A concorrência da Força Aérea Indiana (IAF) Medium Combat Aircraft Multirole (MMRCA) entrou em sua última etapa, com o Ministério da Defesa indiano alertando os dois concorrentes de que as propostas comerciais serão abertas dia 4 de novembro.

Cartas foram enviadas hoje, dia 24 de outubro, para a Dassault Aviation da França e para a sociedade europeia EADS, informou uma fonte do ministério. Após a abertura dos lances comerciais, o menor preço será decidido e negociações de preços com o vencedor começarão.

O programa MMRCA pegou impulso no Ministério da Defesa, e o contrato pode ser selado até março de 2012.

Com base em ensaios de vôo de todos os concorrentes MMRCA, as aeronaves propostas por empresas dos EUA, Lockheed Martin e Boeing, Saab da Suécia e RAC MiG da Rússia, foram rejeitadas da disputa, deixando o Rafale Dassault e o Eurofighter Typhoon na briga.

O Ministério da Defesa indiano definiu o valor de US$ 10 bilhões em agosto de 2007 para a aquisição de 126 caças.

A IAF pretende substituir os seus caças MiG-21 de origem soviética pelo caça a ser escolhido no MMRCA porque o projeto LCA local está atrasado em mais de uma década.

Segundo a proposta MMRCA, a Índia compraria 18 caças de “prateleira” e os restantes seriam construídos na Índia, sob a transferência de tecnologia do vencedor do contrato.

FONTE: Defense News

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Mauricio R.

Aparentemente a deusa Shiva ainda não se decidiu, quais mãos seguram e quais mãos rasgam os envelopes, uma comissão ministerial, está acessorando a deusa qnto a isto.

Vader

Baita enrolação…

Justin Case

Amigos,

Abertura das ofertas comerciais é decisão?
Não há análise das condições?
A oferta mais cara está eliminada?
É dúvida mesmo…
Abraços,

Justin

asbueno

Será que a crise econômica pode melar ou modificar o Programa?

Vader

Não estou dando pitaco, apenas repercutindo alguns comentários que li por aí: parece que o Eurofighter venceu oficialmente a competição, e a abertura das propostas comerciais será apenas a confirmação do vencedor, e o anúncio do derrotado, pois a análise delas já foi feita.

Isso responderia ao questionamento do amigo Justin.

Será?

Justin Case

Vader, boa noite.

Entendi que as ofertas comerciais estão lacradas e nem os gerentes do MMRCA tiveram oportunidade de acesso.
Será que decidiram “no escuro”, só com base em resultados técnicos, offset e interesse estratégico?
Que estranho.
Abraço,

Justin

Grifo

Abertura das ofertas comerciais é decisão? Não há análise das condições? A oferta mais cara está eliminada? Caro Justin Case, segundo entendi do processo é isso mesmo. A abertura do envelope das ofertas seria feito em público na presença de todos pela comissão do processo, semelhante o que se faz aqui em uma licitação. Definida a oferta menor preço abre-se negociação com o fornecedor. Caro Vader, acho que tudo isso é puro chute porque os envelopes estão lacrados, e aposto que mesmo dentro de cada empresa concorrente somente dois ou três indivíduos devem saber o valor final que está lá… Read more »

Grifo

Caro Vader, NB: isto é claro não impede o nosso conhecido jornalista “insider” de já saber o preço de todos os concorrentes do MMRCA. 🙂 Mas é só ele…

Corsario137

Eu vejo a coisa pela seguinte ótica: Se o Eurofighter perder será um duro golpe na EADS, porém se o Rafale perder é o FIM para a Dassault. Se a Índia resolver “bancar” o Rafale, o caminho fica mais fácil para os EAU e até para o Brasil (tomara que não). Do contrário, acho que vai ser MUITO difícl, pra não dizer IMPOSSÍVEL, que alguma outra nação estrangeira embarque no programa. As futuras concorrências pesarão ainda mais a favor do EF com as 126 units da Índia diluindo o custo de produção e mantendo a linha a todo vapor por… Read more »

Justin Case

Valeu, Grifo.

Abraço,

Justin

Grifo

Senhores, só um adendo. O escolhido será o de menor preço, porém o cálculo do “menor preço” não é tão direto assim. Segundo http://www.defense-aerospace.com/articles-view/release/3/129432/india-clears-mmrca-offset-deals%3B-winner-due-in-november.html: ‘In the middle of November, we shall be able to announce to the whole world which plane we have selected, the L1 vendor (lowest bidder),’ Browne said in his interaction with reporters after he inspected the 79th Air Force Day parade here. However, explaining the complexities involved in finalising the winner, the IAF chief said that after opening of the commercial bids, ‘complex calculations’ would be done in a tabular format of the entire life-cycle cost,… Read more »

Vader

Hahaha Grifo, esse cara sabe até qual será a cor da calcinha que usará a irmã da Sonia Ghandi, hehehe…

É uma completa fraude mesmo, rs.

