Depois do fim da Copa e das Olimpíadas, 2017 será o começo do fim da FAB?
F-X2: um programa com a faca, o queijo e o pires na mão
Este é um longo editorial para combinar com uma longa espera por novos caças. Em 2014, assistiremos à Final da Copa Mundo, que será no Brasil (mas não necessariamente com o Brasil). Em 2016, a maratona marcará o fim das Olimpíadas do Rio de Janeiro. E, em 2017, a baixa dos primeiros F-5M da FAB poderá marcar o começo do fim da nossa aviação de caça, se os eternos programas de aquisição de novas aeronaves continuarem sem decisão.
Reportagem da Aviation Week mostrada ontem no Poder Aéreo (clique aqui para acessar) trouxe a confirmação de uma informação que há muito circulava neste site e em diversos meios, sobre o prazo de desativação dos primeiros caças F-5M da FAB. O tenente brigadeiro do ar Gilberto Antonio Saboya Burnier, comandante do COMGAR (Comando Geral de Operações Aéreas), afirmou que em 2017 os primeiros F-5M deverão ser desativados.
Nas últimas semanas, nossos leitores puderam ver como andam os trabalhos para manter e eventualmente ampliar a frota de F-5M da FAB, notadamente com os três modelos bipostos adquiridos junto à Jordânia e que, após o término de suas inspeções no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), deverão seguir para modernização na Embraer (clique aqui para acessar matéria com links para toda a série). É de se esperar que os oito monopostos “ex-jordanianos” sigam o mesmo caminho dos bipostos, uma vez que o contrato de modernização já publicado no DOU inclui estas células.
Mas, levando-se em consideração os pouco mais de cinco anos que nos separam de 2017, pode-se conjecturar que a entrada em operação desses onze (caso ocorra tudo bem nos processos de revisão e modernização) praticamente sirva para compensar a baixa de outros tantos caças. Assim, ao invés de uma ampliação, praticamente deverá ser mantido o total de 46 aeronaves do tipo, pouco mais, pouco menos, conforme o desgaste das aeronaves mais voadas da frota (que ao menos contará com um ligeiro aumento na proporção de bipostos).
Já se especulou que esses onze F-5, logo que modernizados, poderiam substituir os F-2000 (Mirage 2000C) do 1º GDA (esquadrão Jaguar), o que até fazia sentido. Mas, para estes últimos, uma recente aquisição de peças deverá garantir a operação somente até 2013, aparentemente não mais do que isso. Ou seja, os dois anos que temos pela frente são um prazo um tanto curto para a modernização de todos os onze F-5 ex-Jordânia que estão no PAMA-SP, levando em conta que oito deles (os monopostos) mal iniciaram os trabalhos de inspeções e reparos. Além disso, deve-se levar em conta não só a perspectiva de baixa dos primeiros F-5M alguns anos depois, em 2017, mas o fato da frota do tipo já ser reduzida hoje.
O impacto só não é maior porque cortes orçamentários levaram a uma redução drástica nas horas de voo, culminando na decisão de encostar aproximadamente 1/3 dessa frota, para também não gerar gastos de manutenção, conforme informações de fontes da FAB. Ou seja, o problema da falta de caças só não é maior devido a um outro problema, o da falta de recursos, que afeta a própria manutenção da capacidade dos nossos pilotos!
Em março deste ano, fizemos algumas contas para mostrar o impacto de uma possível desativação prematura dos F-2000 do esquadrão Jaguar (clique aqui para ver matéria da época), onde colocamos “a nu” a situação da frota de F-5M. Ontem, as palavras do brigadeiro Burnier na reportagem da Aviation Week ajudaram a tirar mais algumas peças de roupa dessa situação, mas vale a pena atualizar as contas.
