar no modelo J-7 II (J-7B) a partir de 1975. O J-7B incorporava algumas mudanças como um turbojato WP7B mais potente de 43,2 kN de empuxo seco.
O primeiro J-7II voou em dezembro de 1978 e, pouco tempo depois, esta versão entraria em operação na Força Aérea do Exército Popular de Liberação da China (FAELPC). O J-7II foi exportado para o Iraque (90 exemplares) e para o Sudão (22 exemplares) com a designação F-7B.
Ainda no início da década de 1980, o Ministério da Aeronáutica da China importou 100 conjuntos de aviônicos da companhia britânica GEC-Marconi para modernizar os J-7II da FAELPC. O programa foi cancelado, mas a companhia Chengdu decidiu dar prosseguimento às modificações dos J-7II de forma independente a partir de 1981.
Boa parte da aviônica original foi substituída por equipamentos de origem ocidental. Dentre eles, um HUDWAC (HUD associado a um sistema de pontaria computadorizado) composto por um radar de telemetria Type 226 Skyranger e um HUD Type 956. , radar-altímetro, novo IFF e novo radar de telemetria. Para absorver todos estes aviônicos, o sistema de geração de energia elétrica foi melhorado. Além disso, o avião recebeu um motor WP7B (BM) aprimorado, um pára-brisa mais resistente a choque com pássaros, trem de pouso reforçado e sonda do nariz reposicionada para o topo da tomada de ar.
O resultado foi um caça para exportação denominado F-7M. O primeiro vôo ocorreu em agosto de 1983. No ano seguinte começaram os esforços para exportá-lo, sendo que o nome “Airguard” só foi aplicado no início de 1986. Pode-se considerar que o programa obteve relativo sucesso, uma vez que mais de 160 aeronaves foram exportadas para países do Terceiro Mundo como Bangladesh, Irã, Mianmar e Zimbábue – em plena década de 1980!
A negociação
A confirmação oficial da negociação entre Brasil e China ocorreu no mesmo dia em que a matéria do jornal O Globo foi publicada. O então ministro da Aeronáutica, Octávio Moreira Lima, reuniu-se com o presidente José Sarney antes da divulgação da informação. Ma,s ao contrário do que havia sido noticiado pelo jornal ‘O Globo’, a compra não seria de 60 a 110 caças, mas de 30 aeronaves.
Conforme as informações foram surgindo, percebeu-se que não se tratava apenas de uma simples compra de prateleira. A eventual aquisição do “Airguard” fazia parte de um amplo acordo na área aeroespacial entre os dois países, envolvendo outros produtos. Especulava-se que o negócio envolveria a venda, ou até mesmo a produção sob licença, de alguns modelos de aeronaves da Embraer em território chinês como o EMB-120 Brasília e o EMB-312 Tucano.
De concreto mesmo foi a afirmação do ministro Moreira Lima de que existia “um mercado potencial extraordinário na China para os produtos brasileiros” e que “a cooperação aeronáutica e espacial poderia ser amplamente estimulada” através desta negociação.
Coube ao Ministério da Aeronáutica a realização das análises técnicas em relação à aeronave. Em novembro de 1986 uma equipe de militares da FAB esteve na China para avaliar a aeronave e um major-aviador chegou a voar com o F-7M. Dentre os itens analisados, além da performance em voo, estavam questões logísticas e operacionais. Na volta, o relatório sobre a aeronave ficou a cargo de dois pilotos, um de F-103 e outro de F-5. O documento recebeu parecer favorável da comissão técnica do COMGAP (Comando Geral de Apoio) no início de abril de 1987.
Entre os destaques positivos apontados, estavam a maneabilidade e a robustez da aeronave. Críticas foram feitas em relação à vida útil do motor e aos aviônicos antigos. Sobre o turbojato, uma modificação do motor soviético Tumansky R-11, este deveria sofrer uma revisão a cada 200 horas, com troca após 600 horas. Comparando a outros motores ocidentais, como o Atar 9C empregado pelos F-103 da FAB, o motor chinês possuia uma vida menor (600 horas contra 900 horas do propulsor francês), mas também era mais barato (algo como US$ 600 mil contra US$ 3 milhões).
O valor unitário de cada “Airguard” era estimado em US$ 5 milhões. Este valor estava próximo ao montante que a FAB esperava gastar com a compra de cada unidade de F-5 ou Mirage III usados. Mas o “pacote chinês” ainda incluía treinamento, assistência técnica, peças e subressalentes suficientes para três anos de operações e dois motores por aeronave adquirida, com transferência da manutenção dos mesmos para a empresa nacional CELMA (Cia. Eletromecânica de Aviação).
