‘Fogo amigo’ sobre o Super Hornet
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Senador Republicano Saxby Chambliss, dos EUA, ataca a compra de mais aviões F/A 18, um programa importante para seus próprios colegas de partido
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Segundo artigo veiculado em 1º de setembro pelo Lexington Institute (um “think tank” dos EUA), pode-se ter certeza de que as guerras a respeito do orçamento realmente estão esquentando quando um antigo senador do Partido Republicano, como Saxby Chambliss, começa a atacar programas de aquisição de armas que são importantes para outros legisladores do próprio partido. É o que aconteceu em 31 de agosto, quando o senador Chambliss, da Geórgia, atacou a compra de mais aviões Boeing F/A 18 Super Hornet pelo Pentágono. O senador disse que este caça naval é “obsoleto”, e que “será de valor limitado ou nulo em qualquer cenário de ameaça futura”.
Em uma carta para o secretário de defesa Leon Panetta, Chambliss argumentou que se o Pentátono falhou em se movimentar de forma mais inteligente para a compra do F-35 para a Marinha e outras forças, “nós corremos o risco certo de perder a superioridade aérea tática em conflitos futuros”.
Segundo o articulista do Lexington Institute, Loren B. Thompson (Ph.D), são palavras duras. O senador na verdade está dizendo que, se a Marinha dos EUA não conseguir adquirir o F-35, não faz muito sentido operar porta-aviões porque o principal avião tático que utiliza não será capaz de dar aos EUA o controle dos céus nas futuras zonas de combate.
Obviamente, essa visão é influenciada pelo fato do estado da Geórgia ter grande interesse no F-35, por causa das instalações industriais da cidade de Marietta, envolvidas na produção do caça. Mas essa visão é compartilhada por grande número de especialistas em assuntos militares, que argumentam que aeronaves sem a capacidade furtiva e de consciência situacional do F-35 não terão muita chance de sobreviver no futuro. Assim, embora o Super Hornet pareça um caça de classe mundial hoje, seus dias estão contados.
As lideranças da Marinha dos EUA continuam a apoiar a compra do F-35C (versão embarcada) mas não parecem muito alarmadas sobre os futuros cenários para seus aviões táticos, segundo o articulista Thompson. Mesmo que estivessem, há uma linha de pensamento indicando que, nos cenários do Oceano Pacífico para daqui a 20 anos, caças tripulados não terão o alcance necessário, então é mais necessário iniciar agora o desenvolvimento de novos aviões de combate não tripulados.
Thompson opina que a Marinha deveria priorizar a substituição dos F/A-18 mais velhos por F-35 em relação ao desenvolvimento da tecnologia de aviões não tripulados, pois esses últimos não estão ainda prontos para os rigores do combate aéreo e não estarão por algum tempo. O Super Hornet parece ter um desempenho adequado agora, mas a questão é se manterá esse desempenho num futuro em que as ameaças evoluam. O F-35 seria então, para o articulista, um passo intermediário vital entre os aviões táticos não furtivos e os aviões de combate não tripulados.
FONTE: Lexington Institute (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
FOTOS: Marinha dos EUA (USN)
Obviamente muitos aqui no blog ficarão horrorizados com tal afirmação, visto que é um sonho de muitos adquirir o Super Hornet, mas se pensarmos realmente como projeção de força dos Estados Unidos e caças stealth pipocando por todos os lados como na Russia e na China, realmente em poucos anos o F/A 18 E/F será obsoleto. Aliás, não estou desmerecendo a aeronave, muito pelo contrário, acho-a incrível.
Quanto à atitude do Senador Chambliss em contrariar seus pares em mérito ao seu estado, podemos dizer que isto é um duro golpe à “politicagem” americana. Gostaria de ver isso em terras brasilis…
Cacas de 4th geracao (quer seja SH, Rafale, Typhoon ou Gripen) estao obsoletos para aqueles que no futuro podem enfrentar inimigos com cacas de 5th desde o dia em que o primeiro F-22 voou. Nao tem nada de espetacular nisso. Para paises como os EUA, Russia, India, China e outros verdadeiros players no cenario mundial, cacas de 4th geracao jamais poderao ser as aeronaves de linha de frente. Os EUa ate podem operar o SH por muitos anos ainda, contanto que sejam apoiadas pelos F-22 na USAF e F-35 na USN e USMC. O senador esta certo porem, se os… Read more »
O senador esqueceu do problema do “fighter gap”.