Para entender como a frota atual é pequena (descontada a questão das aeronaves encostadas devido à absurda redução nas horas de voo deste ano), basta subtrair desse número de 46 caças F-5M os cinco que eram vistos em revisão no PAMA-SP em outubro deste ano, e mais um que normalmente é alocado para missões de testes de armas e sistemas. Sobram 40, a serem divididos entre quatro esquadrões: os dois do 1º Grupo de Aviação de Caça, de Santa Cruz (que operam suas aeronaves em “pool” nos esquadrões Jambock e Pif-Paf) o 1º/14º Grupo de Aviação (esquadrão Pampa), de Canoas e o 1º/4º Grupo de Aviação (esquadrão Pacau), de Manaus. Dividida a frota realmente operacional de F-5M por quatro esquadrões, chega-se a apenas 10 aeronaves por esquadrão, das quais, a qualquer momento, uma porcentagem estará sofrendo manutenção / inspeções periódicas e rotineiras em suas bases. Isso dá menos que o “mínimo” de doze caças que se costuma aceitar em várias forças aéreas dignas desse nome.
Na verdade, o 1º/4º GAV opera uma quantidade bem menor de aeronaves do que isso, por ter feito apenas recentemente a transição para o F-5M e estar aguardando melhorias em sua base para permitir o aumento de sua dotação – o que deixa sobrar um pouco mais para os outros três esquadrões. Mas essa situação do Pacau é algo que não faz sentido manter por muito tempo, ainda mais numa região, como a Amazônia, onde o frequente desdobramento em frações é uma doutrina necessária em uma área tão grande (levando-se em conta também o alcance relativamente curto do F-5). O que já seria difícil de se fazer com meras 10 aeronaves por esquadrão, fica ainda mais complicado com apenas metade desse número, que é a situação atual do esquadrão! Mais cedo ou mais tarde, o Pacau precisará ser reforçado para justificar sua própria existência e emprego naquela região.
Mas enfim, onde queremos chegar com essas contas? A uma outra contagem, a regressiva
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Em todo o Brasil, diversas notícias da mídia em geral tratam do muito que falta a fazer e do prazo cada vez mais exíguo para a preparação de dois grandes eventos: a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Mas o relógio também corre (e há muito mais tempo) para a desativação dos caças supersônicos da FAB. Os primeiros a dar baixa deverão ser os F-2000, já em 2013. Os F-5M iniciarão a saída do serviço em 2017, conforme as informações divulgadas, e provavelmente os últimos a passar por modernização sejam utilizados por mais algum tempo, avançando na próxima década e permitindo uma desativação gradual. Sem nenhuma nova aquisição de caças, em meados da década de 2020 restarão, provavelmente, 43 jatos de ataque subsônicos A-1 modernizados (processo apenas iniciado) compondo a primeira linha da FAB.
Percebe-se que em 2014 já seriam necessários novos caças supersônicos. Como mostramos acima, a possibilidade de termos F-5M “ex-jordanianos” prontos a tempo para a tarefa, e em quantidade, é remota. A imagem abaixo, à esquerda, mostra o estado atual do F-5E (monoposto) “ex-Jordânia” que aparentemente lidera a fila dos que serão inspecionados e reparados antes de seguir para modernização. E a imagem da direita mostra alguns que estão mais para o fim da fila.
O ideal seria que o programa F-X2 já tivesse sido decidido – mas infelizmente não foi – para que um primeiro lote de no mínimo 12 aeronaves novas substituísse os F-2000 em 2014 e um segundo lote de 12 tomasse o lugar dos primeiros F-5M desativados, por volta de 2017. Mas, ao invés de um ideal de 2/3 do total de 36 aeronaves previstas no F-X2 entregues já em 2017, o que teremos (com muita fé…) é o início de entregas naquela data.
Qual a solução óbvia para o problema, caso se decida por algo além dos eternos adiamentos? Provavelmente vem aí mais um “caça tampão”, como foi o caso dos F-2000. Mas, com a perspectiva de operação em maior escala de caças de quinta geração a partir da próxima década, os próprios caças novos de geração 4,5 do F-X2 já podem ser considerados “caças tampão” – aviões de grande utilidade para cobrir uma lacuna atual e para, no longo prazo, serem parte importante de uma frota ou “mix”, mas não sua ponta de lança. O que dizer então da efetividade, nas próximas décadas caças usados e em fim de linha, como foi o caso dos F-2000 anos atrás? Seriam, no máximo, “tampões de futuros tampões”, aguardando pela chegada de eternos substitutos menos velhos. Ou alguém imagina que cobririam a lacuna até um caça de quinta geração para a FAB? Afinal, levando-se em conta os lamentáveis históricos dos nossos programas de quarta geração (F-X1 e F-X2) que se poderia esperar de um F-X3?