Após a confirmação da negociação pelo próprio ministro, Moreira Lima ainda informou que a divulgação do resultado final sobre as negociações com os chineses ocorreria em até seis meses. Na segunda-feira, dois de fevereiro, o porta-voz do Ministério da Aeronáutica, coronel Paulo Esteves, forneceu mais detalhes sobre a negociação e desmentiu a informação de que o negócio com os chineses tinha, como objetivo, pressionar os EUA para a venda de um novo lote de caças F-5 ao Brasil.
Questionada sobre o porquê do Brasil encontrar dificuldades em adquirir caças F-5 no exterior, a embaixada dos EUA, através do seu porta-voz Willian Carr, informou que não havia F-5 novos ou usados disponíveis nos Estados Unidos. A USAF, naquele momento, não pretendia se desfazer dos seus esquadrões ‘Agressors’, única fonte de F-5 naquela força.
Do outro lado do planeta, o jornal “Diário do Povo”, veículo oficial do Partido Comunista da China, veiculou em sua edição de 9 de abril de 1987 que as negociações para a venda do ‘Airguard’ ao Brasil estavam “progredindo sem quaisquer atritos” e que o governo de Pequim daria “todo o apoio à negociação”.
Reviravolta no caso
Enquanto o Brasil negociava com a China a compra de caças F-7M Airguard, mudanças ocorriam na Força Aérea dos EUA, principalmente no treinamento DACT (Dissimilar Air Combat Training). O F-5 era empregado nesses treinamentos como ‘aeronave adversária’, equipando alguns poucos esquadrões ‘Aggressors’, que simulavam tácitas e padrões empregados por aeronaves soviéticas. Suas dimensões e o seu desempenho tinham similaridades com o MiG-21.
Mas, na metade da década de 1980, uma nova família de caças soviéticos entrou em atividade e o MiG-21 foi perdendo importância. Estes novos aviões soviéticos possuíam um desempenho superior ao F-5 e a USAF passou a considerar a substituição dos mesmos como aeronaves ‘agressoras’.
Paralelamente aos estudos para a substituição do F-5 nos esquadrões ‘Aggressors’, as aeronaves passaram a apresentar graves problemas estruturais, ocasionados por intensos e seguidos treinamentos com elevada carga-G. Estes problemas agravaram-se ao longo do ano de 1987. Durante a investigação de um acidente com um Tiger II, constatou-se que a longarina superior da fuselagem da aeronave estava gravemente comprometida, sendo que a falha estrutural teria como causas a fadiga ou a corrosão.
Com base nesta investigação, toda a frota foi submetida a inspeções mais detalhadas. Como resultado, algumas aeronaves foram retiradas do serviço de imediato e outras receberam limitações quanto à carga-G. Ainda em 1987, a USAF deu início ao plano para retirar de serviço todos os F-5 até 1990. As aeronaves seriam armazenadas no deserto do Arizona ou transferidas para outros usuários. Surgiu assim a disponibilidade de caças F-5.
Os contatos entre os EUA e o Brasil para a aquisição destes F-5 foram feitos no final do ano de 1988. No início do ano seguinte, o Estado-Maior da Aeronáutica acertava os últimos detalhes para a aquisição de um lote de F-5 usados, provenientes da USAF, via FMS (Foreing Military Sales). A um custo de US$ 13,1 milhões, a FAB arrematou um lote de 22 F-5E e quatro F-5F. O ‘negócio da China’ feito com os EUA acabou encerrando a possibilidade do Brasil sonhar com o F-7M na FAB.
Eu sempre gosto de ler as matérias da quase aquisição do Mig21 para a FAB.
Assim como, os artigos do F-20, história e etc.
Bela matéria!
Entendi correto? Os F-5 que o Brasil comprou tem limitações ou isso foi corrigido?
Acho que não, o que a matéria diz é que os EUA haviam feito inspeções em aeronaves F-5 e detectado fadiga e corrosão em algumas delas e não em “todas” elas.
Além do mais, acredito que quando os transformamos em padrão MIKE tudo foi revisado e colocado em ordem de serviço normal.
Como diriam os Maçons: “fantasmas sabem para quem ter que aparecer”.
TFA
T.´.F.´.A.´.
Bom dia Nicolas, parte da frota dos F-5 americanos tinha e por isso foram retirados de uso pela USAF. Os que vieram para a FAB não e de qualquer forma ao serem modernizados para o padrão Mike foi feito um retrofit completo da célula dando vida nova as mesmas. Ironicamente, os F-5 ainda voam hoje pela USN e USMC.