É necessário comprar mais caçsa ‘legacy’ se for do interesse dos EUA manter o mesmo nível atual muito acima dos demais. O JSF vai atrasar e não tem jeito.
Este problema de futuro caça stelth americano ainda vai continuar. O F-22 está no chão, por problemas técnicos, e o F-35 ainda em testes.O F-18 SH ainda será um caça muito empregado nos EUA. Para o cenário sulamericano este caça, F-18 SH ou Rafale estará muito bom ainda por muitos anos.
Abc
Paulo
Taz,
Os que se agradam do F-18 SH na FAB não ficarão horrorizados porque a opinião do senador é extensiva a todos os outros caças de 4ªG, incluindo o Su-35, Rafale, Gripen NG, etc.
Só que se a USN e a USAF tem um “gap” a FAB tem um maior ainda e precisa desses caças “obsoletos” para ontem (plagiando um amigo de outro blog).
A persistência de combate de caças não tripulados será muito grande. Em geral um VANT tem autonomia 4 x maior que a de um tripulado equivalente, com as mesmas dimensões.
Aliado ao reabastecimento buddy/buddy entre VANTs e às “armas de energia dirigida”, que já estão sendo incorporadas, em estado sólido, que usam apenas a energia elétrica produzida à bordo, e teremos um quadro em que até a validade do porta-aviões tradicional estará em questão.
Aliado a isso tem tecnologias de bombardeiro global, UCAVs, caças hipersônicos, etc, que se somarão ao quadro complexo do futuro, onde muitos paradigmas irão cair.
Esse “fighter gap” pode ser reduzido pelas manutenções pesadas e troca de combustível dos reatores, nos CVN’s, há 2 cascos nessas condições no momento.
Um CVN já se encontra em manutenção e outro deverá iniciá-la ano que vem.
Além disso, o Big-E está deixando a frota, pois caminha p/ a desativação.
Assim haveria 1 ala aérea redundante, p/ mitigar esse gap.
A ala do Big-E somente retornaria ao mar, qndo da incorporação do Ford.
O fighter gap é geral. Inclui USAF e USMC.
http://www.aereo.jor.br/2010/08/24/a-volta-da-serie-teen-na-usaf/
http://www.aereo.jor.br/2009/01/30/usaf-pode-ter-problemas-nas-defesa-aerea-devido-ao-envelhecimento-de-seus-cacas/
http://www.aereo.jor.br/2008/10/14/usaf-enfrenta-seu-maior-inimigo-de-todos-os-tempos-ela-mesma/
Senhores, este senador é do estado da Geórgia.
O F-22 e grande parte do F-35 são fabricados em Marietta, Geórgia.
Aguarda-se agora os senadores do estado de Washington baixarem o sarrafo nos caças de 5G. Caros, atrasados, etc.
Lobbies à parte, o F-18 E/F hoje ainda é relevante, mas daqui 15/20 anos servirá como 2ª linha, não tem jeito. E isso servirá para os demais caças de 4ª geração como o Typhoon, Rafale, Gripen, MIG-35 e Su-35.
A linha de frente das principais Forças Aéreas do mundo serão compostas por um Mix de caças de 5ª geração, Ucavs furtivos e caças de 4ª geração para cenários menos exigentes.
EUA: F-22+F-35+X-47/X-45
Europae: F-35 + Eurocanards+NeuroN/Taranis
Russia:PAKFA+MIG-35+Ucav Russo
China:J-20+(clone do F-35)+ J-10B
India:FGFA+MMRCA+AMCA+Tejas
Brasil: F5-E M&Ms + AMX-M&Ms
[]’s
Olá,
Foi o que eu disse hoje cedo, os EUA vão abandonar o F/A-18 a questão é quando. Por outro lado a França ficara com o Rafale com unico caça e não irá abandonalo, gostando ou não a torçida anti-gaulesa.