É certo que o cenário da América do Sul não é o mesmo de outras regiões mais conflituosas do planeta, onde a entrada em operação de aeronaves de nova geração é aguardada com ansiedade, e decisões são tomadas hoje para esse fim. Mas a perspectiva do Brasil é ter uma Força Aérea cada vez mais distante da tecnologia de ponta em caças supersônicos? Não é isso que está nos grandes planos e estratégias tão pomposamente divulgados, e que na prática deveriam servir como ponto de partida para decisões, e não como desculpas para postergá-las.
O ideal otimista (para quem conseguir manter o otimismo após ler os parágrafos acima) seria que, independentemente de um eventual vencedor do F-X2, o seu fabricante pudesse ao menos entregar versões novas ou usadas de seus caças a tempo de cobrir a baixa dos F-2000. E isso sem perder de vista a necessidade de novas entregas em 2017, dentro das expectativas do programa para transferência de tecnologia e de produção local – o que, dado o prazo e a quantidade necessárias, a cada dia que passa torna-se mais difícil de se cumprir. Muito poderia ser feito para se extrair o máximo dos concorrentes do F-X2, numa época de crise mundial que coloca a faca e o queijo nas mãos dos compradores. Mas, com os prazos de renovação dos caças da FAB tornando-se insustentáveis, ao invés da faca e do queijo acabaremos ficando é com o pires na mão.
Sejamos francos: o prazo para o F-X2 ser concretizado, conforme planejado originariamente, já caducou. E faz tempo. Talvez com alguns remendos e concessões o programa, que passou do “timing” ideal para diversas de suas necessidades de transferência de tecnologia e desenvolvimento conjunto, ainda possa cumprir ao menos parte dessas expectativas originais, ao mesmo tempo em que possa atender às urgentes demandas da FAB. Ou uma dessas variáveis vai estragar o equilíbrio ideal entre as necessidades tecnológicas e as urgências operacionais. Isso, é claro, se alguma decisão for tomada em algum dia do ano que vem.
Até lá, resta torcer. Por quem? Pela Índia, Suíça, Japão, Coreia, Emirados. Mas me ajudem a lembrar, eles estão na Copa?
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Vamos ser realistas: De uma Força Aérea de “doutrina” (operando muito abaixo das necessidades, apenas operando para manter a expertise), vamos virar uma Força Aérea sem Força.
O Justin defende nada de “tampax”, mas sem “tampax”, o gap é inevitável.
Tampax já!!
[]’s
Nick, bom dia. Não devemos fazer estudos ou conjecturas detalhadas baseados em argumentos duvidosos. 1. Não há qualquer motivo técnico que obrigue os F-2000 a serem desativados em 2013. 2. Não há qualquer motivo técnico para começar a desativar os F-5 em 2017. A FAB não investiria nos “jordanianos” se isso fosse verdade.Alguém pode ter interpretado errado as palavras do Brig. Burnier, pois nunca se falou nisso e está completamente fora do planejamento do ciclo de vida da aeronave modernizada. O que se pode constatar é que: 1. Nem F-5, nem F-2000, atendem a necessidade operacional da FAB para a… Read more »
Salve Justin, Não que eu queira o Tampax, mas convenhamos, o que deveria ter sido feito em 2001/2002 não foi, e os tampax atuais M-2000 terão no máximo 1 ano de sobrevida com esse novo contrato de peças de reposição. Se ficarmos “pagando para ver” se sai o FX-2, podemos perder tudo. É assim que eu vejo. E existem soluções “tampax” que não seriam tão ruins, como M-2000-5, Gripen C, F-16C B-30/40. Com algumas atualizações rápidas já estariam operacionais na FAB. O que não dá é ficar esperando, esperando, esperando…. Deadline já foi colocado : 1º trimestre de 2012. Se… Read more »
É por isso que eu insisto na tese de que a reforma dos F-5 foi inócua.
Poderia ter feito sentido, por ser o tipo o mais numeroso do inventário. Mas na comparação c/ outras aeronaves existentes, mesmo reformado continuaria sendo uma aeronave limitada.
Assim entre a decisão de reformá-los no governo FHC e o início de fato dos trabalhos no governo Lulla, uma mudança se fazia necessária, até p/ poder acomodar o colapso do F-X2; dado o precedente criado no F-X1.