O PAMA/SP tem capacidade de trocar essas peças e manter os aviões em estado de uso. Seja adquirindo peças, retirando de outros F-5 ou fabricando.
Foi corrigido aqui e até a Nortothrop se surpreendeu com know-how que a FAB tinha…
Durante o processo de modernização para o padrão F5E/FM todas as aeronaves foram “reassembladas”, ou seja, foram totalmente desmontadas e tiveram as estruturas certificadas novamente ao padrão de “zero”.
“reassembladas”?
Não dá para usar português?
Entre F-5 usados e MIG-21 novos. a escolha realizada foi a melhor opção, sem dúvidas.
Escapamos de uma bela furada, isso só prova que as ideais desmioladas do alto comando das três forças são uma tradição, felizmente essa não foi pra frente!
Não sei Jugger… se brasileiros foram à China avaliar as aeronaves e a conclusão até foi digna de alguns elogios, não percebo o porquê dessa sua reacção.
Eu acho que teria sido um erro adquirir o Mig-21. Pelo pouco que entendo o F-5 se mostrou uma aeronave mais confiável ao longo do tempo. Vide os Migs indianos que vivem caindo.
O problema da Índia é com a manutenção/treinamento. Qualquer coisa que voe lá na mão dos militares cai, seja o avião que for.
Seja Mig-29, Mirage 2000, Su-30, An-32, Pipistrel SW 80 Virus, inclusive esse mês passado perdeu um, e em 2018 outro.
O Rafale nem chegou, mas o pessoal já está prevendo quando vai cair o primeiro.
Seria comigo se não fosse trágico.
O F-5E era uma aeronave superior, ponto final. Era mais ágil que o MiG, tinha melhor alcance e armamento, visibilidade/ergonomia do cockpit, etc, etc. Era de uma geração superior (3ª contra 2ª), já estava em operação por aqui a mais de uma década.
Dificil de competir com o F-5….mas tenho duvidas….são muito equivalentes…. Esta minha duvida fica por conta de que a produção dele continua ate hoje e paças e motor não seria problema. Talvez a logistica ao longo do tempo ficasse mais barata, muito mais barata….o motor é beberrão…mas está em produção e barato demais….freio, fuselagem… sobre o armamento, os israelenses tem o mesmo pacote dos Mike para ele….noves fora, talvez fosse operado aqui com mais folego mas mantendo a mesma eficiencia…o F-7 Chines voava muito melhor que o russo, pois lá eles haviam parado o desenvolvimento. Os chineses por sua vez,… Read more »
Davi, mas afinal, o que é que não cai na Índia???
O PIB.
Tapete voador…
Navio!
Veja as diferenças: O MIG-21 era uma ferrarinha….pequena e nervosa que não tolera erros…. Mas ao mesmo tempo que os Russos pararam de produzir, os Chineses continuaram seu desenvolvimento…..e varias versões com melhorias…. O F-7M já era a sua época um MIG-21 melhorado…. para se ter ideia, o MIG-21 tinha uma mudança de centro de gravidade apos os primeiros 45 minutos de voo…os chineses redesenharam os tanques de combustivel redistribuindo isto e acabando com a instabilidade. Tambem fizeram uma asa nova, que conferia uma melhoria de 40% dos perfis de voo, principalmente no pouso de decolagem, tanto, que dele fizeram… Read more »
Em qualquer texto sobre aquisição de material militar, essa frase sempre faz parte. “O Ministério da Aeronáutica não tinha recursos financeiros para tal empreitada e o país atravessava uma década marcada por crises econômicas”. Brasil sempre em crise!!!
Esta é a desculpa para justificarem suas preferências pessoais.
A história não é nova, mas não deixa de ser interessante.
Quase seguimos a política indiana, saudável, porém cara, de “não colocar todos os ovos na mesma cesta”, com certo exagero, diga-se.
Se compra tivesse dado certo, no início dos anos 90 a FAB teria aviões europeus (Mirage), norte americanos (F-5), ítalo/brasileiros (xavente e A1) e chineses (F-7).
Por mais que eu ache arriscado concentrar toda a aviação de caça em um único vetor, creio que ter cinco aviões de cinco fornecedores diferentes era, e ainda é, demais para nosso orçamento destinado a logística.
5 fornecedores realmente é demais para orçamento e logística, mas 2, para mim o ideal. Ovos postos em 2 cestas é muito mais seguro… Abraços
Eu tinha tomado conhecimento disso num artigo da RFA. O nome do Coronel que fez o teste na China é Sílvio Potengi. A impressão que ele tinha na época, ao contrário do divulgado pelo porta-voz do MA, era sim de pressionar os EUA, pois este “tinha virado as costas para nós” por causa do programa nuclear brasileiro que tinha sido iniciado anos antes com apoio europeu. Inclusive nessa época o M61 Vulkan nos teria sido negado enquanto estava disponível para os italianos no programa AMX. Notar também o AIM-9L nunca ter operado na FAB, que teve que apelar para os… Read more »
Eu tinha este numero da revista.
