Senadores reavaliam preço do Rafale
O caça da Dassault é mais caro do que o esperado: seu preço unitário chegou agora a €152.000.000, tendo em conta a inflação e os novos desenvolvimentos, como o padrão F3
Passou despercebido. Mas no recentemente revelado relatório do projeto de orçamento para 2012, apresentado em 17 de novembro pela Comissão dos Assuntos Estrangeiros, Defesa e Forças Armadas do Senado os autores do documento, Senadores Xavier Pintat e Daniel Reiner, fornecem novas cifras do programa Rafale.
“O custo total do programa, atualizado ao preço de 2011 é de €43,56 bilhões para o Estado, contando o desenvolvimento”, afirmaram os senadores. Tal custo estava em €40,7 bilhões durante a última avaliação. O que eleva o preço unitário de um Rafale para a França para €152 milhões (286 unidades), contra €142 milhões anteriormente.
Estes €10 milhões adicionais foram calculados para um período de 40 anos, resultantes tanto da consideração da inflação, quanto (mais importante) do upgrade para o padrão F3, feito sobre 48 aeronaves entre 2008 e outubro de 2010. Um padrão mais moderno incluiria entre outros uma nova versão da Snecma M88, o Pod de designação a laser Dâmocles, o radar de antena ativa (AESA) RBE2 e o Pod de Reconhecimento Reco NG.
Necessidade de pagamento adicional
Esta escalada dos custos do Rafale continuará até o final de 2012 e além. O programa Rafale sozinho absorve mais de 35% das dotações de pagamento para o componente “Engajamento e Combate” no projeto da lei orçamentária de 2012 (de 1,57 bilhão de euros no total), bem à frente do Submarino de ataque nuclear Barracuda e das Fragatas multi-missão FREMM.
Como é sabido, a ausência de um contrato de exportação do Rafale conduziu ao parto prematuro de 17 aeronaves adicionais desde 2009, para um total que pode chegar a 69 aeronaves até 2014. “Essas antecipações conduzem à necessidade de pagamento de cerca de 1,1 bilhão de euros a mais no período 2011-2013”, dizem os senadores.
“Essa aceleração de entrega do equipamento afetou negativamente a execução do orçamento e levou ao adiamento do programa de renovação da frota de Mirage 2000D. Mas em termos de equipamento militar, se a qualidade é importante, a quantidade também. Cuidados devem ser tomados para não levar – por razões industriais – à formação de um exército de bolso”, eles advertem.
A reavaliação do custo do Rafale, necessária como é, pode não conseguir resolver os problemas de exportação da Dassault, embora este novo cálculo não mude os preços de exportação do Rafale.
FONTE: Usine Nouvelle
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Vader
Amigos, Esse custo unitário citado (custo unitário Programa) vai aumentar sempre. Quando há qualquer desenvolvimento novo, novos custos serão agregados ao preço total prospectado para o programa. Quando se faz “retrofit” para a atualização da frota, esses custos também são adicionados. Para se chegar ao preço unitário citado, divide-se esse custo total (considerado até a desativação da frota) pelo número de aeronaves previstas. Se este número de aeronaves previstas diminuir, o custo unitário sobe muito, pois os custos ditos não-recorrentes (desenvolvimento, gestão, industrialização, infraestrutura) permanecem praticamente inalterados. Isso nada tem a ver com o preço unitário de venda da aeronave… Read more »
€152 milhões é muito pra qualquer pais mesmo a França com a crise batendo a sua porta não deve aguentar .
Sim, sem dúvida neste preço temos o custo do desenvolvimento do aparelho. Porém, isto demonstra o calcanhar de aquiles do avião: sua falta de escala. Assim como o custo unitário dele é caríssimo por trazer o custo de seu desenvolvimento embutido, sua manutenção também é estratosférica (sem trocadilho) pelo mesmo motivo. O Mid Life Update padecerá do mesmo complicador, tornando inviável qualquer modernização mais extensa. Agora, se um avião destes está pesando para a França, imaginem para o Brasil e a FAB, que pena para manter seus aviões voando. Felizmente, com todo o imbrólio do FX, conseguiu-se que a escolha… Read more »
Esse é o preço que a França está pagando. Talvez um preço alto demais apenas para ter um caça capaz de pousar em Porta Aviões.
Se estivessem no consórcio Eurofighter, e encomendado F-18 C/D para o Charles de Gaulle, a situação seria muiiiitooo diferente. Aliás o Master Jedi Ivan bate nesta tecla.
A Europa (ao menos todos os da NATO+Suécia+Suiça) deveria ter um caça de alto desempenho (Typhoon) e um caça tático (Gripen).