Parabéns Nunão.Ótimo.Só não fique convencido………
Bem vamos lá,……80 Bilhões sumidos durante o desgoverno do Alí Babá 51….mais uns 10 Bi nas obras “Urgentes” da copa ( com c, mesmo)…uns 5 Bilhõeszitos nas olim-Piadas….Mais uns 120 Bi até o fim dos mandatos esperados e sonhados pelos corruPTos……
É realmente o brasil ( o deles, o meu é com B) não irá ter dinheiro, para escolas, hospitais e Defesa…..Núnkinha……
E o povo continuará sonhando com o brasil 5° economia e hiper-potência megalonanica…..
Nick e demais amigos, desculpem pela minha insistência. A decisão de quando parar os F-2000 ou os F-5 é estratégica, não técnica. Não há data obrigatória para isso. Esses aviões devem parar quando não puderem atender mais as necessidades da Força (já não atendem à boa parte delas) e quando as aeronaves substitutivas (F-X) estiverem operacionais. A necessidade de defesa não atendida (ou a perspectiva disso), infelizmente, é a única coisa que incentiva o Governo a investir no Projeto. Não é questão de “pagar para ver”, mas de fazer o que deve ser feito. Nunca pensei que iria sentir saudades… Read more »
É bem complicado essa situação da FAB, mas Justin Case concordo com voce, realmente não a nenhum motivo técnico que obrigue os F-2000 a serem desativados em 2013. E pelo que eu sabia, os F-2000 seriam capazes de voar ate 2016 e os F-5M ate 2021..23.
E com um novo TAMPAX os Governantes ficariam novamente acomodados com a situação, assim como ocorreu com o F-2000. Então que venham os caças de 4.5G !!! De preferencia que seja o Gripen NG por ser em todos os aspectos mais barato!!! (Lembrando que em Defesa nossa grana é extremamente ”curta”)
Justin…..Concordo contigo…Tampax nunca mais…!!!!
Mas também simpatizava com a solução Gripen (Bom,Bonito,Barato).
Agora só nos reta a solução F-18SH……Por quê? Ao meu ver já é um tampax……até a chagada de um 5° G…….Mas o U.Sam poderia adiantarnos ” JÁ ” uns 16 SH que não faría a mínima falta para ele, e mais uns 36 zerinhos em 2015,pois a Boeing é a única fabrica com capacidade para isto…
Tô muito fôra?
Saudações
Luppus, Considerando a necessidade alguns itens que demoram a ser disponibilizados para montagem (long lead time items), estima-se que uma entrega normal de aeronave de produção possa ocorrer com três anos após a contrato (ARO – After Receiving Order). Isso ocorre independentemente da origem americana, sueca, francesa, paneuropeia. Para entregas antes desse prazo, somente se aeronaves já encomendadas ao fabricante forem redirecionadas para novo cliente. Isso depende de acordo, mas é possível para os F-18 e creio que também para o Rafale, visto que a França encomendou 11 aeronaves em avanço à sua necessidade, para manter uma cadência adequada na… Read more »
“Justin Case disse: 15 de novembro de 2011 às 7:17 (…) O F-2000 matou o F-X por mais de seis anos e um próximo TAMPAX mataria todas as iniciativas governamentais por um novo caça por outro período semelhante. TAMPAX NUNCA MAIS! Bom feriado a todos, Justin” Exatamente, Justin. Eu só acrescentaria: TAMPAX DO TAMPAX NUNCA MAIS. Isso porque já consideramos, conforme o texto deste editorial, que os caças do F-X2 já podem ser considerados “caças tampão”, numa perspectiva de longo prazo. Indispensáveis no curto e no médio prazos, mas tampões para uma futura geração, que acreditamos que deveria ser seriamente… Read more »
“Justin Case disse: 15 de novembro de 2011 às 9:57 Em todas as opções para o F-X2, esses prazos seriam os necessários para a entrega de uma aeronave completamente operacional com as armas de origem, mas ainda não totalmente adaptada para os requisitos nacionais.” Exatamente, Justin, esse é o ponto. As primeiras entregas de qualquer um dos vencedores do F-X2, para se adequarem a um cronograma ideal para as necessidades da FAB em desativar seus caças atuais, não trariam nada de transferência de tecnologia, desenvolvimento conjunto etc. Na minha opinião, mal dá tempo de treinar adequadamente o pessoal para acompanhar… Read more »
Se Brasil/Turquia iniciar algo, vai 20/30 anos. E desenvolvimento de desenvolvimento, pois provavelmente já tem alguem pensando em 6a. geração, o pulo do gato tem que ser maior do que 5a. E nenhum dos dois tem expertise de desenvolvimento nesse nivel. 2011 + 25 = 2036. Se não for algo 4,5 agora, vamos conviver com tampão/tampão/ tampão => +/- 10 anos p/ cada = 30 anos (2045). Com o nível de investimentos da FAe, lembramos: desenvolvimento do KC-390, aquisições de C-105, atualização dos A-1, aquisições dos helis, ainda pendente os treinadores, para o lugar dos Xavantes – era para ser… Read more »
Valeu Justin.Então não estou pensando tão fora.Obrigado.