O relato do Potengi foi muito legal, e impressionado viu um F-16 num hangar….malandragem ja vinha de longe dos chinas…
Conclusão: O Brasil prefere comprar sucata norte-americana e ficar totalmente dependente dos USA, a ter um projeto de pais soberano e independente.
Conclusão: o Brasil preferiu comprar um avião não avançado ianque do que comprar uma porcaria chinesa.
Triste em todos os sentidos.
Conclusão 2: O Brasil preferiu comprar aviões iguais aqueles que já utilizava e que os complementassem do que comprar uma porcaria chinesa que não tinha nada a ver com a FAB.
Se tivéssemos comprado os MiG-21 de terceira linha, hoje simplesmente estaríamos sem FA alguma. Dessa arapuca nós escapamos.
O Mig-21 é um excelente avião foi um caça de sucesso, mas se levarmos em conta os confrontos entre o Mig-21 e o F-5, o F-5 levou a melhor em cima dos Mig’s e olhando por esse aspecto terminamos tendo uma boa escolha!
Não sei…foi muito esporadico e especifico para se defender isto….o Mig-21 ja abateu Phantons e recentemente um F-16 e não é por isto que seja melhor….
na realidade eu comparo o MIG-21 ao Mirage III… estes eram de fato interceptadores….o F-5 tinha menor potencia sustentada….acho pais parelhos comparar com o M-III…o F-5E apesar de levissimo, ja tinha uma veia de ataque junto a sua capacidade de combate aereo…..
Concordo com os colegas que o F-5E é superior ao Mig-21, mas o assunto da matéria não é o Mig-21 e sim a versão chinesa que é o F-7M Airguard com instrumentação ocidental. Acredito que o F-7M fosse superior ao Mig-21
Correto
“O jornal deu o negócio como “praticamente fechado”
Aí o Tio Sam chegou, e mijou na feijoada brasileira.
Toma mais F-5 aí, toma…hehe
Como sempre. E tem gente que gosta.
Mijo por mijo, o americano é melhor.
A gente só comprar os restos dos norte americanos sempre! Novos só dos franceses(submarino) e dos suecos (Gripen).
FAB, pilotos e especialistas na área.
E como sempre, tem gente que vem, fala besteira e ninguém lembra.
Infelizmente só lembra quando vem trazendo comentários com o mesmo tom de sempre.
Como já disseram aqui, são pessoas que saíram do país e não fazem falta alguma.
Referente as matérias, ótimo conjunto de informações e curiosidades referente ao processo de aquisição do F-5.
Grosso e inconveniente
Ainda bem que ñ!
F-20… F-20… F-20… Quem sabe se os USA tivessem adquirido alguns esquadrões (esqueçamos o F-16 por um momento), poderíamos também termos essa aeronave. Quem sabe…
O F-16, a despeito de ser inferior ( em certos aspectos ) ao F-20 no primeiro momento, se mostrou muito mais capaz posteriormente, além de seu projeto ter melhor adaptabilidade às tecnologias que surgiram nos anos subsequentes.
O F-20 era uma evolução do projeto do F-5.
O F-16, por sua vez, era uma aeronave totalmente nova.
O que a FAB deveria ter feito era produzir o F-20, sob licença/comprar o projeto, no Brasil.
Eu era assinante da “Voar” e da “Aviação em Revista” e me lembro que ganhou destaque essa possibilidade nas duas revistas.
Muito bom não termos pego essas bombas chinesas!
Acredito que o preço tenha sido o determinante. 26 F-5 por 13 milhões. Se fossem adquiridos 26 Mig-21 a fatura seria de 130 milhões. Além da durabilidade do motor e a já existente estrutura para atender ao F-5.
Por outro lado, perdemos a chance de vender o Brasília e o Tucano na China. Se isto seria um bom negócio ou não, jamais saberemos. O que se sabe de concreto é que a Embraer se arrependeu de montar o ERJ na China.
A absorção de tecnologias pela China nesta época era brutal, em meses haveriam opções chinesas das aeronaves!