Abraço.

Nick

No mínimo é irônico o Typhoon ser considerado o “lowest bid” 🙂

[]’s

ricardo_recife

Se as coisas lá não forem como aqui, os envelopes estão realmente lacrados e quem der o melhor lance (o menor preço) vence. Mas está conta talvez não seja tão automática. Questões como financiamento, custo de longo prazo e modernizações devem estar no papel. Menor custo talvez seja um conceito dificil de ser determinado. O Rafale tem custo de aquisição inferior, mas custos maiores ao longo do tempo em face da baixa escala (e mesmo que seja adquirido no EAU e outros países, se as vendas ficarem a baixo de 400 não existe perspectiva dos custos baixarem no longo prazo).… Read more »

Marcelo

Caro Ricardo, somente uma correção, para não propagar inverdades: o Rafale adentrou o espaço aéreo da Libia horas antes do ataque de Tomahawks e realizou ataques, assim que a ONU aprovou a resolução. Isto está amplamente divulgado até em meios de comunição da Inglaterra e EUA…

ricardo_recife

Vamos lá é meu primeiro e último post sobre isto. Os franceses voaram sobre o mediterrâneo da Córsega e efetuaram UM ataque ao solo, depois ficaram no ar (a grande altitude) fora do alcance das baterias Líbias. O impacto deste ataque foi real, mas dentro da lógica de uma operação militar em larga escala, mais psicológico do que efetivo. É claro que também houve o impacto político, pois serviu para marcar o protagonismo da administração Sarkozy contra o ex-aliado, ex-comprador de Rafales. Na realidade, este ataque fez pouco estrago a infraestrutura da defesa líbia. É quase certo, em face dos… Read more »

Ivan

ricardo_recife disse: 25 de outubro de 2011 às 9:36 Conterrâneo, Me permita um pequeno mas essencial acréscimo na sua lista de destruidores da infra-estrutura de defesa aérea da Líbia. O discreto e mortal B-2 Spirit. O estrago que 3 (três) deles fizeram na Base Aérea de Ghardabiya, perfurando e explodindo hangares protegidos (HAS) foram documentados e noticiados aqui no AEREO: http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2011/03/Ghardabiya-AB-strikes-20-03-11-US-DoD.jpg http://www.aereo.jor.br/?s=Ghardabiya Mas o Rafale cumpriu muito bem seu papel, como é obrigação para um caça de 4ª geração. Tão bem quanto os Tornados GR-4, CF-18A Hornet, F-15 Strike Eagle e os excelentes caça-bombardeiros Mirage 2000-D. Nem mais, nem menos.… Read more »

ricardo_recife

Desculpem falha minha escrevi: “F-18 Canadenses e os Typhoons ingleses (que já aprenderam que voar alto é mais seguro do que voar baixo)”. Na realidade queria escrever F-18 e Tornado. Por isto relembre o caso da primeira guerra do Iraque onde os Tornado utilizando uma estratégia de voar baixo foram abatidos pela defesa iraquiana. Tornado, vou falar Tornado umas duzentas vezes para não cometer o mesmo erro.

Mauricio R.

Teve tb uma op de um par de “Bones”, viajaram direto dos EUA, lançando umas 100 bombas, em diversos alvos.

Mauricio R.

OFF TOPIC…

…mas nem tanto, afinal este tb trata de Índia!!!

No farfalhar de rotores, o Apache Longbow Block III vence ao Mi-28N.

(http://livefist.blogspot.com/2011/10/report-russia-loses-indian-attack.html)

Justin Case

Amigos. O artigo que segue dá umas dicas do que pode ocorrer após a abertura das ofertas comerciais. http://news.in.msn.com/national/article.aspx?cp-documentid=5541145 IAF on cusp of acquiring cutting edge combat jets New Delhi: The Indian Air Force (IAF) is finally on the cusp of ordering and acquiring cutting edge combat jets to replace its outdated inventory of Soviet-vintage MiG aircraft. With the decision of the defence ministry to open the financial bids early next month of the two finalists in the IAF?s medium multi role combat aircraft (MMRCA) tender, IAF can now hope to acquire the first lot of 18 aircraft by end-2014… Read more »