Nunão…que tal darmos uma idéia para o GF? De deixar dois F5 operando……Olha só que beleza ….um vai de sul à norte voando e pousando, e todos os pilotos de todos os esquadrões treinando nele é claro, e outo de norte à sul fazendo a mesma coisa, claro que sem pressa …Depois rodizio com outros F-5. Olha, teremos os Tiger voando até 2100, daí o Governo lá pode ver se com a crise e contenção que estarão sofrendo ,poderão comprar uns F22 ou F35 usados do Paraguai.?!!!!!!!!!!
Sds
Bom descanço a todos
Justin Case disse: 1. Não há qualquer motivo técnico que obrigue os F-2000 a serem desativados em 2013. A resposta é – depende. Há sim motivos técnicos para desativar os F2000 em 2013 (há quem diga fim de 2012), mas concordo que os motivos são econômicos. Vou citar só dois para não transformar esse comentário em novela. O primeiro motivo é que estes aviões, incluindo seus motores, necessitarão de um grande e cara revitalização de estrutura e overhaul que não são feitos no país, mas somente em um único local da Europa. O segundo motivo é o armamento defasado destes… Read more »
Justin Case, “Nunca pensei que iria sentir saudades dos tempos em que a maioria dos participantes do Poder Aéreo defendia a solução Gripen NG…” Sempre que posso procuro atender os amigos. Assim sendo, vamos ‘matar a saudade’ do Gripen NG. 🙂 Vc tem razão quando afirma que o F-X2 será um tampão de um futuro caça de 5ª geração, talvez o F-X3. Em janeiro de 2010 quando voou o PAK-FA ficou claro que a 4ª geração de caças estava obsoleta para a próxima década. Esta é uma das razões que justifica a compra no F-X2 de uma aeronave que apresente… Read more »
E realmente a nossa FAB vai pelo ralo, tó começando a achar a ideia de comprarmos algumas duzias de gripens, uma boa ideia mesmo sendo um avião limitado tanto em raio de ação, armamentos e outras coisitas mais, devem ser no minimo melhores do que nossos F-5 mancos de 40 anos de idade, que venha a melancia Sueca.
Poggio e demais amigos,
Não imaginem encontrar aviões descartados, encostados, usados (e outros “ados”) que estejam já revisados, adequados, pintados, mecânicos capacitados, apoio logístico preparado (e outros “ados”) para a operação no Brasil.
Façam as contas de tudo o que já foi investido nos F-2000 (inclusive tempo), nos F-5 Agressor, nos jordanianos (e o que falta).
Ninguém consegue implementar um TAMPAX “de grátis”, com preço de aquisição, ou com custo sequer semelhante ao de uma extensão de uso de aeronaves que já estão ativas na FAB.
Quando chegaram os jordanianos? E os Impala? NOSSA! Isso de novo?