Com certeza foi isto…..grana….e como os F-5 vieram quase num valor simbolico, não dava para desprezar quem já estava pendurado….então era algo como ganhar quase de presente um complemento daquilo que vc ja opera X compra nova em que apesar de barata, era um dinheiro suado e havia ainda o trabalho de mudar a logistica. Tanto acho, que por exemplo o Mestre RR me alertou que o F-20 tinha sim boa parte de componentes e ferramental do F-5….e o F-20 e seu ferramental foi oferecido…mas o Brasil não pegou….a logica indica que sendo tudo verdade e tendo dinheiro, poderiam fazer… Read more »
mas as vezes eu acho que se tivessem concretizado, não seria nada mal não…no minimo os USA acenariam com mais presentes….
Totalmente errado….o F7 chegou a ser cotado na concorrência para a compra dos primeiros interceptadores SUPERSONICOS!! isso foi em 1970….o autor dessa reportagem fumoufolha de bananeira antes de escrever
Não foi!
O J7 surgiu nós anos 80, impossível ter participado da concorrência que levou a aquisição dos MIII
Não fala m***, faz uma pesquisa antes
Mestre Poggio,
Este esquema do F-7M está correto mesmo? ou seria das primeiras versões?
O F-7M ficou consagrado pelas asas novas que melhoraram em muito o perfil de voo de pouso e decolagem.
As asas no seu terço final, simulavam um segundo delta, dando impressão de maior envergadura.
Aqui uma comparação esquematica das diferenças entre o MIG-21 (metade de cima) e o F-7M (metade debaixo)
Agora, se nesta hipótese o Brasil tivesse comprado os F-7-M, provavelmente teriam adquirido alguns JL-9 (FTC-2000G).
Um Lift mach 1,6 BVR pelo preço de um Super Tucano top de linha.
Este é o real sucessor do MIG-21 com mais de 70% das peças e o exato ferramental do F-7M.
Tenho uma revista Força Aérea com o depoimento do piloto que voou o F-7M, é uma ótima história!
Vemos sempre a questão técnica e, frenquentemente, ignoramos a questão política. O quê ganhariamos com a aquisição dos mig’s. Com certeza, uma corrida armamentista na América do Sul. Uma bela dívida e um esquadrão de sucata instantânea. O programa AMX foi mais satisfatório e não causou maiores problemas na vizinhança nos proporcionando um legado tecnológico. O resto é história. Estórias curiosas para os netos.
porque corrida armamentista? eram caças equivalentes….não era um F-4 para pender a balança….
Corrida armamentista de um gigante com vizinhos nanicos, até quando esse tipo de raciocínio que nivela para baixo vai existir entre nosso povo? A noção do cenário mundial no qual nosso país está inserido para eles se encerra na América do Sul, ou seja, acreditam que vivem num mundinho. Temos que ter capacidade inclusive de ataque e não somente de defesa, que cá pra nós, nossa capacidade defensiva não nos defende em nada de quem pode realmente vir nos afrontar. – Pior é que vai ainda aparecer brasileirinho perguntando: E quem são esses que podem vir nos afrontar? Resposta: Vai… Read more »
Concordo. Temos, como povo, uma mania de nos colocarmos como inferiores aos outros povos e nos nivelarmos sempre pelo mais baixo. Nossa mentalidade tem que ser “do melhor” e nada menos que isso, ainda que as circunstâncias e a nossa política venham querer nos impor o contrário. Quanto as aeronaves americanas adquiridas, foram a melhor solução em termos de logística, preço e oportunidade, na época. Tínhamos um parque já em operação e qualificado no F-5, aeronave que ainda não estava tão defasado tecnologicamente. O preço, para o país que “passava” por um momento crítico financeiramente, inflação galopante e outras variantes… Read more »
Se a FAB escolhesse o F7 chinês, ele teria prestado um bom serviço como o F5, e provavelmente estaríamos construindo em parceria com a chína o J-10, pois é um bom avião e como não entramos em guerra com ninguém até hoje desde a compra dos F5( Tanto faz fosse MIg21,F5,Miragem,Hunter,etc.) , ele também teria sido uma boa opção.
a FAB nunca quis o Mig 21. Isso foi feito para pressionar os Americanos…
O Brasil perdeu muito com a não aquisição destas aeronaves! Se os oficiais pilotos de Mirage III e do F-5E respectivamente, da FAB testaram este avião na China e ambos deram seus pareceres favoráveis a estas aeronaves, relatando apenas que os avionicos não eram padrão Ocidental, o que poderia ter sido resolvido com a instalação de tais equipamentos, que poderiam ser de origem Israelenses, inclusive Inglesa que haviam sido testados como é mencionado na reportagem. O Brasil poderia ter comprado junto a transferência de tecnologia da fabricação completa destas aeronaves, não apenas a simples montagem. Quem seria agraciada com está… Read more »