Abraços,
O Lexington Institute é a IstoÉ dos think tanks americanos. http://en.wikipedia.org/wiki/Lexington_Institute “Loren B. Thompson argued in favor of continued C-17 production in 2009 and against this production in 2010.[8] Thompson often criticizes SpaceX as well.[9] He has also said that the United States is likely to engage in war against Vietnam again and so needs the EFV to storm their beaches.[10] He has also called for a shift in American defense spending towards items such as the Littoral Combat Ship and the Lockheed Martin F-35 Lightning II that can be exported to allies.[11] Thompson has said that “The United States… Read more »
Os F-35B e F-35C deverão substituir aos AV-8B/-8B Plus e F/A-18C/D do USMC, aos EA-6B e aos F/A-18C/D da US Navy. Os F/A-18E/F e EF/A-18G continuarão servindo juntamente c/ as versões citadas do F-35, até o momento de sua substituição. Como aliás ocorre c/ qualquer aeronave de combate, normalmente ao longo de sua vida útil. Se a França vai morrer abraçada ao Rafale, problema dela, os demais países europeus estarão envolvídos c/ o F-35 e c/ o Typhoon. Afinal ao contrário dos gauleses arrogantes de nariz empinado, aprenderam que cooperando, terão maiores e melhores condições de financiarem aquela aeronave; tripulada… Read more »
A empresa russa Rosoboronexport continuará no seu pleito pelo direito de participar na licitação no âmbito do Programa F-X2 e fornecer ao Brasil os caças multimissão Sukhoi Su-35. Moscou tem uma certeza absoluta de que o Sukhoi Su-35 é a melhor opção para a FAB. Não se trata, entretanto, apenas da superioridade técnica da aeronave russa sobre os concorrentes. É proposto ao Brasil uma oportunidade única de transferência de tecnologias para a montagem em série desses caças super-modernos por empresas brasileiras. Superioridade total Os concorrentes do caça multimissão russo Sukhoi Su-35 são: o Rafale francês, o F/A-18E/F “Super Hornet” norte-americano… Read more »
Quando o SH só poder ser usado quando as defesas antiaéreas estiverem fora de ação -se esse dia chegar! -, ele será um caminhão de bombas caríssimo (assim como todos os 4ªG).
Todos os caças de geração inferior à 5ª estaram obsoletos quando se disseminar a presença dos stealth no mundo. Todos! Sem exceção. Mas primeiro os stealth precisam terminar seu desenvolvimento, entrar na linha de produção e ser entregue em quantidade válida. Ou seja, um espaço de tempo entre uma década ou duas. Por esta razão a Boeing apresenta agressivos ‘Road Maps’ para os seus F-18 E/F Super Hornet e F-15 E Strike Eagle. Nos próximos 10 (dez) anos estes dois boeings serão os mais modernos caças de ataque e interdição do mundo, sendo que ficarão em segundo plano na década,… Read more »
O Grifo alertou com muita perspicácia as questões políticas regionais norte americanas.
Mas é sempre bom lembrar…
Olha só qual é a base eleitoral do Senador Republicano Saxby Chambliss… por coincidência (como se houvesse isso em política) é o Estado da Georgia onde estão as principais instalações fabris do F-35 Lightning II.
Sds,
Ivan.
Grifo disse:
2 de setembro de 2011 às 14:43
“Senhores, este senador é do estado da Geórgia. O F-22 e grande parte do F-35 são fabricados em Marietta, Geórgia. Aguarda-se agora os senadores do estado de Washington baixarem o sarrafo nos caças de 5G. Caros, atrasados, etc.”
Falou tudo. Nada a acrescentar.
Mudando de pato pra ganso e falando da mesma coisa, uma pena que uma conceituada revista de aviação militar colocou um dado bem errado sobre o Super Hornet, citando que apenas a versão Block II seria dotado de um sistema fly by wire.
Todo mundo já está careca de saber que desde o primeiro F/A-18A Hornet saiu da fábrica já com fly-by-wire.
Não passa de uma briga local. O senador apenas está defendendo os empregos na Georgia. O mais engraçado é que na própria pagina do Saxby Chambliss não existe tal artigo (http://chambliss.senate.gov/public/index.cfm).
Todos os caças de quarta geração, não importa quantos ++++, já estão obsoletos vis-à-vis caças como F-22 e T-50.