Abraço,
Justin
Caro Nunão, belo artigo e excelentes argumentos, mas eu discordo quando você diz que o prazo do FX-2 já caducou, e que seriam hoje tampões para uma futura geração. Sobre o primeiro ponto, como o Justin Case já eloquentemente colocou aqui, a data de aposentadoria de um caça não é definitiva e imutável. O Brasil pode prorrogar a vida prevista dos F-2000 e dos F-5M, pode remanejar ou diminuir a dotação dos esquadrões. Tudo isto custa $$$ e tem impacto na operacionalidade da força, mas é possível. Não é o melhor cenário, mas é melhor do que um Tampax? Na… Read more »
Justin Case disse: 2. Não há qualquer motivo técnico para começar a desativar os F-5 em 2017. Não temos os detalhes para afirmar com certeza, mas alguns indícios dão conta de que, mesmo que a fala do brigadeiro tenha sido mal interpretada, não está muito fora da realidade. Vamos aos fatos: OS AMERICANOS: os F-5 “americanos” já vieram em péssimas condições. Muitos diziam que eles não voltariam a voar novamente. Gastamos muito tempo e dinheiro para por esses aviões no ar com segurança novamente. Só que a célula já deu o que tinha que dar. Não dá para fabricar a… Read more »
“Grifo disse: 15 de novembro de 2011 às 11:36 Caro Nunão, belo artigo e excelentes argumentos, mas eu discordo quando você diz que o prazo do FX-2 já caducou, e que seriam hoje tampões para uma futura geração.” Obrigado, Grifo. Só quero deixar claro que, na visão expressa no editorial (que se fosse desenvolver a fundo cada argumento seria uma novela mais longa que o F-X2…) o F-X2 caducou em relação a alcançar plenamente alguns de seus objetivos originais para o número inicial de 36 aeronaves (desenvolvimento conjunto, nacionalização, transferência de tecnologia). Isso tudo torna-se complicado de se resolver dadas… Read more »
Grifo disse: Caro Nunão, belo artigo e excelentes argumentos, mas eu discordo quando você diz que o prazo do FX-2 já caducou, e que seriam hoje tampões para uma futura geração. Realmente não caducou (como objetivo principal), mas perdemos a janela de oportunidades. Agora, o que ocorrer daqui para frente será de forma corrida e atropelada. Infelizmente nada acontecerá com os tomadores de decisão que não tomaram a decisão quando deveriam fazê-lo. Antes da hora não é hora, e depois também não. O país terá prejuíos pela decisão que não houve. Agora é saber o tomanho deste prejuízo e onde… Read more »
Excelente editorial. Parabéns ao Nunão. Excelentes comentários. Parabéns aos companheiros de blog. Mas vou trazer a coisa um pouquinho mais pra arena política. Neste sentido, senhores, sugiro a todos um choquezinho de realidade. CAIAM NA REAL! 🙂 O nefasto Nelson Jobim, em afortunado ato falho no Programa Roda Viva da TV Cultura, respondendo a pergunta da Eliane Cantanhêde, deixou claro qual será o caça do Brasil na próxima década: o EMB-314, também conhecido como A-29 “Super Tucano”. E PONTO FINAL. Meus caros, a sociedade brasileira, gloriosamente representada pelos políticos por ela eleitos, NÃO TEM INTERESSE EM CAÇAS. Ponham isso na… Read more »
Tudo muito bonito e talz, mas e se nada acontecer em 2012? A FAB deve aguardar pacientemente seus caças, e deixar seus pilotos voando no Flight Simulator da Microsoft?
Tem que ter um Deadline. Se passar, a FAB tem que cuidar do que é seu.
[]’s
My two cents (2¢)… Também vou dar meu pitaco. Entendo que o cancelamento do F-X e o adiamento ad nauseum do F-X2 torraram a paciência, mas a janela de aquisição ainda está aberta. O programa F-5BR saiu melhor do que a FAB esperava e por isso estão modernizando mais 11. A falta de um inimigo externo claro e a politização do F-X2 completaram o quadro da falta de urgência para a aquisição dos caças, que passou a ser uma questão política. Enquanto o governo não é convencido de que os novos caças são necessários para a atualização tecnológica da FAB… Read more »
A situação operacional da FAB é ruim, mas ainda há algum arremedo de aviação de caça. Os F-2000 ainda voam, apesar de suas limitações, e os F-5M também. Não dá para falar de FX sem ficar com raiva, muita raiva. FHC desistiu do FX – 1 por causa das pressões internas (Embraer/Dassault e partidos de esquerda) e externas (governo francês, norte americano e russo). Falam que tal venceu, este ou aquele, não importa, já foi, morreu e está enterrado. O Mollusco meteu o bedelho em um processo que ia bem, deu no que deu. Acredito que o FX-2 foi direcionado… Read more »
Fantástico seu post !!! Sem maiores comentários Nunão perfeito.