[]’s
Caracolis! €152 milhões convertam isso para Dolar e vai dar quanto? quanto? Somente:$ 202.205.600,00.Se tivesse no lugar deles já tinha corrido para uma parceria de uma avião de 5 Geração feito o JFS F-35.O que me dar mais medo é que através de uma péssima decisão politica joguem essa jaca(Le jaque como alguns falam aqui) para nós (Acho difícil agora – Graças ao Todo poderoso – heheh)
Senhores, o custo total do programa obviamente sempre irá aumentar. Já o custo *por unidade* pode aumentar ou diminuir. Por exemplo, se a Índia vier a comprar o Rafale, o custo por unidade irá diminuir de forma significativa. Em qualquer programa existem os custos não recorrentes (desenvolvimento, gerência de programa, etc.), que são independente do número de unidades fabricadas, e custos recorrentes (quanto custa efetivamente a fabricação de cada unidade). O custo total de cada aeronave corresponde ao seu custo recorrente, mais o custo não recorrente dividido pelo número total de aeronaves. Por isso tivermos mais encomendas, menos o custo… Read more »
Grifo disse: 8 de dezembro de 2011 às 15:57 Sobre o comentário do Grifo, que foi bem esclarecedor: 1. Há os custos não-recorrentes resultantes da própria aquisição, tais como: documentação, desenvolvimento de modificações nacionais, industrialização no Brasil, treinamento e capacitação, infraestrutura de manutenção, etc. Esse valor vai adicionado na conta. 2. Há os custos não-recorrentes ocorridos desde o início do programa, no país de origem: desenvolvimento da própria aeronave, das evoluções, industrialização original, etc. Esses custos podem ou não ser cobrados proporcionalmente do novo cliente, uma vez que já foram pagos. A parte que o governo sustentou pode ser requerida… Read more »
Justin e Grifo, Por essas e outras, a Dassault poderia fazer a todos nós que discutimos defesa no Brasil, e especialmente o F-X2, um grande favor: Ganhar de uma vez esse raio de concorrência do MMRCA indiano! Fooorça, Dassault! Assim, poderíamos sair desse circuito de auto-alimentação especulativa dos custos de exportação do Rafale que tanto nos angustia! Afinal, pesquisando um pouco, podemos saber mal e mal os custos de um pacote de Super Hornet para um cliente externo, já que houve uma venda à Austrália. Do Gripen, pode-se encontrar, creio que sem muito trabalho, os valores de vendas dos modelos… Read more »
Observador disse: 8 de dezembro de 2011 às 11:36 “O Brasil tem mais sorte que juízo” Negativo. O Brasil não tem é inimigos. Os inimigos do Brasil estão aqui dentro. ________________ Grifo disse: 8 de dezembro de 2011 às 15:57 “Agora, vender abaixo do preço de custo, isto “non ecziste”. Ninguém vende caça com prejuízo, seja Boeing, Dassault ou SAAB.” Segundo as rafalechetes rasgadoras de calçolas, issso acontece e ponto pacífico. As rafaletes assumem plenamente que a Dassault, aquela “quase-estatal”, prefere vender sua traquitana abaixo do preço a não vendê-la, no caso, para Brasil e Índia, muito embora o resto… Read more »
Pessoal comparando preço do Rafale com F-35 façam as contas amigos o F-35 teve não se sabe se ainda vai chegar a esse numero quase umas 3 mil encomendas, enquanto o Rafale o que 200 unidades por isso que sempre fico rindo quando aparece esses números, pra se poder abaixar o preço tem que se vender se não vender o preço vai continuar subindo, eu trabalhei em mercado e sei disso, se os franceses fecharem negocio com os indianos vão fechar com uma das maiores vendas de aviões militares do ano. Adriano Madureira com certeza o brasil podia ter qualquer… Read more »
Uitinã disse:
8 de dezembro de 2011 às 19:43
Sinceramente parceiro? Na atual conjuntura nem se o Rafale ganhasse o MMRCA e o FX2 sua situação melhoraria. No máximo o caça de “exército de bolso” sem escala chegaria ao outro falido da nova-pobre do mundo, a Europa, (Typhoon).
O Rafale é um projeto absolutamente fracasssado. Independente de vencer o seríssimo MMRCA indiano (daquele país que lançou ao mar um submarino nuclear e esqueceu do… REATOR!)
Sds.
Caramba!!!
142 milhões de euros. É mais de 200 milhões de dólares.
Preço do F-35, 112 milhões (LRIP Lote 4 do contrato).
O Rafale é verdadeiramente a linha Marginot do orçamento de defesa de qualquer país. A França somente tem uma escolha, fechar a linha de produção do Rafale antes que eles entrem em falência.
Vader disse:
8 de dezembro de 2011 às 19:56
O Rafale é um projeto absolutamente fracasssado. Independente de vencer o seríssimo MMRCA indiano (daquele país que lançou ao mar um submarino nuclear e esqueceu do… REATOR!)…
KKKKkkkk, Vader tu é o cara!
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ricardo_recife disse:
8 de dezembro de 2011 às 20:10
Caramba!!!
142 milhões de euros. É mais de 200 milhões de dólares.
Preço do F-35, 112 milhões (LRIP Lote 4 do contrato).
Ricardo, meu conterrâneo, concordo em gênero,numero e grau com você.
Sds
O problema dos franceses é que tanto os UAE como a Índia, não estão interessados na “versão francesa atual” de Le Jaca.
Ambos, cada um a sua maneira quer alguma funcionalidade diferente, inexistente nessa “versão atual francesa”, o que significaria incorrer em novos custos de desenvolvimento, que os franceses não tem no momento como subscrever.
O caso indiano tráz ainda um complicador, que será a fabricação local da aeronave vencedora do MMRCA, o que significaria exportar empregos mto bem remunerados; em pleno ano eleitoral francês.
Olá,
Para a França o desenvolvimento do avião saiu mesmo caro.
Mas é obvio que esse não é o valor de venda do caça, que está na casa dos 80-90 milhões de dolares, esse é o valor para venda direta.
Abraços,
edcreek disse:
9 de dezembro de 2011 às 15:17
E vc tem algum link para comprovar esse valor? Não vale de 1999, ok? 😉