Abs.
A situação de gap operacional já entrou amuito tempo na red light, o Brig Burnier mandou um recado a pedido do comando ao poder civil de que haverá, literalmente, um stop da aviação de caça apartir de 2016 se nenhuma decisão for tomada até medados de 2012, e pelo andar da carruagem econo ica e pelos recados que vem sendo dados pelo Mindef e epela área economica do governo é fato corriqueiro qu termos um Tampax, ou ainda uma compra de pratelira de um número menor do que o pretendido e uma complementação de células usadas. háverá uma reunião em… Read more »
Boa Tarde gentlemans….. Perece-me que nesta altura do campeonato a maioria de nós converge para um mesmo lado, finalmente….. Eu já venho dizendo isto, da penúria da força e da necessidade de uma decisão acerca da aquisição de novos vetores a muitos anos…. mas tenho que concordar com o meu amigo editor…. os vetores da short-list do FX-2 poderão nos atender por algum tempo… mas não pelo tempo anteriormente imaginado, entre 30 e 40 anos. Na velocidade que se interpoem novas tecnologias e sistemas embarcados, estes (qualquer um dos três) provavelmente só serão de alguma valía por uns 10 anos,… Read more »
Pessoal, Mais um capítulo da novela que se arrasta por longos anos, sabemos do descaso do Governo Federal, das mazelas, da hiprocrisia do políticos e dos interesses de um partido populista, que articula tudo nos bastidores, são lobos travestidos de ovelhas. Como todo mundo aqui, vamos sonhar um pouco, teríamos duas opções plausíveis, duas opções que ao meu ver seriam viáveis, discordo com alguns aqui. Teríamos a opção dos suecos, trazendo os vetores que foram devolvidos por leasing, enquanto os novos são desenvolvidos, teríamos um suporte para suprir esse tempo. A segunda opção seriam os Super Hornets, que poderíamos também… Read more »
Talvez as coisas estejam indo para onde eu havia dito…..
Turkey starts next generation fighter
By Stephen Trimble on November 15, 2011 2:11 PM
Turkey wants to build a next generation fighter, too.
http://www.flightglobal.com/blogs/the-d … gener.html
Cito: “Now, South Korea, Brazil and Turkey seem to want to join the club.”
Sds.
Caro Gringo!
Eu não levaria esta noticia muito a sério, pois envolvem dois parceiros, sendo que um deles não sabe, e outro, não sabe que não sabe, ou seja,um fingindo que está enganando o outro.
O caminho, a estas alturas do campeonato é deixar estes “mantras” de Tots de lado e viablizar o mais breve possível, o vetor que cumpra a missão e que possamos manter e atualizar.
Grande abraço
Qnto mais esta discussão avança, mais me parece haver um falso problema nela. Os franceses não tem capacidade sobrando, mto pelo contrário, o back log deles é mto pequeno p/ tanto. Recentemente a BAe reduziu seu volume de produção do Typhoon, na Inglaterra, de 53 unidades/mes p/ 48. Isso sim é que se pode chamar de disponibilidade, a capacidade fabril podendo ser ajustada em face a demanda, ou alguma outra necessidade técnico-comercial. Mas infelizmente, p/ mim, o Typhoon não está na short list da FAB. Ocorre que o SH está e os senhores se recordam em qnto tempo e como… Read more »
Caros amigos, Fazendo um apanhado de tudo, o que dá pra entender é que se não sair em 2012 não sai nunca mais. O mundo pode até não acabar ano que vem, mas o FX2 acaba. Primeiro ano de governo é sempre difícil, ninguém anuncia gastos que não sejam “sociais”. A casa já foi arrumada, o superávit alcançado, a inflação vai chegar perto mas não vai bater o teto e o governo federal já deu uma discreta, porém importante, sinalização de que a máquina pública vai desacelerar nos gastos para conseguir diminuir os juros. Enfim, tudo isso é só pra… Read more »
A idéia do Brig Saito é de concluir o FX 2 antes de pedir o boné, se a sua saúde permitir, coisaq que não andava muito bem.
Grande abraço